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Roteiro pelo norte de Portugal - Braga, Guimarães e Aveiro


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Depois de ter conhecido Porto (veja como foi a viagem aqui) fiquei com ainda mais vontade de conhecer outras cidades em Portugal e, como haveria a Latada (evento que marca as boas vindas aos calouros aqui em Coimbra) e não teríamos aula praticamente uma semana, peguei meu caderninho com as sugestões e resolvi que faria um tour “grandinho” pela terrinha. As cidades escolhidas foram Braga, Guimarães e Aveiro, todas no norte do país.

 

No começo ninguém animou de ir comigo, então, seria uma viagem solitária e, por conta disso, fui procurar Couchsurfing e BlaBlaCar, mas, meu amigo Juan (o criador da Rosário), durante um almoço na cantina da UC resolveu que ia, a Maya, a mesma que me avisou da viagem para Porto, também animou e, faltando dois dias para a viagem começar, o Adri, amigo espanhol também curtiu a viagem e se juntou a nós. Começava então nossa saga.

 

Braga foi nossa primeira parada e, para eu pagar minha língua por ter duvidado da palavra de um outro amigo que avisou que o dia escolhido para iniciar a viagem ia chover muito, choveu, mas choveu de uma forma que nunca tinha visto antes, uma chuva fina, constante, ininterrupta, que nos acompanhou cada segundo em que estivemos na cidade. Maya teve a jaqueta invalidada depois dessa viagem e eu nunca usei tanto minha capa de chuva, que as vezes se mostrou inútil e, se não fosse Buda, o guarda-chuva do Adri, os banhos teriam sido ainda maiores, se é que isso é possível.

 

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O plano era passar uma noite em Braga e, acreditando nas opiniões deixadas por outros usuários no Booking, fizemos reserva no Bracara Hostel e que grande decepção que tivemos. As camas não eram confortáveis, o quarto era muito escuro, só havia uma luz principal que mal iluminava e outras duas luminárias pouco eficientes, em frente as camas do quarto havia uma porta que achei que fosse um armário mas na verdade era a porta de acesso para outro quarto, só havia um banheiro e água do chuveiro não esquentava. Enfim, desastre total, mas pelo menos os proprietários são muito simpáticos e se esforçam para fazer você se sentir em casa.

 

Com o check-in feito e depois de quase três horas de viagem, a fome bateu e fomos parar num lugar que cobrava 4 euros pelo combo kebab, refrigerante e batata frita. Como fica em frente a um colégio, o lugar estava abarrotado de adolescentes, então, a comida demorou um pouco para chegar, a chuva continuava a cair lá fora e, satisfeitos, partimos para o Santuário do Bom Jesus do Monte, principal atração da cidade.

 

Da região que estávamos era preciso pegar os ônibus 2 ou 91 até o Santuário. O preço da passagem individual é 1,65 e a viagem durou cerca de meia hora. O principal atrativo da cidade fica em um morro e dá para chegar até lá pela escadaria com mais de 500 degraus e que tem em seu percurso capelas que contam a Paixão de Cristo ou por um “elevador”, um tipo de teleférico que, por dois euros ida e volta, te deixa lá em cima. Com aquela chuva que não deu trégua um único segundo, nossa única saída foi pegar o elevador, ficar temporariamente úmidos, nunca secos e depois, encharcados, contemplarmos a beleza do Santuário.

 

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Depois de tanta chuva tudo o que queríamos era um banho quente e uma comida gostosa. Acabamos com banho gelado, jantar no Macdonald’s e mais chuva, muita chuva.

 

Pelo menos no dia seguinte iriamos para Guimarães e a previsão era de “chuva fraca”…

 

Para mais imagens e dicas de Portugal acesse: https://flornaestrada.wordpress.com/2014/12/13/braga-visitar-santuario-do-bom-jesus-do-monte/

Colocarei a sequência da viagem como resposta desse tópico

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Continuando a nosa viagem pelo norte de Portugal (que teve inicio em Braga) eu, Maya, Juan e Adri pegamos informações preciosas com os donos do hostel que nos fizeram economizar 10 euros na viagem de Braga para Guimarães. Deixe-me explicar.

 

A empresa oficial de autocarros (como eles falam ônibus por aqui) em Portugal é a Rede Expressos, ela liga o país todo e a passagem de Braga até Guimarães, que dura cerca de 40 minutos, estava saindo por 12 euros ida e volta. Tentanto achar uma saída pedi um BlaBlaCar mas que foi cancelado pelo condutor um dia antes da viagem. Sem saber como ir, estavamos quase morrendo em 12 euros quando resolvemos perguntar ao dono do hostel se ele saberia um caminho alternativo, e foi então que ele nos explicou que existia um ônibus local que fazia o trajeto, demorava um pouco mais, mas era barato. Fomos para rodoviária e pegamos o autocarro por 2,20 euros, ida e volta!

