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fugindo para o México DF - 10 dias roteiro básico


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Numa época meio stress da minha vida, ganhei uma passagem e não pensei duas vezes: chutei a rotina, tirei licença do serviço, matei aulas na faculdade, inventei uma grana e fugi pro México.

Organizei a viagem em menos de 1 mês, sem saber exatamente o que iria fazer por lá.

Fui sozinha, sem reservar nada, só com um guia Lonely Planet a tiracolo que eu ainda não tinha tido tempo de ler.

E como sempre, foi uma viagem maravilhosa inesquecível.

 

Antes da viagem

Conseguir o visto mexicano foi tranquilíssimo. É só ir no site do consulado ( http://www.inm.gob.mx/index.php/page/Inicio_Autorizacion_Electronica/pt-br.html ), preencher os dados e imprimir o papel que sai na hora, e pronto. Sem se deslocar, enfrentar filas, pagar taxas. ::otemo::

Voei de Aeroméxico, empresa que gostei. Consegui a passagem trocando milhas, mas na baixa temporada (fui em maio) a ida-volta custa aproximadamente U$ 650. Para trocar milhas o atendimento foi bastante eficiente, só verifiquei os horários que queria no site e fiz a troca por telefone, pagando uma taxa (U$70, acho). Os aviões são grandes (Boeing 777), e nesse trecho de 9h ofereceu cobertinha, travesseiro, kit de higiene, duas refeições (janta e café da manhã), cada poltrona tem seu sistema de video com filmes, seriados, músicas, etc.

O câmbio estava 1 real=7 pesos, ou 1 dólar=10 pesos. Existe uma casa de câmbio na Calle Madero, ou pode-se fazer saque dos caixas eletrônicos (utilizei o "Bancomer") pagando uma taxa de U$ 8.

 

Hospedagem

Fiquei no Hostel Mundo Joven Catedral, ( http://www.mundojovenhostels.com/ ) que foi perfeito. A localização é a melhor possível, bem no zócalo (centro histórico).... perto de tudo, do metrô, das lojas, restaurantes, pontos turísticos.

Tem uma estrutura muito boa, com wifi liberado, sala com computadores, sala de tv, cozinha, um restaurante na entrada e um terraço maravilhoso q serve de lugar pra cafe da manhã e a noite é um bar, muitos bons momentos por lá.

Paguei U$ 16 pelo quarto compartido com uma vista incrível da catedral e da praça ....

 

Roteiro

Os passeios feitos em cada dia:

dia 1: centro histórico

dia 2: Museu de Antropologia e Chapultepec

dia 3: Unan e Coyocan

dia 4: daytrip Puebla

dia 5: tour bus, vários pontos da cidade

dia 6: teotihuacan

dia 7: dia perdido

dia 8: Xochilmilco

dia 9: Templo Mayor e Casa Azul

 

 

DIA UNO

Cheguei numa segunda feira, e infelizmente esse é o dia em que todos museus, parques, ficam fechados. Aproveitei pra fazer o free walking tour pelo centro histórico que o hostel oferece pros hóspedes, é bom para um primeiro conhecimento da área.

Passei o primeiro dia andando pelo centro, vendo os prédios históricos da região (que são muitos), o guia nos deu dicas legais de onde ficam os restaurantes, padarias, bares legais pra ir.

Conheci rapidamente a Catedral, o prédio dos Correios, o museu de Bellas Artes, o Palácio Nacional, todos pertinho dali. Andei pela Calle Madero, um calçadão que tem várias lojas ótimas, restaurantes, lanchonetes, uma mistura do tradicional mexicano e as redes internacionais. É lá que fica a Casa de los Azulejos Sanborns, que abriga uma loja de departamentos famosa e também um restaurante ótimo em uma casa colonial muito fofa. Almocei lá pra estrear minha chegada no México e nos dias seguintes voltaria várias vezes lá, de tanto que gostei.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20110711212335.jpg 500 375 ]A comida mexicana merece um capítulo a parte. Temperada, colorida, maravilhosa. Comidas loucas com pimenta em tudo possível, tipo sorvete de pepino com pimenta. Tortilla por todos os lados, tanto que a cidade cheira à tortilla. Experimentei tudo o que podia, gostei da maioria das coisas, mesmo tendo os inevitáveis problemas gastro-intestinais (carinhosamente conhecido entre os turistas como "vingança de Montezuma")[/picturethis] Tacos de pollo com frijoles e guacamole. Tudo delícia e muito barato, aprox. 20 reais

