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ARGENTINA E CHILE DE CARRO - PATAGONIA, TERRA DO FOGO, PENINSULA VALDES, VILLARRICA, PERITO MORENO, BARILOCHE ETC. 12000KM


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Aqui vai meu relato de uma viagem que fiz juntamente com meu pai em 2011. Saímos do Paraná e andamos mais de 12.000 (doze mil) quilômetros com um Fiesta 2001 (velho guerreiro).

 

O relato também pode ser acompanhado em http://www.blogviagem.com/blogs/terradofogo/ este será meramente uma cópia.

Quem quiser pode também ver um pequeno vídeo da viagem em

 

Dentre os locais e pontos que visitamos estão:

- Ruínas de San Ignacio;

- Praticamente toda a Patagonia;

- Villarrica e Pucon;

- Vulcão Villarrica;

- Mendoza;

- Bariloche;

- Glaciar Viedma;

- Glaciar Perito Moreno;

- El Chalten e El Calafate;

- Ushuaia (Fim do Mundo);

- Torres del Paine;

- Peninsula Valdes;

- Capitais Santiago e Buenos Aires;

etc.

 

Imagem do Roteiro:

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A quem interessar tenho uma planilha detalhada de todos os gastos da viagem.

 

 

Expedição Terra do Fogo

 

Sempre foi um sonho, conhecer a Patagonia, e realizar esse sonho de carro seria um adicional não somente bem vindo, mas necessário se nós quiséssemos desfrutar ao máximo essa aventura.

 

Naturalmente não é fácil encontrar companhia para uma viagem dessas, mas como diz o ditado: tal pai, tal filho. E assim fomos eu, meu pai e o Velho Guerreiro (apelido que demos ao nosso carro):

 

Veículo: Ford Fiesta 2001 (Hatch, motor 1.0)

Data de saída: 21/01/2011

Roteiro: não havia nada muito definido, apenas tinhamos ideia de algumas cidades a passar, mas não sabíamos exatamente onde iríamos dormir. Dirigimos todos os dias entre 600 e 1000 quilômetros e assim parávamos em alguma cidade em busca de hospedagem.

 

Levamos um GPS com mapas do Chile e da Argentina, uma barraca, colchão inflável e, naturalmente, roupas e itens de higiene.

 

DIÁRIO DE BORDO

 

Todos os preços informados serão em reais.

 

PRIMEIRO DIA (21-01-2011): fizemos cerca de 700 quilômetros e paramos em San Ignacio para pernoitar, ficamos no Hotel Es Descanso, bem simples mas muito limpo e aconchegante, possui internet, café da manhã, ventilador e estacionamento. Não há muitas opções naquela região, principalmente porque chegamos bem tarde (22:10). Pagamos pelo hotel R$ 43,00 (para ambos).

 

 

SEGUNDO DIA (22-01-2011): saímos do hotel às 7:35 da manhã depois de ter tomado o café. Fomos direto ao primeiro passeio turístico, às ruinas de San Ignacio. Pagamos cerca de R$ 22,00 a entrada para ambos. Visitamos por cerca de 2 horas, é bem bacana e em quase todos os pontos há guias virtuais (dispositivo com fone de ouvido) em que você pode ouvir a história das ruínas.

 

Saindo do parque seguimos em direção à Posadas onde, acreditem, tivemos a primeira parada para manutenção do carro. Na verdade havia sido trocado o farol do carro há pouco tempo, para nossa azar a oficina que trocou colocou um farol não original e estava péssimo para dirigir de noite. Gastamos cerca de R$ 60,00 para tentar aumentar a potência da lâmpada e não funcionou. A troca do farol estava fora de cogitação pois era muito caro. Em resumo tivemos que evitar dirigir a noite na estrada até o final da viagem.

 

De Posadas seguimos em direção à Santa Fé, passamos por baixo do Rio Paraná em túnel subterrâneo.

 

Em Santa Fé ficamos no Hotel Nizza, pagamos R$ 60,00. Ventilador, garagem, internet.

 

Nesse dia andamos cerca de 650km.

 

TERCEIRO DIA (23-01-2011): Saímos de Santa Fé às 07:20 e seguimos em direção à San Luis, se aproximando do Pacífico e muito perto de Mendoza. Andamos cerca 790km. Pouquíssimas paradas e nada de muito interessante.

 

Em San Luis nos hospedamos em Hotel/Residência Roca, pagamos R$ 52,00 para ambos. Não recomendo muito o hotel.

 

QUARTO DIA (24-01-2011): Saímos as 07:00 do hotel e seguimos viagem. Pouco mais de 100km à frente fizemos nossa segunda parada a Turismo: no Parque Nacional Sierra De Las Quijadas, pagamos R$ 22,00 a entrada para ambos. O lugar é realmente muito bacana e vale uma boa caminhada.