 

Uma hora depois estavamos em Guimarães. A cidade é cohecida por ser o berço de Portugal pois seu primeiro rei, Dom Afonso I, supostamente nasceu lá e, a partir daí consquistou e constituiu a terrinha. Por conta desse histórico, as principais atrações da cidade são sítios ligados ao rei como o Paço dos Duques, a Igreja de São Miguel, onde Dom Afonso foi batizado, e seu castelo, todos a poucos metros de distancia um do outro.

 

Eu, que pouco gosto (aham) da Idade Média, de reis, rainha, cortes e vestidos, festas e espadas, não estava nem um pouco empolgada para conhecer tudinho e tirar milhares de fotos. Mas, Murphy é meu amigo e, claro, deu chabú. Por conta da chuvarada em Braga minha câmera parou de funcionar e, lá estava eu, dentro do Paço dos Duques, com cômodos recriados no estilo dos séculos XVIII e XIX e a única coisa que tinha nas mãos era meu celular. Sim, rolou uma decepção, mas a visita pelo Paço seguiu normalmente, até chegar no grande salão.

 

Eu estava andando mais rápido que o pessoal já que, na minha revolta por falta de câmera, não fiz muitas paradas, aquele lugar não merecia ter fotos tiradas pelo meu mísero celular (calma, tirei umas fotinhas, não muitas mas tirei), por isso, quando cheguei ao grande salão estava sozinha, só eu, ao pé da porta a olhar para aquilo tudo, a mesa, a tapeçaria, os utensilios domésticos, as espadas em cima da lareira, as cadeiras e, de repente, me vi chorando, de soluçar. A saudade, sim, saudade, de tudo aquilo me bateu de uma maneira que eu não pude aguentar e chorei, chorei feito um bebê, sozinha, contemplando tudo aqui e relembrando os velhos tempos.

 

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A galera me alcançou e, terminado o passeio pelo Paço, demos uma rápida passada na capela e depois nas ruinas do castelo. Foi tudo meio corrido pois tinhamos que pegar o ônibus em direção a Aveiro naquela noite e já estavamos um pouco atrasados.

 

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Mas, no final deu tudo certo, conseguimos pegar nosso ônibus de volta para Braga e, graças a ajuda do dono do hostel que levou nossas malas até a rodoviária, conseguimos pegar o outro ônibus, em direção a Aveiro, nossa última parada a norte.

 

Para mais imagens e dicas de Portugal acesse: https://flornaestrada.wordpress.com/2014/12/15/guimaraes-castelo-duques-origens-de-portugal/

Colocarei a sequência da viagem como resposta desse tópico

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  • Colaboradores

Conheço bem esta chuva fininha em Braga...morei na cidade por um ano! Avenida Liberdade estava florida? A cidade é beeem tranquila, mas tem seu charme!rs Próxima vez tente ficar hospedada entao no POP hostel, na epoca era meio fraco o café, mas o atendimento e localização eram legais!

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Continuando a saga pelo norte, nosso ônibus partindo de Guimarães em direção a Aveiro iria fazer uma escala em Coimbra e lá nosso amigo Péricles iria se juntar a viagem. Mas, como era semana de Latada, e Pericão estava se divertindo horrores, ele deu para trás com a viagem e só foi até a rodoviária de Coimbra nos levar uns lanchinhos (obrigada Pericão!).

 

Primeira noite

Em menos de uma hora chegamos em Aveiro. Estava noite e garoando, mas só de ver o canal e os moliceiros (uma éspecie de gôndola) fiquei encantada pela cidade e com a sensação de que toda aquela chuva de Braga que derrubou o ânimo e a correria de Guimarães seriam situações esquecidas, deixadas no passado e uma bela estadia em Aveiro nos aguardava. Não poderia estar mais certa.

 

Fizemos reserva no Welcome In e ele está agora no meu top 3 melhores hostels em que já fiquei hospedada. É simplesmente incrivel! Pagamos 28 euros por duas diárias e, pode olhar as fotos do site, tudo aquilo é verdade, sem enganação. O café da manhã não estava incluso, mas, como o local também é um hotel tradicional, o tratamento é muito mais formal, as instalações sofisticadas e as camaratas, como eles chamam os quartos coletivos, possuem banheiro privado para as seis pessoas que cabem no espaço e são equipados com secador de cabelo (selo Maya aprova esta facilidade) e duas duchas . A decoração dos ambientes também me deixou impressionada e o espaço do bar e a cozinha são ótimos locais para reunir a turma. Mas, como disse, o local também é um hotel, então, nada de muito barulho na área comum pois não só de mochileiros é formada a clientela de lá.