 

Logo no primeiro dia no hostel conheci pessoas incríveis que foram meus companheiros nessa viagem: Ciro, um brasileiro que tinha ido pra lá ver o show da Lady Gaga; Gonzalo, da Costa Rica que tinha ido pra lá ver os 3 shows do U2; Patrícia e Sabrina, duas argentinas que, como eu, estavam lá exclusivamente pra ver o México :-)

 

A noite fui com a Patricia e outras meninas argentinas conhecer a Plaza Garibaldi, que é onde ficam os mariachis. Estava um pouco vazio por ser segunda feira, mas pudemos ver alguns músicos com roupas típicas esperando que alguém pagasse para tocarem. Alguns grupos de jovens e famílias curtiam animadamente a cantoria, com direito a trumpetes, violões e vozeirão de dor-de cotovelo.

Para encerrerar a noite fomos no Cafe de Tacuba, restaurante famosíssimo que era pertinho do nosso hostel. É numa casa antiga e muy típica, também tem mariachis que vão de mesa em mesa oferendo uma música, que os mexicanos presentes cantam junto à todos pulmões. Legal de ver, mas a comida em si, não achei grandes coisa.

 

*Táxi em DF só se deve pegar os que são chamados pelo hotel ou pelo lugar em que estiver, nunca os que passam na rua. Valores - do centro histórico até o aeroporto $120; até a Plaza Garibaldi $80; até Condesa $ 110

 

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Essa é a vista que se tem do terraço do hostel, enquanto se toma o desayuno ....

 

 

DIA DOS

Aproveitei outro free tour que o hostel oferece e fui no Museo de Antropologia. A guia sai desde o hostel, levando o pessoal pelo metrô, e vai contando tudo (existem inclusive alguns pequenos sítios arqueológicos no meio do metô, que foram descobertos recentemente, demais !). Pegamos o metrô no zócalo, que é pertinho do hostel, e na linha rosa descemos na estação Chapultepec. Passamos pelo Bosque de Chapultepec, enorme, bem agradável, com famílias passeando, esquilos, barraquinhas vendendo guloseimas coloridas.

Ao chegar no museu tivemos a oportunidade de assistir o uma encenação dos "voladores de papantla", em que quatro homens vestidos de ? descem um mastro de cabeça pra baixo amarrados pelos pés, dando voltas que simbolizavam a contagem do calendário asteca, algo complexo que não entendi bem.

O museu de Antropologia da cidade do México é um passeio imperdível, é enorme, abrange várias civilizações e tem muitas peças espetaculares.

Custa $51, e pode-se passar facilmente um dia inteiro lá dentro. O acompanhamento de um guia é imprescindível para entender um pouco de tanta cultura, tanta coisa diferente e interessante. A nossa guia era ótima, e ficamos lá até as 3 da tarde, e no final pulamos algumas salas porque estávamos todos com fome.

De volta ao bosque de Chapultepec, comemos nas barraquinhas de lanches alguns tacos e uma terrível água de jamaica, um refresco com gosto de remédio que se vende por todos lugares.

Dentro do bosque estão também o zoológico e o Castillo de Chapultepec, e no finzinho da tarde ainda visitamos este último. A entrada é gratuita e vale a pena conhecer esse castelo construído quando o México tinha um rei austríaco. É um prédio lindíssimo e de cima tem uma vista de toda a região de Chapultepec e Polanco.

Terminamos o dia com um novo amigo mexicano, Gilberto, que nos deu várias dicas de passeios e nos levou em uma taqueria não-turística do centro histórico. Um lugar tosco, que eu nunca entraria se estivesse sozinha, mas que se revelou um bom lugar pra comer uns tapas bons e baratos. E provar umas cervezas nativas, como a deliciosa Victoria.

