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Pico Boa Vista : Em Busca da Montanha Esquecida


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PICO BOA VISTA: EM BUSCA DA MONTANHA ESQUECIDA

 

“Já era quase 15h00min da tarde e não é preciso nem dizer que a gente já tinha extrapolado no tempo. Estávamos enfiados no fundo de um vale, perdidos num mar de florestas a perder de vista e já as barbas do anoitecer. Era preciso colocar a cabeça no lugar, se livrar daquele feitiço e voltar a raciocinar. Era hora de dar um basta naquela situação, era hora de voltar para o nosso abrigo e deixar tudo aquilo para trás porque aquela Montanha Lendária está ali a milhares de anos e não iria a lugar nenhum.”

 

O sol mal acabara de nascer e nós ainda estávamos presos dentro do jipe, estacionados à beira do “boteco do compadre” onde o mundo ameaçava desabar sobre nossas cabeças em forma de um temporal que se avizinhava. Havíamos chegados naquele local de madrugada e depois de meras três horas de sono, já estávamos de pé. Encontrávamos-nos encravados no meio do vale a meio caminho entre Pedro de Toledo e o litoral, bem ao lado do Rio Despraiado, que também dá nome a famosa estrada de terra. Logo o que parecia ser uma ameaça se concretizou, o aguaceiro desabou sem dó e o melhor a fazer seria ligar o jipe e voltar para casa, deixando aquela investigação para outro dia, mas aí não seríamos nós, que sempre temos o poder de nos metermos em enrascadas memoráveis e quando o Alexandre deu o start, jogamos às mochilas nas costas e partimos debaixo do temporal, torcendo para não sermos atingidos por um raio.

 

Caminhamos por uns 1.500 metros pela estradinha de terra, tendo ao nosso lado direito o Rio Despraiado, rio esse que faz a alegria dos poucos turistas e jipeiros que raramente aparecem por aqui. Ao chegarmos a uns tubos de concretos gigantes à beira da estrada, caminhamos por mais uns 50 metros e descemos o barranco a nossa direita por uma trilha quase que imperceptível, até sairmos no riacho. Procuramos por um vestígio de uma antiga pinguela, que na verdade hoje só restam as suas cabeceiras de concreto. Achamos a dita cuja, atravessamos o rio pulando de uma pedra para outra e subimos o barranco e interceptamos um sinal de trilha, que logo nos levou a uma grande e decrépita ponte pênsil, onde o s.r. Jones cagaria de medo de passar por ela. Passamos com cuidado pelas madeiras podres, observando o belo e límpido Rio Despraiado. Findado esse ponto, outra pinguela aparecerá e tomando o mesmo cuidado, a atravessamos e depois de alguns metros seguimos por uma trilha que passa ao lado de uma parede de concreto e interceptamos a velha escola abandonada que não tarda em ter seu teto desabado.

 

Na escola um grande galpão que provavelmente seria o refeitório dos alunos, ainda se mantém muito bem conservado e logo nos chamou a atenção por servir de base para futuras expedições. Do galpão fomos logo para de trás da escola e ao vermos o cano que a abastecia, subimos o barranco nos guiando por ele até que chegamos a antiga estrada que na década de 70 servia para que se pudesse chegar nas antenas da COTESP, antiga TELESP, que está a poucos metros abaixo do cume do Pico Boa Vista. Chegando nessa que seria uma estrada e que hoje nem trilha é, porque se encontra totalmente obstruída pela floresta, pegamos para a esquerda e a seguiremos até as antenas. Muito se enganará aquele que pensar que por ser uma antiga estrada o caminho é obvio, muito pelo contrário, por várias vezes o caminho simplesmente desaparece e somente um olho bem treinado e experiente poderá te levar de volta à trilha, tanto que há arvores gigantescas no meio dessa pseudo estradinha e por vezes será necessário se rastejar para avançar pelo caminho.

