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Morro Mãe Catira - Curso de sinalização de trilhas


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  • Membros de Honra

Nos dias 23 e 24 de fevereiro participamos do curso Sinalização de Trilhas, ministrado pelo diretor de criação e manejo de unidades de conservação do ICMBio, Pedro de Castro da Cunha e Menezes.

O curso foi organizado pelo Clube Paranaense de Montanhismo (CPM) e PARNA Saint-Hilaire/Lange e sediado no CPM, e contou com a presença de 26 pessoas, entre membros do CPM, ICMBio e nós da AMC (Otávio, Serginho, Rafael, Zeca e Getúlio).

 

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No sábado tivemos a aula teórica, aonde entre outras informações nos foi explicado o padrão que o ICMBio adotou (a flecha pintada) para todos os parques, unidades de conservação e florestas nacionais. Marcações pintadas são utilizadas em todo mundo, e são as menos vandalizáveis. Também foi mostrado como sinalizar com placas, tipos de trilhas, etc...

Outra informação importante e muito relevante para nós é a mudança de atitude do ICMBio, onde antes era proibir para preservar, agora é conhecer para preservar. Com isso já no ano passado todas as UCs e parques administrados pelo ICMBio revogaram a obrigatoriedade de guias para visitas, caminhadas e afins. E agora estão implantando quatro trilhas de longo percurso, como as existentes em várias partes do mundo. No Rio está quase pronta a Transcarioca com aprox. 130 km e a Caminhos da Serra do Mar com 68 km. Em São Paulo está em estudos a Transmantiqueira, que ligará Campos do Jordão a Visconde de Mauá, com tempo estimado de 20 a 30 dias para percorrê-la por completo. A quarta fica no PARNA Chapada dos Veadeiros e ainda está em fase de implantação.

No domingo tivemos a aula prática, no morro Mãe Catira, situado na serra da Graciosa. Para quem não conhece, é só seguir pela Estrada da Graciosa, passar a entrada da estrada antiga e no começo da descida entrar na bifurcação a direita. Este é um trecho original da Graciosa, e que sai na estrada antiga, agora asfaltada até Quatro Barras.

Seguindo por este caminho chega-se a casa do Espalha Brasa, aonde começa a trilha. É a única residência no trecho. Espalha Brasa cobra R$10,00 por carro para estacionar em sua propriedade. Nos reunimos ali e tivemos as últimas instruções.

 

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Dividimos o pessoal em quatro grupos: o primeiro ficou responsável pela marcação no começo da trilha, o segundo andou meia hora, o terceiro 45 minutos e o último 1 hora para começar a marcar.

Nós fizemos um grupo AMC mais o Costa (CPM), andamos 45 minutos e começamos a marcar. Ficamos quase duas horas raspando árvore, segurando molde e pintando setas. O Getúlio aproveitou seu facão e limpou a trilha também. Nada melhor do que estar junto com o órgão fiscalizador para dar umas “facoadas”, não estávamos desmatando e sim “manejando”...

Quando chegamos às marcações do grupo 1 hora guardamos as tralhas e pudemos curtir um pouco a trilha. Eu ainda não conhecia o Mãe Catira, é uma trilha bem definida e bastante conhecida por ser de fácil acesso. Nem preciso falar que só um cego pra se perder agora por lá...

 

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A trilha é igual à maioria das montanhas paranaenses na serra do mar, inicia em floresta e na sua parte final abre com um belo visual. Em seu cume as árvores são um pouco mais altas, tendo apenas um pequeno mirante para o Morro do Sete, mas que estava fechado por densas nuvens. A trilha para o Sete é a continuação da trilha do Mãe Catira, mas não chegamos até lá, ficamos por ali mesmo. Um pouco antes do cume se tem um belo visual da Serra da Farinha Seca logo ao lado, Anhangava e Serra da Baitaca mais ao sul e ao norte a parte sul da Serra do Ibitiraquire. Para oeste ficam os munícipios de Quatro Barras e Campina Grande do Sul

Na volta viemos marcando as setas brancas. Ficou definido pelo ICMBio que seta branca é sempre a volta para o asfalto. Quando você estiver numa trilha demarcada pelo ICMBio e achar setas brancas vocês está voltando.

 

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Chegamos de volta ao Espalha Brasa 16h00min, foi o tempo de se limpar, esperar os últimos caminhantes e partirmos para comer um pastel tamanho A4 com caldo de cana no Recanto Lacerda. Ficamos ali, do ladinho do marco 22 olhando para as antenas do Ciririca, pensando na próxima empreitada...

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  • Membros de Honra

Esmalte sintético, se der (pois é mais caro) é bom usar tinta fluorescente, para visualização noturna.

No final do curso já estavam comentando um tipo de tinta fluorescente de pobre :mrgreen: ... adicionar pó de vidro, mas não sei se não é uma boa, tem que ver se não fica cortante.

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  • Membros
Esmalte sintético, se der (pois é mais caro) é bom usar tinta fluorescente, para visualização noturna.

