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Primeira viagem sozinha: Paraty/RJ 2013


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Depois de muito ensaiar, finalmente publico meu primeiro relato. Espero que seja útil!

 

A primeira viagem que fiz a Paraty eu estava em casal, e portanto não pude sair a esmo como tinha planejado.

Tinha ido exclusivamente para o Festival da Cachaça, e não houve muito tempo pra explorar.

Desde então, tinha muita vontade de retornar a Paraty!

Mas, sabe como é a vida adulta...difícil conciliar férias, todo mundo casado e com mil contas...

Enfim, desisti de ficar tentando arrumar companhia e decidi por a mochila nas costas e ir!

Claro que fiz um planejamento básico e reservei hostel.

 

Sou do interior de SP e não tenho carro nem carteira, então encarei 5 horas de busão até Sampa.

De lá mais algumas horas de ônibus, que foram muito agradáveis. Nunca vou me esquecer da beleza das praias que vi da estrada...e isso era só o caminho...

 

Chegando em Paraty um breve momento de pânico, o mapinha que imprimi ficou perdido em algum lugar.

(Na verdade esqueci o bendito em casa...)

Indo pra Av.Roberto Silveira, vi que tem algumas agências de banco ali próximo da rodoviária...bem mão na roda.

Respirei fundo e saí de endereço na mão e perguntando a meio mundo...me perdi...rs

Daí perguntei num outro hostel, a recepcionista não sabia onde era. Mas adivinha? Virei na esquina e já enxerguei meu hostel...

(Tratamento VIP né? Taí um local onde nunca vou me hospedar! rs)

 

O hostel era uma gracinha por fora, o quarto que fiquei no entanto deixou um pouco a desejar.

Bom, agora era tarde...rs Não vou dar o nome do hostel. Da próxima vez não deixo de olhar no TripAdvisor...teria evitado esse perrengue.

Mas enfim, já estava lá, pra que ficar arrumando preocupação? Fui reivindicar meu canto.

Dois beliches e uma cama de casal(?). A cama já estava ocupada e um dos beliches também.

Do beliche que sobrou, tive que ficar na parte de cima...epa! Sou muito desajeitada e também tenho medo de altura...

Cada vez de subir ou descer era o maior barulhão...minhas colegas de quarto nunca disseram nada, super fofas.

 

Estava moída das 12 horas de ônibus e mais umas duas horas andando, mas ainda tinha uma tarde pela frente e só tinha o café da manhã.

Sou uma morta de fome, preciso comer de 4 em 4 horas; então já estava verde...rs

Botei a mochila no beliche de cima, e uma das moças do quarto chegou naquela hora também.

Daí ela me passou uma dica de lugar pra almoçar, a recepcionista me deu um cartão de outro lugar.

Saí decidida a encher o bucho. Mas eis que...me perdi de novo!!! rs...senso de direção mandou abraço.

Mas não parei de procurar. Acabou que achei um restaurante por quilo (as indicações eram de restaurantes a la carte então acho que me dei bem! rs)...

Pesquisei pelo street view do Google e achei o restaurante, é o Turquinho na esquina da Rua Oséias Martins de Almeida com a Rua Pres.Pereira.

Comi um monte e paguei baratinho. =D

Depois do banquete vi que também tinha sobremesa, mas não cabia mais nada! Sad panda =(

Voltei ao hostel e minha nova amiga me convidou pra irmos comprar alguma coisa pra comer à noite e andar pela cidade.

 

E lá fomos nós...compramos água, biscoitos e andamos bastante.

Fomos até o centro histórico onde comentamos sobre o calçamento antigo e tênis...rs

Por incrível que pareça eu lembrava bastante do centro histórico, além de serem poucos quarteirões, então não nos perdemos lá!

Tirei várias fotos pra minha amiga, eu não levei máquina, só celular mesmo...

A cidade à noite é linda, tem muitos artistas cantando e tocando violão, poetas que vendem seus zines...uma cidade que respira cultura!

Nós sentamos num restaurante que tinha música ao vivo e comemos batata e bebemos um refrigerante.

Não recomendo nem um pouco comer nos restaurantes do centro histórico! A conta foi tão alta que parecia que tinha molho de caviar nas batatas fritas...rs

Saímos pra ver algumas igrejas e o artesanato, outra coisa que tem aos montes por lá.

 

Após todo aquele movimento, voltamos pro hostel e após banho, alguns biscoitos pra ajudar a esquecer a facada no restaurante...rs

Um pouco de tempo no computador do hostel pra falar com amigos e família, cama!

Aliás as outras pessoas no quarto eram uma alemã, e uma indiana com a filha (que achei que eram irmãs! xD ).

