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Fim de semana em São Luís e Alcântara - MA


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Nós estivemos em São Luís antes, no Carnaval de 2013, quando fomos a Barreirinhas conhecer os Lençóis. Reservamos um dia para São Luís. Foi um sábado de Carnaval e muita coisa estava fechada. Mas deu para sacar aquilo que todos percebem quando conhecem o centro histórico: um monumental desperdício de beleza, arquitetura e, claro, potencial turístico.

Assim que vimos promoção para São Luís, fechamos. Era a oportunidade de conhecer mais, e melhor, aquele centro histórico. De quebra, reservaríamos um dia para esticar até Alcântara. E assim fizemos.

Chegamos na sexta no começo da madrugada para sábado. Apenas fomos dormir. Ficamos na Pousada Colonial, no centro histórico mesmo.
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Azulejos com alto relevo da Pousada Colonial

Dia seguinte, partimos logo cedo para vasculhar aquelas ruas. Como sempre saímos cedo, andamos pelas ruas antes de a cidade acordar – o que geralmente ocorre lá pelas 10 da manhã. É sempre interessante ver as ruas com movimento quase nenhum e admirar toda aquela arquitetura, esteja ela reformada, em reforma ou literalmente caindo aos pedaços. E, tal qual era há quase dois anos, há uma enorme variedade de fachadas em estado terminal de conservação.

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Primeiro fomos tentar a sorte nos Palácios governamentais. O do Estado fica ao lado do Municipal. Sem chance, só abrem para visita em alguns dias da semana. Os Palácios, claro, estão muito bem conservados.

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O que consegui registrar do Palácio dos Leões


Havia um centro de informações, onde conseguimos um mapinha de bolso do centro histórico bem legal. Da outra vez, em pleno sábado de Carnaval, o centro de informações turísticas da rua Portugal não tinha mapas para oferecer. Esse, onde pegamos, fica na praça ao lado da Catedral da Sé. Aliás, revisitamos a Catedral, muito bonita. Pareceu ter sido reformada desde a vez que a visitamos.

De lá, descemos para o que entendo que é o núcleo do centro histórico, a Rua Portugal com a Rua da Estrela, e arredores. Ainda era cedo, poucas coisas estavam abertas. Mas isso reforçava nossa opinião anterior: o centro histórico é bem vazio -- aos sábados, pelo menos.

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Circulamos um pouco e logos seguimos para uma atração que só estaria aberta pela manhã, o Convento das Mercês. O caminho até lá não é dos mais agradáveis e tranquilos – muitos não recomendam que você vá a pé. Fomos e voltamos, sempre com radares ligados.

O Convento das Mercês é bem bacana e parece ter sido reformado recentemente. Além disso, consta que o governo do Estado (governo Roseana Sarney) resolveu estatizá-lo para se tornar sede da Fundação José Sarney. O que acarretou uma série de ações judiciais, que não convém aqui entrar no mérito. Mas é aquilo que sabemos, né?

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Acredite!

Além da beleza arquitetônica, eu achei o lugar interessante. E grátis! Tem lá os presentes que o ex-presidente recebeu de diversos países. E tem, claro, a seção de, digamos, auto-bajulação. Que é interessante também.

Retornamos para a região em torno do núcleo que falei. Visitamos a Casa do Nhozinho (estava fechada da vez anterior), que foi bem interessante! Visitamos também o Museu de Artes Visuais, que fica pertinho e também é bem interessante. Nhozinho é grátis, o Museu custa 5 pratas. Em ambos as visitas são guiadas.

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Trabalho de Nhozinho

Circulamos também um pouco fora do centro histórico. A ideia era ir até a Praça Gonçalves Dias. Aproveitamos para comprar ingressos para o Teatro Artur Azevedo. Não era possível visita-lo (visitas somente durante a semana), então gostamos da ideia de assistir a um espetáculo que rolaria no fim do dia. Paramos também no Museu Histórico e Artístico do Maranhão (5 pratas também), onde fizemos outra visita guiada muito boa. Muito interessante conhecer os interiores (e costumes) de uma casa preservada como aquela. Não pode fotografar lá dentro.

