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  • Colaboradores

Espero contribuir um pouco com quem pretende ir à Brasília e enriquecer um pouco o site com relatos sobre a cidade, pois percebi que são poucos relatos sobre Brasília por aqui.

Cheguei na sexta-feira, 26 de setembro, pela manhã, na Rodoviária Interestadual. Acesso fácil ao metrô. Como ainda não eram 10 horas e a diária no albergue começava ao meio-dia, resolvi pegar o metrô no sentido contrário e dar uma olhada nas cidades satélites. Fui até o final da linha em Ceilândia e voltei pra estação de Águas Claras. Peguei o outro ramal e fui até o final em Samambaia e fui até a Estação Central. Só pra ver como são as cidades satélites, mesmo sem descer do metrô e só olhando as redondezas perto da linha. Área residencial simples, casas pobres, prédios altos e bonitos, de tudo um pouco por ali. Região sem interesse turístico, só por curiosidade de quem tinha tempo sobrando. Do metrô central tem ligação com a Rodoviária do Plano Piloto. Essa bendita rodoviária foi a pior coisa que vi em Brasília, muita muvuca, “seres estranhos” circulando, dá uma sensação enorme de insegurança. Não vi nada acontecendo com ninguém, nem aconteceu comigo, mas achei a Rodoviária do Plano Piloto um lugar onde todo cuidado é necessário. Fui pegar a linha 143, a única que vai pro albergue e já tinha um na plataforma. Dias úteis os ônibus pra lá não são um terrível problema, tem um em média a cada 20 ou 30 minutos. Apesar de várias pessoas aqui dizerem que o albergue de Brasília não é bem localizado e tal, mesmo assim resolvi ir pra lá por questão de preço, a diária pra alberguista é 50 reais e o próximo hotel mais barato que achei foi o Bittar por 125 reais. Então resolvi ir pro albergue mesmo, porque depois se precisasse pegaria um táxi numa emergência e ainda ficaria mais barato que a hospedagem mais central, mas não precisei de nenhum táxi, me programei com horários de ônibus e até a pé pro albergue eu fui. O albergue de lá é um pouco fraco em relação a outros que já fiquei e não digo em relação a distância, pois isso não me afetou, mas achei os colchões um pouco moles e o café da manhã é fraco, apesar de que meus cafés da manhã normais é só café com leite e biscoitos, mas estou dizendo em comparação com outros hostels, pois não tinha frios, pra colocar no pão era só manteiga e de frutas tinha melão e maçã, além de biscoitos e um suco. Pra mim tá ótimo, mas comparando com outros hostels, fica bem a desejar. No mais, é bastante espaçoso, como tudo em Brasília, não tem nada perto e é bem silencioso. A maioria dos hóspedes tinham ido pra um simpósio de matemática, então meus companheiros de quarto ficaram o tempo todo discutindo mmc igual a 1 mais mdc igual a sei lá o quê e por aí vai.

 

Depois de devidamente instalado, peguei um ônibus pra rodoviária do plano piloto e de lá a linha 764 pra Paranoá passando pela ponte JK. Desci no ponto mais “perto” da ermida Dom Bosco e fui andando. 3 da tarde, mormacinho básico de 32 graus, nenhuma sombra e uma caminhadinha de 1,5 km. Nenhum bebedouro lá, tive que me render ao vendedor de água. Minha intenção era ficar pro por do sol, mas tinha muitas nuvens, tava um tempo meio enfumaçado e o por do sol não seria legal. Pra garantir um tempo legal pra isso eu deveria ter ido no outono. Além disso, se esperasse o por do sol ia escurecer e voltar pro ponto de ônibus lá na EPDB de noite não seria interessante. Então circulei por lá, sofrendo num dos dias mais quentes de Brasília, tirei fotos, curti a bela paisagem do Lago Paranoá e voltei. Peguei a mesma linha da ida. Aproveitei pra ir na sexta-feira, pois tem bastante ônibus pra Paranoá. De volta ao centro, fui na Catedral, que é perto da rodoviária, e como vi alguns relatos que ela pode estar fechada as vezes, fui em horário de missa, que é 18:15. Não sabia que pra entrar ela era por baixo, em um túnel e até achei legal que ela tem um espelho d’água em volta. Não era de espantar, afinal obras de Niemeyer tem espelho d’água, mas nunca vi uma foto da catedral que mostrasse o espelho d’água e pensava que tinha uma porta direta com a rua. Uma das obras mais impressionantes de Brasília, a catedral é linda. Fui comer no Conjunto Nacional e voltei de ônibus pro albergue. Detalhe: os intervalos de horários entre os ônibus é realmente o que vc encontra no http://www.st.df.gov.br/ mas os horários de saída nunca são cumpridos, sempre atrasam 10, 20, 30 minutos!! Ônibus em Brasília é realmente complicado!

