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Tudo que vc precisa saber antes de viajar a Machu Picchu


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Um passeio por Cusco e Machu Picchu

 

Tudo foi decidido em 5 dias. Destino, transporte, passeios, etc. A única certeza era a vontade de viajar, conhecer o “novo” e decidimos pelo misterioso Machu Picchu, no Peru. De quebra, na volta, passar pelo Chile, conhecer o Norte desse país com suas praias banhadas pelo Oceano Pacífico e descer até o Deserto do Atacama. E, ainda, passar pela Argentina e Paraguay.

Começava muita pesquisa na internet e no site “mochileiros.com”.

Primeiramente, pensei em chegar até Machu Picchu pelo Estado do Acre, através da cidade de Rio Branco. Existe um caminho conhecido como “ A Rota de Cuzco” que é feito de táxi, ônibus e avião. Liguei para a Prefeitura da cidade de Rio Branco (meia oito) 3211-2428 e a atendente da assessoria de imprensa, Ana Paula, foi muito atenciosa e solícita. Perguntei sobre as condições climáticas e ela me disse que chovia muito há dias por lá. Perguntei também sobre a rota até Cuzco e ela me passou o telefone de uma agência de turismo na cidade que fazia esse trajeto. Liguei para a agência (meia oito) 3224-4629 e falei com o atendente Kenedi. Este me passou os preços e as formas de transporte, bem como seus respectivos preços.

Reunindo essas informações, achei arriscado pelo fato de que as estradas por lá serem de chão batido e quando chove ficam intransitáveis por dias.

A saída era encontrar passagem de avião até Lima, ou quem sabe ir direto até Cuzco. No Decolar.com e no Rumbo.com, encontrei várias, mas os preços acompanhavam a altura dos vôos. Porém, numa das pesquisas, achei o que queria, um vôo para Cuzco por apenas R$ 970. O inconveniente era que saía à noite e fazia duas conexões: Santiago (Chile) e Lima (Peru). Pois bem, topei e comprei duas passagens, uma pra mim e outra para minha mulher. Mas, mesmo assim, por prevenção, eu e minha esposa tomamos vacina contra a febre-amarela, pois o prazo para viajar é de 10 dias depois da injeção exigida pelas autoridades sanitárias daquele país.

De malas prontas e de posse dos passaportes,saímos de casa no dia 21/12 às 18h55, com destino ao aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo. Como moro no interior, preferi sair com bastante antecedência, pois por se tratar de sexta-feira, o trânsito sempre é lento na Capital.

Chegamos ao aeroporto às 21h, para o vôo que sairia às 01h pela LAN Chile. Deu tempo de comprar umas “coisinhas” (bandeirinha do Brasil, botons nas lojinhas) e ainda comer um lanche. O aeroporto estava lotado.

Na hora prevista fizemos o embarque. Somente dentro do avião ficamos sabendo que haveria escala no Rio de Janeiro antes de seguir para Santiago. O avião estava cheirando a xixi.

Uns 50 minutos de vôo e já estávamos no aeroporto carioca. Era para demorar 25 minutos, mas a parada durou quase uma hora de embarque e desembarque para, então, o avião levantar vôo até Santiago, no Chile. A essa altura o cheiro já havia melhorado (acho que deram uma geral no banheiro da aeronave).

Passamos por cima das Cordilheiras cobertas de gelo - são imagens inesquecíveis. Chegamos ao aeroporto Arturo Benitez, em Santiago, às 7h40 (horário brasileiro), mas no Chile eram 6h40 (uma hora atrás). Fizemos o check-in e aguardamos a chamada para o vôo até Lima. Embarcamos às 8h35 num Boing 767-300 – um luxo. Show de avião, enorme e espaçoso, com tela LCD em cada poltrona, com menu de filmes e opções de gêneros. O serviço a bordo também foi ótimo.

O vôo foi tranqüilo e sobrevoamos as águas do Oceano Pacífico por longas 4 horas, chegando às 12h20 no aeroporto internacional de Lima. No Peru, o horário está defasado em duas horas em relação ao Chile. Portanto, acertei o relógio para as 10h20. Passamos pela Imigração e Aduana. Depois, aproveitei para fazer câmbio de moedas. Logo na saída da sala de desembarque tem as galerias de lojas e, junto, tem duas casas de câmbio. Troquei na Money Exchange com o dólar valendo 2,91 soles e o Real valendo 1,25 Sol Nuevo (ou soles como chamam lá).

