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Peru em 4 dias – Parte 04


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Quatro dias no Peru – Parte 04

 

Chegamos à Estação de Poroy, de onde sai o trem para Machu Picchu. É em Cuzco mesmo, mas um pouco afastada da cidade. Um detalhe: não há ponto de táxi em Poroy. Se você for com o trem de luxo Hiran Bighan, na volta eles providenciam uma van para levar o pessoal embora. Bem melhor, pois acreditem: Valério nos abandonou e não foi nos buscar na estação à noite. Foi uma história engraçada, mas vou contar só o final: acabamos voltando para a pousada por 40 dólares, com os músicos do trem! Ai Valério, se eu te pego!!

O Hiran Bighan é luxuosíssimo. Fomos recebidos com taças de espumante na porta do trem, muita cordialidade e bom gosto. Tínhamos uma mesa só para nós dois, embora fosse para 4 pessoas. Acredito que por ser uma segunda-feira e ainda por cima dia de finados, o trem não estava cheio. A passagem custou em torno de R$ 1.500,00 ida e volta por pessoa, sim por pessoa. Mais caro do que a ida e volta de avião de Guarulhos/ Cuzco/ Guarulhos, com conexão em Lima. Então aproveitamos! Eu tentava não vomitar o tempo todo, mas curti muito também. O Vi bebeu até vinho. A viagem leva cerca de três horas e meia. O trem é composto pela máquina, um restaurante de acesso apenas para os funcionários, um vagão de passageiros, um vagão bar e um vagão panorâmico por último. Lá os músicos divertem os turistas que se divertem com as bebidas servidas no trem (inclusas na passagem). É servido um brunch maravilhoso que consegui comer sem ficar enjoada apesar do balanço do trem. Chegando em Águas Calientes, onde você tem que pegar um ônibus por mais meia hora até as ruínas, um ônibus também incluso na passagem do trem, nos aguardava. O ticket para entrar em Machu Picchu também estava incluso na passagem, por isso não sei dizer o valor da entrada. O que também não vou conseguir descrever foi a emoção que senti quando, ainda no ônibus, avistei Wayna Picchu. Um nó na garganta já se formou. Quem tiver bastante dinheiro e tempo deve se hospedar ao menos uma noite no Machu Picchu Santuary Lodge, que fica ao lado do portão de entrada da cidade de Machu Picchu. Vale a pena, pois não há controle algum nos portões após as 17 horas. Com uma lanterna ou somente com a lua cheia pode-se curtir a noite pelas ruínas. Não há controle de entrada com garrafas e peso mínimo nas mochilas, como se lê na Internet, pelo menos quando eu fui não havia. O trem proporcionou também dois guias turísticos, um falava em inglês e o outro em espanhol. Escolhemos o espanhol, pois ele parecia ser mais legal. No início tive que segurar as lágrimas de vergonha, mas tinha vontade de ajoelhar no chão e soluçar de emoção, afinal era um sonho de criança se realizando, e a energia do local é inexplicável. É diferente mesmo, não dá para explicar. É interessante saber que há até hoje templos e casas sendo descobertas lá, as escavações e pesquisas continuarão até que 100% da cidade esteja descoberta (hoje cerca de 60% apenas de Machu Picchu foi explorada, pelo menos foi o que disse o guia, não verifiquei a informação).

Ficamos ali umas três horas. Não deu para andar por tudo, pois como eu disse, é tudo imenso e cada degrau é um sacrifício devido à altitude, ao calor e ao meu sedentarismo também, não posso negar. Ah! Lembrei de algo muito importante: se você não é um atleta, ou pelo menos uma pessoa que se possa considerar um esportista, não se aventure em fazer a trilha Inca. Você não tem a menor noção do que é aquilo!! Quem já subiu no Pico das Agulhas Negras ou no Pico da Pedra Selada em Visconde de Mauá, imagine como se fizesse essa caminhada 3 vezes seguidas por dia, durante 4 dias. São 8 horas de caminhada íngreme por dia. É a-n-i-m-a-l. Eu não fiz e não recomendo para sedentários de jeito nenhum!!!

Ao final do passeio pelas ruínas de Machu Picchu, tomamos um chá da tarde nesse Hotel de luxo, também incluso na passagem do trem. Foi revigorante, finalmente consegui comer. De volta no trem, um pouco mais tarde, foi servido o jantar. Chegando em Poroy às 21 horas foi aquela surpresa: cadê o Valério??

No final deu tudo certo, pegamos o vôo de volta para Lima no dia seguinte de manhã e rapidamente fizemos a conexão e foi tudo bem.

Eu havia dito que há outras maneiras mais econômicas de se chegar lá de trem, pois bem, para quem vai de mochila e quer economizar bastante, vai de Backpacker. A passagem custa em média 40 dólares, mas você corre o risco de ir em pé e não é servido nada no trem. Parece que tem água para comprar. Outra alternativa, não tão sofrida, é o Vistadome. A passagem custa em média 75 dólares e são servidos snacks e água durante o percurso. Também é mais confortável. Os horários dos trens são diferentes e o Hiran Bighan, por exemplo não circula de domingo. Mas as informações estão disponíveis no site da Peru Rail, e dá para comprar as passagens on line, antes de viajar, é bem fácil.

Espero ter contribuído!

8)

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::otemo::::otemo::::otemo::::otemo::::otemo::

 

Contribuiu e muitoooooo, contando não só sobre "uma visita a MAPI" mas o valor que tem essa cultura.

qdo li esse seu trecho:No início tive que segurar as lágrimas de vergonha, mas tinha vontade de ajoelhar no chão e soluçar de emoção, não me contive tb. e lágrimas vieram aos meus olhos. A minha emoção foi a mesma. Um sonho realizado :lol:

Fico muito Feliz q vc tenha aproveitado e...muito bem esses 4 dias. Pena q a altitude te pegou de jeito..rss, mas é assim mesmo.

Excelente Relato ::otemo::

E agora?? Qual é sua próxima viagem?

 

Bjssss!

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