 

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No sábado, como os horários de ônibus no albergue já são reduzidos, saí andando mesmo. Dá uns 3 ou 4 km de lá até a rodoviária, coisa que fiz andando com 45 minutos, sem pressa, enquanto olho as construções pelo caminho. Primeiro destino do dia era a Torre de TV Digital. Tem ônibus pra lá somente nos finais de semana a cada 1:30 horas, linha 128.5. Horário previsto para sair às 9:30, saiu 9:40 conforme atrasos clássicos. A rodoviária é grande, mas tem totens onde vc procura a linha que precisa e ele mostra a plataforma de saída da linha, muito bom pra se orientar lá dentro. O ônibus pra torre estava muito vazio, so tinha 3 passageiros. Mas todo mundo vai pra lá de carro. Cheguei na torre às 10 horas, seguindo dicas que li aqui que é bom chegar lá cedo. A dica é certa e reforço, vá cedo e direto pra fila. Na torre, sobem 27 pessoas de cada vez e a permanência lá é de 15 minutos, tinham mais de 80 pessoas na fila quando eu cheguei e esperei quase 1 hora pra subir. A entrada é gratuita e a vista lá em cima é espetacular. Enquanto estava lá em cima, vi o ônibus passando lá em baixo, sinal que ficaria mais 1 hora e meia por lá!! Ao terminar a visita, tirei algumas fotos no estacionamento, passei nas lojinhas, que são poucas e sem muito atrativos e meio dia já não tinha mais nada pra ver lá. Próximo ônibus previsto para as 13 horas. Fazer o que né! Atraso clássico e o ônibus so passou lá às 13:30. Isso já comprometeu meu roteiro da tarde.

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Próximo destino: Palácio da Alvorada. Linha 0.104 da rodoviária pra lá, esse ônibus já tem mais horários, mas atrasa como todos. Cheguei lá umas 15 horas, junto com a chuva. Fiquei uns 40 minutos na guarita do palácio esperando a chuva passar. Bom que derrubou a temperatura de 29 para 19 graus. Depois da chuva, tirei fotos, pois a visitação no palácio é só nas quartas-feiras. Esperei o próximo ônibus e voltei pro centro. Tinha ainda a intenção de ir pro por do sol no Pontão do Lago Sul, mas já eram quase 5 da tarde, o tempo estava nublado, não ia comer nada nos restaurantes caros do Pontão e os ônibus já vi que não cumprem seus horários, então deixei o Pontão pra lá. Da rodoviária, fui a pé pro albergue, pois o ônibus ia demorar e queria conhecer lugares a pé. Passei no Brasília Shopping mas achei ele mais sem graça, o Conjunto Nacional é melhor! Dali passei pelo Estádio Nacional, Palácio do Buriti e segui pro albergue. Tinha chovido, só estava nublado, 21 graus, gostoso de caminhar.

