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Penedo e Pq Nacional de Itatiaia - Relato de um casal Rock n Roll


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Com a necessidade de fugir e ir para bem longe dos batuques do carnaval, começamos a procurar diversas cidades em meio a montanhas e natureza. Relevo acidentado o suficiente para impedir a propagação de trios elétricos, micaretas e afins. Tamanha aversão é totalmente justificável (vide nosso perfil)

 

Com as sobras da pesquisa na viagem de reveillon, tínhamos o destino certo: Penedo. Ao contrário do que a maioria acha, Penedo não é uma cidade. A pequena colônia fica a 280km da capital paulista. Região sul do Rio de Janeiro, divisa com Visconde de Mauá, trilha para Resende, Maromba e outros destinos serranos. É um distrito do município de Itatiaia, fundada no meio do Parque Nacional.

 

Ela é famosa por ser a principal colônia Finlandesa no Brasil. Mas desmistificando essa fama, o mais próximo de um galego que chegamos foi uma vendedora albina de uma loja de chocolates. Por ser serrana, esperávamos um friozinho típico e um climinha ameno, mas ao contrário fomos apresentados ao tradicional calor carioca, sentimos em pleno “Rio 40º graus”. Por falar em Rio de Janeiro ele se fez presente seja através do sotaque dos nativos e visitantes, bem como do Piscinão de Ramos, que logo mais detalharemos.

 

Com verba curta, nosso intuito era aproveitar as atrações e trilhas do local, não se limitando apenas a curtir as opções de lazer da hotelaria. Optamos por uma pousada de preço convidativo e fomos surpreendidos por um ótimo atendimento, farto café da manhã e claro uma cama confortável (Oerrrrrrrrrr)! Ficamos na Pousada Challenge, sob nova direção, agora comandada pela simpática Lú .O local tem sauna e piscina aquecida. Fomos extremamente bem atendidos pelas equipe, aqui uma ênfase para a Miriam, o David e a Dirce (Mirdes para os íntimos).

 

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Lú, proprietária da pousada Challenge

 

Cansados da viagem, descarregamos as malas e os suprimentos para aproveitar o resto da tarde de nosso primeiro dia em terras fluminenses na pousada.

 

Seres noturnos que somos, partimos para o centro dispostos a descobrir o que a noite finlandesa tem. Ir com tanta sede ao pote só poderia resultar em castigo. Encontramos uma cidade pacata onde os maiores agitos se concetram nas lojas de decoração e artesanato mineiro, restaurantes e lojas de chocolate. Perfeito para quem gosta do combo Comer + Comprar + Dormir. Um fail para este casal(que se consertaria depois).

 

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Suprimentos, 4 dias fora de casa requer uma dieta balanceada

 

Como háviamos despertado há pouco. Nos restou o Comer Buscamos por um prato rápido(porção, tábua de frios…) e estávamos sedentos para degustar cervejas diferentes.

 

Escolhemos a Casa do Fritz, restaurante alemão simpático e movimentado. Para nossa surpresa, a variedade de cachaças era maior do que a do líquo que procurávamos. Encaramos aquilo como um desafio e com a sugestão de um garçom sósia do Wando pedimos doses de Erva Doce e Lenda Mineira. Ambas com aromas atraentes mas como não entendemos nada de cachaça nosso comentário se limita em “É das boas”. Com uma porção de filet aperitivo com pão caseiro. Iguaria básica que foi batizada por Drusnake, que para evitar que seu filet aperitivo fosse um prato clichê:

 

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Wando fazendo um bico na Casa do Fritz

 

Mergulhe pedaços de pão caseiro na cachaça e em seguida coloque o filé por cima com algumas pitadas de mostarda caseira alemã. Testamos e aprovamos!

 

Não havia mais o que esperar daquela noite, um passeio pelas lojinhas, degustar alguns licores e condimentos a base de truta e encerrar a noite com Sorvete Finlandês que pelo preço astronômico(R$59,00/Kg) poderia ter o gosto diferente do brasileiro. Rumando para a pousada, descobrimos uma cachoeira(ou o barulho dela) a poucos metros da nossa hospedagem, entrou para o roteiro do dia seguinte.