 

Nós partimos para a subida às 07h30min da manhã e fomos avançando lentamente no começo porque ainda estávamos meio “cabreiros” com o que havíamos ouvido sobre ser esse lugar um celeiro de jararacas e a todo o momento era preciso ver onde colocávamos as mãos. O caminho vai seguindo sem muito aclive e quando alguma subida se acentuava, logo víamos vestígios de antigo calçamento, que também já havia sido tomado pela floresta. Em alguns lugares árvores gigantes tombaram sobre o caminho e aí tínhamos que recorrer ao GPS do Alexandre e a nossa experiência de buscar o rabo da trilha num emaranhado de galhos e troncos. A caminhada vai avançando manhã à dentro e mesmo com um ritmo intenso a chuva fria vai minando nossas energias. Aperto o passo para me aquecer porque penso ser eu o que mais sofre com a baixa temperatura, mas logo é o Alexandre que sucumbe diante do ritmo forte e do frio. Passamos por alguns deslizamentos e nos animamos novamente quando o GPS nos disse que estaríamos a menos de 200 metros da antena, mas o desgraçado do aparelhinho nos enganou e quanto mais avançávamos, mais longe parecíamos estar do nosso objetivo. A subida inclinou e a gente declinou, o frio já tomará conta da gente, já nem caminhávamos mais, agora a gente se arrastava pela floresta úmida e fria num fim de mundo perdido na Jureia. Passamos por um pequeno muro de concreto e tocamos para cima até que sem menos esperar demos de cara com um poste caído à beira do caminho, no meio de um lindo bambuzal, com um abrigo de concreto coberto de zinco, em forma de iglu. Não tive dúvida, me pinchei para dentro desse abrigo, que a muitos e muitos anos não parece receber ninguém, joguei minha mochila no chão e quando o Alexandre chegou e fez o mesmo, vi que éramos dois montanhistas sem noção à beira de uma hipotermia.

 

O abrigo é lindo e surpreende que ele não tenha ruído com o tempo. Está um pouco sujo de terra, mas praticamente sem umidade. Em frente do abrigo, logo depois do bambuzal está à grande antena e por incrível que parece, nem 40 anos de abandono foi capaz de derrubá-la, pelo contrário, ela está totalmente preservada e sem ferrugens. Depois da antena temos uma casa de madeira que só não desabou por completo porque suas madeiras se entrelaçaram, mas cair é questão de tempo. Pegamos umas madeiras para tentar acender uma fogueira dentro do abrigo e enquanto o Alexandre cuidava deste ofício, sai à procura de uma tal caixa de água que diziam haver no local, mas depois de rodar tudo, voltei com as mãos vazias e certos de que a gente estaria lascado naquele pico sem água. Diante do problema resolvemos tentar colher água acumulada nas folhas das árvores, mais precisamente nos bambus. O Alexandre esticou um grande plástico no chão e começou a balançar o bambuzal e acabou colhendo uns dois copos de água, muito pouco para quem pretendia ficar por quase dois dias explorando o lugar, o jeito era torcer para que a chuva voltasse a cair para a gente poder se abastecer. Para não contar com a sorte, tirei a roupa molhada e coloquei uma seca e fui de novo atrás da tal caixa de água. Subi até uma grande pedra que tem logo acima da casa e sem obter nenhum sucesso, nem com a água e nem com a investigação que eu fiz para saber onde se encontrava a trilha que poderia nos levar até o cume do Boa Vista, retornei desolado com minha incompetência. Na volta perdi a trilha principal e ao olhar em volta, procurando o caminho correto, me deparei com um reflexo no chão que pensei ser uma poça d’água, mas ao investigar descobri que eram as duas caixas d’água enterradas no chão, cheias até a boca de uma água pastosa. O mato havia tomado conta de tudo e foi preciso desobstruir a caixa para ter acesso ao precioso líquido, já que mesmo de péssima qualidade, era a única água que tínhamos. Peguei dois cantis de água e desci rapidamente porque a chuva havia retornado e eu não queria molhar a única roupa seca que me restara.

