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Portugal (Lisboa, Sintra e Fátima) 20 a 25 de janeiro de 2016 com preços e fotos


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Em primeiro lugar gostaria de registrar aqui os agradecimentos aos colegas que me ajudaram direta ou indiretamente na montagem do meu roteiro para Portugal, seja respondendo minhas dúvidas ou simplesmente por terem feito relatos de sua viagem. Adoro escrever, mas mesmo que não gostasse, sentiria-me com o dever moral de dar um retorno que pode ajudar a algumas pessoas.

 

Considero importante também registrar que a narrativa que vou fazer é reflexo de todas as experiências até então vividas, das expectativas em relação a viagem, e das escolhas do que considero importante para destacar, não tendo, portanto, a pretensão de dizer a verdade sobre Portugal ou qualquer outra coisa. Trata-se apenas de mais um olhar, nada mais do que isso.

 

O relato não será curto, pois considero indispensável situar o contexto que explicita alguns atravessamentos que moldaram o olhar, as expectativas e as emoções vividas, assim, começo falando do planejamento.

 

1) O planejamento

 

Estava previsto para janeiro de 2016 um evento acadêmico na Universidade de Lisboa sobre o meu tema de pesquisa no doutorado: avaliação e aprendizagem. Mais ou menos em junho do ano passado, pesquisei o preço de passagens com vistas a participar do Congresso e me deparei com o valor de mais de 5 mil reais. Imediatamente desisti de participar. Em agosto, em Florianópolis participando de outro evento, estava conversando com um amigo sobre viagens e ele disse que a TAP estava com uma excelente promoção de dia dos pais para vôos a partir de janeiro. Fiquei animado com a possibilidade de participar do evento, e claro, cruzar o Atlântico pela primeira vez (minhas únicas experiências internacionais haviam sido uma ida ao Paraguai para ver um jogo do Fluminense pela Libertadores em 2011) e uma ida à Río Cuarto/Córdoba na Argentina também para participar de um Congresso).

 

Chegando em casa, fui procurar a tal promoção da TAP, mas infelizmente o período da promoção não abrangia o período do evento. No entanto, animei-me quando vi que em um período pouco posterior ao evento as passagens custariam menos de R$3800,00, ida e volta, para mim e minha esposa, e ainda parcelava em 5x sem juros no cartão. Sou um cara muito controlado com as minhas finanças, mas confesso que a animação foi tão grande que ignorei as contas e comprei as passagens.

 

A partir desse momento, era pesquisar, pesquisar e pesquisar, porque não tinha a mínima ideia de como seria a viagem e nem o quanto gastaria com ela (àquela altura, o Euro custava 3,76 reais e eu tinha esperança de cair, mas no dia da viagem ele estava sendo vendido a R$4,58).

 

Pesquisando hospedagens, decidi pele rede Ibis porque possui preços acessíveis, boa localização, bom relacionamento com os clientes e o mínimo indispensável de estrutura. Optei pelo Ibis José Malhoa pelo preço e por muito próximo a uma estação de metrô (em Portugal, chamam de métro). Conheci depois o AIRBNB e gostei da alternativa, mas fechei o hotel mesmo, pois minha esposa tinha (ou tem)receio em relação a esse tipo de hospedagem. O valor da hospedagem com o café-da-manhã ficava em €259, que pela cotação de agosto dava menos do que paguei para ficar seis dias sozinho em uma pousada em Florianópolis. Nem acreditei. Mas quando paguei, já em janeiro via cartão de crédito, o valor ficou em R$1160,32.

 

Não sabia o quanto levar de dinheiro, mas ouvindo o meu amigo que indicou a promoção e já visitou quase toda a Europa, ele disse que com €100 por dia eu conseguiria passar bem com a minha esposa. Li um relato aqui que falava em €125/dia incluindo criança. Comecei a ler relatos e pesquisar preços das coisas que queria visitar e decidi que queria levar €1000,00 para não passar sufoco. Li também que o ideal é ir comprando aos poucos para não ficar tão vulnerável às instabilidades do câmbio, ainda mais em período de crise econômica como a que estamos vivendo. Assim, comprei euros em três oportunidades e o valor médio pago por euro foi de R$4,26. Para ficar mais seguro, optei por levar €1100,0.

 

Assim, os custos ficaram da seguinte forma:

Passagens + taxas: R$4065,92

Hospedagem com café-da-manhã: R$1160,32

Euros: R$4684,9

Taxi do aeroporto para casa na volta: R$70,00

Total: 9981,14 (mas trouxe dinheiro de volta).

 

Obs.: Para não ter custos adicionais com celular/internet (plano para 7 dias com 50 min em ligações e internet ilimitada saia por 199,9 na vivo) decidimos que só usaríamos o wi-fi do hotel e de eventuais restaurantes.

