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Báltico em 10 dias: Lituânia, Letônia, Estônia e um pulo na Finlândia


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Senhoras e senhores, segue meu relato da viagem que fiz para os países Bálticos, com direito a um dia em Helsinki, na Finândia. Foram dez dias no total. Fui apenas eu e meu pai. Não foi uma viagem exatamente ao estilo mochileiro, pois ficamos em hotel ao invés de albergue, embora podemos dizer que sempre pegamos o hotel mais barato que encontramos, considerando que ele devia estar a uma distância caminhável das Cidades Antigas (e demos bastante sorte com os hotéis!). Só reservamos o hotel para os dois primeiros dias, porque decidimos definir o roteiro durante a viagem.

 

LITUÂNIA

 

Dia 1 – De São Paulo para Vilnius

 

A viagem começou no dia 13 de fevereiro de 2015, sexta-feira. Pegamos um voô de São Paulo às 21:30hs até Paris. Classe Econômica é só sofrimento em voôs longos... As cadeiras da Air France são bem apertadas. Chegamos em Paris perto da hora do almoço e pegamos outro avião em direção à Riga (Letônia) na parte da tarde, o que não nos deixou tempo para conhecer Paris. O voo até Riga pareceu que demorou um século, mas estávamos mesmo era preocupados com a última conexão. Chegando em Riga, tínhamos apenas meia hora para pegar o voo até Vilnius (Lituânia). Saímos correndo do avião junto com mais um pessoal que ia fazer a mesma conexão. Apesar da preocupação, deu tudo certo. Embarcamos no voo e em 50 minutos estávamos chegando no nosso destino inicial!

O custo das passagens foi de R$ 2.450,00 ida e volta. Na ida, o trecho inicial foi São Paulo – Paris – Riga – Vilnius, sendo os dois primeiros pela Air France e o último pela Air Baltic. Na volta, os trechos foram Tallinn (Estônia) – Amsterdam – São Paulo, sendo o primeiro trecho operado pela Estonian Air e o segundo pela KLM.

 

Chegamos no aeroporto de Vilnius às 20:30hs do dia 14. Como a imigração foi feita na França, quando chegamos na Lituânia não passamos por nenhum tipo de alfândega. O aeroporto é bem pequeno e estava praticamente deserto. Logo na frente do aeroporto tem um ponto de ônibus. Pegamos um até a Cidade Velha, onde era o nosso hotel. A passagem é 1 euro por pessoa. Desembarcamos a uns 600 metros do hotel e fomos a pé com nossas mochilas. O problema é que meu pai estava com uma mochila grande de rodinhas e, pra ajudar, uma das rodas quebrou durante o voô de ida. Então deu um certo trampo pra carregar a mochila até o hotel, principalmente se considerarmos que estava -2ºC. ::Cold::

 

Enfim, chegamos vivos ao Hotel Europa Royale. A diária do quarto para duas pessoas saiu R$ 172,00. O hotel é muito bom e aconchegante, além de estar localizado dentro da Cidade Antiga. Só para esclarecer, nas capitais de todos os países Bálticos a parte turística das cidades são os bairros nos quais se localizavam as cidades medievais (Old Town), com as casas antigas, catedrais, muros e torres remanescentes ou que foram restauradas após a II Guerra Mundial.

 

Como estávamos morrendo de fome, decidimos esbanjar e ir em um restaurante alemão na frente do hotel chamado Vokieciu. Pedi um cordeiro com batata assada e uma cerveja local, a Svyturys Ekstra. A comida e o atendimento estavam excelentes, mas a cerveja achei bem fraquinha. O prato saiu por 20 euros e a cerveja 4.5 euros. Saindo de lá, saímos para caminhar um pouco e paramos no Pub The Portobello para 660 ml de Guinness por 3.6 euros. Como estávamos cansados pela viagem e já estava tarde, só restou voltar para o hotel e desmaiar.

 

Dia 2 –Trakai e a aventura no gelo.

 

Tomamos café as 8hs no belíssimo restaurante do hotel. As opções do café da manhã eram bem saborosas, com destaque para o brioche de maçã. Enquanto esperava meu pai tomar banho, sai rapidamente para bater umas fotos de Vilnius e ir até o centro de informações para saber certinho como ir até Trakai, que é uma cidade que tem um castelo medieval e seria nosso primeiro passeio. Após pegar as informações no centro e um mapa de Trakai, fomos até o terminal de ônibus. O terminal fica a cerca de 1km do portal da cidade antiga e, como nosso hotel era praticamente ao lado do portal, fomos caminhando até lá. A passagem até Trakai saiu por menos de 2 euros o trecho e dura cerca de 25 minutos a viagem até lá. Ao chegar na cidade, você vai caminhando até o castelo, conhecendo a cidadezinha e os demais pontos de interesse marcados no mapa.

