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4 dias no Parque do Jalapão - Tocantins. Maio de 2013


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Parque do Jalapão

 

Resolvi escrever a respeito desse passeio ao Jalapão (algo que não fiz após outras viagens) por um motivo principal: a falta de relatos a respeito dessa área ainda não tão conhecida em terras tupiniquins. Por isso, gostaria de poder ajudar, mesmo que pouco, outros viajantes na escolha desse lindo destino.

 

Comprei minha passagem em Janeiro, após verificar que várias companhias aéreas estavam em promoção para os meses de Maio e Junho. Na lista de destinos, vi Palmas por 450 reais ida e volta (de São Paulo, onde vivo). Já ouvira falar do Jalapão, então pensei: é essa! Comprei para o feriado de Corpus Christi.

 

Como de costume (ruim, aliás), deixei tudo para ser resolvido nas últimas duas semanas. Até então eu só tinha a passagem, nada mais. Aqui vai a primeira dica: não repita esse meu erro. Se para ouros destinos mais badalados e visitados não encontro tanto problema em fazer isso, para visitas ao Parque do Jalapão percebi que essa tática não funciona, pois não há tantas agências que fazem o roteiro. Além disso, esses passeios são feitos em veículos 4x4, sem deixar a opção para que você alugue um carro em Palmas e tente ir - já no Parque, meu grupo encontrou um pai com 2 crianças em um Celta alugado. Garanto que eles não farão isso de novo, pois atolaram diversas vezes, tendo de serem resgatados váárias vezes-.

 

Eu gostaria de fazer o roteiro de 4 dias, mas por deixar para a última hora, só encontrei disponibilidade para 3 dias. Sem alternativa, fiquei com essa opção. Fechei com a agência Rota da Iguana. O preço original para 3 dias de passeio era de R$ 1.250, mas como deixei para fechar no último dia, e teve o intermédio de outra agência, tive de pagar mais R$ 120, totalizando R$1370.

 

O mais engraçado é que eu havia depositado parte do dinheiro no dia da viagem, à tarde, cerca de duas horas antes do vôo, e não havia visto o email de confirmação da Rota da Iguana, tampouco havia confirmado hotel na minha chegada ou transfer (detalhe, eu chegaria à 1 hora da manhã em Palmas). Quando cheguei em Palmas (com o desprazer de ter uma bagagem extraviada pela Gol), lá estava o Márcio, dono da Rota da Iguana. Eu não sabia se eles tinham confirmado, então mandei: "Então, eu não sei se meu nome tá..." Nisso ele me interrompeu:"Artur, né? Pode ficar tranquilo, vamos com a gente" (depois eu iria acertar o transfer no valor de R$ 120 para ida e volta). E nisso fomos para o Hotel Serra Azul, com o valor de R$78 para quarto individual. PAguei porque não tinha opção, já eram duas da manhã.

 

No dia seguinte, partimos para o Jalapão. Aqui começa o aviso: apesar de ser tratado como "turismo de aventura", não é o que você pensa. Nosso veículo foi uma Ford 250 adaptada, com capacidade para 12 pessoas (11 passageiros). O veículo possuía ar, bancos em couro, áudio, entradas para ipod e tudo mais. E apesar de todos os buracos das estradas, ele aguentava bem o tranco. Obviamente que balança, mas essa é uma questão do Governo do Estado e a revitalização das estradas que ligam o Jalapão à Palmas. Em outros veículos de outras agências, várias pessoas da terceira idade, desmistificando qualquer impossibilidade de pessoas não tão acostumadas com turimso de aventura de visitarem o Parque do Jalapão.

 

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Dia 1. Após 3 horas de viagem, chegamos ao Cânion de Sussuapara. Um visual realmente lindo, de uma área fresca como um oásis em meio ao árido calor da região. A água que cai das plantas é potável (tomei e estou aqui a escrever). Depois de cerca de 40 minutos para fotos e curtir o local, partimos rumo a Ponte Alta, onde faríamos o check in na pousada (que não me recordo o nome). Feito o mesmo, partimos em direção à Cachoeira do Soninho.

Após mais algumas horas de estrada, chegamos. Antes da visita, diversas vezes os guias nos orientavam a respeito das regras de limite para visitação. O lugar pode ser mortal, onde um escorregão te garante a morte, tendo em vista a força monumental da água e a altura da queda da mesma. Porém, seguindo os conselhos dos guias, não há problema.

 

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Já no fim da tarde, nos dirigimos à Pedra Furada. A intenção era pegar o pôr do sol, o que conseguimos de maneira apressada, pois quase o perdemos. Quando chegamos, a pedra estava cheia de gente, algo como 6 ou 7 veículos de agências, mas nada que impeça de curtir o visual. Novamente os guias avisam que há um determinada área onde não devemos ir, por conta do grande número de abelhas. E graças a elas também devemos evitar falar alto ou gritar, para evitar ataques. Com aquela visão da mistura do cerrado com savana, o lindo sol radiante e vermelho encostou sobre o horizonte, numa paisagem sensacional. Logo depois da visita, já escurecendo, retornamos à Ponte Alta, onde dormiríamos. Ponto positivo para a pousada, onde já estava incluído o almoço, café da manhã e janta (o valor total do passeio inclui isso). Uma pousada muito bem arrumada, com chalés aconchegantes.

 

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Dia 2. Após o café da manhã, nos dirigimos até a Cachoeira da Velha. Após longas horas de viagem (não me recordo, pois você acaba perdendo a noção de tempo e distâncias, pois vai conversando, olhando o visual - lindo, por sinal-).

Uma cachoeira sensacional, onde, assim como do soninho, não há como entrar nas águas, devido à força das águas. Mas, uma paisagem embasbacante.

