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Ouro Preto, Mariana, São João del-Rei e Tiradentes


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Oi!

Vim aqui compartilhar mais um relato. Eu baseei praticamente toda a minha viagem nas informações aqui do Mochileiros, então me sinto na obrigação de ajudar quem estiver montando um roteiro parecido! Passei pelas cidades históricas em julho: entre os dias 23 e 28 transitei por um outro mundo, uma verdadeira viagem no tempo. Essas foram as férias da superação de desafios! Primeiro o pessoal da empresa implicou em me liberar minha uma semana de férias, mesmo eu já tendo avisado. Aí quando finalmente deu tudo certo, eu estava com tudo pronto para embarcar para Belo Horizonte no sábado de manhã. De sexta para sábado me atacou, do nada, uma faringite absurda. Juro. Passei a noite chorando de dor e de raiva. Na hora em que eu iria embarcar estava na sala de espera do hospital. Sacanagem, né? A médica me deu um levanta defunto e no domingo já estava me sentindo melhor. Acabei comprando uma passagem de ônibus de segunda para terça-feira para Ouro Preto. Perdi a passagem de avião (era mais caro remarcar o voo que comprar outra de ônibus), mas fui mesmo assim. Depois, o pessoal do hostel em São João del-Rei ainda me aprontou a maior cachorrada.

 

Terça-feira , 23 de julho

São Paulo - Ouro Preto

 

Não tenho ideia de quanto tempo a viagem de São Paulo para Ouro Preto durou. Só sei que o ônibus fez muitas paradas e eu não conseguia dormir direito. Primeiro porque ainda estava doente e o ar-condicionado me fez mal. Depois que sentou um senhor do meu lado, em uma das paradas, e ele roncava e fazia barulho com a dentadura. Juro! Ficava movimentando a dentadura dentro da boca. Parecia coisa de filme. Quando o sol nasceu eu dei graças a Deus porque consegui ver a estrada, que é muito bonita, e me distrair. Cheguei em Ouro Preto de manhã, completamente zonza. Peguei um táxi até a Praça Tiradentes, onde ficava meu hostel, e o taxista teve as manhas de me cobrar R$20,00 por um caminho que eu poderia ter feito andando. É duro ser turista. Fiquei no Lá Em Casa Hostel. Recomendo muito ::otemo:: . Os atendentes são muito legais, conhecem muito bem a cidade e o entorno e dão dicas além dos clichês turísticos. O ambiente também é muito gostoso, tudo arrumadinho, quartos grandes e confortáveis, sala de lazer e de televisão bem organizadas. Fora que da janela da sala dá para ver o Museu da Inconfidência. Apenas isso:

 

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::love::

 

 

Cheguei no hostel meio desorientada por causa da viagem. Aí lavei o rosto, me recompus e estava pronta para realizar esse sonho que era conhecer Ouro Preto. Ainda era cedo e tinha gente dormindo no quarto, mas a simpática atendente me deixou guardar minha mochila no depósito. Eu falei que ia dar uma voltinha para ver um pouco da cidade e logo voltaria.

Saí andando meio sem rumo por Ouro Preto, o que é o melhor jeito de conhecer a cidade. Vi o Museu da Inconfidência por fora, desci umas ladeiras e passei pelo Grande Hotel Ouro Preto, projetado pelo Oscar Niemeyer. Então cheguei à Casa dos Contos e ela já estava aberta. É um dos museus mais bonitos que já conheci. Fica em um casarão restaurado, que pertenceu a um dos homens da alta sociedade da época, serviu para reuniões no período da Inconfidência e, depois, como sede de administração pública de Minas Gerais. Dá para ter uma boa noção da vida na época do Brasil Colônia. Os donos da casa ficavam com aquele espaço enorme apenas para uma família e, na parte de baixo, ainda está conservada a senzala, com todos os instrumentos de trabalho e castigo físico dos escravos. A senzala me impactou muito e eu fiquei numa bad. O museu tem um acervo interessante, inclusive com uma parte dedicada à história do dinheiro no Brasil. É o tipo de lugar que te faz repensar a vida, a história do país, tudo.

 

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A cidade vista da varanda da Casa dos Contos

 

 

De lá fui para o parque Vale dos Contos, que tem uma entrada voltada para a casa. É um lugar muito bonito, cheio de natureza e de onde dá para ver como Minas Gerais é lindíssima. O parque tem várias entradas, então dá para cortar caminho por dentro dele quando estiver andando pela cidade. De lá, voltei para dar uma olhada no Grande Hotel. Vi que eles servem almoço e bem estava achando que seria os olhos da cara. Pedi para ver o menu e uma refeição com entrada e bebida sairia por uns 30 reais. Achei honesto e não poderia perder a oportunidade de almoçar com uma vista linda daquelas, e em um local histórico.