 

IMG_0213.JPG?dl=0Vilnius

 

IMG_0221.JPG?dl=0Pub

 

IMG_0224.JPG?dl=0Restaurante alemão

 

IMG_0227.JPG?dl=0Lugar do café da manhã e um tio olhando com um sorriso amigável.

 

IMG_0237.JPG?dl=0Caminho até a estação de ônibus

 

IMG_0251.JPG?dl=0Caminhando por Trakai

 

IMG_0253.JPG?dl=0Arquitetura da antiga URSS

 

IMG_0258.JPG?dl=0Lago congelado

 

IMG_0268.JPG?dl=0Trakai

 

Como era o nosso primeiro dia andando ali no Báltico (e dada nossa falta de experiência com tal clima), fomos aprendendo a não andar no gelo! Durante todo o caminho, é sempre importante procurar os trechos com terra ou com um gelo mais áspero, se não, a chance de cair de bunda no chão é gigante... Durante a caminhada até o castelo, existe a opção de ir por terra ou caminhar pelo lago, que congela no inverno. Obviamente que fui caminhando pelo lago, já que estava menos escorregadio e era uma experiência nova, à parte o cagaço nos primeiros passos, com medo do gelo quebrar! Durante a caminhada encontramos uma galera jogando hockey e um rapaz tentando pescar em um buraco no gelo. Não parecia que o pacato cidadão estava tendo muito sucesso. Antes de chegar no castelo, ainda paramos em um café para tomar um capuccino (1.5 euros).

 

IMG_0279.JPG?dl=0Com cagaço de andar no lago

 

IMG_0292.JPG?dl=0Joinha para a pesca esportiva!

 

IMG_0296.JPG?dl=0Castelo de Trakai ao fundo

 

IMG_0308.JPG?dl=0Galera do Hockey

 

IMG_0322.JPG?dl=0Castelo

 

O Castelo de Trakai é incrível, valendo muito a pena pagar 5.5 euros para entrar nele (estudante paga meia). Você se sente na Idade Média lá dentro... É uma experiência única. Além da arquitetura, o castelo também possui algumas instalações que funcionam como um museu, para contar a história do lugar. Uma curiosidade é o período no qual Trakai foi comandada pelos Karaites no fim do século XIV. Era um povo de origem turca e que ainda deixou uma herança cultural na região.

 

IMG_0331.JPG?dl=0Dentro do castelo

 

IMG_0362.JPG?dl=0Na capela do castelo

 

IMG_0397.JPG?dl=0Galerinha das antigas

 

Saindo do castelo, ainda deu tempo de tomar mais um café e voltar até o terminal de ônibus. Saímos de Trakai às 15:45hs. Os ônibus saem, em média, de 30 em 30 minutos até Vilnius. Chegando na capital, fomos até o mercado Rimi (será seu melhor amigo durante a viagem) para comprar água, porcarias e bebidas. O preço, em geral, é mais barato que no Brasil e a qualidade das frutas é incrível. Na volta para o Hotel, ainda parei em uma loja de cds que ficava no porão de uma outra loja. Comprei dois cds de bandas da Lituânia por cerca de 9 euros cada (em média, cd é uma coisa cara no Báltico), após fazer o atendente colocar uns 10 cds para eu escutar e escolher o que queria comprar.

 

IMG_0417.JPG?dl=0Saindo de Trakai

 

IMG_0426.JPG?dl=0Mansão no caminho

 

IMG_0429.JPG?dl=0Chegando em Vilnius

 

Após tomar um banho, saímos para jantar em um restaurante francês perto do hotel. Tinha um francês bem doido que ficou batendo papo com a gente. Pedi uma panqueca de salmão por 5.5 euro e meu pai um peixe por 10 euros. Achei a comida boa e suficiente pra matar a fome. O curioso é que uma das garçonetes do lugar tinha visitado o Brasil e até ensaiou umas palavras em português. Depois de comer, era hora de descansar para conhecer um pouco de Vilnius no dia seguinte.