 

2) Escolhendo locais a serem visitados

 

Na inocência de mochileiro de primeira viagem, achei que teria tempo suficiente para visitar o que quisesse em Lisboa, ir ao Porto , à Fátima e visitar uma vinícola. Ledo engano.

 

Depois de muito ler, pesquisar e avaliar alguns conselhos recebidos aqui, optei por um roteiro que incluía as principais atrações de Lisboa, Sintra e Fátima, e se sobrasse tempo e dinheiro, iria a Óbidos. Sobrou dinheiro, mas não sobrou tempo. Inclusive ainda restou algumas coisas a fazer em Lisboa e Sintra.

 

Essa questão tem muito a ver com o estilo de cada pessoa. Eu e minha esposa não gostamos de apenas olhar superficialmente a paisagem, os monumentos, etc., portanto, curtimos bastante cada coisa que escolhemos visitar. Decidimos também que não dá para ficar tão pouco tempo em um lugar tão rico em monumentos como em Portugal e certamente em toda a Europa. Assim, viagem à Europa agora só com pelo menos 15 dias.

 

3) Arrumando as malas

 

Em relação à mala propriamente dita, seguimos uma dica aqui mesmo do mochileiros.com de mesclar roupas de ambos nas duas malas, pois em caso de extravio de apenas uma, ninguém ficaria absolutamente prejudicado.

 

Na bagagem de mão, além de uma roupa íntima para cada, um casaco para mim (minha esposa já foi vestida com um), máquina fotográfica, bastão de selfie, protetores auriculares para eventual passageiro roncador (rsrsrs) e um livro (biografia do Tim Maia... o bicho era muiiito louco, rsrs) e uma revista (da wine), levamos também a pasta com a documentação, que a partir de pesquisas foi composta pelos seguintes itens:

- passaportes (originais e cópias);

- cópias de cartões de créditos devidamente liberados (mesmo sem pretender usar, liberei dois cartões para caso de emergência):

- recibo da hospedagem;

- recibo das passagens;

- cópia do Certificado de Schengen, adquirido gratuitamente junto à Mastercard por ter adquirido as passagens pelo cartão de crédito (não fosse isso, teria feito o seguro na touristcard).

 

Detalhe: na imigração, passamos juntos minha esposa e eu e não nos pediram absolutamente nada. Apenas perguntaram se estávamos chegando do Rio de janeiro.

 

4) Partindo para Lisboa

 

Nas duas semanas anteriores à viagem, vinha acompanhando sistematicamente a meteorologia em Lisboa. Estava feliz por não haver previsão de chuva para dia algum da viagem e a temperatura estar variando entre 8 e 18 graus. Chuva sempre atrapalha e o frio é um problema para minha esposa que é extremamente friorenta. Contudo, dois dias antes da viagem as previsões mudaram a passaram a prever chuva para o dia da nossa chegada, o dia seguinte e o dia do nosso retorno. Lamentei, mas não há o que se fazer a não ser se adaptar às circunstâncias.

 

A questão que mais gerava angústia era o voo. Minha esposa tem muito medo de altura e pavor de turbulências, por mais brandas que sejam, e seu coração disparava quando lembrava que ficaríamos horas sobre o Atlântico. falar em uma viagem de nove horas de duração lhe dava calafrios. Por todo esse contexto, a minha angústia era como ela se portaria, mas tudo saiu melhor do que eu esperava, graças a Deus. Ambos os vôos foram muito tranquilos, com pouquíssima turbulência e bem suave.

 

Em relação a voar com a TAP, havia lido relatos sobre o mau humos dos comissários e sobre a oferta de duas possibilidades de escolha de comida. Sobre a primeira questão, a experiência que tivemos não corroborou algumas informações obtidas, pois todos os comissários estavam sempre sorrindo e bastante solícitos. Quanto às refeições, não havia possibilidade de escolha, mas o que foi oferecido, tanto na ida como na volta, estava tudo muito bom.

 

Em ambos os vôos foram oferecidas duas refeições: um jantar e um café-da-manhã.

 

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Continuando...

 

Primeiro dia em Portugal: Lisboa

 

Após a rapidíssima passagem pela imigração, fomos pegar as bagagens e depois de ultrapassar o portão de desembarque fui atrás de mapas de Lisboa e Sintra e de saber onde comprar o cartão zapping para o transporte (serve para metrô, ônibus (que eles chamam de autocarro) e trens (que eles chamam de comboio). Com o cartão a passagem fica mais barata do que pagar na hora em cada transporte. Ônibus e metrô, com o cartão, custam €1,25. Considerando que eles ganham em euro, a passagem é muito mais barata que aqui. Se alguém for andar apenas de ônibus e metrô várias vezes no dia, vale a pena comprar o cartão de €6 que vale para todo o dia independente do número de viagens. Mas, detalhe: tem de ser um cartão por pessoa.

