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Olá Pessoal. Depois de ler tantas dicas que embasaram minhas decisões, retorno de Mendoza sentindo a “obrigação” de contribuir. Estive com minha esposa Sinara por 7 dias em Mendoza entre 27-08 e 03-09 e afirmo que não tivemos vontade de ir embora. É o tipo de turismo que nós gostamos. Visitar lugares de dia, sair para caminhar no centro pela noite. Conhecer bem uma cidade, sem pressa, sem muito compromisso e de preferência em baixa temporada. Acho que para conhecer a opinião de uma pessoa, precisa saber um pouco do perfil do viajante, pois o que eu acho bom, pode não ser para você. Acho que tenho um estilo “ogro”, que gosta de refeições fartas, com muita carne e cerveja. Mendoza veio como um esforço para presentear minha esposa que gosta de vinhos. Não gosto de frescura e requinte, nem de pagar preço para turista. Alguns me chamam de mão de vaca, mas na verdade economizo para ter para gastar em momentos que vale pagar. Da argentina já conhecíamos as cidades próximo a fronteira do RS (Posadas), além de Bariloche. Mas foi a primeira vez em Mendoza. O tempo estava ameno, nem frio, nem calor, as parreiras adormecidas, mas a cidade bem desperta. Mendoza nesta época está mais tranquila, os tour nas vinícolas foram exclusivos e outros em pequenos grupos (de brasileiros). Vamos por partes: Hospedagem: Amerian Executive, em frente à Praça Itália no centro. Perfeito, que na minha opinião significa. Barato (custo x benefício = U$72 diária casal), limpo, seguro, bem localizado, boa internet, bom atendimento e silencioso. E foi tudo isso. Café padrão, suficiente para fazer uma boa base para em poucas horas estar degustando uns vinhos. Toda manhã era ovos, bacon, salsichas e media lunas. Quando cheguei em Mendoza era dia do meu aniversário, pedi um quarto maior e ganhei. Fui atendido também quanto minhas outras solicitações além de um quarto grande: que fosse em um andar elevado, com vista para cordilheira, longe do elevador (para evitar barulho) e que não tivesse as paredes vermelhas (vi em um site fotos, mas estava desatualizada, eles não tem mais quartos vermelhos). Levamos um chimarrão para rebater a ressaca e a Praça Itália era o melhor local para isso. Aliás, qualquer praça, Mendoza tem 60 delas e os moradores as usufruem. De dia e pela noite tem jovens, velhos, cachorros e crianças brincando. A cidade vive e pulsa também pela noite. Bares cheios e animados com turistas e Mendocinos sentados nas calçadas largas (vinho era pela manhã, cerveja Andes, Quilmes, Bud, Antares e artesanais Mendocinas (Pirca e Gerome) pela noite). Nos sentimos seguros caminhando no centro. Prestem atenção! nas ruas e praças não se enxerga um bico de luz queimado, nem quebrado. E todo agito e praças são perto do hotel. Então recomendo este ou outros nesta região. Transporte: Seguindo sugestões até então de alguns poucos, encaminhei um e-mail para Sr. Juan Ernesto Ferrari (juanernestoferrari@hotmail.com). Queria marcar apenas 1 passeio para, se gostar, marcar os demais. Foi aí que nossa viagem tomou um novo rumo. Dos 6 dias de Mendoza, estivemos 5 dias com esse Senhor. Tenho que confessar que meu primeiro contato para o passeio foi pelo preço, mas depois dos serviços prestados percebi que nossa viagem seria muito melhor pela sequência de motivos abaixo: Pontual, flexível, atencioso, ótimo português, carro luxuoso - novo, guia, inteligente (pelo caminho dava aulas de história), fazia rotas alternativas para conhecer diferente lugares, indicou bom lugares para refeições rápidas e baratas, dirige muito bem, com total segurança. Seu preço é muito justo. Não é só pelo carro, é por ficar o dia todo disponível e aguentando os passageiros que progressivamente vão “evoluindo” no teor alcoólico. Não deve ser fácil. Kkk. Ganha-se muito tempo com um condutor, chegamos a visitar 5 vinícolas em um único dia. Vale o investimento, o conforto, a comodidade e segurança de um conduto justo e carismático. Optamos por fazer um turismo de experiência. Viver e curtir Mendoza. Combinei com minha esposa de que não compraríamos nada e nenhuma garrafa de vinho. E mesmo empolgados após as degustações, conseguimos. Ao invés de comprara para levar, pagávamos