 

Dia 3 – Vilnius e as 16 fogueiras da independência

 

Saímos de manhã para caminhar pela cidade antiga. Por azar, meu pé esquerdo começou a doer bastante nesse dia, provavelmente pela falta de amortecedor na botina que usei... Mas dane-se, eu ia andar até meu pé cair. Como era feriado de independência, os museus estavam todos fechados. Passamos pelas belas catedrais da cidade antiga e pelo curioso bairro de Uzupis, que se considera um “país” próprio e até tem uma data de independência no dia 1 de abril (por que será, né?). Ali na entrada do bairro existem várias pontes com cadeados, como é famoso na França. No entanto, essa tradição é bem antiga por esses lados da Europa...

 

IMG_0445.JPG?dl=0Vilnius

 

IMG_0447.JPG?dl=0Vilnius

 

IMG_0455.JPG?dl=0Uzupis, a ponte dos cadeados e o menino de uma luva só

 

IMG_0460.JPG?dl=0Uzupis

 

Saindo de Uzupis, fomos até a colina de Gediminas, cartão postal de Vilnius. Você pode subir a colina andando ou de teleférico. Fomos andando. Lá de cima, é possível avistar boa parte de Vilnius, tanto a parte antiga quanto a mais nova. Saindo de lá, fomos até a Rua Gediminas, onde meu pai aproveitou para comprar uma bota e paramos para um café.

 

IMG_0464.JPG?dl=0Catedral

 

IMG_0489.JPG?dl=0O outro lado de Vilnius

 

IMG_0493.JPG?dl=0Gediminas

 

IMG_0512.JPG?dl=0Cavaleiro Gedi... ...minas (que piada tosca!)

 

IMG_0515.JPG?dl=0Praça principal, onde iriam acontecer o show da independência

 

IMG_0527.JPG?dl=0Catedral

 

Decidimos pegar o ônibus 53 até o shopping Ozas, que fica um pouco distante da cidade antiga. Como não entendemos como o ônibus funcionava, fizemos o trecho todo de graça... O shopping tem mais tamanho do que qualquer outra coisa, mas serviu para termos uma boa noção dos preços das coisas. Aproveitei para comprar um amortecedor de calcanhar para o meu pé e uma camisa da seleção de basquete da Lituânia, a pedido de um amigo. Após as compras, comemos lá no shopping mesmo. Resolvemos arriscar um prato de 5 euros, que você podia montar. Era um prato brutal, com repolho, beterraba, carne de porco empanada, molho branco, legumes e arroz. Embora uma comida simples, gostei bastante.

 

IMG_0531.JPG?dl=0Shopping Ozas

 

Pegamos novamente o 53 para voltar ao hotel. No meio do caminho, subiram dois fiscais no ônibus pedindo os bilhetes. Como não tínhamos e eles perceberam que não sabíamos como a coisa era, falaram para nós comprarmos direto do motorista, por um euro. Provavelmente nos livramos de uma bela multa. Chegamos no hotel no final da tarde e descansamos um pouco.

 

Ao anoitecer, fomos até a praça da catedral, onde estava tendo um show pela comemoração da independência. Além disso, na rua Gediminas tinham 16 fogueiras acesas, representando a independência da Lituânia. Elas também serviam para esquentar o pessoal, afinal, não é lá muito quente o inverno por lá...

 

Festa%20da%20independencia.jpg?dl=0Shows da Independência

 

Fogueira.jpg?dl=0As fogueiras

 

Para terminar a noite, resolvemos experimentar a culinária local no restaurante Forto Dvartas. Experimentamos uma sopa de cogumelo muito saborosa, panqueca feita de batata e recheada de bacon, além dos famosos cepelinai (mais conhecidos como zeppelins), que são um tipo de batata recheada (pedimos com carne de porco). Achei a textura bem diferente e um gosto que me lembrou pamonha! Para beber, experimentei o hidromel sem graça da casa. Os pratos são bem em conta, custando até cerca de 8 euros e também são bem servidos. E assim acabou a última noite em Vilnius.

 

zeppelins.jpg?dl=0Zeppelins

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LETÔNIA

 

Dia 4 – Partiu Riga

 

Acordamos cedo e pegamos o ônibus de Vilnus para Riga às 10hs. A passagem custa 13 euros e a viagem dura 4:30hs. O ônibus é excelente, possui internet e tomada. A viagem é bem tranquila. Após atravessar a fronteira, um guardinha entra no ônibus para checar os passaportes e é isso. A primeira parada é no aeroporto de Riga e depois na estação de ônibus. Por sorte, nosso hotel era apenas a uns 300 metros da estação, o que facilitou muito a locomoção, considerando que a rodinha de uma das malas estava quebrada.