 

Aliás, em relação a achar algo caro ou barato, aprendi que não devemos ficar convertendo, pois o valor deve ser visto de acordo com a moeda daquele país, ou seja, como estava na Europa tenho que calcular a passagem a 1,25 e não multiplicar pelos R$4,26 que paguei em média pelos euros que levei. E tem um ditado que considero bastante válido para viagens à países com moedas muito mais valorizadas que a nossa: "Quem converte, não se diverte!".

 

Em um balcão de informações me informaram que eu podia comprar o cartão do transporte em qualquer estação de metrô. Vi a venda um caderno com mapas e informações sobre Lisboa e Sintra fui comprar. O atendente pediu para eu esperar, foi em uma salinha e voltou com vários mapas de Lisboa e Sintra e me deu. Falou para gastar o dinheiro com outras coisas. Primeiro choque cultural.

 

Havia visto aqui mesmo do Brasil as possibilidades de transporte do aeroporto para o hotel. Tinha o aerobus, que custaria €6,6, mas demoraria uns 30 minutos, e o táxi, que pelo que tinha visto, daria cerca de €8 mais as bagagens. Como estávamos doidos para chegar no hotel e depois conhecer a cidade, optamos pelo táxi.

 

Perguntei ao motorista quanto daria mais ou menos a viagem e ele disse que era pelo taxímetro. Insisti perguntando sobre uma previsão e ele disse "18 a 20 euros". Bem mais caro do que havia visto daqui. Falei que havia visto que o hotel não era tão longe, mas ele argumentou que era contra-mão. Fomos! A corrida deu €18,8.

 

Chegamos no hotel, paguei a taxa de turismo de €10, recebemos os vouchers com senhas para usar o wi-fi e fomos deixar as malas no quarto, nos comunicar com nossos pais que havíamos chegado bem, e partir para almoçar e conhecer Lisboa. Em nossos rostos, só sorrisos. A temperatura era de 14 graus e não chovia. Para mim, tranquilo. Para Regilane, muiiito frio.

 

Fomos para a estação de metrô Praça de Espanha, a mais próxima do hotel (3 minutos caminhando) e, surpresa... não havia cabine de informação, nem de venda de bilhetes e nem vigilantes. Perguntamos a um moço que passava como fazíamos para comprar o cartão zapping, e ele nos levou até a máquina onde se efetua a compra. Mostrou como fazia e assim compramos nossos dois bilhetes. O cartão custa €0,5 (eles não falam centavos, falam cêntimos) e carreguei €15 em cada cartão, totalizando €31. (Não queria colocar muito dinheiro, pois o roteiro poderia sofrer alterações e não queria perder grana, mas acho que em alguns dias teria valido mais a pena comprar o de €6 euros diários). Estávamos aptos a entrar no metrô. Mais um choque cultural! Tudo feito eletronicamente em uma máquina que aceita até moedas, dá troco, imprime o bilhete e um recibo. O detalhe é que acabáramos de aprender a usar a máquina e logo em seguida ensinamos duas senhoras a usar, pois elas não sabiam, e isso ocorreu mais uma vez depois com um rapaz que também não sabia mexer.

 

Chegamos na plataforma para esperar o metrô e lá havia um quadro informando em quanto tempo o próximo estaria chegando ali. Não levei fé que funcionava, mas quando mostrou quem em 20 segundos o metrô estaria ali começamos a ouvir o barulho e... lá estava pontualmente. Mais um choque cultural! Como sou um cara que me incomodo demais com atrasos, fiquei extremamente feliz em ver que existe lugar onde horário não é apenas referência, mas compromisso. Ainda assim, imaginei que isso só fosse possível no metrô porque não tem trânsito, que nada. Nos pontos de ônibus também tem e comprovei no dia seguinte.

 

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Trata-se da porta de entrada de Lisboa. Linda e imponente. Ficamos ali admirando a paisagem, tirando algumas fotos, até que um coroa nos ofereceu maconha. Também já havia lido aqui que isso lá é normal. Disse não e vida que segue. Mais tarde, caminhando pela Rua Augusta, outro rapaz também me ofereceu. Depois desse, isso não ocorreu mais dia algum.