Como havia tempo para o outro vôo, fomos visitar as lojinhas e almoçamos no restaurante “Manos Morenas”, comendo um “Tacu-Tacu”, que é um prato com Sabana de Lomo, Huevo Frito, Plátano Frito acompanhado de uma gaseosa “chica”. Muito boa comida por apenas 15 soles.

Nosso vôo para Cuzco era às 12h55 e pouco antes do embarque ficamos sabendo que deveríamos recolher uma taxa. Corremos até os guichês (lotados) e pagamos 3 dólares cada um para poder embarcar.

Levantamos vôo para Cuzco pela Lan Peru e o avião já não era grande coisa – até porque o aeroporto de Cuzco é pequeno. A aeronave era um air bus simplizinho. Chegamos por volta das 14h10 no aeroporto Alejandro Velasco. Dirigimos-nos até o desembarque das malas e, para nossa surpresa e desagradável situação, a mochila de minha esposa não veio. Fomos até o guichê de atendimento da Lan Peru e nesse momento um monte de taxistas avança sobre você para oferecer transporte. Não demos bola, pois o principal era resolver a questão da mala. Relatamos à atendente, Edith O.M., que então abriu uma ocorrência (Parte de Irregularidad de Equipaje - PIR) e localizou a mala em Lima. Pediu para que passássemos o endereço do hotel, que a LAN encaminharia a mala. Como não tínhamos reservado hotel e iríamos ainda procurar, ela anotou o telefone da LAN na PIR e pediu que ligássemos no dia seguinte para passar o endereço de entrega. Minha esposa reclamou que estava sem troca de roupa e a atendente deu um “kit” contendo uma camiseta, escova de dente, pasta, xampu, etc.

De todos os taxistas, apenas um corajoso se dispôs a esperar toda aquela enrolação. Na verdade são dois, o motorista propriamente e o ajudante (depois eu conto o porquê). Decidimos seguir para o centro “histórico” de Cuzco.

A saída de lá já foi curiosa, pois o trânsito é caótico. Comentei isso com os dois e o ajudante disse que se você não ouvir buzina, você não está no Peru. Mas é irritante o modo e a freqüência com que usam a buzina. É demais! Toda hora e pra qualquer coisa, até pra sombra!

Pois bem, no caminho conversamos sobre Peru, Brasil (e o futebol - inevitável), sobre salário mínimo dos peruanos, a pobreza até chegarmos às estreitas e esquisitas ruelas de Cuzco. O “guia” (assim vou chamar o ajudante), ofereceu alguns hotéis, mas eu disse que já tinha “pré-reservado” e pedi para ir até San Blas. O taxista me levou, mas justamente nesse local estava tendo uma festividade de final de ano e o trajeto estava interditado. Descemos do táxi na calle Chihuampata, paguei 5 soles e caminhamos por aquelas ruas de pedras assentadas, estreitas, que passa apenas um carro (somente carro e moto), até o Hotel San Blas. No caminho fui avisado pelo guia que era um hotel caro. E não é que o cara tinha razão. Um preço absurdo de cento e poucos dólares o casal. Resolvi subir a calle Carmen Bajo e acabei topando o Koyllur Hotel (no nº 186 – site: www.koyllurhostal-peru.com que eu já tinha referência no site Mochileiros.com). Entrei para conhecer e gostei. O preço era 80 soles o casal com café da manhã incluído e banheiro privado. Ficamos por ali mesmo. O guia logo tratou de ajudar a transportar a bagagem até meus aposentos e em seguida, me chamou de lado e começou a oferecer os passeios. Para Machu Picchu o valor era 158 dólares. Como estava muito cansado e estressado por causa do extravio da mala, pedi um cartão dizendo que o procurava (então entendi sua presteza e atenção. Seu negócio é agenciar passeios também).

Agora instalado no quarto, tratamos de sair às ruas para, não só conhecer o lugar como ver as atrações. Já nos primeiros passos demos conta da altitude. O ar parece que começa a faltar.