 

IMG_0624.JPG?dl=0Atravessando a Letônia

 

Ficamos no Boutique Hotel Monte Kristo, com ótimo benefício e localização excelente. O quarto saiu por 36 euros (2 pessoas). Depois que arrumamos as coisas, saímos para ir atrás de um microfone, pois estava no meu planejamento comprar um maldito microfone que eu queria, já que eu tinha pesquisado antes e vi que lá na Europa ele custava metade do preço aqui do Brasil.

 

IMG_0676.JPG?dl=0Hotel Monte Kristo

 

Compramos o bilhete do trolleybus por 1,5 euros cada e demoramos um pouco para encontrarmos a parada, mas deu tudo certo após perguntarmos para um grupo de jovens na rua. Não deixe de perguntar caso tenha dificuldades, praticamente todos os jovens falam inglês, incluindo a galera do McDonalds. Rodamos e andamos até anoitecer e, enfim, consegui comprar o microfone. O interessante também foi conhecer um pouco de uma região mais longe do centro histórico, que não é lá muito sensacional, mas dá aquela impressão de estar imerso na vida dos mortais que moram por ali.

 

A próxima parada foi em um restaurante no qual você escolhe as porções de cada coisa e paga pela porção. Confesso que nessa parte houve um problema de comunicação, já que estávamos achando que seria um self-service, ou seja, que estaríamos pagando pelo peso, não por porção. Além disso, rolou um debate com o gente boa que servia as porções. Falei pro rapaz “Eu quero esse arroz”, daí ele falou: “O arroz é esse” e me apontou pra outra panela. Daí eu insisti “Não, mas eu quero ESSE arroz!”. E ele “Não, arroz é o outro! Esse é cuscus”. Ok, 1 a 0 pro rapaz. Daí eu fui pegar batata frita. “Eu quero essa batata aqui” e ele “Essa não. Essa aqui” e me apontou pra panela do lado. Daí eu pensei “Esse guri tá me zoando”. Daí eu falei “Eu quero essa batata mais branca” e daí ele “Não, essa não ta pronta. É a outra”. Beleza, 2 a 0 pra rapaz das panelas, e não se fala mais nisso. A comida no geral estava ok, nada sensacional, mas também não era ruim.

 

Em seguida, voltamos pro hotel para dormir. A primeira impressão de Riga é de uma cidade bem maior que Vilnius e muito mais cheia. Outra coisa é que também tinha muitas obras pelas ruas da cidade.

 

Dia 5 – Aproveitando a cidade velha e o Mercadão

 

Acordamos cedo, tomamos o café da manhã (era bom, mas abaixo do que tinha em Vilnius) e saímos para conhecer a cidade antiga. Riga é conhecida pela art-nouveau. São infinitas igrejas e fachadas de casas com esse estilo de arquitetura, que incluem gárgulas e animais. Achei sensacional! Subimos na torre da Igreja Luterana (3 euros para entrar). Vale a pena ter a visão panorâmica da cidade lá de cima. O difícil é enfrentar o vento no frio desgraçado que tava.

 

IMG_0759.JPG?dl=0Catedral Luterana

 

IMG_0738.JPG?dl=0Riga

 

IMG_0791.JPG?dl=0Vista aérea de Riga, com a presença da Torre Eiffel e dos galpões do mercado central

 

Para o nosso azar, muitos museus estavam fechados, alguns por conta da época do ano e outros porque estavam em reforma. Após andar a manhã inteira, paramos para mandar ver num Big Mac (9 euros, dois big macs completos grandes, como barbecue e mostarda adicional). Passamos para fazer compras em um supermercado (leia-se, cervejas e porcarias) e fomos para o hotel para uma ligeira descansada e depois sair para o Mercado Central, que fica do lado da estação de ônibus, ou seja, pertinho do nosso hotel.

 

IMG_0753.JPG?dl=0Riga medieval

 

IMG_0762.JPG?dl=0Riga

 

O Mercadão de lá são inúmeros pavilhões, separados por tipos de comida, além de ter diversas barracas ao redor dos pavilhões também. Compramos um saco cheio de amendoim, castanha, amêndos, frutas secas e até chocolate, tudo misturado, por 1,5 euros. No entanto, a melhor coisa foi comprar uma mala nova por 33 euros, pois precisávamos de mais espaço para levar as bugigangas que estávamos comprando. A dificuldade foi barganhar com a velhinha das malas. Conseguimos uma redução incrível de 2 euros no preço!