 

Após o café-da-manhã seguimos para nossa recente descoberta. Com o calor que fazia um banho de cachoeira iria agregar. Iria, pois quando chegamos ao local encontramos uma das cenas mais horripilantes e desanimadoras desta viagem. O local, antes límpido, espaçoso e com cheirinho de água com terra molhada foi tomado por uma multidão incontável de farofeiros que só faltavam estacionar os carros em cima das árvores. Vendedores ambulantes com adornos da 25 de março e pasmem, um carrinho de churrasco de gato. O protótipo do Piscinão de Ramos citado logo acima.Resumindo, se você não gosta desse ambiente, fuja das Três Cachoeiras.

 

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Três Cachoeiras, vulgo "Piscinão de Ramos" FUJA!

 

Mesmo com tamanha decepção, não desistimos. A idéia era encontrar um lugar com acesso mais difícil afim de evitar aquele calor humano. Começamos a seguir as placas que indicavam para a Cachoeira de Deus, Poço das Esmeraldas, Rio das Pedras, Cachoeiras do Rio Palmital, Cachoeira das Antas dentre outras.

 

Nossa primeira escolha: Três Bacias: No quesito cachoeiras podemos nos gabar, por esse motivo essa não tem nada de especial, serviu como um refresco em meio ao calor infernal que nem o ar condicionado do carro foi capaz de amenizar. Difícil foi achar um cantinho reservado, era menos popular que o “Piscinão”, mas está longe de ser um point de mochileiros.

 

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Uma das Três Bacias

 

A tarde foi um day off com o combo piscina + sauna + sol na pousada regados a Heineken, Smirnoff Ice, castanha de caju e Pringles! Um belo almoço, diga-se de passagem.

 

Passada a hora do descanso, em mais uma noite no centro aproveitamos para conhecer a Pequena Finlândia, um empreendimento comercial com arquitetura típica, uma das poucas coisas que nos lembram a origem daquela colônia. Lá está localizada a Fábrica de Chocolate, a Casa do Papai Noel(que não importa o horário, o velho nunca está trabalhando) e um punhado de lojas de artesanato e bugigangas que fecham depois das 22:00h.

 

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Combo Piscina + Sauna + Heineken

 

O restaurante da noite foi o Parmezon, como bons paulistanos estávamos a procura de uma boa pizza e nos deixamos levar pelas fotos da entrada.

 

Com um atendimento e um cardápio nada excepcionais pagamos em algo pouco maior que um brotinho o preço de uma pizza grande. Detalhe que não há nenhum aviso alertando sobre o tamanho da mesma. Nunca se esqueça de que São Paulo é o reduto da pizza e a melhor forma de saber que você está no RJ é quando o garçom traz catchup e mostarda para acompanhar a sua refeição. Apesar de tudo, o prato estava ótimo e eles tem uma caipirinha de maracujá de dar inveja em muito barzinho por ai. Passeamos mais um pouco e fechamos o dia. No dia seguinte iríamos ao Parque Nacional de Itatiaia.

 

Despertamos com um calor absurdo. Banho gelado era um luxo, a agua saia morna até mesmo na pia. Cogitamos até um passeio de quadriciclo mas com o termômetro do carro marcando 45,5ºC e o preço abusivo dos passeios a vontade de ficar mais tempo debaixo do ar condicionado foi maior. Seguimos para o Parque Nacional do Itatiaia que fica a 20 minutos de Penedo, pegando Dutra em direção a São Paulo. Esse foi o ponto alto da viagem, a melhor escolha. As terras que hoje constituem a reserva eram de propriedade do Visconde de Mauá e em 1.973, o Ministério da Agricultura fez a aquisição desses lotes e transformou a região no primeiro Parque Nacional do Brasil. Os visitantes pagam para passar o dia e aproveitar toda a fauna e a flora que é vasta, além de desfrutar de restaurantes e pousadas dentro do parque. Pagamos R$10,00 por pessoa e o custo benefício valeu a pena. Após o portal a paisagem é digna de um bom ecoturismo, pelo caminho placas indicam a presença de faisões, onças e outros animais nada domésticos. Não vimos nenhum, a não ser muitas borboletas de cores e beleza em abundância.