 

De volta ao abrigo encontro o Alexandre envolto com a difícil tarefa de tentar acender a fogueira com a madeira úmida que havíamos pegado. A gente subiu em três horar e meia, chegando ao abrigo às 11h30min e a nossa intenção era apenas fazer um almoço e continuar nossa caminhada rumo ao nosso principal destino, mas diante do temporal que se abatera sobre o Boa Vista, vimos logo que seria impossível sair dali naquele dia, haja visto que a continuação do nosso caminho seria varando mato sem fim e varar mato diante do mau tempo não parecia ser uma ideia muito esperta porque ainda nem havíamos nos recuperado do estado semi-hipotermico. Quando a chuva apertou construímos uma armadilha para pegar água feita de um plástico que tínhamos em mãos e aí conseguimos colher cerca de 4 litros de água boa para janta. Montamos nossa barraca dentro do abrigo e depois de muito custo conseguimos acender o fogo e tudo que era frio e sombrio, se aqueceu e se iluminou e aí aproveitamos para colocar toda a nossa roupa para secar e boa parte do resto da tarde nos entregamos ao ócio e a comilança e quando vimos que não aguentávamos comer mais nada, fomos jiboiar na barraca e dormimos até não aguentarmos mais.

 

Acordamos pouco antes das cinco da tarde e ao vermos que a chuva havia cessado, aproveitamos para subir quase ao topo da grande antena. É uma subida vertiginosa por uma escadinha sem qualquer proteção e um erro, um mísero erro, será suficiente para o escalador de antenas pagar com a vida. Paramos no patamar mais acima, que já era mais que suficiente para avistarmos a imensa quantidade de montanhas que nos circundava numa visão de quase 360 graus, onde até o mar poderia ser avistado e o único ponto que não podia ser visto era parte do Sudeste, que estava interditado por causa do próprio cume do Boa Vista, justamente a direção que mais nos interessava, justamente a paisagem que nos fez nos deslocarmos de Sumaré, na região de Campinas para chegar até aqui. Teríamos que deixar para matar nossa curiosidade no dia seguinte, quando tentaríamos de alguma maneira atingir o topo do próprio Boa Vista, porque até o presente momento, não saberíamos se acharíamos alguma trilha que pudesse nos levar ao cume. Descemos da antena para prepararmos o jantar, mas voltaríamos logo depois para apreciarmos as luzes das cidadezinhas ao entorno da Juréia.

 

À noite ficamos ali naquele excelente abrigo nos esquentando no calor da fogueira, contando causos de aventuras passadas e aproveitando para nos alimentar bem e sonhando com a possibilidade de pelo menos colocarmos os olhos na montanha que a muito tempo vínhamos buscando conhecer.

 

Choveu a noite toda e quando o dia clareou, choveu mais ainda e eu só fiz colocar minha cabeça para fora do saco de dormir e vendo que la fora o mundo acabava em água, voltei a dormir até que às nove da manhã a chuva cessou e então nos levantamos, bem-dispostos e descansados e aí foi hora de traçarmos um plano para o decorrer do dia. Seguir em frente para tentar alcançar a MONTANHA ESQUECIDA não parecia ser mais possível, não haveria mais tempo hábil para isso, portanto, juntamos apenas alguns equipamentos de segurança em uma mochila de ataque e partimos deixando tudo no nosso abrigo de montanha. Passamos ao lado esquerdo da antena, subimos a escada de concreto que leva a casa em ruínas e se enfiando no bambuzal, seguimos uma trilha à esquerda, seguindo uma mureta com elementos vazados, até que ela acaba de vez alguns metros à frente. Pulamos a mureta e interceptamos outra trilha e a seguimos até chegarmos a grande pedra que está a não mais de uns 60 metros da antena. Subimos escalando uma pedra menor que está à direita da grande pedra e a partir dela tentamos encontrar uma trilha que nos levasse até o cume do Pico Boa Vista, mas não obtivemos sucesso, então voltamos e pegamos à esquerda da grande pedra e ali localizamos um velho fio que nos ajudou a vencer o desnível de uns três ou quatro metros. Aí fomos seguindo escalaminhando um barranco íngreme e nos segurando em tudo que é raiz até que chegamos a um lugar onde o terreno estabiliza e ao localizar o que parecia ser uma trilha fechada, seguimos por ela mata adentro até chegarmos ao que parecia ser o cume do Pico Boa Vista (1.140 m).

