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Pico do Paraná: ultrapassando os próprios limites 19/03/10


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Não fazia ainda nem uma semana que chegara em casa de Monte Verde e estava agitado. Olhei pra mochila no canto do quarto vazia, murcha e entrei no Mochileiros.com procurando algum roteiro. Entre os relatos que leio há alguns em que vou junto, sinto o frio e a chuva. Como a moto estava na revisão procurei algum lugar fácil chegar de ônibus. Encontrei o Pico do Paraná (ou foi ele que me encontrou).

Acordei na sexta-feira às 6 da manhã, arrumei as coisas e fui à Rodoviária. Mal sabia que uma cratera em algum lugar fez o ônibus atrasar duas horas e meia, embarcando apenas às 10:30 da manhã. A ficha só caiu quando ouvi que chegaríamos por volta das 18:30. Isso mesmo, 18:30. Se não pegar trânsito.

Diferentemente de viajar de moto, o diálogo é inevitável: Está indo pra onde? A garota que ia sentada do meu lado olhou estranho: “Voce parece mesmo um bicho grilo”. Estranhei meu novo apelido afinal, há um mes eu fazia meus úlitmos relatórios na matriz do banco em que trabalhava.

Havia um número na minha cabeça: 46. Era o kilómetro que precisava descer. Quando mudou de estado os número começaram a crescer e junto a ansiedade me levaram ao lado do motorista.

Saí do ônibus abafado e olhei as montanhas, ao fundo, imponentes. Apertei a mochila e adentrei a estrada. Logo na entrada da estrada de terra havia um homem com uma garotinha. Perguntei se estava no caminho certo e estava, com apenas uma resalva: na encruzilhada, pegue à direita.

Se voce já foi ao PP sabe que não existe nenhuma escruzilhada, basta seguir toda vida. O dia começou a escurecer e apertei o passo já que meu plano inicial era chegar no acampamento 1 antes de escurecer. Peguei a primeira entrada à direita e andei bastante. Passei um lago, outro lago e mais um lago, até chegar a uma casa sombria. Pela janela via coisas jogadas e ninguem respondeu aos meus chamados. Na lateral várias caixas cobertas por enxames de abelhas. Não era possível saber se ali era a Fazenda Pico do Paraná, embora eu estivesse mais preocupado se encontraria corpos estripados nas redondezas. Não sabia o que fazer e caminhara mais de meia-hora desde que entrara à direita. Resolvi voltar. No último lago antes da casa sombria avistei, de longe, um homem agachado. Procurei pedras e paus ao alncance dos olhos esperando o pior e, segurando a mochila perguntei, engasgado: “Aqui é a Fazenda Pico do Paraná?”. Recebi um “Sei não” em que o sotaque paranaense aliviou a carga de paura que dobrava o peso da mochila. “Pergunta pra ele ali na frente”. Havia mais dois homens pouco a frente, também agachados. Recebi mais um “Sei não” quando me aproximara do terceiro homem. Ele virou o rosto e tomei um susto: tinha uma barba digna de homem do saco. Nem esperei resposta e apertei o passo.

Voltei ao caminho correto por onde andei bastante, perguntando a cada ser vivo a direção correta. Caminhei por cerca de uma hora quando cruzei a porteira. Tive ainda que colocar a lanterna na cabeça para continuar a descida que terminava na casa da fazendo. Ali parecia até ter uma festa, com vários mochileiros, botas e lanternas. Me senti melhor e conhecei o Dílson. Não deixei de reparar também em dois rapazes que iam fazer a subida para o Itapiroca durante a noite mesmo, já que conheciam a região. O que me chamou a atenção não foi a coragem, mas que eles tinham passado por mim cerca de meia hora antes de eu chegar à fazenda, de carro. Para onde mais um cara com uma mochila enorme estaria indo?

Cada um tomou seu caminho e de repente eu estava ali ouvindo as história e conselhos do Dílson, responsável pela fazenda. Tomei um banho e acampei ali mesmo, pois nunca havia andado numa trilha durante a noite, quando chegou, vindo do PP um rapaz que logo foi embora com seu Chevete 90. Antes de ir ele disse, ao constatar que era minha segunda travessia: “Seria uma ótima experiência se voce pegasse uma puta chuva lá em cima, heim”. Era melhor ir dormir, não sem antes jantar um macarrão instantaneo e meditar sobre o dia vindouro.