 

*o metrô - é eficiente e cobre quase toda a cidade. Custa 3 pesos (R$ 0,50), e as linhas são dividas em cores. Tem uma fauna de passageiros muito diversificada, com pessoas cantando, esmolando, contando histórias, vendendo coisas bizarras. Nos horários de pico, os primeiros vagões são só para mulheres.

 

 

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No Castillo de Chapultepec com Patricia, hermana de viaje.

 

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Visitantes no Museo e o calendário asteca, uma das peças principais

 

Voladores de Papantla. Vídeo da Patrícia Baigorria

 

continua ....

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valeu, pessoal !

estou escrevendo quando consigo ....

aliás, Ailherson, valeu pelas dicas, mas como você verá, eu não fui pra Oaxaca .... irei numa próxima, com certeza !

 

 

 

DIA TRES

 

Aproveitei a manhã para conhecer o Palacio de Bellas Artes. O museu é lindo já por fora, todo de mármore branco com um teto cor de abóbora que se enxerga de longe. A entrada custa $35 e infelizmente, não se pode fotografar lá dentro. Além das exposições permanentes, o museu tem murais enormes feitos entre a década de 50, de famosos artistas mexicanos como Diego Rivera e Rufino Tamayo.

O que era para ser uma visita rápida, acabou tomando minha manhã inteira. Amei o museu, fiquei horas admirando os detalhes dos murais, as explicações, o lugar.

Depois do museu, andei alguns quarteirões até a rua Balderas onde fica o Mercado de Artesanias Ciudadela, ótimo lugar pra comprar uns regalos, com muitos ponchos, jóias de prata, sombreros, caveiras coloridas, tudo bem baratinho.

À uma da tarde encontrei o pessoal no hostel porque hoje teríamos uma guia especial: Angie, uma defeña fã de U2, nos apresentou a parte sul da cidade, e nos mostrou como andar pela cidade como um nativo.

Pegamos metrô, depois um ônibus pesero, andamos por alguns lugares sinistros e chegamos no Estádio Azteca, que já estava sendo montado pro show do U2 dali alguns dias. Conhecemos o "el Gigante" por fora, nossos amigos se informaram sobre o esquema de dormir na fila pra ver o show e depois fomos conhecer a UNAM.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20110718105847.JPG 375 500 Legenda da Foto]A gigantesca Universidade do México ocupa uma cidade universitária estilo USP, com ônibus próprio, e alguns prédios pintados com murais. A universidade estava em pleno ano letivo, então podemos entrar no clima como os vários estudantes que relaxavam no meio da tarde no gramado do campus .... fizemos um piquenique e depois fomos conhecer o estádio olímpico que é casa de um time de futebol muito querido na cidade, os Pumas.[/picturethis]

Já no fim da tarde, fomos conhecer o simpático bairro de Coyocan. É um famoso bairro meio boêmio e alternativo da cidade, com vários barzinhos e lanchonetes rodeando a praça com os coyotes símbolo do bairro. Mais uma vez, nos integramos ao modo de vida defeño e ficamos sentados na praça, curtindo o movimento, comendo uns deliciosos churros.

Voltamos para o hostel já a noite e fomos terminar o dia tomando uma cerveza no bar do terraço, aproveitando que acontecia na cidade o jogo Santos X Peñarol, pra zoar um pouco nossos amigos argentinos e mexicanos :-)

 

*Chegar na UNAM - pegando a linha verde de metrô, descer na estação Universidad. De lá, saem os bus de graça que circulam dentro da universidade.

 

 

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Mercado de Artesanias

 

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Estádio da UNAM

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DIA CUATRO

 

Dia cinco de mayo é uma data festiva no México, em que se comemora a vitória de um pequeno exército mexicano sobre ocupação francesa, em 1861. Esse evento ocorreu na cidade de Puebla, que é distante cerca de 100 km de DF. Aproveitei a data comemorativa pra fazer uma visita de um dia na cidade, com um tour que agendei no hostel por $390.

O tour sai pela manhã e passa primeiro pela igreja de Tonazintla, que tem uma decoração barroca-indígena muito diferente.