 

O Pico Boa vista não nos pareceu ter um cume propriamente dito, não localizamos uma rocha ou algo qualquer que nos dissesse que aquele seria o topo, mas foi do ponto de onde estávamos, com grandes vistas para o Sudeste que se materializou diante dos nossos olhos a montanha que buscávamos. O GRANDE DEDO DE DEUS PAULISTA surgiu à nosso frente majestoso e grandioso e até então o que era apenas um suposto ponto numa carta topográfica, agora enfeitiçava as mentes de dois aventureiros perplexos com o gigante de pedra que marcava o cume do Serra dos Itatins, que na língua tupi ganhou o singelo nome de Nariz de Pedra.

 

Assombrados com a montanha, eu e o Alexandre não nos demos por satisfeitos em chegar somente até ali. A gente botou a faca nos dentes e fomos abrindo mato no peito, seguindo na única direção que era possível seguir, que era a própria continuação do Pico Boa Vista. Descemos um pouco e depois voltamos a subir até que novamente o terreno se estabilizou depois de passarmos por uma ridícula clareira onde daria para bivacar numa emergência. Logo à frente o caminho acaba à beira do abismo, mas olhando bem o mapa, já dá para ver que o caminho não é por ali mesmo. Estacionamos imediatamente e ficamos buscando por um rabo de trilha, mas nada encontramos. Deixei o Alexandre marcando território e desci para a direita na intenção de achar um caminho e a minha tentativa logo deu com os burros n’água. Foi por pouco que não despenquei no vazio, à beira de um despenhadeiro. Voltei de novo ao ponto de partida e avisei o Alexandre que eu teria que tentar outro caminho para passar de uma montanha para outra, buscando a direção sudeste. Acabamos descendo juntos e ao analisarmos bem o terreno, descobrimos uma linha de árvores que estando poucos metros abaixo do terreno de onde estávamos, poderia ser o caminho que procurávamos. Fomos descendo como dava, nos segurando na vegetação e em pouco tempo já conseguimos avistar o paredão rochoso à nossa direita, justamente o local onde eu quase havia despencado. Agora caminhávamos por um selado, onde havia vazio dos dois lados. Seguindo sempre na direção sudeste, quase que se tivéssemos indo mesmo na direção do Dedo de Deus Paulista, mas sabíamos que o nosso caminho teria que ir se dirigindo aos poucos para leste mesmo porque na nossa carta topográfica, sabíamos que à frente encontraríamos outro despenhadeiro gigantesco.

 

Descemos por aquele selado o quanto deu e ao chegarmos a borda de mais uma garganta profunda, não tivemos alternativa senão virarmos para a esquerda e procurarmos outra rampa de conexão e mais uma vez, se valendo da experiência de anos no mato, descobrimos analisando o topo da floresta que se apresentava mais abaixo de nós, mais um possível caminho. Descemos à beira de uma garganta nos segurando nos cipós entrelaçados que nos serviu de corda e fomos caindo pela direita até encostarmos-nos a uma parede rochosa aonde de uma pedra escorria muita água sobre uns musgos, onde serviria para nos matar a sede se estivéssemos em apuros, mas não sei dizer se em tempo muito seco, existiria água ali e a esse lugar demos o nome de Pedra que Chora, para marcar bem o local numa próxima expedição. Depois desta pedra o terreno vai descendo e novamente temos o vazio dos dois lados o que nos dá a certeza de estamos mais uma vez caminhando por outra rampa. Não há uma trilha propriamente dita, vamos seguindo o rumo do terreno, que logo começa a curvar-se para a esquerda e vai se encaminhando para a direção que desejamos. A trilha vai se estabilizando e ao nosso lado direito parece que vai sair no aberto, mas nem chegamos a investigar porque agora aos nossos pés está uma trilha que já se consolidou e apenas está obstruída com muito mato por falta de uso a muitos anos, mas fica claro que aquilo é sim uma trilha. Começamos a perder altura aos poucos, passamos por uma imensa e inconfundível árvore vermelha, até que chegamos ao fundo de um vale com espaço suficiente para acampar e a esse lugar dei o nome de Vale Verde.