 

Seguimos viagem e paramos em Uspallata, cidadezinha muito próxima a Mendoza e já na cordilheira dos andes, aqui já começam a aparecer várias opções de turismo interessante: rafting, rapel, caminhadas, minas etc. Como o tempo era curto, não podemos nos dar ao luxo de ficar muitos dias na mesma cidade.

 

A viagem começa a ficar muito interessante quando chegamos na Cordilheira, a partir daquele ponto, há várias opções de caminhos diferentes a tomar.

 

Nesse dia andamos somente uns 390km.

 

Ficamos hospedados Hotel Pórtico del Valle e pagamos R$ 84,00, um tanto quanto caro pois já estávamos em um ambiente turístico.

 

 

QUINTO DIA (25-01-2011): No quinto dia, resolvemos ficar na mesma cidade mas, para economizar, saímos do hotel, ainda sem hospedagem fomos a uma passeio às Minas de Paramillo, pagamos R$ 146,00 para ambos. Muito bacana, inclusive trouxemos um pequeno pedaço de ouro “in natura” (vândalos).

 

Voltando à cidade resolvemos encarar um primeiro dia de camping, pagamos R$ 8,60 para ambos, camping com banheiro e água quente.

 

SEXTO DIA (26-01-2011): saímos do camping às 08:00 (muito tarde). Seguimos em direção a Santiago, no caminho demos uma passada no Aconcágua (somente uma caminhadinha no parque), pagamos R$ 9,00 a entrada no parque. Logo mais a frente fizemos o trâmite de entrada no Chile.

 

Andamos cerca de 800km nesse dia, infelizmente já era muito tarde (23:00) e ainda não tinhamos uma cidade para ficar, encontramos na Ruta 5 um Camping com Chalés e resolvemos ficar por ali para descansar. Pagamos R$ 84,00 para ambos. Extremamente confortável e ainda ganhamos um vinho produzido pelo dono do local. Puertas Blancas Camping o nome do local. Andamos 775km nesse dia.

 

 

SÉTIMO DIA (27-01-2011): Saímos as 08:00 e seguimos em direção a Villarica. Não fazíamos ideia que aquela região era tão interessante, ao lado de Villarrica há outra pequena cidade chamada Pucon, ambas são fantásticas, por isso resolvemos já achar hospedagem para duas noites. Alugamos uma casa e pagamos R$ 125,00 para as duas noites. Casa com dois quartos, banheiro e cozinha. Até Villarrica fizemos apenas 300km. Aproveitamos o tempo livre para ir em busca de passeios. Adquirimos dois vouchers para a subida ao Vulcão Villarrica, pagamos R$ 317,00 para ambos (incluso botas para neve, mochila, capacete, guia, transporte, etc). A subida foi marcada para o outro dia.

 

Naquele dia aproveitamos para dar uma pescada no Lago Villarrica. Pagamos R$ 125,00 pela pescaria (incluso barco, guia, equipamentos etc). Pegamos apenas duas trutas, o guia acabou indo jantar com a gente na casa alugada.

 

OITAVO DIA (28-01-2011): acordamos as 05:30 e partimos com um grupo rumo ao Vulcão. Uma das melhores experiências da minha vida. A dificuldade não é tanta, mas mesmo assim é demais. A descida então é incrível, descemos escorregando na neve (ski-bunda). Eu e meu pai voltamos a ser criança.

 

NONO DIA (29-01-2011): Saímos de Villarrica às 07:40, entramos novamente na Argentina. Pegamos cerca de 50km de estrada de chão em direção ao sul. Passamos por Bariloche, como o tempo é curto não ficamos. Chegamos em Gobernador Costa depois de dirigir por 840km.

 

Novos problemas com o carro: farol esquerdo simplesmente pifou e começamos a ouvir barulhos de rolamentos (bastante preocupante). Tivemos também bastante dificuldade para encontrar um posto que tivesse gasolina, assim sendo esperamos em um fila por cerca de 1 hora.

 

Em Gobernador Costa ficamos em um hostel que perdi o registro, só tenho a anotação que foi o pior de todos, hehe, então cuidado ao se hospedar lá.

 

DÉCIMO DIA (30-01-2011): seguimos viagem fazendo um desvio em direção a Sarmiento para procurar conserto para os rolamentos, pois a situação estava mesmo preocupante. Infelizmente era domingo e não encontramos ninguém para nos atender, assim perdemos esse dia e procuramos uma hospedagem. Pagamos R$ 60,00 pela hospedagem em Sarmiento. Ficamos o dia sem fazer nada. Bateu um pouco de stress por causa do carro.

 

DÉCIMO PRIMEIRO DIA (31-01-2011): gastamos R$ 170,00 com a troca dos rolamentos. O carro só ficou pronto às 11:00 horas. Seguimos viagem pela famosa rota 40, onde pegamos no total mais de 100km de estrada de chão muito ruim. Ficamos em um hotel Hotel Serv. Generales Ruta 40, pagamos R$ 60,00 na hospedagem. Esse local é simplesmente muito inóspito e sem nada por perto.