Em seguida, passamos por Cholula, onde fica a pirâmide mais larga do mundo, mas só dá pra ver a base dela. É uma pirâmide enterrada, com uma montanha e uma igreja em cima. Uma parte descoberta dela é feita como uma câmara que amplifica o som de um jeito diferente, e ao bater palmas, faz um eco com barulho de pássaros, muy interessante. Subindo até a igreja, dá pra ver uma grande parte da cidade e contar as várias igrejas da região, que se diz "ter uma para cada dia do ano".

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Finalmente chegamos em Puebla e já era hora do almoço, todo mundo hambriento. Durante a viagem o guia foi contando histórias do México, dos lugares que fomos, da cultura e das comidas diferentes, passa rapidinho a viagem. Uma comida famosa no México, especialmente na cidade de Puebla é o mole poblano, que consiste em um frango com molho de abacate, pimenta e chocolate, entre outras coisas. Não encarei essa mistura e pedi um sanduíche de frango, que também veio recheado com abacate e feijão, e estava surpreendentemente delicioso.

Andamos um tempinho na cidade e pudemos ver alguns restos de festa, cidade toda decorada, muito bonito. A cidade tem um centro histórico colonial muito bem conservado, é bem fofa. Infelizmente, tínhamos que ficar com o guia, que nos levou ainda a outras duas igrejas. Passamos também em uma loja de talaveras, ou azulejos decorados que são a tradição da cidade. Enfim voltamos para DF no fim da tarde, e eu saí um pouco frustada com o passeio. Achei Puebla uma cidade bem simpática e que merecia mais tempo livre, ao invés de sair correndo de um lado para o outro para ver trocentas igrejas diferentes .... enfim, é que se tem por excursões fechadas. :-/

 

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A noite descobrimos mais um restaurante que se tornou parada quase diária, Cafe El Popular (Av. 5 de mayo). Pertinho do hostel e barato, o restaurante fica aberto a noite inteira, e tem pratos típicos mas também lanches e uma padaria. Pedi uma sopa e uma cerveza pra acompanhar e para minha surpresa, a sopa era super ultra apimentada, que acabou chamando mais cervezas :-P Experimentei dos amigos um tamale, que é basicamente uma pamonha - só que com muita pimenta, claro - e o tal do mole, e não me agradaram nenhum dos dois.

 

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  • 2 semanas depois...
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DIA CINCO

 

Tinha esse dia livre de planos e resolvi pegar o Turibus, um daqueles bus turísticos de dois andares que passa por vários pontos interessantes e pode-se descer e subir onde quiser, por $92,00. ( http://www.turibus.com.mx/index.php?option=com_content&task=view&id=16&mapa=1 )

Um ponto de parada dele é bem na frente do hostel, no zócalo. Peguei o bus cedinho, fui passando por alguns lugares perto que já tinha visto, olhando no roteiro e ouvindo o audio guia que tem no bus. Com ele pra se chegar no museo de Antropologia, no zoológico, em vários museus e bairros famosos. Minha intenção original era chegar até a Casa Azul da Frida Kahlo, mas até chegar lá, fui aproveitando o passeio.

Minha primeira parada foi no bairro de Polanco, a região mais nobre de DF. Desci e fui dar uma volta na avenida cheia de lojas internacionais, restaurantes caros e pessoas chiques. Contrastante com o centro histórico a que eu estava acostumada. De meia em meia hora passa outro bus, e depois de uma volta já fui pro ponto esperar. Conversando com o guia descobri que uma das próximas paradas era um shopping chiquérrimo, o Antara, e resolvi descer pra fazer um lanche e quem sabe umas comprinhas. O shopping é mesmo muito chique, e, como tudo no México, muito mais barato que no Brasil. Comprei alguns cosméticos e maquiagens (às meninas que se interessaram: MAC por R$ 35, contra uns R$ 80 no Brasil ....), comi e logo peguei o próximo bus.

Continuando a viagem, passamos no Auditório Nacional, um centro cultural, casa de shows, etc. famoso de lá. Estava tendo uma exposição de fotografia de músicos de rock e resolvi descer pra dar uma olhada.

E aí desandou meu passeio. Vi o que tinha de ver e voltei para o ponto para esperar o próximo bus. E esperei. E esperei um monte mais. Depois de não sei quanto tempo, o próximo bus passou. Já era mais de 2 da tarde, e não estava nem na metade do trajeto do bus. Continuei passando por alguns lugares legais, como o Paseo de La Reforma que tem um parque de diversões, até que cheguei no bairro de Condesa, onde deveria descer pra pegar outro bus que faria a rota norte até la Casa Azul.