Chegamos até a “Plazoleta San Blas” junto à igreja de mesmo nome e estava repleta de pessoas que acompanhavam as festividades de natal. Muitas barracas de comidas estranhas e com cheiro pouco agradável. Uma garoa fina teimava em acompanhar os festejos. Seguimos pela calle Cuesta San Blas, descendo rumo a Plaza de Armas. No caminho, muitos peruanos e peruanas com seus trajes típicos, de roupas coloridas. A cada metro, uma lojinha e em cada porta, uma galeria cheia de lojas (isso mesmo, apenas uma porta e quando entramos nos deparamos com várias lojinhas vendendo todo tipo de artesanato – típico dos peruanos).

Seguimos olhando, e em cada parada para ver os produtos escutávamos “compra amigo”, “leva amigo”... Quando perguntávamos por preço e a resposta vinha e você não se interessava, os peruanos diziam: quanto me dá, amigo? Ou seja, percebemos que a pechincha ali era bem vinda como já havia lido em relatos aqui no Mochileiros.com. Então, quando o produto interessava, era só negociar o preço pra levar a mercadoria. Uma blusa do Peru que encontrei de 45 a 50 soles, saiu por 40, um jogo de xadrez entre “Espanhóis e Incas” saiu por 15 soles, entre outras compras.

Chegando até a Plaza de Armas, foi possível avistar e conhecer a imponente Iglesia de Santa Catalina, bem como a Iglesia Compania de Jesus. A chuvisqueira apertava e resolvemos voltar para o hotel. No caminho, paramos numa agência para saber dos preços dos passeios. Optamos em fechar dois passeios na Agencia de Viaje y Turismo Plaza Tours, na calle Triunfo 354, com dona Nieve (www.cuscoplazatours.com). Compramos o passeio para o Vale Sagrado para o dia 24/12 por 30 soles por pessoa, e para Machu Picchu para o dia 25/12 (Natal), por 150 dólares por pessoa. Para MP escolhemos o Back Packer por ser mais barato, mas não tem muita diferença entre o mais caro (Vistamonte), a não ser o preço, lógico.

Voltamos ao hotel, já com algumas sacolas na mão, para um bom banho e depois, um jantar caprichado. Taí algo difícil de encontrar naquelas redondezas. Restaurantes nem pensar e os muquifos que encontramos pelo caminho carecia de assepsia. O jeito foi improvisar um lanche. Antes de dormir, quis experimentar o famoso “chá de Coca”, que prontamente foi preparado pelo atendente do Hotel. Hummm, confesso que não gostei muito, por ser amargo. Tem-se a opção de colocar açúcar, mas preferi “ao natural”...rs

No dia seguinte, acordamos às 7h30 da manhã, para conhecer e experimentar o “desayuno” continental peruano. Subimos até o segundo andar onde está instalado uma pequena mas confortável e bem montada cozinha. Logo, a atendente perguntou se queria café ou chá. Optamos por “café con leche”, que veio em duas pequenas jarras, acompanhado de “jugo de naranja” (num copo pela metade) e os pães junto com margarina e geléia para comer à vontade. Gostamos do “desayuno” continental - muito saboroso e consistente e diferente de Argentina e Chile que têm aqueles intragáveis “Media Luna “ (quase igual a Croissants).

Seguimos até a agência de turismo, onde dois guias nos esperavam para o passeio ao Vale Sagrado que sairia às 9h. Um ônibus nos aguardava próximo à Plaza de Armas (isto porque os coletivos não têm condições e nem autorização para passar por aquelas estreitas ruas).

Munido de mochila abastecida com água e um agasalho, partimos para conhecer o “circuito” que compreende o passeio. Nosso primeiro destino foi Sacsayhuaman, depois Qenqo, Cusillochayoc, Tambomachay e Pucapucara. E em todo o trajeto, o guia explicava (em espanhol e em inglês) cada um dos pontos. Paramos num povoado e fomos recebidos com chá de coca e suas barraquinhas de artesanatos, com preços bem maiores do que os praticados na cidade. Seguimos até Pisaq, e conhecemos de perto as primeiras ruínas arqueológicas. Emocionante! Antes de entrar no parque, paga-se uma taxa de visitação de 40 soles. Aí já tivemos que fazer uma caminhada puxada, e a altitude se mostrava implacável. Por várias vezes descansamos sentados enquanto o grupo seguia morro acima. Dica: use roupas leves (mas não esqueça de uma blusa), sapatos confortáveis, chapéu ou boné, protetor solar e muita água ou gatorade.