De lá voltei para perto da Praça Tiradentes e passei pela belíssima Igreja Nossa Senhora do Carmo, que exibe, em sua fachada, uma linda obra do Aleijadinho. Infelizmente não a vi aberta para visitas durante toda a viagem, mas imagino que seja tão linda por dentro quando é por fora.

 

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Que belezura!

 

 

Fui, então, para a Praça Tiradentes e vi que já o Museu da Inconfidência já estava aberto. Esse era um dos museus nacionais que eu mais tinha vontade de conhecer, e não me decepcionou. O acervo é incrível e bem didático. Dá para entender bem a relevância da Inconfidência Mineira para a história e, principalmente, como a figura do Tiradentes foi sendo enaltecida como herói nacional. De lá desci meio sem rumo e fui para a casa na qual viveu Tomás Antônio Gonzaga (é muito lindo ver um pouco do cotidiano de pessoas que você só conhecia pelos livros de história e perceber que eles eram gente como a gente). Também visitei a feirinha de pedra sabão (presentes típicos e a preço honesto), a Igreja São Francisco que fica em frente. Quando vi, já eram 5 da tarde! ::ahhhh:: Eu falei para a menina do hostel que ia dar apenas uma voltinha e fiquei o dia todo fora, com roupa nhaquenta de ônibus, cansada... Esse é o poder que Ouro Preto exerce em você: o de esquecer seus problemas e ser transportado para outro universo.

Tomei um belo banho no hostel e fiquei na sala de estar. Tinha gente do mundo todo: alemão, chinês, norte-americano, norueguês. Mais uns gaúchos, uma mineira, um carioca e eu, paulista. A galera agitou de ir em um boteco ali perto, que era frequentado pelos universitários da cidade e foi indicação de uma das funcionárias do hostel. Foi muito divertido! Imagina esse grupo excêntrico discutindo política internacional, costumes brasileiros, juventude. Uma maluquice! Estava muito cansada e, na volta para o hostel, dormi muito confortavelmente. O hostel tinha acabado de ser inaugurado e tudo é novinho. Minha cama era super confortável.

 

Quarta-feira, 24 de julho

Ouro Preto

 

No dia anterior eu tinha ouvido uma história que havia uma igreja que foi construída pelos escravos, com ouro que eles tiravam clandestinamente das minas. Fiquei com aquilo na cabeça e queria porque queria conhecer o lugar. Pedi orientações e a recepcionista me ensinou a ir de ônibus porque falou que era muito longe, o que foi ótimo porque eu tive o primeiro contato com as pessoas que realmente moram, trabalham e estudam em Ouro Preto.

Primeiro que eu causei no ônibus. Aqui em São Paulo a gente entra pela frente e desce por trás. Aí eu dei sinal e entrei. Perguntei pro motorista se passava na Igreja de Santa Efigênia e ele disse que sim, mas estava do lado errado. Achei que o lado errado era o sentido errado, tipo ele passava lá quando voltasse. Aí pedi desculpa e fui descendo e ele: ow, passa na igreja. Eu: ah tah. Subi pela frente e pedi para a cobradora me avisar quando chegasse e ela: aviso, mas você subiu do lado errado. Era por trás. Então eu entendi o que ele estava dizendo. Nisso o ônibus inteiro olhando para a minha cara e começaram a me ajudar a chegar na igreja! Hahaha! Um senhor ia me falando o caminho, que ainda estava longe, uma moça falou que ia descer no mesmo ponto que eu, me levou praticamente até a porta da igreja. Pessoas muito gentis e muito queridas. Normalmente os turistas ficam apenas naquele miolinho histórico de Ouro Preto e mal conhecem os habitantes, uma pena.