Acordei com uma manhã linda e levantei acampamento rapidamente. Pus o pé na trilha às 7:15, subindo uma escada infinita feita de pequenos pedaços de madeira calçando a terra. Ainda descançado fiz o caminho rápido chegando à primeira encruzilhada. Não levara nenhuma informação além de que era só seguir a trilha principal para chegar ao PP. Até que a decisão ali foi fácil, pois a trilha seguia em frente e havia um caminho à direita e outra à esquerda, sendo que o primeiro estava fechado por uma fita de isolamento daquelas de filme policial. Segui em frente sem pensar e começou a ficar dificil. A trilha cruza vários caminhos de água, rochas em barrancos e raízes de árvores, deixando a caminhada bastante lenta. Porém aqui é mais prudente ir devagar para não ter surpresas, como a que tive.

Certa altura da caminhada havia uma fonte de água que cruzava o caminho e descia para a direita da trilha cerca de 4 metros, um abismo. O verde sobre as rochas exibia o perigo e eu tentava escolher as que tinham menos limo. Num caminho a direita de uma árvore havia uma rocha limpa e optei por ela, apesar de ser mais próxima do precipício. Sempre tento agarrar nos galhos de árvores nesse momento, mas pela ausência fui no estilho surfista mesmo, com uma mão espalmada pra cada lado. De repente meus pés escorregaram em direção do abismo e o coração disparou frente ao perigo real. Eu tenho uma barra de titânio no fêmur esquerdo, fruto de um acidente de moto, e uma queda de tal altura pode ser um tanto trágica. Meus pés já tinham saído do chão rumo ao buraco quando, no meio da queda segurei num tronco. Fiquei alguns segundos ainda ali, olhando para baixo, suor escorrendo do rosto, com os pés já sobre a rocha enquanto imaginava o que poderia ser. Báh! Seria o pico, isso sim, o pico. Segui o caminho mais confiante de si, embora assuntado.

Chegara agora o problema maior: a segunda bifurcação. Não havia caminho mais óbvio que outro e resolvi esperar a sorte de alguém passando naquele momento, enquanto me hidratava. Nada. Lembrei quando jogava video-game com meu irmão e esses problemas eram comuns. Sua regra era: “Vá sempre pela direita. Sempre”. Fui. A subida era longa e cada passo aumenta o caminho de volta em caso de erro. De repente a trilha termina em um campo aberto e já ouço vozes. Devia ser ali o acampamento 1. Quando eu atinjo um objetivo me sinto bastante contente e decidi que ia até sentar um pouco antes de continuar. Cumprimento o quarteto que conversava com o Bob quando eu chegara e recebo a fatídica: eu havia errado o caminho. Em meio a decepção da burrice própria uma sugestão: “Já que voce tá aqui no Itapiroca, vá até o cume, são só 5 minutos”. Melhor que ficar ali em meio a fumaça alheia. Deixei a mochila e subi quase que correndo, procurando o ar que o vento faz gélido. Sentei e apreciei a vista. Aproveitei para assinar o livro e fazer a Oração da Serenidade, tão propícia para aquele momento. Peguei minha mochila, agredeci as informações e segui rumo ao PP.

O caminho voltou a ser acidentado, mas os passos rápidos logo me levaram, agora sim, ao acampamento 1. Havia 3 barracas ali, uma vazia de dois rapazes que atacavam o cume naquele momento e as outras duas de um grupo do litoral do Paraná. Logo responderam ao ao meu cumprimento e saíram da barraca para compartilhar as últimas. Chegaram à fazenda no dia anterior, quando eu já estava dormindo. Porém, mesmo sem conhecer o trajeto decidiram seguir na escuridão. Demoraram cerca de 6 horas o caminho que eu havia feito em 4 passando pelo Itapiroca e a canseira era visível em seus olhos. Quando me despedi levantavam acampamento para continuar e combinei de nos encontrarmos no topo logo mais.

Eu mal sabia que a pior parte do trajeto se aproximava: as paredes verticais. Logo na primeira me assustei. Havia algumas escadas de ferro presa às pedras, mas ainda assim parecia temeroso. Estava no começo da crista da montanha, por onde o caminho seguiria até o final, passando por mais tres paredões daqueles. Havia ainda dois agravantes: a mochila cargueira e os degraus removidos. Fui bastante devagar e consegui vencer os dois primeiros, quando encontrei os dois garotos que recém haviam alcançado o topo. Nada mais motivador para continuar até o fim. Naquelas paredes a concentração tem que ser total, pois ali é difícil sobreviver a uma queda.