Esticamos até a Praça Gonçalves Dias. Havia algumas construções/atrações que eu queria conhecer por lá, mas... estavam todas fechadas. Ou fecham para o almoço ou nem abriram naquele dia. Restou-nos ver a praça e si e a Praça Maria Aragão, que foi projetada pelo Oscar Niemayer. Pra variar, o lugar estava bem vazio e com moradores de rua. Voltamos logo.

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A arquitetura com a marca Niemeyer

Ainda passamos pela Fonte do Ribeirão, que tinha sido reformada recentemente. Para não perder o costume, havia um morador de rua tomando seu banho na fonte. Ele parecia já ter lavado suas roupas, porque estavam secando ao sol.
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Fonte do Ribeirão

Retornamos à região do centro histórico, onde ainda batemos perna pelas ruelas. Conferimos os horários que os catamarãs estavam saindo para Alcântara, para irmos no dia seguinte. Vimos que a Casa do Maranhão está em reforma. Estava em reforma ou fechada no ano anterior. Por fim, relaxamos num barzinho ali na Rua da Estrela mesmo – o único aberto àquela hora com mesas externas. Ainda fomos no Museu de Artes Visuais, que, além de interessante, proporciona boas vistas do Centro Histórico. Depois de um banho, seguimos para o Teatro.

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Do alto do Museu de Artes Visuais

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Uma relíquia não identificada no Centro Histórico de São Luís

A atração era um show da Companhia Barrica do Maranhão pra todo Mundo. Nós, calouros na cultura maranhense, curtimos. E o teatro é bem bonito. De lá, ainda esticamos no centro histórico para ver se havia vida noturna por lá num sábado à noite. Eram umas 20hs, havia até mais restaurantes abertos e mesas (vazias!) pelas calçadas. Andamos um pouco, mas seguimos nosso plano, que era jantar na Lagoa da Jansen. Esbanjamos, comemos bem, passeamos pela Lagoa e retornamos para dormir.

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Teatro Artur Azevedo e Cia Barrica do Maranhão

 

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Rua Portugal vazia no sábado à noite

Domingo acordamos cedo para o café. A ideia era estar no terminal hidroviário às 8. Vimos que catamarãs saíam às 8:30. Tentei negociar uma meia diária adicional com a pousada, para fazermos um check-out mais tarde, mas não teve jogo, queriam uma diária inteira. Vai entender, a pousada não estava cheia. Fizemos logo o check-out, então.

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Centro Histórico vazio num domingo de manhã

 

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Arte de rua


Rapidamente compramos passagens de catamarã para as 8:30 mesmo. 12 pratas para cada um. Ainda rodamos um pouco pelo centro histórico, esperando dar a hora. Katia tava com um medo danado da travessia – diversos relatos falam do mar um tanto indócil. O grilo dela não era enjoar, é medo das ondas mesmo. No meu caso, odeio ficar enjoado, então tomei um dramin por precaução. A viagem foi tranquila. O mar é agitado mesmo, mas fomos na boa. Não sei se foi o dramin, mas eu não passei nem perto de enjoar.

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Transporte para Alcântara


No nosso catamarã só tinha meia dúzia de turistas (contando conosco). Chegando a Alcântara, a informação que tinha era de que logo apareciam guias locais se oferecendo. Não vimos isso por lá, ninguém nos abordou. Sequer vimos guias por lá. Na verdade, havia era muito pouca gente passeando pela cidade.

Não consegui mapa da cidade na Inet e até compraria um por lá, mas não vi onde vendia. Depois, na volta, é que vi que passamos batidos pelo que deve ser o centro de informação turística da cidade. No fim das contas, não precisamos de mapa: era tudo facilmente visitável. Só nos faltaram, claro, os causos e explicações sobre as ruínas.