A igreja de Santa Efigênia foi a minha preferida em toda a viagem. E olha que eu vi igreja! ::dãã2::ãã2::'> Ela foi construída pelos escravos e negros libertos, sob a proteção do Chico Rei. Vou contar o que eu ouvi lá, mas não sei se procede ou não: o Chico Rei era rei (dã) na África e veio para o Brasil sequestrado pelo tráfico negreiro com sua esposa e filhos. Com sua grande habilidade de negociação e liderança, conseguiu ir mudando sua situação e começou a comprar a liberdade de sua família e seus conterrâneos. Por fim, fez um acordo e comprou a mina que leva seu nome e voltou a ser poderoso aqui no Brasil. Dizem que a Igreja de Santa Efigênia foi construída com a benção e ajuda do Chico Rei. Como os negros não podiam frequentar a igreja dos brancos, ou quando o faziam, ficavam em pé nos cantos, eles começaram a criar suas próprias igrejas, e também suas irmandades, o que dava mais proteção. Para construir a igreja de Santa Efigênia, os escravos contrabandeavam ouro das minas nos cabelos e no corpo. Ela foi a que eu mais gostei porque, além da história linda, ela tem uma variedade incrível de estilos. Referências à China dominada por Portugal, santos negros. E, no teto, está pintado um papa negro! Olha que coisa linda! Só imagina a subversão que era, naquela sociedade escravocrata, um grupo de escravos pintar um papa negro em uma igreja!

 

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Linda, linda ::love::

 

Fiquei muito tempo lá, olhando cada detalhe da igreja, e depois saí caminhando sem rumo, encantada. Andei muito por aquela parte da cidade, que não tem tanto turista, mais moradores e republicas universitárias. Lembrei que a mina do Chico Rei estava ali perto, e fui visitá-la. Gente, que decepção! Cheguei, paguei e fiquei esperando. Aí começou a chegar um pessoal, muita gente. O guia esperou juntar umas 20 pessoas para entrarmos na mina. O problema é que ela é muito apertada. Calculo que os túneis tenham mais ou menos um metro e meio de altura e uns dois de largura, no máximo. Só imagina esse tanto de gente em um espaço apertado, no maior calor do mundo! Eu comecei a passar muito mal, mas segurei a onda. Aí uma outra senhora passou mal, o guia foi querer levar a gente para mais para dentro do túnel e eu falei que não dava. Era gente demais e espaço de menos, uma puta irresponsabilidade! Fiquei um tempão do lado de fora com falta de ar, me recuperei e voltei a andar pela cidade pensando no dinheiro e tempo perdidos.

Voltei para a feirinha de pedra sabão e encontrei uma menina que tinha visto mais cedo no hostel. Comentei com ela que ia para a estação de trem comprar passagem para ir até Mariana no dia seguinte. Ela se animou a ir comigo. Compramos as passagens e depois seguimos para a Casa dos Inconfidentes, que fica meio longe do centro e, por isso, atrai poucos turistas. Nesse local eram realizados os encontros dos Inconfidentes para tramar contra o governo. A casa está restaurada com objetos da época e uma guia bastante simpática nos acompanha durante toda a visita. Como fica em um morro, oferece uma vista linda de Ouro Preto. Para chegar, tivemos que contar com a ajuda dos moradores locais, já que não há sinalização para o museu e eu só fiquei sabendo que ele existia porque me indicaram. Mas vale demais a visita.

 

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Ouro Preto vista da Casa dos Inconfidentes

 

 

Também passamos pelo Teatro Municipal, que é o mais antigo em funcionamento na América Latina. O camarote da família real ainda está lá, conservado! Um guia nos acompanhou e mostrou detalhes do prédio, e depois ficamos assistindo um ensaio de balé que estava acontecendo por lá.

 

Quinta-feira, 25 de julho

Ouro Preto - Mariana

 

Chegamos na estação com quase uma hora de antecedência e já tinha gente na fila! Os trens da Vale são bem concorridos, mas no fim tem lugar para todo mundo. Aconselho chegar cedo para ver os museus e a arquitetura da estação, bem interessantes. E sente do lado direito do trem! Como a ferrovia passa pelo meio da mata, do lado direito dá para ver cachoeiras, rios e a bela vegetação.

 

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Vista do trem

 

 

Chegamos em Mariana e nos perdemos. Andamos um pouco até chegar no centro histórico, e achei bem sem graça. A cidade me pareceu despreparada para o turismo e muito mal conservada, em comparação com a impecável Ouro Preto. Chegamos no centro e vimos a Catedral Nossa Senhora da Assunção. Ela tinha um museu anexo, fechado, e os funcionários não sabiam direito quando abriria, então desencanamos. Aliás, mesmo os funcionários dos postos de turismo eram bem mal informados! Fomos até a Praça Minas Gerais, que é muito bonita. Lá ficam duas igrejas e a prefeitura, com um pelourinho no centro, um triste retrato da sociedade colonial. As duas igrejas são das mais importantes da história do país, e estão completamente mal conservadas, fechadas e com a pintura caindo. Muito triste de ver. ::grr::

 

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Praça Minas Gerais

 

 

De lá, fomos até a igreja de São Pedro, porque ficamos sabendo que tem um mirante da cidade. Essa sim está bem conservada e, como fica na parte alta da cidade, tem uma vista linda. O mirante fica na torre da igreja e é um custo subir! Tem que passar por uma escadinha de madeira minúscula, dá o maior medo. Mas vale cada degrau.