Eu procurava o acampamento 2 para deixar a carga e ir ao topo. Passei por uma área cheia de clareiras, mas não firmava certeza. Lembrei de um dos garotos que havia cruzado falando de uma casa de pedra pela qual procurei em vão. Segui então sem perceber que havia acabado de passar por meu objetivo, louco para deixar a carga e subir com maior segurança.

Vencidas as paredes entrei numa trilha fechada novamente, que segue no ponto onde a crista tem pouca largura e encerra em pequena clareira. Deixei a mochila ali e continuei, chegando em poucos minutos ao topo do Pico do Paraná. Na hora não me contive e gritei, olhando em direção a ensolarada baía. Eu nem acreditava que havia chegado. Corria de um lado para o outro sem saber o que fazer. A emoção tomou conta de mim e deitei sobre as pedras fitando o sol. Era uma da tarde em ponto e o dia era meu.

Registrei minha passagem no livro e desci, após mais de uma hora sobre o pico para montar acampamento e almoçar. Comi o primeiro miojo quando vi o tempo fechar. Apressado, montei a barraca. Dessa vez, ao contrário do que acontecera semana passada em Monte Verde, as condições de solo eram ótimas para fixação. Porém fiquei em dúvida entre um canto gramado bem na passagem e uma área de terra batida no outro canto. Imaginei por onde a água escorreria. Com a barraca armada porém não fixa fiz vários testes e troquei várias vezes de lugar até finalmente fixar os grampos não chão. Havia optado pela terra batida, quando lembrei da foto que o Léo postou no fórum de barracas Nautika uma foto de uma piscina e, em meio aos primeiros pingos fixei sobre a grama, mesmo que na passagem.

Tanto esforço para nada. Afinal, as nuvens foram embora e voltei ao topo para ver o por do sol, desde às 3 da tarde, como a natureza pede para ser observada, com calma a paciência. Esperava pelo grupo que passara no acampamento 1, quando vi um rapaz de blusa laranja no começo da crista. Ele porém não seguiu em frente e deixou o ataque para o dia seguinte.

O por do sol foi fenomenal. Há uma semana estava sobre o Pico do Selado, em Monte Verde, porém aquele por do sol que via era mais bonito, porque era naquele dia e porque o por do sol mais bonito que há é o do dia de hoje, porque não há nada como o dia de hoje.

As luzes de Curitiba começavam a acender e formavam um outro mar oposto ao mar, ondas ainda não decididas se iluminavam ou se deixavam o sol iluminar.

Terminado o dia desci para a barraca e em pouco minutos estava dormindo. Sonhei sonhos malucos e estranhos que o cansaço físico presenteia os bravos após longas jornadas e acordei nos primeiros instantes do domingo. Para alguém que acampara poucas vezes tinha me acostumado bem a dormir em condições adversas. Subi ao pico devidamente agasalhado para ver as estrelas. Nem sinal de chuva. O céu estava limpo e Curitiba estava toda acesa na noite de sábado. Ali, deitado, me passou uma idéia maluca pela cabeça. Poderia acordar bem cedo e antes do sol nascer lavantar acampamento e rumar para o Caratuva. Eu nem sabia o caminho, porém meus sofismos faziam crer ser na primeira bifurcação, a que tinha a fita de filme policial, porém no outro sentido. No domingo alguém com quem encontrasse na descida poderia tirar minha dúvida.

Após uma hora apreciando as estrelas voltei à barraca. Imprecionado com o fato de ter dormido algumas horas direto coloquei o celular para despertar, pois temi perder o nascer do sol, tamanha exaustão.

Às 6, conforme planejado, fui para o topo mentalizando céu limpo para que pudesse esperar o sol. O Dílson, na minha chegada à fazenda disse que a probabilidade de encontrar céu limpo pro lado do mar era menor que 30%, ainda mais em março. Desafiando as estatísticas encontrei o céu límpido. Sentei numa pedra e me silenciei, tal qual a vegetação, temendo espantar o sol. Exatamente à 6:17 surgiu, naquela vermelhidão, seu primeiro pedaço, pedindo reverência. Esperei ali sentado, hipnótico, que subisse todo e mais, que refletisse sua luz no mar. Pouco depois chegou o grupo que havia encontrado no acampamento 1, e adiei um pouco ainda minha descida. Deixei-os ali enquanto preparava minha mochila para a caminhada. Quando decidi rumar iniciaram a descida do cume e acompanhei-os, temendo o perigo da descida das paredes do dia anterior.