No final do curso já estavam comentando um tipo de tinta fluorescente de pobre :mrgreen: ... adicionar pó de vidro, mas não sei se não é uma boa, tem que ver se não fica cortante.

 

Com o pó de vidro daria uma tinta reflexiva que não é o mesmo que uma fluorescente (que leva fluor na composição) ou fosforescente (que leva fósforo na composição) ambas com certeza mais caras que um esmalte sintético comum.

 

Na 11ª foto (DSC02338.JPG) foi usado um pincel de barbear para pintar a seta?

 

Saudações,

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  • Membros de Honra

Legal, tu manja de tinta!!! Eu falei fluorescente mas queria dizer refletiva mesmo. Falta de conhecimento...

Para pintar foi pego um pedaço de espuma "amarrado" com silver tape, pra fazer tipo um carimbinho de espuma.

Daí pintávamos os moldes com a espuma dando carimbadas... segundo o ICMBio esta é a melhor maneira, pois se usar pincel escorre.

Funciona bem, é prático e rápido.

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  • Membros
Legal, tu manja de tinta!!! Eu falei fluorescente mas queria dizer refletiva mesmo. Falta de conhecimento...

Para pintar foi pego um pedaço de espuma "amarrado" com silver tape, pra fazer tipo um carimbinho de espuma.

Daí pintávamos os moldes com a espuma dando carimbadas... segundo o ICMBio esta é a melhor maneira, pois se usar pincel escorre.

Funciona bem, é prático e rápido.

 

Otávio,

 

 

existe em algum local os símbolos usados pelo ICMBio?

 

 

Saudações,

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  • Membros de Honra

Segundo o Pedro eles ainda estão elaborando uma maneira de padronizar as marcações e placas. Uma das coisas que nos foi passado no curso é que é muito melhor usar ícones do que escrever, pois a assimilação é mais rápida, e conforme pesquisas as pessoas ficam no máximo 90 segundos em frente a uma placa, então não adianta escrever um monte de informação que não será assimilada. Aí é que entram os ícones, um desenho de fogueira cortado por uma linha é mais fácil de entender do que escrever "proibido fazer fogueiras", sem contar que é uma linguagem universal.

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  • 3 semanas depois...
  • Membros de Honra

Grande Otávio!

 

 

Mandou bem na documentação do curso! Parabéns!

Acredita que só hoje que vi o relato? Correria total...

 

[...]

Para pintar foi pego um pedaço de espuma "amarrado" com silver tape, pra fazer tipo um carimbinho de espuma.

Daí pintávamos os moldes com a espuma dando carimbadas... segundo o ICMBio esta é a melhor maneira, pois se usar pincel escorre.

Funciona bem, é prático e rápido.

 

Sim, e também que "carimbando" a tinta se impregna melhor na superfície, muitas vezes rugosa, de troncos e pedras, lembrando que antes de pintar deve-se limpar a superfície com escova de aço, ou, no nosso caso, com o dorso da faca "Bear Grylls" do Costa :mrgreen:

 

O curso foi muito bom. Quebrou alguns paradigmas em termos de sinalização (especialmente entre nós, aqui do PR) e foi um grande prazer interagir com uma pessoa de tão grande vivência e conhecimento prático como o Pedro, sem falar nas alentadoras notícias que ouvimos dele.

 

Abraço!

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  • Membros
Grande Otávio!

 

 

Mandou bem na documentação do curso! Parabéns!

Acredita que só hoje que vi o relato? Correria total...

 

[...]

Para pintar foi pego um pedaço de espuma "amarrado" com silver tape, pra fazer tipo um carimbinho de espuma.

Daí pintávamos os moldes com a espuma dando carimbadas... segundo o ICMBio esta é a melhor maneira, pois se usar pincel escorre.

Funciona bem, é prático e rápido.

 

Sim, e também que "carimbando" a tinta se impregna melhor na superfície, muitas vezes rugosa, de troncos e pedras, lembrando que antes de pintar deve-se limpar a superfície com escova de aço, ou, no nosso caso, com o dorso da faca "Bear Grylls" do Costa :mrgreen:

 

Abraço!

 

Deu pra perceber um pouco do procedimento pelas fotos, esses estêncil's ficam melhor se forem feitos em chapas de raios-x descartados (os hospitais teêm aos montes).

 

Por aqui nem temos "trilhas" de verdade, mas pra uma eventualidade, todo conhecimento conta.

 

Saudações,

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  • Membros de Honra
Deu pra perceber um pouco do procedimento pelas fotos, esses estêncil's ficam melhor se forem feitos em chapas de raios-x descartados (os hospitais teêm aos montes).

 

Por aqui nem temos "trilhas" de verdade, mas pra uma eventualidade, todo conhecimento conta.

 

Saudações,

 

Olá Marcos!

 

As matrizes que usamos foram confeccionadas a partir de capas plásticas, dessas que se usam em encadernação, bem resistentes. Pelo menos todas aguentaram o tranco no dia. Contudo, a ideia das chapas de negativo de raios-x é bem vinda!

Abraço!

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