Depois, seguimos para Urubamba, onde existe outro povoado e uma estrutura hoteleira melhor. Nesse local almoçamos no restaurante Inkas House Traditional Restaurant, pagando 20 soles por pessoa para comer à vontade com muita salada, pratos quentes e com direito a sobremesa (bebidas à parte). A comida é muito boa, diga-se de passagem.

Partimos para conhecer Ollantaytambo, outra magnífica descoberta arqueológica e suas belas ruínas. Com as explicações do guia conhecíamos um pouco do passado do povoado Inca. Só uma coisa me deixava chateado. Como já disse o guia explicava em espanhol e em inglês. Eram 20 pessoas e dessas, 8 compreendiam em espanhol e o restante em inglês. O guia sempre começava e falar em inglês e todo mundo prestava atenção, ficando quietinho. Quando terminada de falar e iniciava a explicação em espanhol, o grupo de ingleses começava a conversar e atrapalhava a fala e o entendimento da explicação em espanhol. Isso foi do começo ao fim. Aí eu já percebi que a educação não é só um problema de brasileiro, como veremos a seguir por diversas situações.

Saindo de Ollantaytambo, o guia pergunta se tem alguém que vai seguir para Águas Calientes, outro destino turístico com suas águas termais, cujo trajeto é feito de trem.

Seguimos para a última atração do dia, o vilarejo de Chinchero. Chegando, dezenas de crianças de posse de artesanatos abordam os turistas e oferecem as quinquilharias. Numa dessa, falei em português com minha esposa e uma menina peruana vendedora ouviu e já disparou: “é de Brasil?” o presidente Lula tem só 9 dedos e a Capital do Brasil é Brasília”, mostrando-se conhecedora do nosso país, tentando se aproximar e fazer amizade para vender seus produtos. Tão logo apareceu outra menina e, para minha surpresa, o discurso foi o mesmo: “é de Brasil?” o presidente Lula tem só 9 dedos e a Capital do Brasil é Brasília”. Minha esposa acabou comprando a bonequinha de pano por 4 soles.

Em Chichero, conhecemos a única “Iglesia” que resistiu à fúria de um padre católico contrário às crenças indígena. A igreja é muito bonita por sinal.

Finalizado o passeio, é hora de voltar pra cidade. Desembarcamos próximo à igreja de San Francisco, na calle Márquez Mantas. Descemos e fomos até um supermercado garantir a ceia de natal e o nosso repouso deveria ser cedo porque no dia seguinte, nosso despertar seria “bien temprano” (bem cedo).

Dia 25, levantamos 6h da manhã, preparamos e digerimos rapidamente um lanche porque às 6h45 o guia bateria à porta para nos levar até Machu Picchu.

Aguardamos até às 6h55, quando desesperadamente surgiu um cidadão que nem bem olhou pra nossa cara, apenas perguntou pelos nossos nomes parou um táxi e mandou-o seguir até a Estação Ferroviária, tudo com muita pressa.

Chegamos rapidamente por ser perto do Hotel e assim que descemos, buscamos informações sobre o trem para Machu Picchu. A entrada para Back Packer é no portão do lado direito. Você apresenta a passagem e, o principal, tem que levar o Passaport ou Identidade, porque eles pedem e não deixam entrar sem esses documentos.

Acessando a plataforma e verificando a letra do vagão de embarque (tem A, B, C, D e E), é só entrar e procurar pelo número da poltrona que está na passagem.

O trem começa a se movimentar morro acima e em poucos metros, começa a fazer manobras. É um vai e vem pra cima e pra baixo até acessar o trilho que leva a Machu Picchu (é incômodo).

Depois de 4 horas no vagão você chega à estação de Machu Picchu. Agora é descer e procurar pelo seu guia que você deve perguntar pelo nome quando comprar a passagem na agência (essas informações são importantes, pois existem outros grupos de outras agências). No meu caso, eu perguntei pelo nome do guia àquele rapaz que foi buscar a gente no hotel pela manhã. Perguntei pra ele o que deveria fazer ao chegar lá e aí ele me disse pra procurar pelo guia “Mário”.

Pois bem, encontrado o guia (ele faz uma chamada pra confirmar se todos estão presentes) ele pega uma bandeirinha (pode ser verde, amarela, vermelha) que será sua identificação perante o grupo para ninguém se perder.