 

Fomos na beira do Tejo, caminhamos por ali, tiramos algumas fotos e decidimos entrar no Lisboa Story Centre. Trata-se de uma espécie de centro cultural que faz uma narrativa interativa da história de Lisboa. Cada visitante recebe um aparelho tradutor (pode ser usado em vários idiomas) com sensor que localiza em que parte você está e conta a história daquele tempo/espaço retratado em imagens e/ou réplicas. Como professor de História fiquei bastante empolgado e pensando em quão importante para o Rio de Janeiro seria ter um espaço desse. Recomendo demais esse passeio. O valor foi €8 por pessoa, em um combinado com o Arco da Augusta (na verdade, ganha-se um desconto para o elevador onde ao invés de pagar €5, paga €1,25).

 

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Na saída, depois de cerca de uma hora lá dentro, deparamos com a Praça do Comércio iluminada. Que espetáculo de beleza!

 

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Saímos dali para ir ao restaurante Café à Brasileira, mas caminhando pela Rua Augusta avistamos o famoso Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau (eles chamam o bolinho de bacalhau de pastel de bacalhau). Decidimos entrar e deixar o outro restaurante para outro dia. Pedimos três bolinhos (2 para mim e 1 para Regilane) e duas taças de vinho branco da casa. O bolinho era recheado com queijo serra da estrela. Delicioso! Melhor bolinho de bacalhau que já comi na vida. Cada bolinho custava €3,5 e cada taça de vinho €1,5. Total da conta: €13,5.

 

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O cansaço da viagem já se fazia sentir, estávamos satisfeitos em termos de alimentação e o dia seguinte previa ida a Belém para visitar o Mosteiro dos Jerônimos, o Padrão dos Descobrimentos, a Torre de Belém, o Museu dos Coches e a famosa casa dos Pastéis de Belém pela manhã, e o Castelo de São Jorge, o Elevador Santa Justa e algumas outras praças de Lisboa. Fomos caminhando na direção da estação Restauradores para pegar o metrô e paramos para encerrar a noite em um café. Regilane pediu um capuccino e eu um chocolate quente. Estavam muito bons e pagamos €3,95. Praticamente ao lado da estação encontra-se o belíssimo terminal rodoviário do Rossio (falamos Róssio e eles Rossío).

 

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Detalhe da estação Restauradores: nas paredes, há pinturas homenageando várias cidades do mundo. Ao lado de cidades como Roma, Londres e Paris, encontramos o nosso Rio de Janeiro.

 

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Chegamos no hotel, compramos uma água de 1,5l e um suco de laranja em garrafinha por €4,1 e fomos dormir mortos de cansado, felizes pelo que já havíamos visto/vivido e ansiosos com tudo o que ainda teríamos pela frente.

 

Total de gastos do dia:

 

Táxi do aeroporto para o hotel: 18,8

Taxa de turismo no hotel: 10

Bilhetes zapping (transporte): 31

Almoço: 9,74

Lisboa Story Centre + Arco da Augusta: 16

Bolinhos de bacalhau: 13,5

Café/Chocolate: 3,95

Água + suco: 4,1

 

Total: €107,09.

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Continuando...

 

Segundo dia em Lisboa

 

Acordamos às 07:30 e da janela do quarto vimos muita neblina, chuva e noite. Na Europa, as noites no inverno são significativamente mais longas. Começa a clarear depois das 8h. Confesso que desanimei com o clima, principalmente por conta do que estava programado para aquele dia. Decidi alterar o planejamento e ir para um local que fosse fechado, assim, a escolha foi o Oceanário, que fica na parte modernizada da cidade, próximo à estação Oriente do metrô e ao shopping Vasco da Gama, que apesar do nome, é de primeira (rsrs).

 

Aqui mesmo do Brasil eu já havia, por meio do goggle maps, visto como seriam todos os deslocamentos, mas, para confirmar as informações, perguntava na portaria do hotel. Podem confiar no google! No hotel sugeriram pegar um ônibus para poder ver a cidade, pois de metrô isso não é possível. Aceitei a ideia e partimos. Antes de entrarmos na estação Praça de Espanha, comprei um guarda-chuva do modelo "familião" (guardem esse detalhe).Pegamos o metrô até a estação Marquês de Pombal e depois o ônibus 744 até a estação Oriente. A chuva não permitia ver belezas, mas não impediu de ver a organização. O trânsito não tem nada de caótico.

 

Chegando lá, vimos o Parque das Nações, que fica atrás do shopping e ao lado de uma arena. Lá estão as bandeiras de vários países do mundo que participaram da EXPO-98, inclusive a do Brasil.

 

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Queria andar no teleférico para ter mais uma bela vista do Tejo e de Lisboa, mas a neblina que ali estava me impediria de ter tal vista, assim, decidi acompanhar a Regilane que, com neblina ou sem neblina, com chuva ou com sol, não iria no teleférico pelo medo de altura.