 

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Logo depois, fomos até a prainha da Cachoeira da Velha. (há a opção de fazer esse trecho por uma trilha de 1km a pé ou por carro. Tendo em vista o calor, optei pela Ford 250 hehe).

Uma prainha muito boa, com a água numa temperatura perfeita, não muito gelada e também fresca o suficiente para te aliviar do sol escaldante. Há os avisos dos guias para que não vá até a metade do rio, pois a correnteza é muito forte. O recomendado é ficar até onde te dá pé.

 

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De lá, seguimos para as Dunas do jalapão. Mais uma vez, no intuito de pegar o pôr do sol. E, mais uma vez, com pressa, conseguimos!. Paisagem exuberante. O único porém é que você não pode subir pelo meio da duna. Como é a única da região, tem de preservá-la, diferentemente, por exemplo, dos Lençóis Maranhenses, onde até 4x4 pode subir a mesma. Mas numa área mais lateral, não resisti e rolei na continuação da duna com mais duas crianças haha (essa área não tinha restrição).

Visual sensacional.

 

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De lá, seguimos para Mateiros, onde iríamos passar a noite. Antes, jantamos em um restaurante bem próximo da cidade, com comida caseira. Nada surpreendente, mas o suficiente para matar a fome do dia de passeio. Também incluso.

 

Dia 3. No último dia do passeio, eu consegui fazer o que tanto queria: subir a Serra do Espírito Santo. Esse é um passeio restrito às pessoas que fecharam 4 dias. Porém, depois de muito apelo e choro ao Márcio, ele me deixou ir com a turma. Tive de ir na caçamba de uma L200, pois não tinha mais vaga. Sem problemas. Saímos da pousada às 4h30. O lugar fica a 30 km da cidade, por isso a saída tão cedo, para pegarmos o nascer do sol. Após uma escalada nível 3 de aproximadamente 40 minutos, chegamos, onde aguardamos a chegada do Sol. A respeito dessas cenas, qualquer comentário é irrelevante se comparado às fotos do lugar. Digo que foi o melhor momento da viagem. Depis de contemplarmos o lugar, ainda no topo da Serra do Espírito Santo (uma chapada), andamos 3 km para o outro lado, onde iríamos ter uma vista do outro lado da Serra. 3km para ir e 3 km para voltar. Teríamos de estar de volta à pousada às 9h, para sairmos aos outros passeios. Voltamos sem problemas.

 

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Depois disso, partimos para a Cachoeira da Formiga. Não lembro de ter vista uma água natural tão cristalina quanto aquela. Temperatura da água ótima (e olha que sou friorento) e um visual da mata ao redor do lugar também fenomenal. Show de bola.

 

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Depois disso, fomos até a comunidade quilombola da Mumbuca. Ali, momentos emocionantes. Na loja de artesanatos, as crianças com as mulheres do local fazem uma breve apresentação, saudando os visitantes. Quase que uma lágrima rolou do olho esquerdo...

 

 

Depois do almoço, fiquei brincando com as crianças, que me pegaram pra Cristo haha. Foi muito engraçado, ficávamos brincando de dar susto uns nos outros. Foi muito show aquela interação.

 

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Depois do almoço, fomos para o famoso fervedouro, uma espécie de piscina natural onde não é possível afundar, devido o refluxo da água. Uma água quentinha, areia fina, além desse fenômeno único (nos outros lugares onde não se é possível afundar isso ocorre devido o grau de salinidade da água). Como havia mais pessoas ao redor, poderíamos ficar 6 por grupo, cada grupo com 10 minutos para aproveitar. Mas valeu cada minuto, até porque voltei depois de outros grupos.

 

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Depois disso fomos para outro fervedouro, que não era tão legal quanto o primeiro. Já depois disso, pegamos 6 horas em estrada muuuito esburacada em direção à Palmas. Juro, não tem como dormir, é muito buraco mesmo. Como nosso guia foi gente boa e nos deixou curtir demais o fervedouro, acabamos saindo tarde do Parque, chegando em palmas por volta das 3 da manhã.

 

 

 

 

No meu último dia em Palmas, o qual eu teria livre, fechei um Passeio por duas cachoeiras, em Taquarussu, distrito de Palmas. E no fim da tarde, fechando na Praia do Rio da Prata, também em Palmas. Em uma dessas cachoeiras, fiz um tirolesa, tida como a maior do Brasil, com 1300 metros de distância percorrida (não tirei fotos, pois minha bateria acabou). O valor para o dia de passeio, incluído almoço e lanches (a tirolesa foi pago a parte, 70 reais) era de R$170. Achei um pouco salgado, visto que só visitamos duas cachoeiras, a praia e tivemos o almoço e lanches. Porém, depois de 3 dias sensacionais com uma das melhores turmas de agência que já peguei, não pensei em pagar por esse dia de passeio.

 

 

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Por fim, mais do que recomendado o Jalapão. Não só o Jalapão, mas as pessoas também. Sempre fui muito bem tratado, um povo muito hospitaleiro. E pretendo voltar para visitar outros tantos passeios do estado.

 

Valor para 3 dias de passeio: R$ 1370 - inclui hospedagem nas duas noites, com café da manhã, almoço, jantar e lanches durante o dia.

Passagem ida e volta de São Paulo - Gol: R$ 450

Hotel em Palmas: Na primeira noite paguei R$ 79, pois não tinha agendado nada. Na última, paguei R$ 28, em um hotelzinho mais zuado no centro.

Passeio de um dia por Palmas: R$ 170

Agência: Rota da Iguana

mais do que recomendados. Como falei, foi a melhor agência que já peguei. Povo super animado e gente do bem. Sabem tudo da região.

 

Se eu voltaria? Com certeza!

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