taças extras e bebia ali mesmo.E lá vamos nós para o primeiro passeio. Por mais interessante que seja conhecer os diferentes processos de produção de vinho, eu estava mesmo de olho “na merenda”, digo, nas degustações, que foram nas profundas a degas ou com a vista hipnotizante das cordilheiras. O Roteiro: Dia 1- Lujan de Cuyo -Catena Zapata – foi a primeira, dia lindo, cordilheira branquinha vista do terraço, melhor explicação da Tati (charmosa) na degustação. Foi muito bom. Vale. Pulenta: ótimo atendimento, experiência de aromas e degustação de vinhos no frio da adega. Paisagem linda mais próximo da montanha. Vale. Séptima: A visita bem média. A guia disparou aquele espanhol que não a Mendocina que estava junto entendia. Mas por ser rápida, logo fomos para degustação, essa sim estava boa. (a guia tb gostou da degustação pq tomou todas...kkk) Almoçamos por lá devido indicação de um Guia de Vinícolas em que a Séptima ficou no ranking como o melhor almoço. Conhecemos um casal, ela de Mendoza e ele Canadense. Foi bom ver que ele tinha um espanhol pior que o meu kkk. Eles se conheceram quando ele veio fazer turismo e ela era a guia. A conversa estava boa e devido a graduação alcoólica do momento nem prestamos muito atenção na harmonização. Kkk. Pensei que aqueles pratos requintados não iriam “forrar o bucho”, mas é tanta entrada, entradinha que satisfaz. Vale muito pela vista do restaurante. Terazza: Acabamos perdendo a visita (que é tudo meio igual), mas pedimos para fazer a degustação. Fui muito boa, dentro da vinícola. Lugar bonito, mas murado, sem vista para as cordilheiras. Vale. Queria ter almoçado ali tb. Dica: na degustação, não tenha vergonha de pedir um pouco mais (beba o quanto “guenta”), mas lembre-se: é uma maratona alcoólica. Mantenha o ritmo para ter resistência de chegar ao final. O dia foi puxado. Sr. Juan é muito paciente com borrachos. Mesmo sendo resistente, com tanta degustação meu “espanhol” ficou mais “fluente”kkk. Fizemos uma siesta das 18h às 22hs e saímos para tomar uma cerveja e jantar na Estancia la Florência (indicação do Sr. Juan e do meu pai que esteve lá). Sempre cheio de Mendocinos, bom custo-benefício. Comemos costela em tira, mas tem de tudo lá.Dia 2 – Valle do Uco – Mais distante, mas muito bonito. Salentein – Que estrutura colossal. Diferente no tamanho. Degustação a 11 metros do solo. Vale. Atamisque – (faça esta primeiro no Uco). É na entrada de Tupangato. Próxima a montanha. Muito estilosa. Vale. La Azul – Onde almoçamos. Diferente, pequena, rústica, de cara com a cordilheira, sem os vidros das grandes vinícolas. Melhor bife de chorizo da viagem. Suculento e saboroso (tenho fotos). Vale. Voltando a Mendoza conseguimos dar uma passadinha na Chandon, sem agendar. É legal a visita devido o processo ser diferente. Degustação foi fraca. Enquanto os brasileiros se debatiam sobre o balcão para comprar, comprar e comprar (taças, souvenir e espumantes), nós aproveitamos o ambiente e o momento. Pedimos uma g arrafa gelada e tomamos lá mesmo.Voltamos para hotel e depois de uma curta siesta fomos tomar chimarrão na praça e após comer empanadas no el Pelenque (de médio para bom)Dia 3 – Alta montanha. Mais estrada, menos vinho. Linda e segura viagem. A paisagem e bonita e o dia estava perfeito. Fotos de tudo, do Aconcágua e do relevo que mudava pelo caminho. Atravessamos a fronteira do Chile, fiz um xixi lá e voltamos. Almoçamos uma típica parillada na beira da estrada com vinho orgânico (e uma ceva Andes). Foram mais de 400 km ida e volta e a agradável companhia o Sr. Juan, fez a diferença. Não foi cansativo. Mas se fosse de ônibus ou van certamente seria.Dia 4 – Maipú - Demos “folga” ao Sr. Juan. Ligamos para Mr. Hugo que nos buscou no Hotel e alugamos as Bices. Olha, bike do Mr. Hugo é legal, mas o carro do Sr. Juan é melhor..kkk. Foi tranquilo porque fizemos o circuito me nor. Trapiche, La Rural e Casa de Campo (almoço).Trapiche: Foi visita exclusiva. No final da degustação o guia nos deixou com uma garrafa de vinho curtindo a paisagem na varanda. Fomos devagar porque tinha que “pilotar”. Vale. La Rural: diferente, conta um pouco da história do vinho e da sua produção. Vale. Casa de campo: Almoço com comidas