 

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Fomos caminhando até a outra ponta onde encontra-se o Oceanário, o maior aquário da Europa. Pagamos €17 cada um para ver as exposições permanente e temporária. Comparado aos demais preços de ingressos, é caro, mas achamos que valeu a pena, e muito, principalmente a exposição permanente. O aquário é fantástico, e logo ao entrar sentimos cheiro de mar. Muito legal! Mas não é só a beleza e a diversidade das espécies que chama a atenção. O conceito de um só mar e o apelo a preservação me parecem indispensáveis. Tiramos várias fotos.

 

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Demoramos bastante vendo a exposição permanente e antes de irmos para a temporária já estávamos com fome e paramos para almoçar no Restaurante do Tejo, que fica no mesmo prédio das exposições. O menu incluía sopa de vegetais e pão de entrada, prato principal (escolhemos salmão com molho de limão), batatas e salada, bebida e sobremesa por €9,8. Incluímos mais um pão, um suco e duas garrafinhas de água para poder levarmos, e nossa conta ficou em €14,2. Ficamos satisfeitos, mas o salmão estava tão espetacular que eu teria comido inteiro apenas ele.

 

Do almoço fomos para a exposição temporária "Florestas Submersas". Incomparavelmente menor, mas com algumas coisas interessantes.

 

Saindo de lá, demos uma passada no shopping (mulher não consegue se segurar, rsrs), pois Regilane queria comprar um gorro, pois o dela estava apertando muito. Não comprou o gorro, mas comprou um óculos escuros em uma loja portuguesa tipo C&A, a HM, se não me engano. Depois de rodar mais um pouco pelo shopping, decidimos voltar para o Centro de Lisboa e tentar fazer alguma coisa por ali, pois a chuva havia dado uma trégua. Indo pegar o metrô, vimos uma barraquinha que vendia objetos de decoração e comprei uma coruja para minha madrinha (ela coleciona corujas, e toda viagem que faço, levo uma para ela do local que eu estiver). Perguntei a Regilane sobre o guarda-chuva e... perdi! Voltei ao banheiro e às lojas que entrei com ela, mas não encontrei. Sou campeão mundial de perda de guarda-chuvas, vocês vão ver. Hehehehe.

 

Como a estação Oriente faz parte da linha vermelha do metrô, saltamos na estação São Sebastião para fazer baldeação e pegar a linha azul (a que nós sempre andávamos). Saltamos na estação Baixa-Chiado e logo ao lado está o famoso Café a Brasileira, local muito frequentado por Fernando pessoa, tanto que há uma estátua de bronze lá em sua homenagem.

 

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Pedi um sanduíche de queijo com fiambre e Regilane quis um pastel de nata e um suco de laranja (eles chamam de sumo). O objetivo de pedir o pastel de nata era ter parâmetro para comparar com o oficial de Belém. Total da conta: €6,9.

 

Quando saímos, estava havendo uma espécie de comício de campanha para um candidato a presidente, se não me engano Edgar Silva. Descobrimos que haveria eleições presidenciais no domingo. Achamos estranho, pois não havia galhardetes espalhados, ninguém distribuindo santinhos e outras coisas mais que são comuns ao período eleitoral no Brasil. No pequeno evento havia uma bandinha tocando marchinhas de músicas brasileiras.

 

Escolhemos uma rua para descer e seguimos, sempre na direção do Tejo. Chegando na Praça do Comércio provamos a tradicional bebida Ginginha (um licor bem forte), servida no copo de chocolate em duas doses por pessoa (Regilane só bebeu uma). Valor: €1,65 cada "dose dupla".

 

Como não estava chovendo, decidimos ir até a Sé de Lisboa. Subimos algumas ruas e chegamos. Muito bonita. Antes de ser Sé de Lisboa, fora uma capela muçulmana.

 

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Como já estávamos ali, subimos mais um pouco para ver se achávamos o Wine Bar do Castelo (não havia anotado o endereço), mas não achamos. Cansados, resolvemos descer e procurar o restaurante Café Lisboa que eu havia escolhido após ler um relato de viagem aqui no Mochileiros. Depois de rodar um pouco achamos o escondido restaurante. Ambiente extremamente acolhedor, velas na mesa, som ambiente baixinho... show! Dois tipos de pães e duas pastas de couvert. Depois escolhemos dois croquetes de novilho com mostarda dijón de entrada e escolhemos pastel de Lisboa com arroz de grellos como prato principal. Cada um desses pratos estava espetacular, coroados pelo excelente vinho Porrais, da região do Douro.

 

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O que faz do lugar tão especial não é só o ambiente e a excelente gastronomia, mas o atendimento. Chegamos a ter três garçons ao nosso lado servindo e conversando com a gente. De política portuguesa a carnaval carioca e modos de viver aqui e lá. Além disso, nos deram dicas de restaurante em Sintra e locais para comprar os famosos travesseirinhos, principal doce da região. Descobrimos nessa conversa que os melhores vinhos portugueses ficam em Portugal, ou seja, não são feitos para exportação. Esse era muito bom!