 

Mecad%C3%A3o.jpg?dl=0Mercadão

 

Peixes.jpg?dl=0Peixes

 

Saindo do Mercado, passamos no terminal de ônibus para comprar a passagem para Sigulda, que seria a aventura do dia seguinte. A passagem custa cerca de 2 euros e o ônibus sai de 45 em 45 minutos, aproximadamente. Decidimos sair às 9:20hs para chegar lá ainda de manhã, às 10:30hs.

 

De noite, resolvemos sair para ir comer num fast food local chamado Pelmeni. É um self-service de ravioli! À primeira vista até pensei “Isso aí é encrenca”, já que quando entramos não tinha nenhum atendente à vista e quando fomos ver, tava cada um num canto mexendo no celular, com aquela cara do tipo “Não venha atrapalhar meu Candy Crush”. Para nossa sorte, a comida era bem justa e saiu muito barato. O meu prato saiu por 2,5 euros! Daí foi só voltar pro hotel, beber as cervejas e ir descansar pro dia seguinte.

 

Pelmeni.jpg?dl=0Pelmeni

 

Dia 6: Sigulda e Turaida

 

Partimos para Sigulda no ônibus das 9:20hs. A viagem é bem tranquila, sendo que chegamos lásas 10:40hs. O centro de informações turísticas fica na própria estação de ônibus/trem, escondido no canto. Pegamos as informações necessárias com a rapaz do centro de informações que nos ensinou que as linguas da Lituânia, Letônia e Estônia são completamente diferentes. Ele disse que os turistas chegam nesses países e acham que um lituano conversa tranquilamente com um estoniano, mas nada disso!

 

Partimos a pé para o castelo de Sigulda. São uns 15 minutos de caminhada a partir do centro. O lugar estava tomado de neve, então perdemos uns 20 minutos brincando na neve, como bons brasileiros! O cenário com neve deixou o lugar incrível. Ir para o Báltico no verão também deve ser sensacional, mas acho que a neve e o inverno dá um toque místico naquele cenário medieval.

 

IMG_0865.JPG?dl=0Pega essa!

 

IMG_0889.JPG?dl=0Vestígios da URSS

 

Demoramos um tempinho maior para chegar no Castelo de Sigulda, porque entramos em uma rua errada e nos perdemos por alguns minutos. Antes da entrada do castelo, tem um bunker da II Guerra, que também acaba fazendo parte das atrações. Chegando no castelo, havia dois carinhas vestidos com roupas medievais na entrada e mais nenhuma alma viva. A entrada custa 2 euros. É permitido andar pelas ruínas do castelo, que conta também com uma espécie de anfiteatro onde acontecem shows e apresentações durante o verão (um dos lados positivos de fazer essa viagem no verão), além de um mirante onde, na teoria, dá para avistar o outro castelo, de Turaida. Como tinha muita neblina, não era possível ver o outro castelo dali.

 

IMG_0895.JPG?dl=0Bunker

 

IMG_0903.JPG?dl=0Prefeitura de Sigulda que fica na frente do castelo

 

IMG_0912.JPG?dl=0Castelo de Sigulda

 

IMG_0930.JPG?dl=0Castelo de Sigulda

 

Saindo de lá, o nosso objetivo era ir até o Castelo de Turaida. São duas opções: caminhas por cerca de 4 km ou pegar um ônibus por 0.45 euros. Decidimos ir até o ponto para pegar o ônibus, já que tínhamos a tabela dos horário em que ele passava (pegamos no centro de informações). No caminho até o ponto, ainda deu tempo de visitar uma igreja. Tinha uma senhora muito simpática na entrada que nos convidou para entrar lá e conhecer. Fui pedir para tirar foto dela, mas ela deu uma risada, ficou com vergonha e saiu a passos largos para entrar na igreja de novo!