Descemos bastante rápido e, bem na passagem eu uma parede para outra, num pequeno espaço encontrei um montanhista bem equipado e imaginei que deveria conhecer o local. Confirmei com ele minha suspeita da trilha para o Caratuva e achei bastante legal aquela troca de informação em local inusitado.

No acampamento 2 resolvi esperar o grupo de paranaenses que foram bastante amistosos comigo levantar acampamento para que seguíssemos juntos. Porém um grupo sempre tem velocidade menor que um solitário e logo me despedi, sem antes, contudo, deixar meu e-mail para que combinássemos um dia subir o Marumbi, montanha bastante conhecida por eles.

Fui bastante rápido em direção ao Caratuva, temendo o horário. Para chegar eu tinha descido do onibus no kilómetro 46, porém a volta seria mais complexa, pois teria que esperar um ônibus que vai para Curitiba e passa apenas às 18:00 na Régis.

Encontrei vários grupos indo em diração ao PP e sempre confirmava o caminho, temendo minhas burradas. Pedi para vários desses grupos avisarem o Dílson que eu estava indo até o Caratuva. Quando se chega à Fazenda é necessário preencher uma ficha com informações pessoais, destino e data de volta. Esse controle permite que, em caso de acidentes, uma equipe de busca possa prestar os devidos socorros. Para isso, aliás, paga-se R$10,00 na entrada da fazenda, valor que inlcui o uso do camping, estacionamento e chuveiro quente, premio final da volta.

Após longa e rápida caminhada cheguei exausto à entrada para a trilha do Caratuva. Seu começo reserva grande quantidade de bambus na trilha, o que dificulta a vida de quem está com mochila cargueira, sendo necessário em alguns casos se arrastar pela trilha para não ficar preso.

Eu desejava que na ida não houvesse descida, pois significaria subida na volta. E fui atendido quanto a isso, porém não imaginava que a subida seria tão cruel.

Eu sabia que o ritmo ali deveria ser acelerado, caso contrário pararia no caminho, porém já estava no limite da exaustão e cada passo acima denunciava meu esgotamento. Parei várias vezes no meio da trilha, ofegante, encarando um limite que nunca havia atingido e queria superar. As paradas eram longas o suficiente para diminuir a respiração acelerada, porém curtas o suficiente para não esfriarem os joelhos. Aquela subida não terminava nunca e a adrenalina de conquistar aqueles 3 cumes que eu nem tinha previsto e apenas um erro no caminho havia me lançado contra eles unia forças dentro de mim para continuar. Quando a trilha abriu e avistei em meio a um campo íngreme da vegetação que dá nome à montanha as antenas de rádio que havia observado tantas vezes ao longo dos dias que estava ali não consegui conter a velocidade. Quando cheguei só pude soltar a mochila e me deitar, com o sol sobre minha cabeça. Eu estava completamente molhado de suor e me sentia fazendo parte não dos outros montanhistas que ali estavam, mas da própria vegetação. Só após alguns minutos em extase consegui me levantar e ir na direção de um grupo, para que pudesse voltar a existir como ser humano.

Para minha surpresa era um grupo do CPM, Clube Paranaese de Montanhismo, em cerca de dez com quem conversei um pouco. Demonstravam certa seriedade nos gestos, parecendo que haviam encontrado maneira sã de fazer aquilo que eu fazia de maneira tão explosiva. Usavam GPS, bússola e roupa anti-transpirante enquanto eu me perdia e suava feito um porco. Um deles me convidou a subir o Marumbi, dizendo que o CPM tinha uma casa lá e seria bastante legal. Eu então perguntei qual foi a primeira vez que havia subido e, para meu espanto, havia sido em 1977. Até 1986 havia subido incontáveis e frequentes vezes, conhecendo muito bem o local.