 

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Saímos de lá maravilhados. A conta foi de €40,5, mas já sabíamos que era um restaurante mais "burguesinho". Regilane ainda comprou o livro de receitas do chefe da rede. Pegamos o metrô para o hotel porque no dia seguinte era dia de ir a Sintra. Muita torcida para que não chovesse.

 

Gastos do dia:

 

Oceanário: 34

Almoço: 14,2

Café a brasileira: 6,9

Ginginha: 3,3

Jantar: 40,5

 

Total: €98,9.

 

Obs.: Não incluí os valores dos transportes por já ter carregado os cartões no primeiro dia. E as demais coisas foram por opção. assim, estou privilegiando na conta os custos com transporte, locais de visita e comida.

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Continuando...

 

Terceiro dia: Sintra

 

Acordamos cedo e para nossa felicidade não chovia, contudo, a neblina era significativa. Havia feito previsão de custos com transporte até o fim da viagem e antes de embarcar para a estação Restauradores, recarreguei cada cartão com mais €10. Chegando lá fomos para a belíssima estação do Rossio esperar o trem que, já não mais para nossa surpresa, saiu no horário previsto.

 

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A viagem foi tranquila e em cerca de 40 minutos chegamos a Sintra.

 

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A alguns metros da estação encontra-se o ponto de ônibus das linhas 434 e 435. Cada um deles faz um circuito relacionado a pontos de visita e funcionam no esquema sobe e desce em qualquer ponto dentro daquele circuito. No caso, o 434 era o que nos servia, pois ele faz o circuito da Pena e nosso planejamento previa visitarmos o Palácio da Pena e o Castelo dos Mouros. Depois teríamos de ir a pé (acho que era longe) ou pegar o 435 para visitar também a Quinta da Regaleira, mas infelizmente não deu tempo, apesar de ser por causas nobres. A passagem nesses ônibus custam €5 por pessoa.

 

Pegamos o ônibus e iniciamos a subida. A neblina era muito densa e chuviscava de vez em quando. Chegamos no Castelo e compramos o combinado Castelo + Palácio (€17,11 por pessoa). Fazia 7 graus, mas as subidas e descidas por ali davam sensação térmica superior, a ponto de acharmos que Lisboa com 14 era mais frio. Percorremos pelas muralhas, torres e demais áreas do Castelo e, apesar de ter a vista privilegiada da paisagem natural e do Palácio da Pena obstruída pela neblina, estava muito feliz por ver minha esposa enfrentando o medo e caminhando por lugares altos e estreitos que achei que ela não fosse topar. Acho que nesse ponto a neblina ajudou, pois diminuía a percepção da altura (rsrsrsrs).

 

Detalhe: é comum confundirmos castelos com palácios pensando tratar-se das mesmas coisas, mas não é assim, ao menos em Portugal. Os castelos eram fortificações e serviam essencialmente para defesa, enquanto os palácios serviam de residência para a família real e nobreza.

 

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Depois de rodar pelo Castelo dividimos um lanche (sanduíche de atum + suco de frutas vermelhas + água) que custou €7,1 e rumamos para o Palácio da Pena a pé.

 

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Chegamos e nos espantamos com a beleza do Palácio, que mistura vários estilos arquitetônicos em harmonia. Mesmo com toda a neblina, estávamos felizes de ver aquele palácio e estar ali.

 

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Tiramos fotos lá fora e muitas fotos lá dentro. Regilane adora palácios e diz que se existe reencarnação, ela já viveu em palácios em vidas passadas, rsrsrs. Ficamos horas lá e quando saímos já eram quase 16h e nem havíamos almoçado. Ainda assim, ela fez questão de perder mais um tempo na lojinha que tem na saída do palácio.

 

Detalhe: na maioria dos lugares visitados, a saída é sempre por uma lojinha. E ainda dizem que portugueses são burros...

 

Quando finalmente saímos, pegamos o 434 e saltamos no Centro Histórico para almoçar e comprar os famosos travesseirinhos de Sintra, doce típico da região. Os garçons do Café Lisboa haviam indicado o Café Paris para almoçar, mas optamos por outro, pois o indicado era caro e já iríamos no Clube do Fado a noite, ou seja, para pagar caro ali, não teríamos tempo de aproveitar (reserva para 20h no Clube do Fado) e já sabíamos que iria pagar caro a noite. Àquela altura, já havíamos descartado, por falta de tempo, a visita a Quinta da Regaleira. Foi até bom, pois assim temos motivos para voltarmos a Sintra.