 

IMG_0886.JPG?dl=0Igreja

 

Pegamos o ônibus às 13:20hs e ele leva cerca de 6 minutos para chegar até o Castelo de Turaida, que fica em um parque onde há esculturas expostas ao ar livre e até uma pequena pista de ski. Antes de ir para o castelo, passeamos um pouco para ver as esculturas do parque. Sem dúvida, foi um dos momentos mais incríveis da viagem, pois o ambiente ali é muito idílico. Fomos para o castelo e subimos na grande torre de observação que tem lá! Fora isso, não tinha nenhuma porta aberta para visitar os outros aponsentos do castelo, mas também não tínhamos muito tempo para isso. Esse passeio no parque e no castelo durou cerca de 1:30hs. Saímos correndo de lá para pegar o ônibus das 15hs de volta para Sigulda, pois queríamos pegar o trem das 15:55hs de volta para Riga, já que ainda não tínhamos andado de trem nessa viagem. Aqui vale uma observação: é indiferente fazer o trecho entre Riga e Sigulda (ou vice-versa) de trem ou ônibus. O preço e o tempo da viagem são praticamente os mesmos.

 

IMG_0986.JPG?dl=0Paisagem na Neblina

 

tur3.jpg?dl=0Castelo de Turaida

 

tur12.jpg?dl=0All Along the Watchtower

 

Enfim, demos bastante sorte, pois conseguimos pegar o ônibus das 15hs e comprar a passagem do trem. Ainda sobrou tempo para comer uma pizza e tomar uma cerveja em uma pizzaria que fica na frente da estação. A viagem de trem no fundo não é mais nem menos interessante do que a de ônibus. Como estava cansado, passei a viagem toda tirando um cochilo. Chegamos em Riga às 17hs. Fomos pro hotel descansar e só saímos à noite para ir comer no glorioso Hesburger, que é o fast food que tem em todo canto por lá.

 

tur19.jpg?dl=0Estação de Sigulda

 

tur22.jpg?dl=0Pegando o trem

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ESTÔNIA E FINLÂNDIA

 

Dia 7 – Viajando no tempo: Tallin

 

Partímos para Tallin às 9hs. A passagem de ônibus do trecho Riga-Tallin custa cerca de 16 euros, sendo que é uma viagem bem tranquila e demora mais ou menos a mesma coisa do que Vilnius-Riga. Chegando na estação de ônibus, pegamos um taxi até o hotel Metropol (6 euros a corrida). O hotel fica bem localizado, pois fica dolado da cidade antiga e, mais do que isso, do lado dos terminais de ferry que vão para Helsinki. A única coisa que foi meio bizarra é o fumódromo que tinha bem na frente do nosso quarto. Tive a impressão que os estonianos fumam acima da média!

 

IMG_1027.JPG?dl=0Chegando na Estônia

 

Deixamos as nossas coisas no quarto e saímos para andar na cidade velha. Aproveitamos e subímos a muralha medieval que delimita o centro antigo, por 3 euros. Andando por Tallin, percebe-se rapidamente que é uma cidade mais turística do que Riga e Vilnius. Há sempre um pessoal dos restaurantes vestidos com roupas medievais. Uma mulher de um dos restaurantes perguntou de onde vínhamos e falamos que éramos do Brasil. Daí ela disse “Essa terra não existe, forasteiro”. Ficamos com aquela cara de interrogação, até ela falar “Estamos no século XV, sua terra não foi descoberta ainda!”. Então era isso, tínhamos voltado no tempo! Ainda ganhamos da moça uma “moeda da sorte”, que nos dava amêndoas caramelizadas de graça na loja do restaurante, além de schnapps.

 

IMG_1041.JPG?dl=0Muralha original dos tempos medievais

 

IMG_1039.JPG?dl=0Uma das entradas da cidade antiga

 

IMG_1042.JPG?dl=0Mocinha vendendo amêndoas

 

IMG_1084.JPG?dl=0Moças do Old Hansa

 

A prova de que estávamos em outra época veio em um dos ápices de viagem, a famosa taverna Drakoon. Eu tinha lido no guia que era uma taverna com comida boa e barata, então resolvemos perguntar na rua onde era esse lugar. Mesmo com as indicações, levamos um tempo para achar, pois é simplesmente uma porta no principal edifício da praça central. O ambiente é realmente como uma taverna, com iluminação de velas, atendentes à caráter e que te respondem tudo de um modo curto e grosso (de propósito), com uma pitada de humor negro! Sensacional! As opções de comida são mínimas, mas excepcionais: caldo de cervo, tortas folhadas recheadas, salsicha e pepino à vontade. Por falar em penino, é um desafio pegá-los. Isso porque você se serve à vontade, mas os pepinos ficam em um barril que você tem que abrir e caçar os pepinos com um espeto. Em resumo, 15 euros no almoço, com direito a 1 pint de cerveja caseira, que também estava sensacional.