Mãe e filha estavam mochilando juntas no aniversário da mãe! Espero que, se eu tiver uma filha, ela curta mochilar também.

 

No dia seguinte devoramos o café da manhã, que era bem básico mas gostoso e conversei com um holandês cuja esposa é brasileira.

Vieram para visitar a família dela e viajar pelo país, ambos aposentados. Vi ali outro objetivo de vida, hehe...

Esperei mais um pouco até minha colega levantar, a recepcionista ofereceu um passeio pelas fazendas/engenhos de cana/cachaça.

Mas o preço era bem salgado apesar de ser apenas meio período.

Decidimos ir pra rodoviária pegar um ônibus pra Trindade, economizando uns 90% do valor do passeio! rs

Entramos no ônibus, ouvindo aquele monte de gringo com variados sotaques e apreciando a paisagem...até que chegamos na montanha-russa.

Sério, aquela estrada que chega em Trindade é uma aventura! Nosso motorista fez manobras radicais e seriamente pensei que íamos voar fora da estrada...rs

 

Desembarcamos no ponto final, e fomos meio "pelo rumo", indo parar na Praia do Meio.

A idéia era pegar a trilha até o Cachadaço, mas o tempo não colaborou, e ficamos com medo de escorregar em pedras e coisas assim.

Voltamos pro centro de Trindade e almoçamos um arroz-com-feijão, salada e peixe no Tavarua que estava divino!

Eram umas 3 horas da tarde já, o tempo fechando ainda mais, resolvemos que era melhor voltar a Paraty.

A garçonete do bar avisou que o ônibus estava chegando, daí pagamos e saímos correndo pro ponto.

Na verdade ainda demorou um pouco pra chegar no ponto final, nem precisava a pressa...rs

Embarcamos e lá vai aventura na montanha-russa de novo! Dessa vez a galera ficava comemorando a cada curva, e o motorista não deixava por menos...rs

Esses caras deviam ganhar adicional por ter que dirigir ali, porque fazem um trabalho fantástico.

 

Em Paraty o tempo estava lindo...

Resolvemos vestir as roupas de banho e ir tomar um solzinho perto do píer.

Tinha um povo tomando banho de mar lá, com certeza eram turistas, pois a água naquele local é impróprio para banho (tem escoamento de esgoto).

Após tostar alegremente ao sol, tomamos o rumo do hostel de novo.

Como já tinha ficado triste de gastar muito no centro histórico na noite anterior, sugeri comermos mais pra perto do hostel.

Achamos uma lanchonete simpática e com ótimo preço na Av Roberto Silveira (a Sabores Paraty), e tomamos lanche lá.

 

Já era meio tarde então deixei a parceira de pernadas ficar no pc do hostel, fui fazer minha toalete e dormir...que no dia seguinte, era dia de partir =(

Caí da cama cedo (literalmente...rs). Já falei que beliches não são meu forte? Pois é...

Arrumei a mochila, tomei meu café, disse tchau pra nova amiga e pra recepcionista.

A alemã então saiu do quarto só pra se despedir e também estava pra pegar ônibus, mas pra Angra.

 

Enfim, fui pra rodoviária e enfrentei mais 12 horas de volta pra terrinha... =)

 

Infos da trip (sem valores pois já faz um bom tempo):

ônibus SP/Paraty: Reunidas Paulista

ônibus Paraty/Trindade: Colitur

hostel: não recomendo o hostel que fiquei, então nem vou dar o nome.

Para saber se o hostel que irá se hospedar é bom, aconselho dar uma olhada no TripAdvisor.

Não fiz isso antes de viajar e me arrependi...

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  • 1 mês depois...
  • 3 semanas depois...
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Oi Danilo, desculpe a demora em responder! Achei que valeu sim a pena. Normalmente temos muito receio de viajar sem companhia. Mas a verdade é que tem muito mais pessoas legais no mundo do que a gente imagina! Um sorriso no rosto também ajuda muito...rs. Escolhi Paraty porque já tinha estado lá, para não ter tanto medo. Sou meio/muito medrosa...rs. Gostei muito da experiência, e mesmo com o perrengue do hostel valeu demais a pena. Já li aqui no fórum que o melhor tipo de hospedagem pra viajar solo é o hostel, assim temos a oportunidade de encontrar pessoas pra dividir passeios e quem sabe, cultivar novas amizades. E concordo, não me senti de fato sozinha em nenhum momento, mesmo quando estava apenas "eu e meus pensamentos"... O melhor de tudo é não ter que perguntar pra ninguém se quer este ou aquele passeio. É muita liberdade...rs Desculpe por escrever tanto, espero ter respondido suas perguntas. Abraços!

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