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Muita gente estranha quando meu marido e eu dizemos que escolhemos São Paulo como nosso destino de férias. Mas a cidade é uma das principais do Brasil e é repleta de atrações culturais, então merece alguns dias de visita.

 

Ficamos hospedados no Hotel Joamar, na República. O hotel é bom, confortável, mais barato que o Formule 1 e inclui café da manhã. Fica próximo à estação de metrô República e de lá fomos a pé a muitas atrações, como a Sé e a Liberdade. Há lanchonetes próximas (como o Mc Donald’s) e é pertinho do Shopping Light e da famosa esquina Ipiranga/ São João. Gostei muito e voltaria a me hospedar lá. O único porém é que a sua rua na verdade é um calçadão, então não passa carro, você tem que descer na esquina e ir a pé até o hotel, o que é meio estranho à noite, então a atenção tem que estar triplicada.

 

1º dia: quinta-feira, 04/08/11. Chegamos no início da tarde e fomos de táxi de Congonhas até o hotel. Almoçamos no Shopping Light, conhecemos a Galeria do Rock (boas opções de roupas e acessórios para quem curte o estilo rock) e fomos ao Theatro Municipal para tentarmos uma visita guiada, mas não conseguimos, pois o site dizia que “grupos” deveriam marcar hora, mas chegando lá fomos informados que todo mundo, mesmo um casal, tem que marcar hora. Tentamos marcar então para um dos dias que estaríamos na cidade, mas infelizmente o Theatro estaria fechado para um evento.

 

Fomos então a pé conhecer o edifício Copan (projetado por Oscar Niemeyer) e depois subimos no edifício Itália, que fica ao lado, para apreciar a vista. Também é possível subir na Torre do Banespa (perto da rua 25 de Março), que é mais alto do que o Itália, mas como o dia estava bonito, resolvemos aproveitar e subir logo no Itália. Lá tem um restaurante bem caro, talvez seja interessante ir à noite, mas durante o dia os visitantes atrapalham a vista de quem está no restaurante.

 

À noite, fomos na caminhada noturna que acontece às quintas-feiras das 20h às 22h. O passeio é feito a pé, é gratuito e o ponto de partida é o Theatro Municipal às 20h. Visita os principais atrativos do Centro de São Paulo. Nós atravessamos o Viaduto do Chá, passamos pela Catedral da Sé e visitamos uma igreja na Liberdade. O roteiro varia toda semana. É bom confirmar se ainda acontece essa caminhada, em 2011 o telefone para contato era (11) 3256-7909 ou (11)3019-8831.

 

O nosso passeio acabou bem mais tarde, chegamos no hotel umas 23h e o frio estava demais, eu vesti todas as roupas que eu tinha para ir nesse passeio e mesmo assim quase tive hipotermia!

 

2º dia: sexta-feira, 05/08/11. Dia de 25 de Março e Mercado Municipal! Fomos de metrô e descemos na estação São Bento, mas dava pra ir andando. Estava muito frio, então comprei um par de luvas, andamos por toda a rua e comprei também uma bolsa de festa, um broche e só. Não sou muito consumista heheheh, gosto mais é de ficar olhando.

 

O Mercado Municipal é na rua paralela à 25 de Março, é muito legal lá, eu achei lindo! Tem cada fruta! Lá também tem um quiosque de informação ao turista, tiramos dúvidas e pegamos um mapa da cidade. Depois fomos pro segundo andar e almoçamos o famoso sanduíche de mortadela, é muito grande mesmo, pedimos um só e dividimos e eu nem aguentei comer a minha metade toda. Não lembro agora o nome do bar, vários lá servem o sanduíche e estavam todos muito cheios. Depois descemos e meu marido ainda comeu o pastel de bacalhau, eu só provei, estava muito gostoso! Foi um programa muito legal, não dá pra perder essa visita!

 

Depois fomos andando para o hotel, mas levamos muito tempo pra chegar, pois fomos passeando, olhando os lugares, passamos pelos viadutos do Chá e Santa Ifigênia e pelo Vale do Anhangabaú. À noite fomos ao também famoso Bar Brahma, que fica na esquina da Ipiranga com a São João, bem pertinho do hotel. Não gostei muito, porque a comida não tinha nada de especial e os preços eram bem caros.