Mas antes de pegar o outro bus, resolvi fazer uma parada pra almoçar, e mais uma vez minha viagem desandou. Comi uma pizza no simpático bairro, cheio de bares e lojas moderninhas, e voltei para o ponto. E devo ter esperado quase duas horas até o próximo bus. Já estava indo embora quando ele chegou, com o motorista e o guia se desculpando pelo demora e culpando o trânsito. Isso já devia ser umas 4 da tarde, e quando disse que queria chegar na Casa Azul, me disseram que seria impossível. A partir daí, o resto do meu passeio foi ficar dentro do bus curtindo os engarrafamentos .... o caos de lá é de fazer inveja à São Paulo.

Passei por mais alguns lugares interessantes como o Mercado de Flores de Tlalpan, mas me disseram que eu estava muito longe do centro e que seria meio difícil de voltar se eu descesse lá, então não desci em mais nenhum lugar. Quando já era mais de 6 horas, desisti de curtir o trânsito e pedi pra me deixarem perto de algum metrô para voltar pra "casa" .....

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Monumento à Independência cercado de prédios modernos

 

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por lá, essa rua é comum...

 

DIA SEIS

 

Sábado seria meu último dia livre na cidade, já que no dia seguinte eu pegaria logo cedo o voo de volta pro Brasil. Aproveitei então, pra fazer o último tour grande atração: Teotihuacan.

Um pouco de ressaca da noite anterior (Gante's café - um barzinho perto da calle madero, banda ao vivo tocando rocks latinos, divertidíssimo), enrolamos até quase 1 da tarde pra sair. O tour fechado custa uns U$ 40 mas fomos por conta mesmo, só pegar uns bus, e, e mais ou menos 1h de viagem estávamos lá.

Sem palavras pra descrever Teotihuacan .... é enorme, e muito legal todo o espaço plano com várias pirâmides diferentes. Talvez um guia faça falta pra explicar o que são cada uma delas, mas é muito legal só andar por lá, subir nas pirâmides e curtir o lugar. Ficamos até fechar (umas 5 e pouco) e pegamos o bus de volta bem na saída do sítio.

 

*chegar em Teotihuacan - é facílimo. É só pegar um metrô e ir até o fim da linha verde, "Indios Verdes". Descendo lá é um terminal de bus, só procurar o bus que vai para "Pirâmides". Custa uns 30 pesos, demora 1h. A entrada em Teotihuacan é $51.

 

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Piramide de la Luna

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  • 1 mês depois...
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DIA SIETE

Como eu disse, domingo seria o dia de voltar pra casa. Saímos cedinho do hostel eu e o Ciro, que por sorte, ia no mesmo voo que eu. No aeroporto fizemos o check in, despachamos a bagagem, fomos pra área de embarque e .... perdemos o voo !!!

Fiquei me divertindo no free shop enorme de lá e quando fui embarcar, o Ciro já estava lá reclamando, e também outro brasileiro, o André. Chegamos em horários diferentes e o voo já estava fechado .... foi aquele desespero. Falamos com trocentas pessoas diferentes, fomos em vários setores tentando explicar no nosso portunhol tosco o que aconteceu, disseram que teríamos que pagar várias taxas por remarcação de passagem, ou que não conseguiríamos embarcar tão cedo, etc etc.

Depois da falar com toda a hierarquia do Aeroméxico, eles simplesmente nos encaixaram em um voo para terça feira a noite, sem pagar nada a mais. (E isso corrobora minha tese de que o que aconteceu com a gente foi um overbooking ou algum erro deles, mas enfim.)

Ainda tínhamos a chance de esperar o voo da noite para sobrava uma vaga. E esse foi um dia totalmente "O Terminal" (aquele filminho do Tom Hanks), em que ficamos o dia inteiro no aeroporto correndo atrás de vaga nos voos, descobrindo pra onde tinham ido nossas malas .... por sorte o paulista que também perdeu o voo estava hospedado no hotel que fica dentro do aeroporto, pudemos ir pra lá dar uma relaxada e usar a internet.