caseiras e cerveja andes. Vale. Pela noite fomos na The Vines of Mendoza. Degustar diferentes vinhos de diferentes vinícolas sem sair do lugar. O Ezequiel nos atendeu muito bem e não sei por que nos ofereceu uma finca de 1 hectare para produzirmos nosso próprio vinho. Claro, deixando U$ 200.000 cm ele. Muitos estrangeiros estão tendo alimentando esse hobby. Fiquei na dúvidade comprar ou não...kkkk. De curioso, vou imprimir uma foto minha e colar em um rótulo de vinho para ver a sensação de ter o seu próprio...kkk Dia 5 – tiramos o dia para almoço na Zuccardi. Fizemos uma vi sita na vinícolae logo fomos para o almoço. Vale muito. Não pense em ir embora sem antes passar umas 3 horas por lá. Boas empanadas e excelente carne de parrila. Vinho a v o n t a d e. Imagina o estrago...kkk. Queria visitar a olivícola, mas não tinha agendado. Para nossa surpresa, na mesa do restaurante tinha os 3 tipos de azeite de oliva que eles produzem. Nos mesmos fizemos degustação com o melhor pão caseiro que já comi. Colocávamos 3 pedaços de pão no prato e os afogava nos difetentes tipos de azeite..um mehor que o outro...diferentes aromas, diferentes experiências. Não deixe de ir até a parrilla e ver a melhor vista: a carne assando e as cordilheiras ao fundo. Após fomos ainda fazer um city tour que estava no pacote. Depois de andar de carro executivo com condutor, andar de micro-ônibus com grupos grandes é um tédio. Perde-s e muito tempo buscando os turista nos hotéis. Jantar no Dom Mário é muito bom. Tem que pegar um taxi, mas é barato. A carne, a batata frita e o pão com manteiga vale. Aliás, todo lugar tem pão com manega, digo, bom pão, óima manteiga. Preço para Mendocinos. Dia 6 – Seria o dia de folga, para caminhar pelo centro. Mas piramos e ligamos para Sr. Juan nos levar em bodegas, sem mesmo ter reservado. Achavel Ferrer foi a primeira. Que loucura. Lugar lindo, vinhos muito bons (tomar vinho de café da manhã é dimoooiiss). Belas fotos. Vale muito. Belasco de baquedano – Tinha que ter uma bodega média. Guia no piloto automático e no acelerado ainda. Legal apenas é a sala de cheiros. Linda vista. É, vale. Tapiz – Muito bom. A tiazinha é a melhor guia. Até prestei atenção e não fiquei de olho na merenda (digo, degustação). Passeio de charrete, pobre cavalo. Vinho bom. Vale sim. Almoçamos na La Barrica, restaurante ao lado se um posto, para ganhar tempo e economizar dinheiro. Vale. Norton – legal também. Bonito também. Tem história impregnada. Degustação média. Vale. Camillo Patti – Conheça esse tiozinho, ele é uma figura, enólogo lendário. É bodega pequena atípica. Conhecer pessoas além de lugares é tudo de bom. O vinho tb. Vale muito. Esta foi nossa maratona. Foram 16 adegas e mais de 60 diferente tipos de vinho (e 8 diferentes cervejas). Cada lugar e cada vinho construíram uma diferente experiência. Mendoza tem muitas vinícolas, falam de 2000. Minha esposa concluiu: “ Mendoza tem mais vinho do que água.” Queremos voltar. Ligar para Sr. Juan e fazer outras várias bodegas em Mendoza. Passear com sua parceira, de mãozinha dada pela noite bem iluminada escutando os músicos de rua tocando Beatles. Comer carne boa, batata frita de primeira, tomar cervejas e vinhos, muitos vinhos. Saber que todos os dólares economizados por muito tempo foram muito bem investidos e que a as lembranças das lindas paisagem e das diferentes pessoas estarão harmonizadas com os aromas e sabores das delícias e dos vinhos Mendocinos. Não se apegue demais aos meus ou outros comentários. Vá e faça a sua experiência. Descubra outras Mendozas. Não economize nos passeios. Não se entregue ao consumismo, mas ao “desfrutismo”. Queria fazer da viagem a Mendoza um presente para minha esposa, mas acabamos desembrulhando juntos esse presente, que permanecerá existente com as lembranças de dias bons, que serão avivados no compartilhar de cada garrafa de vinho. Ficamos com a sensação de que Mendoza foi como sair para jantar e que esse jantar durou 6 agradáveis dias. Com tudo que tem de melhor.

 

Por fim, frase de bodegas: “ El mejor vino no es necesariamente el más caro, sino el que se comparte.”

 

Listo! (palavrinha que aprendi e gostei de usar)

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