 

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Mariana vista da Igreja de São Pedro

 

 

Eram umas 3 da tarde e já não tinha mais nada que fazer em Mariana. Almoçamos e pegamos o ônibus para a Mina da Passagem, que fica entre Ouro Preto e Mariana. Estava meio cabreira por causa do fiasco da mina do Chico Rei e falei para a colega de viagem que se fosse aquele perrengue eu não entraria nem f... Mas foi todo o contrário. Essa mina sim, tem estrutura. É bem alta, descemos até ela em um carrinho parecendo uma montanha-russa. O guia era um senhor muito fofinho que conhecia detalhes da mina porque seu pai trabalhou lá como operário. Ele falou que a família fica curiosa para saber o que os turistas perguntam, mas seu pai quase não fala no tempo da mina porque foi muito traumático. De fato, trabalhar ali é inimaginável para nós que estamos acostumados com rotina de escritório. A mina parou de ser explorada porque o perigo de desmoronamento ficou sério, e hoje serve para turismo e para mergulho, porque tem muita água subterrânea (azul e linda)! Pegamos o ônibus de volta para Ouro Preto (um ônibus de linha normal) e fomos ver o pôr-do-sol em Ouro Preto. Depois, fomos a um show grátis no Teatro Municipal. Aconselho a ficar de olho na programação, sempre tem alguma coisa rolando.

 

Sexta-feira, 26 de julho

Ouro Preto – São João del-Rei

 

Acordei cedinho para pegar o ônibus para São João del-Rei. Achava que seria pertinho, mas foram quatro horas de viagem! Tinha feito reserva no Vila Hostel. Desci do taxi e achei estranho, estava tudo bagunçado na porta. Pensei que estariam reformando, sei lá. Toquei a campainha e nada. Liguei no telefone deles e nada. Puta que pariu! Fui pedir informação em um hotel na frente e a moça: Ih filha, eles fecharam há um mês. Ou seja, quando eu fiz a reserva e mandei e-mail confirmando, depois, eles sabiam que iam fechar e mesmo assim me deixaram planejar minha hospedagem. Gente fina! Depois o dono do hostel ainda ficou batendo boca comigo por e-mail. Contei a história aqui: vila-hostel-sao-joao-del-rei-bati-com-a-cara-na-porta-t72025.html. Se essa merda de hostel reabrir, fujam! Total e completa falta de respeito com o consumidor. ::carai::

A atendente do hotel ficou com tanta dó de mim e tão indignada com a falta de profissionalismo do Vila Hostel que me fez um desconto camarada no hotel. Gente, anotem esse nome: Solara Hotel (http://www.solarahotel.com.br/index.php) ::love:: ::love:: ::love::::love:: . Fiquei lá com uma diária de 100 reais chorados, mas valeu cada centavo. Do lado do centro, com quartos lindos e equipe muito atenciosa e um café-da-manhã que vocês não acreditam! Eu parei uma moça que trabalhava na cozinha para dar os parabéns. Não sei se a equipe do Solara Hotel algum dia lerá isso mas olha, mais uma vez, obrigada por tudo! Vocês salvaram minha viagem!

Perrengue resolvido, fui tomar banho e almoçar. Comi num quilo incrível perto da estação de trem. Meu conselho é procurar restaurantes por ali, que é onde a galera que mora na cidade come, o que significa preço camarada. Aproveitei para comprar a passagem de trem para Tiradentes e, depois, fui no quiosque de informações ao turista e estava fechado porque o funcionário estava de férias. Em julho, alta temporada! Hahaha, achei engraçado. O bom de São João del-Rei é que tudo é perto. Andei pelo centro histórico e conheci o belo Museu Reginal de São João del-Rei, que mostra o cotidiano das famílias mineiras antigamente. Também fui até o Museu Tancredo Neves, que mostra a sua trajetória politica. O último foi especialmente interessante porque muitos dos visitantes eram mineiros e muito fãs da história do Tancredo. A comoção que ele gera em seus conterrâneos é impressionante. Andei por algumas igrejas do centro histórico. Ele é bem pequeno e pode ser percorrido de ponta a ponta em uma hora. Lá também é um bom lugar para comprar lembrancinhas. Como já tinha visto tudo, comprei umas coisas no mercado para jantar, voltei para o hotel e fiquei no quarto vendo a Carminha, oioioi!