 

Com a fome apertando perguntamos para o recepcionista uma sugestão de lugar para jantar e ele comentou, entre outros restaurantes, sobre o Pizzarte. Tão hypster com seu jogo de xadrez gigante, barbudos e meninas alternativas, tão requintado para os padrões restaurante da esquina com menu combinado que vinhamos comendo a viagem toda, ah o Pizzarte. Percebemos então que sim, estavamos ostentando aquela noite e, depois de vermos um anuncio em um dos menus que dizia “Sou chic”, adotamos a frase para a noite e até vinho pedimos.

 

Cada um pediu uma massa e Juan foi o único que pediu pizza mesmo. Mas tudo estava incrivel, e, surpreendentemente, custou mais ou menos 8 euros por pessoa, com o preço do vinho incluido. Ah nossa primeira noite em Aveiro, dou risada só de lembrar o quão animada estava com tudo aquilo. Pobre não pode ter um pequeno luxo que logo fica deslumbrado.

 

Saimos rindo em direção a Praça do Peixe, local onde os bares estão concentrados mas, não se assuste se, às 3h da manhã a música acabar e você ser convidado a se retirar, é assim que funciona em Aveiro, as coisas fecham cedo e, para festeiros como essa turminha, isso foi um pouco frustante. Voltamos para o hostel e o dia seguinte guardava boas surpresas.

Segundo dia

O combinado era irmos numa reserva natural que tem próxima a cidade, mas acordamos tarde e precisavamos almoçar. Depois de andar pelas ruazinhas próximas a Praça do Peixe paramos no restaurante Ferro, que possuia menu combinado. O barato saiu caro, a comida não era boa e cada um morreu em mais ou menos 8 euros lá também. Antes tivessemos voltado ao Pizzarte (suspiros)

 

Resumindo, não dava mais tempo de ir até a reserva então resolvemos pegar umas Bugas e passear pelo canal principal da cidade. As Bugas são as bicicletas que Aveiro disponibiliza, gratuitamente, a todos que quiserem conhecer a cidade em cima de uma magrela. Basta deixar um documento de identidade, pode ser carteirinha escolar ou qualquer coisa do gênero e devolver a bicicleta antes do fim do expediente do ponto de retirada, que nosso caso seria às 18h.

 

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No inicio do nosso passeio de bike a Maya até tinha comentado que a bicicleta era um pouco grande para ela, mas estava tudo bem até chegarmos numa especie de desnivel e eu, que ia na frente gritar: “Maya, cuidado aí que agora tem um obstáculo. Maya? Maya?” Olhei para trás e só vejo o Juan correndo para salvar a amiga que quase caiu no canal e eu, como boa pessoa que sou, corri para tirar fotos, é claro! Até hoje relembrar esse momento me faz cair na risada, foi genial.

 

E, depois de uma tarde com tantas aventuras, resolvemos sair mais cedo do hostel e fazer um pub crawl por conta própria na Praça do Peixe e, com cada um pagando uma rodada, fomos em quatro bares de estilos diferentes, que chegavam a cobrar 3 euros (!) por (fracos) shots. Ainda assim deu para se divertir, dançar, dar risada e, claro, rir um pouco mais relembrando o acidente daquela tarde

 

Terceiro dia

Na tarde seguinte lá fomos nós para a praia de Costa Nova, uma das mais faladas de Aveiro e que me deixou um pouco decepcionada.

 

Convenhamos que outubro não é um mês assim de mega calor e que a temporada de férias de verão já tinha acabado fazia um tempo, mas, ainda assim, eu tinha ouvido falar tanto de lá, das casas listradas, a ida até lá estava no meu caderninho, que eu acabei convencendo todo mundo que seria uma boa ideia dar uma passada por lá. Foram 3,75 euros de ônibus ida e volta, uns vinte minutos dentro do ônibus, quarenta na praia e voltamos para o centro de Aveiro. Se você já ouviu falar de Costa Nova e está louco para conhecer as casinhas listradas, veja as minhas fotos e, estando em Aveiro, vá para a praia da Barra que, descobri depois, é mais agitada e possui quiosques, mercadinhos e guarda-sóis. Ainda assim, deu para ficar pertinho do mar, relaxar um pouco, pensar na vida e meter o pé na areia.

 

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Era hora de voltar para Coimbra e sossegar um pouco das viagens e focar no estudo.

Para mais imagens e dicas de Portugal acesse: https://flornaestrada.wordpress.com/2014/12/18/aveiro-o-que-visitar-onde-ficar-onde-comer-costa-nova/

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  • 2 semanas depois...

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