Todos juntos, caminhamos até o local onde saem os microbuses que levarão a trupe até à entrada das ruínas. Passamos por dentro de uma feira com barracas cheias de artesanato, mas não dá tempo de parar. Deixe as compras para depois que retornar (mesmo assim não aconselho comprar nesse lugar porque é muito caro).

Chegando até o local de embarque, basta entrar e o motorista se encarrega de levar todo mundo para o topo do morro.

É uma seqüência de curvas fechadas numa estrada de terra de muitos e muitos metros acima.

Alguns minutos depois e já chegamos ao ponto final e o início da aventura de realizar o sonho em conhecer as ruínas de Machu Picchu.

Para acessar o parque deve-se passar por uma entrada (uma guarita) onde os atendentes solicitam a passagem para validar o tíquete de visitação.

Aí é só acompanhar o guia e se encantar com o maravilhoso visual. Nosso guia não parava de falar e explicar todos os detalhes. Você pode permanecer por quanto tempo quiser. Depois é só tomar o ônibus e voltar até a estação (sem pagar nada por isso – é tudo incluído no pacote de passagem). Você só deverá ficar atendo para o horário que está marcado na sua passagem para a sua volta de trem. Se você perder o horário determinado vai ter dor de cabeça para justificar e pegar outro trem.

Mas voltemos às ruínas e depois de muita caminhada paramos num lugar (também sagrado) onde existe um vão igual a uma gruta. As pedras entalhadas no chão e o guia explicando seus significados. O silêncio era total e todos prestando atenção. De repente surge um jovem casal. Ele loiro de aproximadamente 20/22 anos e ela de traços orientais (não posso afirmar de qual país, mas não era do Japão) de idade idem. A garota não parava de falar, e alto, no meio às explicações do guia. Alguns psius, chiu, entre outras tentativas para que a garota parasse de tagarelar (principalmente de forma acintosa e alta). Como ela insistia, a paciência do grupo acabou e algumas pessoas começaram a retrucar e pedir respeito. Não é que a mal-criada oriental também respondeu e nem deu bola para a raiva do grupo, e continuou com sua prosa ainda mais irritante. O garoto não sabia o que fazer, ficou envergonhado e deixou o lugar, enquanto que a dita cuja continuou lá, retrucando. Então como já disse, não é só o brasileiro que falta com a educação.

Finalizando suas explicações o guia libera a galera para cada um passear por onde quiser.

Na saída do parque (que é pelo mesmo lugar que se entra) existem restaurantes para aqueles corajosos e endinheirados que tenham coragem de pagar 9 soles numa garrafinha de coca-cola e de 13 a 15 soles numa mísera cerveja cusquenha (ou outras – tem até Brahma). Para usar o banheiro também tem que pagar: 0,50 soles.

Ao final, todos embarcam num microbus e descem morro abaixo até a estação de trem. Aí sim, de volta e com mais tempo, você poderá passear pela feirinha e comer um lanche ou almoçar nos restaurantes com pratos a partir de 5 soles.

Eu e minha esposa preferimos comer um lanche caprichado na lanchonete da estação, gastando 15,50 soles (dois lanches – 13,00 e um refri 500 ml - 2,50)

De olho no trem, quando ele chega você embarca na poltrona indicada na sua passagem de volta.

São quase 5 da tarde quando ele deixa a estação rumo à cidade. Chegamos por volta das 21h15 na estação de Cuzco, e o pessoal das agências fica com uma placa na mão para que o passageiro identifique a sua condução que o levará de volta ao hotel.

No nosso caso, não tinha ninguém com a placa de “Plaza Tours”. E ainda chovia na hora e a falta do nosso transporte obrigou-nos a parar um táxi que nos levou ao hotel Koyllur, pagando 4 soles. (uma grande falha e sacanagem da agência Plaza Tour que recebeu pelo serviço e não prestou direito).

Voltamos ao hotel e fui checar se o atendente tinha ligado para a LAN como eu pedi pela manhã e solicitado a entrega da mochila. A resposta foi de que quando ligado para a LAN a informação foi que como era natal, a companhia não trabalhou. Pois bem, acreditei na informação prestada pelo atendente e continuei sem a mochila. Pensei, amanhã será dia 26 e então vou pessoalmente buscar.