A noite, é claro que não tinha nenhuma vaga sobrando no voo. Pegamos nossas mochilas, entramos no táxi e voltamos pra cidade, sem perder a ironia da inscrição na saída: Bienvenidos a México !

 

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Hotel que fica dentro do aeroporto. Diária de centenas de dólares, não é pro meu bico.

 

DIA OCHO

Já que ganhei dois dias a mais no México, o negócio era aproveitar. Infelizmente, era segunda e os museus e atrações estavam todos fechados. Resolvi fazer uma aventura (que se revelou uma péssima idéia), ir sozinha até Xochilmilco.

Xochilmilco é considerado patrimônio cultural da humanidade, por existir desde épocas pré-hispanicas. São canais com jardins por onde passam as trajineras, barquinhos coloridos com mariachis, pessoas vendendo tacos .... dizem ser divertido, isso nos fins de semana.

Na segunda feira, o lugar estava parado e deserto. Quando cheguei lá (e é bem longe), olhei um barquinho e achei melhor voltar, porque a vizinhança não é das melhores. Os barcos custam $200, independente de quantas pessoas vão. Fica a dica: Xochilmilco, vá com uma galera, nos fins de semana. Fora isso, nada pra ver ou fazer.

 

*Ir a Xochilmilco sozinho - Tenha em mente que é longe, do outro lado da cidade, e passa por lugares não muito bonitos. Pegar o metrô e ir até o fim da linha azul, estação Taxqueña. Lá pegar um Tren Ligero, (tipo um CPTM) e ir até o fim dele. Saindo da estação, existem placas indicando onde ficam os vários embarcaderos, mas tem que fazer uma caminhadinha.

 

 

DIA NUEVE

Agora sim, o último dia na Ciudad de México .... aproveitei pra fazer dois passeios imperdíveis, que valeram muito a minha estada prolongada na cidade: o Templo Mayor e a Casa Azul de Frida Kahlo.

O Templo Mayor fica na esquina do hostel, bem no Zócalo e o mais incrível é que foi descoberto na década de 80, durante excavações do metrô. Diz a lenda que foi construído no exato local onde os astecas viram uma águia comendo uma cobra, que seria o centro do universo e é hoje o símbolo do México.

No sítio existem vários espaços diferentes, para adoração, sacrifícios, bem explicado por algumas placas. Faz parte dele um museu Templo Mayor, com algumas peças achadas por lá, muito lindas.

 

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A tarde fiz um passeio por Coyocan muito agradável, com um roteiro sugerido pelo guia Lonely Planet. Peguei um metrô até a estação Viveros, e conheci um horto com várias espécies de árvores e esquilos folgados por todos os lados, que chegavam até o nosso pé pra pedir comida. (Viveros de Coyocan - entrada grátis). Continuando a caminhada passei pela Plaza Santa Catarina com uma igreja simpática, algumas casas culturais que funcionam cursos e exposições, até chegar ao Jardin Centenário, a praça dos coyotes. Tomei o melhor suco da minha vida (um smoothie) numa das sorveterias da praça, e aproveitei pra conhecer o Mercado de Coyocan, uma feirinha hippie com várias coisas legais.

Alguns quarteirões depois, na rua Londres, finalmente cheguei na Casa Azul, o museu da Frida Kahlo. A entrada é $51 e, infelizmente, não se pode fotografar lá dentro. A casa tem alguns cômodos com pinturas, poesias, desenhos, fotos, e alguns cômodos conservados exatamente como quando eles moravam lá. É muito lindo, a cozinha é fofa e o quarto da Frida com os objetos de trabalho é emocionante.

 

*Coyocan e Museu Frida Kahlo- Os metrôs mais perto são a estação Coyocan ou Viveros, na linha verde. Saindo deste último, pegar um bus pesero até "Gral Anaya", que passa pela praça dos Coyotes.

 

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Casa de Cultura Jesus Reyes, em Coyocan

 

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Jardim da Casa Azul

 

E dessa vez eu fui embora da Ciudad do México, feliz por ter conhecido um pouco mais dessa cidade incrível nos dias que ganhei de bônus .... :-)

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  • 4 semanas depois...

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