 

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O Centro Histórico parece de brinquedo, tamanha fofura

 

 

Sábado, 27 de julho

São João del Rei – Tiradentes

 

Tomei o maravilhoso café-da-manhã do Solara Hotel e fui para a estação de trem, embarcar para Tiradentes. O caminho é bem bonito, passa por uma série de fazendas. Aconselho a sentar do lado esquerdo do trem.

 

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O trem de madeira, da década de 30!

 

 

Chegando lá, a estação é um pouco afastada do centro, mas é só seguir a multidão que você descobre como chegar. Sério, era muita gente! O centro da cidade é bem pequeno, então dá para ver tudo em uma tarde. Visitei o Centro Cultural Yves Alves, que é bem interessante e conservado. Dá para tirar umas fotos lindas. Andei bastante, visitei algumas igrejas, mas nenhuma me surpreendeu muito. Chega uma hora nesse tipo de viagem na qual você não aguenta mais ver igreja. É tudo bonito e tal mas cara, uma semana não dá! Hahaha. ::essa::

Eu fiquei andando e flanando pela cidade. Tem umas placas nas principais ruas apontando a direção das atrações culturais, então dá para se virar bem. Eu gostei muito, por exemplo, do Chafariz de São José. Ele fica bem longe do centro, mas vale a visita. Concluído 1749, ele era a principal fonte de abastecimento de água da cidade e servia para beber, lavar roupa e dar água aos animais. Cada torneira tinha uma função. Parece que rola uma tradição na qual quem bebe água de uma das torneiras se casa logo. Não quis arriscar não, hahaha!

 

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Olha o chafariz aí

 

 

Lá por umas 3 da tarde eu já tinha visto tudo e almoçado. Aí comprei uns doces e fiquei na praça central comendo e vendo o movimento. Fiquei muito triste com o transporte de pessoas pelas carroças. Os cavalos são visivelmente maltratados, ficam o tempo todo em pé embaixo do sol e carregam um peso absurdo. Por favor, não incentivem essa covardia!

Voltei para a estação de trem e outra coisa me entristeceu: ainda que houvesse fila e tudo mais, as pessoas causaram na hora de embarcar. Se empurraram, se xingaram, um horror. Uma senhora do meu lado jogou a netinha pela janela para guardar lugar! Juro! Tacou a criança! Fiquei bem desapontada com a falta de educação da galera. Como já tinha visto tudo em São João del-Rei e a cidade é bem monótona, troquei a passagem que partiria de madrugada no domingo para uma que partiria de manhã. Não compensava ficar na cidade sem nada para fazer... A volta foi bem tranquila e eu aproveitei para intercalar os cochilos e a paisagem belíssima. Apesar dos perrengues, adorei Minas Gerais, principalmente Ouro Preto, e aconselho a viagem a todos.

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  • 3 meses depois...
  • 1 mês depois...
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Olá Camila,

tudo bom??

 

adorei o seu relato... estou planejando fazer essa mesma viagem agora em julho e gostaria que vc me tirasse algumas dúvidas, pode ser??

Eu vi que vc passou apenas 1 dia em Tiradentes e 1 dia em São Joao del rei... vc achou suficiente?? Deu pra conhecer os principais pontos?? Pergunto isso pq a hospedagem por aquelas bandas são bemmm mais caras que em OP... daí queria passar o menor tempo possível lá e ficar mais tempo em ouro preto...

 

Outra coisa, tem ônibus fácil saindo de SJDR pra ouro preto?? pergunto isso pois pretendo fazer o caminho inverso ao seu... pretendo ir primeiro à SJDR e Tiradentes e depois voltar pra OP e Mariana.

 

Obrigada,

Mariana.

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  • 2 semanas depois...
  • 2 meses depois...
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Oi Camila,

Parabéns pelo relato, gostei das riquezas dos detalhes que você informou nele.

 

Dia 25 a 27 out/2013 passarei um final de semana em Ouro Preto, pra ser bem franca sábado o dia todo e domingo até as 14h.

Estava pensando seriamente em realizar o passeio de trem para Mariana no sábado, mas pelo seu relato confesso que fiquei na duvida.

Voce acha que seria melhor eu abrir mao de Mariana (pelo passeio de trem) e conhecer os atrativos de Ouro Preto?

Grata e fico no aguardo

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  • 3 anos depois...

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