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Domingo, 29 de setembro, meu roteiro era andar e andar muito! Saí do albergue 9 horas e fui pra Avenida do Exército. Do hostel até lá, tudo deserto e sem construções. A praça dos Cristais, a concha acústica, o QG do Exército e o Teatro Pedro Calmon são muito bonitos, um pouco fora do circuito turístico mas vale muito a pena passar por lá. Dali fui pra Catedral Rainha da Paz, a capela militar e depois pra Praça do Cruzeiro e Memorial JK. O memorial é o único lugar que visitei que cobrava a entrada. Com carteira de estudante, paguei 5 reais. Museu interessante, demorei demais lá. Depois passei no Museu do Índio em frente e quando saí me assustei que já era meio dia! Então lembrei que vi em algum lugar que o Palácio do Planalto fechava a visitação às 14 horas, nem cheguei a confirmar isso depois mas pra não correr riscos, peguei um ônibus ali ao lado do memorial até a rodoviária e outro da rodoviária ao congresso. Nesse susto com o horário, acabei esquecendo do Parque da Cidade que ia passar depois do Museu do Índio e não passei lá. Entrei pra visitação no Palácio do Planalto às 13 horas e é uma visita muito interessante que eu recomendo. Dura cerca de 30 minutos e passa pelo hall de entrada, gabinete da presidente, salas de reuniões e de imprensa, mostra as obras de arte que tem lá e ganha uma sacolinha de lembrança no final. Depois circulei na Praça dos Três Poderes, fui no Panteão, mas achei sem graça. Legal é uma pira ou tocha que tem ao lado e recomendo subir lá pois a vista é muito boa e ideal pra fotos! O tempo já andava carregado mas agora parecia que a chuva viria de vez. Então ao invés de ir no STF, fui pro Congresso pra aproveitar a visita enquanto a chuva se decidia. Entrei no Congresso e o temporal desabou. Ainda bem! O que mais gostei no Congresso foi logo na entrada onde vc ganha um cartão postal e pode preenchê-lo e deixar pra envio grátis pelo correio ali mesmo. Depois vc assiste um vídeo institucional de 10 minutos e entra pro salão verde da Câmara, depois pro plenário, sala da presidência e depois pro Senado. A visita guiada do Congresso é mais demorada, em torno de 1 hora, mas não precisa ir até o final, pode sair antes, eu fiz a visita toda por causa do toró que desabava lá fora, pois quando saí ainda esperei uns 10 minutos pra chuva parar. Mas a visita do Congresso é um pouco chata, acho que é valido até vc entrar no plenário da Câmara, pois o plenário do Senado é menor e se vc conhecer o da Câmara já está bom. Depois da chuva, fui pro STF mas já tinha fechado a visitação. Passei de fora do Itamaraty e do Ministério da Justiça mas já era quase 16 horas e eu tinha invertido meu roteiro e faltava a feira da torre de TV que era até 18 horas, então não fiz mais visita interna em mais nenhum lugar, fui seguindo a pé pela Esplanada, passei de novo de fora da catedral e entrei no museu nacional. Tinha exposições lá, gostei mais da exposição sobre desaparecidos na ditadura. Não entrei na biblioteca pois já era quase 17 horas e faltava a feira da torre. Fui direto pra lá, comprei as quinquilharias e a torre de TV não estava aberta pra visitação. Achei a fonte espetacular, nunca vi um jato tão alto! O tempo tava ameaçando chover de novo e voltei logo pra rodoviária. Começou uma chuva fina e como tava perto, fui na biblioteca. Prédio bonito por fora, muito espaço pra estudos lá dentro, mas não tem muito o que se ver. Fui almoçar a janta no Conjunto Nacional, pois vendo os monumentos, o almoço ficou pra trás. Ainda faltava o Teatro Nacional, mas quando saí do Conjunto Nacional a chuva tava apertando e resolvi voltar pra rodoviária. Era 19:30, chovia e tive que esperar o ônibus pro albergue. Horário previsto era pra 20:10 mas so saiu 20:30. Normal, já acostumei com esses atrasos. Na segunda de manhã, hora de ir embora.

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Resumo da cidade: o Eixo Monumental é realmente monumental, tanto na grandeza dele como na quantidade de monumentos. O que mais gostei em Brasília: O prédio do Congresso (por fora, pois a visita é interessante só até entrar no plenário da Câmara, depois pode ir embora); a visita guiada no Palácio do Planalto; a pira ou tocha da Praça dos Três Poderes, vista ótima pra fotos; a Catedral; a ermida; a fonte da torre de TV e a torre de TV digital.

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  • Membros de Honra

certeza!

ah e tente ir qdo tiver algum festival no museu ou alguma atividade no ccbb, se for do seu interesse, assim aproveitará pra viver a capital não apenas pelo seu lado monumental e, quem sabe, rola de estar por lá pra tomarmos uma cerva num boteco (que é o q mais tem kkk)

Editado por Visitante
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  • Colaboradores

Realmente Keka, maior temporal, mas corri pro Congresso e foi ótimo pra baixar a temperatura. Eu achei a Torre Digital incrível, pena que é longe, tem pouco ônibus e a fila pra subir é demorada. Achei o tempo meio enfumaçado no sábado de manhã, mas também ainda não tinha chovido e o tempo tava bem seco. Reparou que depois do toró e na segunda de manhã dava pra ver a torre bem mais nítida? Tempo em Brasilia influi muito!!

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  • 9 meses depois...
  • 11 meses depois...
  • Colaboradores
Ótimo relato vai me guiar pelos 3 ou 5 dias que vou passar por la. Gratidão.

Que bom q gostou do relato, Ana Carolina. Vai ser um tempo legal pra vc ver tudo em Brasília sem correria.

 

Ênio,

 

parabéns pelo relato! E pela disposição! Sou de Brasília e aqui poucos se aventuram a pegar ônibus no fim de semana...

O parque da cidade é um local muito agradável! Vale a visita da próxima vez!

 

Abraços, Linhares

Linhares, eu gosto de muito de andar a pé e em Brasilia eu fiz isso como nunca, tudo é longe mas vc vai andando e vendo as coisas e a caminhada fica prazerosa. Os onibus são pouquissimos no fds em BSB mas tem q ta com o espirito aberto pra ir andando, q aí dá pra aproveitar de boa. Já voltei em Brasilia depois desse relato e ainda nao fui no Parque da Cidade. Dá proxima nao passa :D

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