No dia seguinte, logo de manhã tomamos um táxi e fomos até ao aeroporto e para minha surpresa, a mochila estava lá esperando o telefonema do hotel. Ou seja, todos esses dias o hotel não ligou nenhuma vez para a atendente da LAN e o pior: no natal, 25, o aeroporto funcionou normalmente. Que sacanagem desses atendentes do Koyllur!

Pedi pra fechar a conta e ainda me cobraram 6 soles pelas ligações. (Êta falta de respeito e educação com o turista). Argumentei que o serviço não havia sido prestado mas não teve jeito (nessas horas não tem Procon pra você reclamar). Acrescentaram junto à fatura os 10% por pagar com cartão.

Fazer o que, é o preço...

Juntamos as tralhas e tomamos um táxi até a Rodoviária de Cuzco para seguir até a cidade de Puno e conhecer o lago Titicaca, na divisa com a Bolívia. Mas aí já é outro capitulo.

 

.:Conclusão:

1) Visitar Machu Picchu é muito caro! 150 dólares para visitação é um absurdo e olha que segundo informações, o preço iria subir a partir de 1º de janeiro deste ano (2008).

2) A altitude no Peru incomoda. O certo é ao chegar tomar chá de “munha” e não de coca. Munha é mais gostoso, com sabor mentolado.

3) As cidades do Peru são imundas e a pobreza salta aos olhos. Quando MP foi descoberto, Cuzco era a pior cidade do país. Hoje, com seus atrativos turísticos é a segunda de maior importância, perdendo apenas para a capital, Lima.

4) Sua infra-estrutura hoteleira é boa e diversificada, mas a comida nem tanto. Em qualquer parte você encontra um lugar para se hospedar (mesmo na alta temporada). Seja no centro histórico ou nos vilarejos ao redor de Cuzco.

5) Para viajar de ônibus no Peru, depois de comprar a passagem, deve-se recolher a taxa de embarque num guichê que fica na rodoviária. Sem o pagamento dessa taxa (que é pouca) não embarca. Por isso, evite pagar de última hora para não ter que enfrentar fila e perder a condução. A dica é: assim que comprar passagem (pra qualquer lugar do Peru) pergunte à atendente se precisa recolher a taxa de embarque, quanto é e onde se paga.

Pra quem pretende viajar de ônibus por aquelas bandas, vai um aviso. Prepare-se para suportar a fedentina, crianças chorando, trouxa no corredor do ônibus e muito, muito estresse com ônibus que atrasa a saída e depois que sai, pára em tudo quanto é lugar. Ou seja, é uma verdadeira aventura!

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  • 2 anos depois...
  • Membros

Estou indo de carro para Macchu Picchu, saindo de Salvador-Bahia até Corumbá e de lá seguirei de Trem da Morta a Santa Cruz de La Sierra e de lá irei me informando, já tenho uma coleção de relatos impressos da internet e diversas rotas, vou sozinhoe se tiver algum outro maluco interessado, maluca de preferencia, o banco do carona está vazio, o banco de trás irá com as bagagens. Enviem-me infornmações se vale a pena atravessar a fronteira de carro (o meu é pequeno e popular), ou se vou mesmo de Trem da Morte.

Um abraço.

Edie Meireles

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  • 3 anos depois...
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Boa noite,

Também fui sem hospedagem e sem passeios reservados. O importante eh vc procurar na internet algumas hospedagens como referencia pra não ficar perdido por lá. Procure umas três ou quatro e leve consigo pra se orientar por lá quando chegar. Na região de San Blas vc encontrara com certeza outras opções de hospedagem, vai do gosto. Claro que em dezembro o movimento eh maior. Quanto aos passeios não saberia o valor atual, mas da pra se basear no relato.

 

Abraço

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  • 11 meses depois...
  • Membros

Olá amigos,

Chegarei em Lima-PERU dia 12 e voltarei ao Brasil, tbm de lima, dia 19.

 

porém desejo conhecer Machu picchu, sóq não sei mto ainda. ja andei pesquisando, mas tou cheio de duvidas.

tipo, consigo comprar passagem lima-cusco na hora ou eh melhor pela net antecipadamente?? sei q em a star peru q eh mais em conta.

quero fazer o seguinte:

13/10 saida lima-cusco (dia livre em cusco)

14/10 passeios nos vales

15/10 macchu picchu

16 retorno a lima

 

a bom esse cronograma? dar pra cumprir?

precisa reservar algo antes?

eh melor fazer city tour?

 

grato!

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  • 1 mês depois...

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