 

DÉCIMO SEGUNDO DIA (01-02-2011): tocamos em frente, cada vez mais ao sul, e ainda muita estrada de chão pela frente. A estrada melhorou um pouco, mas tivemos que levar bastante comida e água pois como dito, o lugar é muito deserto. Fomos até El Chaltén. Andamos menos por dia devido a estrada de chão, nesse dia fizemos cerca de 450km.

 

El Chaltén é incrível, uma das cidades mais legais que conheçi. Nos hospedamos em Hotel/Albergue Condor de Los Andes por R$ 120,00. Nessa região tudo é realmente muito caro para os turistas.

 

A cidade é rodeada por montanhas e é a capital nacional do trekking. Logo na chegada fechamos um passeio para o Glaciar Viedma, o maior glaciar da Argentina. Pagamos pelo passeio R$ 137,00 para ambos (incluso barco). Há também opção de passeio com trekking no glaciar.

 

DÉCIMO TERCEIRO DIA (02-02-2011): acordamos e fomos direto ao encontro do grupo para tomar direção ao Glaciar, lá conhecemos um alemão que veio com seu filho e trouxe seu carro (quase um trailer) de navio e estava fazendo um tour pela América do Sul, conversamos bastante e depois trocamos lembranças (algo muito típico em viagens), ele, por ser policial na Alemanha, nos deu um emblema da Polícia e demos a ele uma note de cinco reais tendo em vista que naquele passeio ele não passaria pelo Brasil.

 

O glaciar é realmente fantástico, o frio bateu e o vento ainda mais, os locais tornam-se cada vez mais incríveis.

 

Começa a anoitecer somente por volta das 22:00h.

 

Depois do passeio tomamos rumo a El Calafate, outra cidadezinha muito parecida com El Chaltén e aproveitamos o mesmo dia para conhecer o famoso Glaciar Perito Moreno, muitos dizem ser o mais bonito do mundo. Pagamos R$ 60,00 para visitação do Glaciar Perito Moreno.

 

Em El Calafate ficamos no Hotel/Pensão El Calafate e pagamos R$ 43,00.

 

 

DÉCIMO QUARTO DIA (03-02-2011): saímos de El Calafate por volta das 08:00 e novamente enfrentamos um trecho de 60km de chão de péssima qualidade (Ruta 40). Enquanto seguimos rumo ao Sul passamos pelo maravilhoso Parque Nacional Torres del Paine e tivemos que entrar novamente no Chile para poder cruzar o Estreito de Magalhães e finalmente chegar na Terra do Fogo.

 

Podemos dizer que fizemos uma pequena cagada nesse dia: resolvemos descer até Punta Arenas pois sabíamos que lá também havia uma balsa que levava a Ilha Terra do Fogo, mas chegamos lá e a balsa já havia partido, assim acabamos subindo novamente e conseguimos pegar uma balsa de madrugada para atravessar o estreito. Esse desvio nos custou muito tempo e estresse. Ficamos com medo de não encontrar hospedagem. Acabamos parando em Cerro Sombrero e encontramos um hotel com vaga. Infelizmente era um hotel um tanto quanto luxuoso para nossa viagem, acabamos gastando R$ 124,00. Hotel Cerro Sombrero. Andamos 920km nesse dia.

 

 

DÉCIMO QUINTO DIA (04-02-2011): saímos as 09:00h em direção a Ushuaia. Mais 106km de estrada de chão. Vento fortíssimo e muito frio. Finalmente chegamos em Ushuaia, o fim do mundo. Fomos até o Hotel Malvinas, não encontramos nenhum hotel mais barato com vagas e pagamos R$ 129,00 a hospedagem. O dono do hotel muito gente fina e já tinha vindo algumas vezes pro Brasil (Floripa). Adquirimos um passeio para o outro dia para visitar alguns locais onde ficam Leões Marinhos, Pinguins etc. Pagamos R$ 215,00 pelo passeio. O pai estava com a boca extremamente descascada pelo frio, tivemos que comprar remédio.

 

DÉCIMO QUINTO DIA (05-02-2011): Nesse dia somente fizemos os passeios, muito bacana por sinal. Aproveitamos que os dias são bem mais longos e as 17:30 saímos de Ushuaia já iniciando nosso retorno ao Brasil pelo lado do Atlântico.

 

Paramos no Hotel San Sebastian onde pagamos R$ 86,00 pela hospedagem. Aqui aconteceu um fato simplesmente impressionante. Nós, de Pinhão-PR, encontramos (acreditem), amigos de Entre Rios (30km de Pinhão) no Fim do Mundo, pode isso? Um deles estava no hotel com sua moto estragada esperando pelos amigos que haviam ido comprar peças em uma cidade próxima. Acabamos ainda dando um certo apoio.

 

Como já entramos na parte da viagem que trata sobre o retorno, irei separar e colocar em outro post para não deixar esse muito extenso. Confiram!

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