 

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Cachoeira Véu de Noiva

 

Existem opções diversas pelo percurso a Pedra da Fundação, a Lago Azul, Piscina Maromba, Cachoeira Véu da Noiva, Cachoeira do Itaporani, Mirante do Ùltimo Adeus, Cachoeira Poranga e o Centro de Visitantes, mas a maioria dos acessos estavam fechados, com placas sinalizando o perigo das trilhas e o enorme potencial de ocorrências acidentes e mortes. Diante disso fomos nas trilhas permitidas. Escolhemos a Cachoeira Véu da Noiva, algo imperdível, o acesso se faz através de uma caminhada de aproximadamente 25 minutos em um terreno íngrime, acidentado, escorregadio mas de uma beleza ímpar. Força física e panturrilha potente se faz necessário. Ao chegar um presente para os olhos, sentidos e para o álbum de fotos. A Natureza fez sua parte, as críticas vão para alguns visitantes que deixam lixo de todos os gêneros, encontramos desde latinhas de cerveja até fralda descartável mas nada que apague o brilho do lugar.

 

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Vista do Mirante do Último Adeus(foto panorâmica)

 

No caminho de volta, uma parada no Centro de Visitantes com exposições, fotos, maquetes e animais empalhados. Renderam algumas fotos, mas já que o café estava desativado, tornou-se uma parada dispensável. Seguindo a trilha paramos no Mirante do Último Adeus. Paisagem de tirar o fôlego, a vista contempla um resumo do parque: suas serras, lagos, rios, cachoeiras e claro: as borboletas.

 

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Antes de voltar para a cidade, fomos atraídos por uma casinha com a inscrição “CHOCOLATE” com letras gigantes na frente mas que não passava de uma lojinha engana-turista com doces nada atraentes e artesanato brega. Famintos e com o parque prestes a fechar(17:00h), fomos “almoçar” no Bella Citta em Penedo.

 

Lugar muito agradável, cardápio variado daqueles que te deixa indeciso na hora de escolher, excelente atendimento e um belo ar condicionado! Que se você não mora por aqueles lados e está acostumado com tanto calor, faz toda a diferença! Pedimos um filet a parmegiana. Mas nossa sugestão vai para o Medalhão ao Molho Madeira com Arroz à Piamontese, simplesmente divino! Na volta para a pousada, demos carona para uma criaturinha peculiar chamada Anna. Noite encerrada com piscina aquecida, sauna, licor de Amarula e muito Rock n’ Roll!

 

Último dia foi reservado para desvendar cada canto do centro. Demos um “rolê” nas lojas de artesanato, compramos algumas bugigangas e especiarias, destaque para a Boneca de Trapo e seu cenário adornado com bonecos que tinham movimentos, os sabores exóticos da Papoula com sua geléia de rosas, azeites aromáticos e patês. Todos livres para degustação, acompanhados de um simpático atendimento. Compramos uma pasta á base de sementes de mostarda e um azeite com nozes, amêndoas e especiarias.

 

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No Centro Comercial Pequena Finlândia como já descrito um reduto para turistas encontramos uma loja de velas que o design dos produtos fugia ao convencional, somamos pontos no cartão de crédito comprando 3 delas. Enchemos a bagagem com licor de Amarulla e queijo parmesão defumado da loja Cristalizados da Serra, se deixar as atendentes te deixam bêbados e alguns quilos mais gordo, porque faZ em questão que experimente todos os licores disponíveis e as pastas das prateleiras. Se você estiver com o saldo negativo na conta bancária pode economizar uma refeição só com a degustação de lá. No Le Café reencontramos a Anna, aquela hippie nativa e conhecemos o hilariante trio Giovanni, Leandro e Diego responsáveis pelo delicioso e calórico CoffeSkake que na sua composição só ingredientes saudáveis como café, sorvete de creme, leite, calda de chocolate e uma generosa camada de gordura trans chantilly. Nessa cafeteria encontram-se as barras de chocolates com alto teor de cacau, um oásis para os chocólatras de plantão. Ao som de “I Shot the Xerif” demos o último adeus e voltamos para São Paulo Rock City.

 

Tentei colocar um slideshow do flickr no tópico, mas acho que não funcionou.

 

Mais fotos e outros detalhes vocês encontram no nosso blog WeRockTour.com

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