 

IMG_1061.JPG?dl=0Drakoon

 

IMG_1067.JPG?dl=0Praça central. A taverna fica na primeira porta desse prédio

 

IMG_1086.JPG?dl=0Malucos

 

Saindo da Drakoon, decidimos ir atrás das passagens para ir até Helsinki, passar o dia seguinte lá. No total, saiu 66 euros, ida e volta para duas pessoas. O horário de saída era às 7:30hs e a volta às 17:30hs, sendo que cada trecho demora 2hs. Depois de compradas as passagens, passamos no Rimi para comprar guloseimas e cervejas para a noite. E foi isso!

 

IMG_1090.JPG?dl=0Rimi

 

Dia 8 – Um pulo na Finlândia

 

Acordamos cedinho e pegamos nosso café da manhã na recepção. O pessoal do hotel foi bem gentil e preparou um café da manhã portátil para levarmos para comer no navio. Do hotel até o ponto em que saem os ferrys foram apenas 12 minutos andando. E agora vai um conselho importante: chegue no máximo 30 minutos antes do horário de partida, porque o navio costuma sair até mesmo antes do horário! O ferry é bem grande, com direito a free shop e vários andares. Caminhando pelo navio, nos deparamos com essa cena:

 

IMG_1133.JPG?dl=0Faltou alguns passos para chegar no quarto

 

Fiquei me perguntando o que leva um ser a ficar nesse estado, em pleno navio nos mares da Finlândia. A resposta estava no próprio free shop do navio:

 

IMG_1138.JPG?dl=0Sim! Bebendo desde criança... Dá nisso! ::toma::

 

Chegamos em Helsinki no horário previsto e fomos caminhando do porto até a praça do mercado, onde saíam os barcos para a ilha de Suomenlinna, que é provavelmente a principal atração turística de Helsinki. Nesse caminho, já deu para conhecer um pouco do clima de Helsinki. A passagem até Suomenlinna custa cerca de 3 euros e você compra por conta própria em uma maquininha que fica ali onde os barcos saem. A viagem é rápida, cerca de 10 minutos apenas. Pegamos o barco até a ilha às 11hs. Chegando lá, o negócio é sair explorando a ilha com um mapinha. É um lugar muito bonito, que abriga uma antiga fortaleza construída para defender as antigas províncias suecas de invasões estrangeiras. A parte ruim é que, por ser inverno, a maioria dos restaurantes, cafés e museus da ilha permanecem fechados. Sem dúvida foi o lugar que senti mais frio, principalmente pela mistura de chuva e vento. Mas valeu muito a pena!

 

IMG_1189.JPG?dl=0Praça do mercado

 

IMG_1201.JPG?dl=0Trabalhadores de Suomenlinna

 

IMG_1235.JPG?dl=0Suomenlinna

 

IMG_1258.JPG?dl=0É bom se proteger! Do frio...

 

Voltamos para o centro de Helsinki no barco das 13:20hs. Chegando lá, fomos direto conhecer o mercado central, que fica bem do lado de onde pega o barco para Suomenlinna. O mercado é pequeno, mas bem charmoso e caro. Praticamente só tinha turistas lá. Decidimos ir comer em um lugar mais barato (leia-se, McDonalds) e aproveitar para conhecer mais um pouco da cidade. Passamos em algumas lojas e paramos para tomar um café em um shopping subterrâneo, na frente da bea estação de trem. Quando era umas 16:20hs, pegamos o tram número 9 de volta para o porto. Esse foi o maior roubo da viagem: a passagem do tram saiu 4 euros! E não apareceu ninguém para checar se tínhamos a passagem. Um pouco antes de entrarmos no tram, começou a nevar bem fraquinho, mas ainda assim valeu a experiência.

 

IMG_1297.JPG?dl=0Mercadão

 

IMG_1308.JPG?dl=0Catedral

 

IMG_1325.JPG?dl=0Estação de trem

 

Antes das 17hs já estávamos embarcando no navio para voltar para Tallin. Chegando lá, ainda deu tempo de passar no mercado para comprar mais guloseimas. A impressão geral é que dá para conhecer os principais pontos de Helsinki em um ou dois dias!