Eles seguiram rumo a Taipas, uma montanha próxima, me deixando sozinho no Caratuva, onde preparei meu almoço. Mal começara a comer e um grupo pelo qual eu havia passado na subida chegou. Eram tres rapazes e uma moça, sendo um deles conhecedor daquelas bandas que guiava os amigos na primeira travessia. Eles eram muito divertidos e ri muito durante o tempo que passei com eles. Com certeza foi o momento mais divertido dessa jornada.

Quando eles chegaram eu já havia assinado o livro com a tradicional (ao menos para mim) oração da serenidade, e, quando um deles leu em vóz alta para os outros mencionando o que aquilo significava para ele, senti a alegria do estrangeiro que encontra um compatriota. Havia caminhado tudo aquilo solitário para saber que nunca mais preciso estar só.

Tirei algumas fotos com eles e me despedi, fazendo o caminho de volta na tranqulidade da descida. Pensava apenas na água de coco de caixinha e no banho quente que teria ao chegar. Não fiquei muito tempo na fazenda e logo peguei a estrada. Precisava fazer os 5km da estradinha até a Régis em uma hora para chegar antes do onibus. Uma chuva leve foi minha companheira até a estrada, em que cheguei alguns minutos após às 18:00.

O Dílson havia me instruído que de domingo o onibus constumava atrasar, porém chegar alguns minutos após às 18:00 era o suficiente pra me dar bastante preocupação. 18:30, a noite caiu. 19:00, escuridão total e olhos alertas na estrada. Teria perdido o onibus? Em poucos minutos o breu da noite já não me permitia distinguir os veículos pela estrada e adotei uma estratégia um tanto desesperada: já que não podia perder em hipótese algum aquele onibus dava sinal pra tudo que passava, não importava se era caminhão ou onibus. Após algum tempo até para carro e moto eu dava sinal. Pouco após às 19:00 um onibus parou ao lado do ponto abriu a porta. De longe, gritando para que minha voz não fosse abafado pelo vácuo dos caminhões, confirmei que ia à Curitiba. Acabava ali a viagem. Teria ainda uma passagem por Curitiba para me acostumar com a civilização antes de enfim chegar à São Paulo, tal qual os mergulhadores que, indo a grandes profundidades precisam de algum tempo despressurizando até acostumarem com o mundo normal. Já dentro do ônibus passei mentalmente por aqueles dias em alguns segundos e me assustei com tamanha insanidade que havia cometido. Era verdade, eu não era mais o mesmo.

Editado por Visitante
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  • Membros de Honra

[### OFFTOPIC ###]

 

Eita saudade da serra do Ibitiraquire (acertei, Pirata do braço de pau? ::lol4:: )

Ta certíssimo "Gaucho Bonitão" ::hãã::

::lol4::::lol4::::lol4::::lol4::

 

Nomezinho complicado esse da serra. Acho que é pra fazer jus a complexidade de alguns pontos. ::mmm:

Vamos esperar pra ver se o tempo colabora, mas ta difícil..... ::grr::

 

[### /OFFTOPIC ###]

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  • Membros de Honra

Muito bom Davi.

Outro excelente relato.

 

Tá dando sorte nessas suas trips hein. ::otemo::::otemo::::otemo::::otemo::::otemo::::otemo::

Em abril de 2004 eu peguei uma p. chuva, tanto na ida como na volta que não sobrou nada seco no corpo. Na descida do PP a agua da chuva chegava a formar um riacho na trilha.

 

Preciso marcar umas travessias com vc viu. ::lol4::::lol4::::lol4::::lol4::::lol4::::lol4::::lol4::

 

Agora é alçar voos maiores: Serra dos Órgãos, Marins-Itaguaré, Serra Fina. Só p/ citar algumas bem clássicas.

 

 

 

Abcs

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  • Membros de Honra

Augusto,

A previsão para este inverno é de tempo seco, diferente do ano passado. É o fenômeno El Niño ditando as chuvas por aqui...

Já tenho marcado p/ o primeiro fds de julho a subida do Ciririca. Vou com os Montanhistas de Cristo.

Eles fazem todo ano o "Projeto 5 cumes", que consiste de subir as cinco maiores do Ibitiraquire com cinco equipes ao mesmo tempo. Serão: PP, Caratuva, Itapiroca, Ciririca e Ferraria.

Já estou me preparando fisicamente, a subida ao Tucum faz parte do meu projeto "Subir o Ciririca este ano"... :mrgreen:

Agora só falta testar as costas pra ver se aguento a cargueira.

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