 

3º dia: sábado, 06/08/11. O metrô de São Paulo tem um programa muito legal chamado Turismetrô que acontece gratuitamente nos finais de semana. São vários roteiros para conhecer pontos interessantes da cidade, todos a pé e alguns trechos de metrô. Vale muito a pena, porque os guias contam as histórias e curiosidades dos locais visitados. Às 8:30h já estávamos na estação da Sé para nos inscrever, escolhemos o roteiro “Turismo na Sé” e fomos com o grupo de metrô até a estação São Bento. Visitamos, entre outros pontos: Igreja e Largo de São Bento; Centro Cultural Banco do Brasil; Pateo do Collegio; Capela do Beato Padre Anchieta; Praça da Sé; Marco Zero e Catedral da Sé.

 

O passeio terminou na Praça da Sé por volta das 13h, então fomos andando até a Liberdade, onde almoçamos na feira que acontece por lá todo fim de semana. São várias barracas que oferecem bijuterias, peças de vestuário, artigos místicos, instrumentos musicais, plantas, peixes de aquário, itens orientais, curiosidades e muita comilança em pé, em meio à multidão. Comemos tempurá (frituras crocantes de camarão, verduras ou legumes) e takoyaki (bolinhos recheados com polvo ou camarão) e outros bolinhos. Visitamos algumas lojas com produtos japoneses, todas muito lotadas, tive vontade de comprar alguns produtos nos supermercados, mas as filas eram tão imensas que desisti.

 

Depois do passeio pela Liberdade, voltamos para o hotel para descansar um pouco e nos prepararmos para chegar cedo no Bixiga, porque era dia da festa de Nossa Senhora Achiropita, que acontece no mês de agosto nas ruas 13 de Maio, São Vicente e Dr. Luiz Barreto (verifique a data). São várias barracas, as mais disputadas são as de comidas italianas preparadas pelas “mammas” do bairro. A procura pela comida é tanta que cada barraca já tem grades montadas para organizar a fila, por isso é bom chegar cedo. Nós comemos fricazza, pizza, penne e pão com linguiça, sendo que esses dois últimos foram depois de muita fila. Também há barracas de espaguete e polenta, mas a mais disputada é a da fogazza, eu bem que queria provar, mas a fila era gigantesca, coisa de mais de uma hora. Por isso é bom chegar bem cedo na festa. Fica tudo muito lotado, é difícil de andar, difícil de achar uma mesa alta para apoiar o prato, difícil de ir ao banheiro e fica tocando aquela música italiana o tempo todo. Ou seja: a festa é muito boa!!! Eu adorei! Por mim, voltava todo ano! Claro que tem que entrar no clima das festas de rua, quem não gosta de multidão é melhor nem chegar perto. Mas eu achei aquilo tudo tão diferente que pra mim foi um dos pontos altos da viagem!

 

4º dia: domingo, 07/08/11. Dia na companhia dos nossos amigos João Paulo e Aninha, que também foram com a gente na festa de ontem. Domingo de sol, dia perfeito para um passeio no Parque do Ibirapuera. O parque é enorme, bem cuidado e é gostoso de ver os paulistas brincando com seus filhos. Passamos toda a manhã por lá (fomos de metrô e ônibus).

 

Depois do almoço na região do parque, pegamos um táxi até o Museu Paulista, mais conhecido como Museu do Ipiranga (não há estação de metrô próxima ao museu). O museu é lindo! Fica no Parque da Independência, que também é muito bonito, onde muitos jovens andam de skate e patins. É nesse museu que fica a famosa tela “Independência ou morte” pintada por Pedro Américo. A casa que aparece na tela ainda existe no Parque da Independência e está aberta à visitação. Passamos toda tarde no museu e no parque, foi realmente um domingo muito gostoso!

 

Pegamos um ônibus até o metrô e fomos para o hotel tomar banho, para depois irmos à Vila Madalena jantar com João e Aninha. Mas eu estava super cansada, pois acordamos muito cedo todos os dias e vamos dormir muito tarde. De tanto andar, meu corpo todo doía demais. Tanto que depois do banho, não consegui mais levantar da cama. O jeito foi desmarcar o jantar, pedir uma pizza no quarto, tomar um dorflex e dormir para recuperar as energias. Vila Madalena ficou para outra vez. Uma pena.

 

5º dia: segunda, 08/08/11. Segunda-feira é um dia complicado para turista em São Paulo, pois a maioria das atrações não abre nesse dia (o ideal é reservar a segunda-feira para ir na 25 de Março e no Mercado Municipal, mas preferimos fazer esses programas na sexta porque estávamos com muita expectativa de comer o sanduba de mortadela e queríamos ter mais dias livres para voltar caso decidíssemos comer de novo por lá). Então fomos andar pela rua Augusta (que deveríamos ter ido à noite, mas não deu tempo) e pela Oscar Freire, visitamos a Galeria Ouro Fino (blé), a Galeria Romero Britto, almoçamos num self-service e de sobremesa comemos no “O melhor bolo de chocolate do mundo”, que é um doce gostoso, mas nem de longe é um bolo. Ficamos passeando pelos Jardins, fomos no Parque Trianon, chegamos na Avenida Paulistana, onde fomos na Livraria Cultura, na Fnac e no Centro Cultural Fiesp ver a exposição Festival Internacional de Linguagem Eletrônica, que foi muito legal! No fim da tarde, sem muito o que fazer, fomos novamente ao Mercado Municipal comer outro sanduíche de mortadela. Delícia!