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Passeamos bastante por lá. A temperatura, de fato, é mais elevada do que em São Luís, mas enfrentamos na boa. Retornamos a alguns lugares, num tranquilo vai e vem pela pequena região de ruínas da cidade. A Rua da Amargura é onde está a maior concentração de ruínas. Aliás, está mais para trilha do que para rua. A igreja principal estava fechada. A de N. S. do Rosário dos Pretos estava aberta e lá estava o Seo Benedito a nos contar causos – vacilamos nesse ponto, deveríamos ter curtido mais a prosa dele. Se tivéssemos memorizado o post do Matraqueando, saberíamos disso!

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A pequena Casa de Cultura Aeroespacial também estava aberta e visitamos rapidamente. Passeamos pela manhã toda pela cidade e, quando nos dirigimos aos museus da Praça da Matriz, eis que um deles estava fechando. Corremos até lá, mas era meio-dia, hora de fechar. E não abre de tarde. O do lado (Casa Histórica) está aberto, disse o moço que fechava o museu. Não estava. Nem de manhã, nem de tarde. O Brasil ainda tem muitas léguas a trilhar para chegar ao maternal do turismo.

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Ainda faltava encontrar a tal Igreja do Desterro, que era onde ficava o Restaurante Cantaria, recomendado nos dois relatos de que mais gostamos. Encontramos rapidamente. Não é hábito almoçarmos quando viajamos, mas abrimos essa exceção para curtir o momento e o peixe com arroz de cuxá. Estava muito bom mesmo. E o visual de lá é também uma beleza.

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Almoçados, descemos para comprar nossos bilhetes de algum catamarã das 14hs. Ainda verifiquei se não haveria outro mais tarde. Não, só no dia seguinte. Ok, então voltamos. Queria ter curtido um pouco mais de Alcântara. A volta foi mais indócil, o mar estava mais agitado. Tinha muito mais gente também. E havia gente passando mal. Estranhamente eu dormi (!), e novamente nem passei perto de enjoar. Mas tinha tomado o meu dramin antes.

Chegando a São Luís de volta, nossa ideia era ir para a Litorânea e ficar passeando por lá. Estava bom de centro histórico, além de o centro não ser nada aprazível aos domingos – fica um breu danado. Como não havia taxi por ali, fomos caminhando para um ponto que ficava um pouco adiante. Foi quando fomos abordados por um cara que estava com o carro parado. Ele sugeriu que não entrássemos no centro, falando que era perigoso e tal. Trocamos uma ideia rápida, ele ofereceu carona para a Litorânea e lá fomos. Viva! Ele era de São Paulo e estava a trabalho na cidade. Gente boa.

Passamos o resto da tarde passeando e vendo o movimento na praia do Calhau. Completamente diferente de quando estivemos por lá no sábado de Carnaval de 2013, quando estava bem vazio. Agora estava cheio, num típico dia de sol brasileiro. Rodamos por lá, paramos numas barracas para curtir uma cerveja e contemplar o visual e, quando anoiteceu de vez, partimos para nossa janta. Por pura gula. De lá pegamos um taxi para o périplo hotel-aeroporto, de onde pegaríamos nosso voo de volta na madrugada. Dia seguinte era novamente um dia de trabalho.

Mais um fim de semana viajante pelo Brasil.

 

 

Créditos:

 

Recomendo fortemente as postagens da Matraca sobre o centro histórico de São Luís, sobretudo essas:

http://www.matraqueando.com.br/sao-luis-do-maranhao-a-dor-e-a-delicia-de-ser-o-que-e

http://www.matraqueando.com.br/centro-historico-de-sao-luis-sugestao-de-roteiro

 

 

Sobre Alcântara, duas postagens também me foram importantes também, portanto vale creditar:

http://www.matraqueando.com.br/alcantara-roteiro-para-quem-vai-fazer-um-bate-e-volta-a-cidade-colonial-brasileira-sede-de-uma-base-espacial

http://mandoumpostal.com.br/2013/08/alcantara-maranhao/

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