 

Fomos em um restaurante mais escondidinho e pedimos o menu que vinha com 6 sardinhas (inteiras), salada de alface com tomate, pão e duas taças de vinho branco. Sardinha maravilhosa e pagamos €16.

 

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Depois de nos deliciarmos com as gigantes sardinhas, fomos atrás dos travesseiros e queijadas na famosa confeitaria Periquita. Compramos duas unidades de cada um dos doces e pagamos €4,4.

 

Detalhe: queijada é diferente do que aqui nós conhecemos como queijadinha, ao menos aqui no Rio. O que chamamos de queijadinha eles chamam de bolo de coco. Já estávamos atrasados para o fado e partimos para pegar o 434 e irmos para a estação.

 

Mais uma vez o trem saiu no horário previsto e fomos para o hotel trocar de roupa e partir para o Clube do Fado, que fica coladinho na Sé de Lisboa. Que espetáculo! Dizem que é a melhor casa de fado de Lisboa, e não duvido. Na parede há fotos dos músicos com famosos como caetano Veloso, Milton Nascimento, Maria Bethânia e Cristiano Ronaldo tiradas ali mesmo. Clima aconchegante, atendimento nota dez, cantores excelentes e comida maravilhosa. Os únicos "poréns" ficaram por conta do couvert, que mesmo não pedido foi colocado na mesa e veio na conta bem caro (€5 por pessoa e cobraram dois) e de terem pensado que o troco era caixinha, pois deu €87,5 e não retornaram com €2,5 do troco.

 

Destaca-se o excelente caldo verde que comemos de entrada, o bacalhau e vinho tinto da casa. Em relação ao fado, é um espetáculo a parte. Quando os artistas entram, as luzes do salão se apagam e focam apenas neles, os garçons se retiram e o show começa. Cantam quatro músicas e saem, no que as luzes principais se acendem e os garçons retornam para os pedidos. Naquele dia, foram quatro cantores diferentes que se apresentaram, sendo que um era um dos músicos que tocava.

 

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Estávamos muito cansados e, por isso, pedimos um táxi (€10) para o hotel e mudamos a programação do sábado que previa irmos a Fátima. Optamos por deixar para domingo e investir na Feira da Ladra e em Belém no sábado, além do Estádio da Luz para ver um jogo do Benfica. Que dia maravilhoso!

 

Total de gastos:

 

Recarga no cartão de passagem: 20

Ônibus em Sintra: 10

Castelo dos Mouros + Palácio da Pena: 34,22

Lanche: 7,1

Almoço: 16

Doces: 4,4

Clube do Fado: 90

Taxi: 10

 

Total de gastos: €191,72.

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Continuando...

 

Fomos dormir no dia anterior torcendo para que a previsão de um pouco de sol se confirmasse. Como disse, desejávamos ir à Belém, Feira da Ladra (havia lido aqui que era domingo, mas é sábado) e jogo do Benfica. Conversando com a recepcionista do hotel, a Feira da Ladra subiu no telhado, pois foi dito por ela que o forte da feira é pela manhã, apesar de acabar apenas as 17h, e o jogo do Benfica era às 18:30, ou seja, sobraria pouco tempo para Belém, onde queríamos visitar o Mosteiro dos Jerônimos, o Padrão dos Descobrimentos, a Torre de Belém, o Museu dos Coches e, é claro, os Pastéis de Belém. Assim, pegamos o metrô para a Praça do Comércio (estação Terreiro do Paço) e lá pegamos o bonde 15 para Belém.

 

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No trajeto, o bonde encheu bastante quando parou na estação Cais do Sodré, e ali vimos pela primeira vez um problema social lusitano. Um cidadão entrou falando alto, estava desorientado e/ou drogado, comendo um sanduíche e perturbou um pouco a viagem, tentando inclusive quebrar o validador dos cartões. Algumas mulheres ficaram com medo, mas ele não tocou em ninguém. Saltou antes de chegarmos a Belém.

 

Chegando em Belém, saltamos no Mosteiro dos Jerônimos e iniciamos a belíssima jornada. Comprei um combinado Mosteiro + Torre de Belém por €12 por pessoa. Iniciamos pela igreja do Mosteiro, onde estão os túmulos com os restos mortais de Camões e Vasco da Gama e que possui uma arquitetura de tiras o fôlego. Aproveitei para fazer um videozinho zoando o vasco e os vascaínos.

 

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O tempo abriu e fazia calor. Vi portugueses comentando que tratava-se de um dia típico de verão. Visitamos as instalações do Mosteiro. Lindo!

 

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Gostei muito de uma parte que historiciza o Mosteiro desde sua fundação fazendo uma articulação com o que acontecia em Portugal e no resto do mundo. Show!