 

À noite, fomos jantar no restaurante mexicano El Mariachi, mas estava vazio e a comida não era tão espetacular como eu tinha ouvido falar. No fim de semana deve ser melhor, quando os mariachis cantam.

 

6º dia: terça, 09/08/11. Museus abertos e lá vamos nós! Fomos de metrô até a Avenida Paulista e visitamos o Masp, foi bom conhecer. Depois fomos de ônibus até o Estádio do Pacaembu para conhecer o Museu do Futebol. Taí um programa muito legal de se fazer, o museu é interativo e muito interessante, fiquei muito surpresa! Para quem tem criança, então, ótimo passeio! Ficamos cerca de duas horas no museu e almoçamos na lanchonete do estádio mesmo (prato executivo). De lá fomos para a Estação da Luz, onde fica o Museu da Língua Portuguesa, que achamos bem fraquinho, e a Pinacoteca, mas como a essa altura meu marido já estava cansado de ver museu e eu já conhecia a Pinacoteca, revolvemos não entrar. Já era fim da tarde, então voltamos para o hotel e lanchamos no bairro mesmo, pois estávamos bem cansados.

 

7º dia: quarta, 10/08/11. Como tínhamos a manhã livre antes de embarcarmos para casa, voltamos na Galeria do Rock para umas comprinhas, visitamos o Museu do Theatro, que fica sob o Viaduto do Chá e almoçamos no Shopping Light. Resolvemos ir de metrô até a estação São Judas, a mais próxima do Aeroporto de Congonhas, e de lá pegamos um táxi. Sinceramente não achei que valeu a pena, pois o táxi deu uma volta tão grande para chegar ao aeroporto que somando o preço do táxi e as duas passagens de metrô deu quase o mesmo valor do táxi que pegamos na ida do aeroporto até o hotel. Claro que fica a dúvida se a distância era aquela toda mesma ou se fomos enrolados pelo taxista. Enfim!

 

O que faltou fazer em São Paulo: visitar o Theatro Municipal (só conhecemos por fora); subir na Torre do Banespa; ir nos bares da rua Augusta; jantar na Vila Madalena; visitar a Pinacoteca, o Memorial da América Latina, o Aquário, o Museu da Imagem e do Som, o Museu da Imigração e o Zoo-safári; assistir um show de stand-up comedy no Comedians; assistir a um musical (nenhum interessante em cartaz na época); assistir a um filme no Unibanco Imax (estava passando o último filme do Harry Potter, como não vimos nenhum anterior, não nos animamos).

 

Quando penso na viagem, me lembro de: Museus do Futebol e do Ipiranga, a festa de Nossa Senhora Achiropita, o sanduíche de mortadela no Mercado Municipal, o roteiro do Turismetrô.

 

São Paulo vale muito a visita! ::otemo::

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  • 1 mês depois...
  • Membros

Moro em SP e não consigo entender essa fissura da turistada no sanduíche de mortadela, kkkk. Mas enfim, em 6 dias vocês até que fizeram muita coisa!!!

Algumas considerações sobre o roteiro de vocês:

1) Recomendaria definitivamente o MUBE (fica ao lado do MIS). Tem muitas exposições legais, um bom restaurante e alguns concertos ao ar livre, além da arquitetura belíssima do Paulo Mendes da Rocha.

2) O Centro Cutural Banco do Brasil fica num prédio sensacional (tem um cofre original transformado em sala exposições), que bom que vocês foram ;)

3) A Pinacoteca vale muito a pena pelo prédio e pelas obras permanentes, e fica ao lado da estação Luz do metrô, mas tem que calhar de ter uma exposição boa pra valer uma visita maior. Logo ao lado tem o Museu da Língua Portuguesa (eu acho bacana, mas realmente tem passeios melhores por aqui) e o parque da Luz, que também vale a visita. Dá pra fazer os 03 em um dia.

4) Sala São Paulo com certeza pra quem gosta de música clássica e arquitetura (foi eleita a melhor sala de concertos do Brasil).

5) O IMAX é interessante, mas está muito caro. Sem falar que a sala é uma das menores entre os IMAX do mundo.