 

Dia 9: Dirija com cuidado pela ponte

 

Acordamos sem pressa, pois era um dia livre. Decidimos fazer o free tour às 12hs. Ele sai em frente ao centro de informações turísticas. A guia, Helli, era muito boa e também bem engraçada, com aquela pitada de humor negro nos comentários. Aliás, essa é uma característica dos estonianos, não é uma exclusividade dos ingleses. O grande negócio do free tour é que você paga o quanto quiser no fim do passeio, além de ser, provavelmente, o melhor tour que você poderá conseguir, pois a guia dá um enfoque grande nas curiosidades dos acontecimentos históricos, fazendo com que sua atenção fique presa durante todo o passeio. Por exemplo, uma história muito interessante que Helli contou foi a respeito da lingua estoniana. Reza a lenda que houve um concurso para ver qual era a lingua mais bonita do mundo e a Estônia ficou em segundo lugar, perdendo apenas para o italiano. O concurso pedia que os jurados avaliassem uma sentença de, no máximo, 7 palavras, sem que os jurados soubessem o significado da frase. Dizem que a frase estoniana era: “Sõida tasa üle silla”, algo como “Dirija com cuidado pela ponte”. Demos dez euros no fim do tour, sem dó!

 

IMG_1330.JPG?dl=0Free Tour

 

IMG_1349.JPG?dl=0Eu, meu amigo e Tallin

 

IMG_1353.JPG?dl=0Tallin

 

Após o tour, decidimos comer no restaurante Old Hansa, que é justamente onde a moça com a roupa medieval havia conversado com a gente no primeiro dia e nos dado uma moeda da sorte. O prédio do Old Hansa também chama bastante a atenção, por ser bem grande e muito bem localizado. O prato variava entre 15 até sabe-se lá quantos muitos euros. Na minha opinião, foi a melhor comida da viagem. Pedi o Game Pot, que é um prato que vem uma espécie de carne de alce e búfalo moída, com alguns legumes, uma torta e as berries da época. A comida tinha um sabor agridoce incrivelmente gostoso e diferente de tudo que já comi.

 

IMG_1370.JPG?dl=0Melhor comida da viagem

 

Em seguida, saímos para comprar alguns chocolates e bebidas de presente no mercado, e ficamos a noite no hotel, tomando cerveja e comendo um lanche que havíamos comprado. Resolvemos nem sair para andar à noite porque o tempo estava bem chuvoso.

 

Dia 10 – Jabba e suas quinquilharias

 

Último dia de viagem, reservado para fazer as compras finais. Como era segunda-feira, todos os museus estavam fechados, então só restava gastar os euros que sobraram. Passamos a manhã em uma loja de música. Não resisti e comprei um micro-amplificador de guitarra. Em seguida, fomos comprar mais chocolate e bebidas. O chocolate típico de lá é da marca Kalev e a bebida principal é um licro chamado Vana Tallin, bem cítrico e doce.

 

Como não poderia deixar de ser, fomos a tarde na cidade antiga para comprar algumas bugigangas locais. Paramos na loja de um cara que parecia o Jabba do Star Wars. Era tipo um russo de pele morena, bem gordo, que ficava sentado em um banco atrás de um caixote (uma espécie de caixa), com a calça meio aberta, só mandando nos capangas da loja. Compramos várias bonecas russas na loja (mesmo não tendo nada de estonianas) e dai na hora de barganhar o preço, o Jabba disse que não ia fazer desconto, mas dai pediu para um dos capangas pegar algumas quinquilharias e dar pra gente de presente. Acho que o Jabba achou que éramos espanhois, porque pegava as coisas e falava “Regalo! Regalo!”.

 

Depois das compras, fomos comer na taverna Drakoon novamente. Que lugar! Mais a noite, fomo tomar cerveja no Pub Scotland Yard, que ficava bem do lado do hotel. O lugar era incrível, com um aquário enorme, decoração de uma casa inglesa, com várias armas na parede e as atendentes vestidas de policial. O pint de Guinness custava um pouco menos que 5 euros. Saindo delá, voltamos para o hotel para dormir um pouco e pegar o voô de volta às 6:50hs da manhã.

 

E assim foi a viagem pelo Báltico. Sem dúvida, uma viagem mais do que recomendada. Não tem motivo para esses lugares serem tão pouco explorados. Tanto a beleza fascinante, quanto o custo menor do que a "Europa mais tradicional", são pontos de atração para qualquer um que queira fazer uma bela viagem.

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