 

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Saindo de lá, atravessamos a rua e fomos para o Padrão dos Descobrimentos, um lindo monumento feito em homenagem aos "descobridores". Apesar de contestar o termo "descobridores", não há como não reconhecer a enorme coragem desses caras que há mais de 500 anos mergulharam em direção ao "além do horizonte". Acho que a coragem deles entrou por osmose na minha esposa que aceitou subir até o topo do monumento (€4 por pessoa), de onde tivemos, até então, a melhor vista de Lisboa, com o Tejo reluzente e a ponte 25 de abril ao fundo.

 

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Saindo do Padrão dos Descobrimentos em direção à Torre de Belém paramos e sentamos à beira do Tejo para contemplar a paisagem e deixar a ficha cair um pouco de tudo o que estávamos vivendo. Após alguns minutos, caminhamos até a Torre.

 

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A vista é também muito bonita. Lá dentro, há apenas uma escada estreita por onde se sobe e se desce, o que gera um certo congestionamento se as pessoas não respeitarem os avisos luminosos que indicam momento de subir e momento de descer, além disso, torna a visita um pouco mais demorada. Já no meio da tarde e com fome, voltamos andando em direção ao Mosteiro para procurar algum lugar para almoçar. Regilane estava com bastante fome e eu preocupado com o horário do jogo. Àquela altura o Museu dos Coches também havia subido no telhado.

 

Por conta da fome dela e da minha pressa, pois ainda precisávamos ir na Pastelaria de Belém, não escolhemos muito e paramos bem ao lado do Mosteiro no restaurante Flor dos Jerônimos. Após solicitarmos dois pratos do dia que já não tinha mais, Regilane escolheu um omelete de fiambre, pois havíamos visto em outra mesa e estava bem bonito. Eis que a garçonete, brasileira, exclama: "Vêm do Brasil para comer ovo?". Independente de alguém concordar ou não com ela, não há como não reconhecer a infelicidade dela com tal comentário. Lamentável! O único "senão" com atendimento foi propiciado por uma brasileira. Lamentável (2)! Pedi o vinho da casa e foi o pior que bebi em Portugal. O prato demorou, mas chegou (isso porque era ovo, hein). Pedimos dois, pois ela havia dito que era pequeno, e era mesmo. A conta ficou em €20,6.

 

Saímos e andamos alguns metros até chegar nos Pastéis de Belém. A fila andava rápido e compramos quatro pastéis por €4,2. Não sou grande fã de doces, mas confesso que esses pastéis são muito bons e, como disseram, diferente de todos os outros pasteis de nata que havíamos comido até então.

 

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Pegamos o ônibus para a Praça do Comércio pois de lá iríamos pegar o metrô para a estação Colégio Militar/Luz para ir ao jogo. No caminho, alguém que estava no ônibus mostrou que do lado de fora um batedor de carteiras, já senhor, acabara de tungar uma moça. Eram duas moças com seus respectivos companheiros e não sei dizer se eram turistas, mas Regilane acha que sim. Correram atrás do cara e pegaram-no. Um segurou e o outro deu-lhe um soco na cara. Quando ele caiu, as mulheres começaram a bater nele e jogaram até cadeira de plástico de um bar. O ônibus andou e não vimos como a coisa terminou. Deve ser terrível viver num lugar onde há batedores de carteira (rsrsrs).

 

Saltando na estação da Luz, seguimos o fluxo, pois o metrô havia enchido de torcedores benfiquistas. De longe dava para ver a grandiosidade do estádio. Fomos para a fila e compramos o bilhete mais barato para não-sócios (€14 por pessoa), que era o setor lateral superior coca-cola.

 

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O estádio é lindo e estava com excelente público (mais de 51 mil pessoas). O Engenhão foi inspirado nesse estádio em termos de arquitetura, inclusive com os arcos e arquibancada ingrime. A grande diferença está atrás dos gols, pois no Estádio da Luz a arquibancada nesta parte é completa, enquanto no Engenhão há apenas o pavimento inferior. Chamou atenção que lá funciona a figura do animador de torcida, o que no Brasil nunca vi funcionar. Não estou dizendo que deveria, mas é legal ver todo o estádio em um só grito ao invés de torcidas organizadas disputando a música que deve ser cantada.

 

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O Benfica venceu por 3 a 0. Por termos de levantar muito cedo para ir a Fátima no domingo, decidimos comer alguma coisa no hotel mesmo (baguetes de pizza de fiambre com cogumelos e vinho da casa, uma para cada) e gastamos €20.

 

Cansados, mas muito felizes com o excelente dia que tivemos.

 

Gastos:

 

Mosteiro + Torre: 24

Padrão: 8

Almoço: 20,6

Pasteis de Belém: 4,2

Ingressos para o jogo: 28

Lanche a noite: 20

 

Total: €104,8.

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