6) Mexicano, vá no Si Señor da Alamenda Santos (tex mex) ou no Viva Mexico na Vila Madalena (tradicional). Tem vários outros bons também, mas acho esses dois um bom custo/benefício

7) Definitivamente vale comer pelo menos uma refeição na Liberdade. porém tem que evitar os horários de pico (11:30hs-14:00hs) e os fins-de-semana, quando tudo fica lotado.

8) Pq. Ibirapuera, vocês não foram nos prédios da Bienal, MAM, Auditório, Oca e Planetário? Não recomendo domingo quando fica muito cheio e é difícil de estacionar se for de carro. Sábado é um dia melhor. Ideal é ir durante a semana.

9) Jd Botânico, Horto Florestal e Zoológico são passeios altamente recomendados, senti falta da menção deles no seu relato.

 

Dicas: Evite sair de ônibus/carro/taxi entre as 7:00 e 9:00hs e 18:00-19:00hs nos dias de semana ou entre as 17:00hs-21:00hs nas sextas, a não ser que goste de trânsito. Metrô após as 9hs e nunca das 18 as 19hs. Nos fds metrô qualquer horário, pois geralmente está mais tranquilo.

 

É isso.

 

Abs.

 

Pedro.

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  • Membros

Oi, Pedro!

 

Sim, ficou muita coisa por fazer, as atrações em Sampa são diversas! Não deu tempo de conhecer os prédios do Parque do Ibirapuera, é passeio pra um dia inteiro. Jd botânico, horto e zoo ficaram pra uma próxima visita, já que são atrações comuns a outras cidades, mesmo sendo diferentes, é claro!!

É uma cidade que ganhou meu coração, com certeza estarei de volta logo logo! ::otemo::

Beijos!

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  • 4 semanas depois...
  • Colaboradores

Muito bom o relato, parabéns!

 

Pode ter certeza que em 6 dias você conheceu mais coisa em São Paulo do que muito paulistano, eu mesmo ainda não fui em alguns dos lugares que esteve, e olha que eu procuro ser mochileiro no meu dia-a-dia na cidade.

 

Dica minha: Quando voltar a São Paulo, separe uma tarde ensolarada e vá ver o pôr do Sol na praça do Pôr do Sol, é um programa simples, barato mas muito interessante. Geralmente junta uma galera até grande e rola aplausos quando o sol termina seu espetáculo, da mesma forma que fazem no Arpoador aí no Rio.

 

Abraço

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  • Membros
Muito bom o relato, parabéns!

 

Pode ter certeza que em 6 dias você conheceu mais coisa em São Paulo do que muito paulistano, eu mesmo ainda não fui em alguns dos lugares que esteve, e olha que eu procuro ser mochileiro no meu dia-a-dia na cidade.

 

Dica minha: Quando voltar a São Paulo, separe uma tarde ensolarada e vá ver o pôr do Sol na praça do Pôr do Sol, é um programa simples, barato mas muito interessante. Geralmente junta uma galera até grande e rola aplausos quando o sol termina seu espetáculo, da mesma forma que fazem no Arpoador aí no Rio.

 

Abraço

 

Riquao, como pude esquecer da praça do por do sol??? ::putz::

Realmente vale a pena!!!

Fica meio fora de mão pra quem vai de metrô, mas tem ônibus que passa ali perto.

Também dá pra descer na estação Vila Madalena e pegar um táxi (chuto uns R12,00).

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  • 2 semanas depois...
  • Membros

Nossa, você deve ter ficado morta depois desses dias de viagem! Se sou eu, no segundo dia já tava pedindo clemência adshuadshudsahuads

Da próxima vez que você vir pra SP, vá na Pinacoteca, sério mesmo. Ela possui um acervo fixo que é incrível, tem muita coisa, e um acervo móvel, que são exposições que mudam de mês em mês (da última vez que eu fui, havia uma de gravuras chinesas, muito interessante).

Adorei seu relato!

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  • Membros

Sim, ficamos exaustos, Sabrina!

No domingo à noite pedi arrego, tomei um dorflex e não consegui sair da cama. Foi o único dia que consegui descansar um pouco!

Acho que pulamos a Pinacoteca até por conta disso, éramos dois zumbis ::hein:

 

 

Uma coisa boba que não comentei no relato, mas que achei curioso, foi que na Estação da Luz eu comi um milho verde e o vendedor debulhou os grãos todos num potinho para comer de colher. Adorei! Aqui no Rio a gente come direto do sabugo. Não sei se é hábito paulistano ou se é só esse vendedor que faz isso, mas adorei a ideia!

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