Já era quase 15h00min da tarde e não é preciso nem dizer que a gente já tinha extrapolado no tempo. Estávamos enfiados no fundo de um vale, perdidos num mar de florestas a perder de vista e já as barbas do anoitecer. Era preciso colocar a cabeça no lugar, se livrar daquele feitiço e voltar a raciocinar. Era hora de dar um basta naquela situação, era hora de voltar para o nosso abrigo e deixar tudo aquilo para trás porque aquela Montanha Lendária está ali a milhares de anos e não iria a lugar nenhum. Até dei uma investigada para ver se a trilha ainda prosseguia mais à frente e realmente até encontrei um vestígio, inclusive coloquei uma fita para sinalizar para uma próxima investida, mas não teve jeito, por mais que houvesse algo que nos impulsionasse para irmos mais à frente é preciso mesmo retornar. Tomamos um gole de água e partimos, caminhando a passos largos, nos guiando agora pelas marcas que havíamos deixado em algumas árvores. Voltamos feito um raio e quando menos percebermos já estávamos de volta ao topo do Boa Vista e em hora e meia desde o Vale Verde, já desembocamos no abrigo. Já era 16h30min e teríamos que descer a encosta do Pico Boa Vista rasgando,se quiséssemos sair daquela floresta antes de anoitecer. Enfiamos tudo na mochila, pegamos nossos cajados e zarpamos. Fui à frente destruindo a trilha, como nos tempos de outrora, onde a gente caminhava tão rápido que o andar já se transformava em corrida, saltando por cima de troncos e derrapando nas curvas. Seguindo neste ritmo conseguiríamos chegar a estrada antes de escurecer, mas o Alexandre não estava muito acostumado com estes estirões, porque cada um tem seu ritmo próprio e o que é bom para uns, não é bom para outros e então é preciso adequar a caminhada para que fique para todos.

 

A caminhada então seguiu num só ritmo, até que a noite caiu e em um lugar onde a floresta desabou, perdemos a trilha e aí fodeu de vez. Ficar sem rumo à noite não é fácil e pior ainda é saber que em pouco tempo mais um temporal vai desabar na cabeça da gente. Procuramos por todos os lados e nada de encontrarmos a trilha, pior é que já nem conseguíamos mais localizar o corte que delimitava a antiga estrada e eu já me via dormindo sentado no meio da quiçaça. O Alexandre ligou o GPS para saber para que lado ficava o caminho, mas o maldito aparelho hora apontava para uma direção, hora apontava para outra e não demorou muito a gente estava socado dentro de um buraco cercado por paredes de todos os lados e aí deu vontade de sentar mesmo no chão e chorar. Mas como não há desgraça que dure para sempre, logo o maravilhoso aparelho voltou a funcionar e nos devolveu de novo ao nosso caminho, que agarramos com unhas e dentes e não largamos mais até que pudéssemos estar são e salvos de volta a escolinha em escombros. Cruzamos por dentro do galpão, passamos enfrente a escola e nos guiando meio pelo rumo nos enfiamos no capim e já saímos na trilha e metros depois estávamos passando pela pinguela e pela ponte pênsil e às 19;30 desembocamos de vez na estradinha do Despraiado e logo de volta ao jipe. Para comemorar, tomamos um refrigerante no “boteco do compadre” e logo em seguida caímos na estrada para chegar a Sumaré já na primeira hora da terça-feira.

 

E foi assim que se deu essa nossa investigação. Não conseguimos chegar à sombra do Dedo de Deus Paulista, mas esta primeira exploração nos serviu de base para formularmos um plano que esperamos que da próxima vez nos faça colocarmos os pés no cume desta montanha lendária e que a muito tempo o mundo esqueceu, porque o sonho não foi esquecido, só foi adiado.

 

Divanei Goes de Paula – setembro/2015

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  • 1 ano depois...
  • Membros de Honra

Luka,

Na verdade essa montanha é pouco conhecida e está a meio caminho de das montanhas mais isoladas da serra do Mar, no meio de uma reserva controlada,onde é preciso escalar pra se chegar ao topo. Nesse fim de semana passado estabelecemos um caminho até o DEDO DE DEUS PAULISTA e só não fomos ao topo porque tem que escalar 30 metros de parede e estava caindo o mundo em chuva.

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