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Peru, Bolívia e Chile - 28 Dias, 15 Cidades, 7.600 kms percorridos e muitas histórias para contar


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Capítulo 4 - Pinguins! Pinguins! Islas Ballestas, Paracas e um banho gelado no Pacífico! - 10/02/2016

 

Levantamos bastante cedo nesse dia, afinal, a saída para o passeio era às 6h30. Ah, um detalhe que nesse dia era aniversário da minha namorada! Então tinha tudo pra ser um dia perfeito (e foi, graças a Deus!). O café da manhã foi um dos melhores de toda a viagem, perdendo apenas pro de Uyuni (sim, acreditem!). Tinha de tudo, frutas, cereais, suco, presunto, queijo. Era bem completo. Também pudera, pelo preço da diária tinha que ser mesmo...

 

Aproveitamos pra fazer o check-out, já que só voltaríamos ao Hotel no fim da tarde para pegarmos o ônibus rumo à Arequipa. A diária deu módicos S./ 143,50 para cada.

 

Chegamos na agência e conhecemos nossos companheiros de viagem e o nosso guia. A maioria do pessoal era meio caladão, tinha casal com filhos, não nos integramos com ninguém não, tirando um espanhol que tava fazendo o passeio sozinho, porque os irmãos não quiseram ir, muito bacana ele. Já tinha feito a maioria das cidades que nós iríamos, então nos deu várias dicas. Gente finíssima ::otemo::

 

De Huacachina até Paracas dá mais ou menos 1h de viagem. No caminho o guia foi dando algumas informações e contando um pouco sobre o que veríamos ao longo do dia.

 

Chegamos nas Docas de Paracas, que é onde tem o Museu da Reserva de Paracas e das Islas Ballestas. Aqui você tem que pagar S./ 18 de taxa para poder visitar. Existem dois tickets, um que dá direito apenas à Islas Ballestas e outro que permite também o acesso à Paracas. É bom ter atenção aqui.

 

26661091462_ab832d9da1_o.jpgPorto de Paracas by rodrigopaulo, no Flickr

 

O dia estava um pouco nublado, achávamos que iria chover mas depois o sol abril. Além disso, o guia do passeio das Islas Ballestas depois nos explicaria que naquela região chove muito pouco, porque a água ali é muito fria e contém muitos sais minerais, o que impede a evaporação e aí aquela região é muito seca. Tanto que o nome Paracas vem do quechua Paraaco onde "Para" (chuva) e "aco" (areia), ou seja, chuva de areia. Sim, mochilão também é cultura ::lol4::

 

26687648141_180b0bdb28_o.jpgParacas by rodrigopaulo, no Flickr

 

Essa explicação que o guia nos deu foi para explicar porque o Candelabro de Paracas permanece intacto até hoje, como as linhas de Nazca. Quando você vê pessoalmente, ainda que de longe, você percebe que o Candelabro é de uma areia que já ficou dura, como se fosse uma pedra, isso se deve pela falta de chuva. Acredita-se que antigamente o Candelabro servia como uma sinalização para as embarcações que chegavam à costa, já que ele pode ser visto à distância. É gigante o negócio.

 

26754722905_42b04af49b_o.jpgCandelabro de Paracas by rodrigopaulo, no Flickr

 

Depois de uns 20 minutos de barco (o barco é muito rápido, diga-se de passagem), você finalmente chega às Islas Ballestas de fato, que são três pequenas ilhas protegidas que possui um ecossistema riquíssimo, com pelicanos, pinguins, leões marinho e muitos pássaros. Eu não vou explicar muitos detalhes, vou deixar vocês apenas com as fotos, porque esse local é uma perfeição e só vendo pessoalmente para ter noção da beleza desse passeio.

 

26729326616_158d477957_o.jpgIslas Ballestas by rodrigopaulo, no Flickr

 

26754807185_a05ece594e_o.jpgIslas Ballestas by rodrigopaulo, no Flickr

 

Demos muita sorte e conseguimos avistar um pequeno grupo de pinguins que estavam por ali. O guia disse que nessa época não é muito comum ter pinguins por ali, tanto que esse foi o único grupo que vimos. Vimos é modo de falar, porque os bichos estavam tão camuflados que se o guia não tivesse nos mostrado, com certeza não teríamos percebido.

 

26481802970_f7744c0d8c_o.jpgPinguins nas Islas Ballestas by rodrigopaulo, no Flickr

 

26754842875_788036e59c_o.jpgIslas Ballestas by rodrigopaulo, no Flickr

 

Sim, isso preto na parte de cima das rochas são milhares de aves ::dãã2::ãã2::'>

 

26754883125_a837eb3c0d_o.jpgIslas Ballestas by rodrigopaulo, no Flickr

 

26148860524_9dba1c33cd_o.jpgIslas Ballestas by rodrigopaulo, no Flickr

 

26754990175_ac69b1ed42_o.jpgIslas Ballestas by rodrigopaulo, no Flickr

 

26729632406_e860feef75_o.jpgIslas Ballestas by rodrigopaulo, no Flickr

 

Você nunca será tão deboísta quanto esse leão-marinho ::lol4::

 

26729681736_0656ed10e9_o.jpgLeão Marinho nas Islas Ballestas by rodrigopaulo, no Flickr

 

26482140130_c8b372b843_o.jpgPássaros by rodrigopaulo, no Flickr

 

Há duas partes específicas das ilhas onde se concentram centenas de leões-marinho. Eles fazem um barulho ensurdecedor. Um desses é esse dessa foto, que é uma parte onde eles usam para se reproduzir e também para dar a luz aos leões-marinho bebês. Lembrem-se dessa informação, porque ela terá relevância no relato do Colca Cânion ;)

 

26688147491_3ac35171f7_o.jpgLeões-marinho bebês by rodrigopaulo, no Flickr

 

26482249270_14cb00f058_o.jpgIslas Ballestas by rodrigopaulo, no Flickr

 

Depois, cerca de 10h voltamos às docas. Aqui o guia nos deu 30 minutos para visitarmos toda a área, onde tem várias barraquinhas de artesanato, restaurantes. A gente deu uma voltinha, tiramos fotos com esses Pelicanos aí da foto que estavam dando show pros turistas e tomamos uma raspadinha de chicha morada (sim, nós ficamos viciados em chicha morada nessa viagem).

 

26729863066_501023cdbc_o.jpgPelicanos by rodrigopaulo, no Flickr

 

Em seguida começamos nosso passeio pela Reserva de Paracas, que é imeeeeeeensa. Até onde os olhos alcançam, você só consegue ver o deserto de Paracas. As paisagens são maravilhosas e, apesar de estar fazendo sol, estava fazendo um friozinho, até, por causa do vento.

 

Paramos na Catedral de Paracas. Minha namorada que é louca por igrejas (e não gosta muito de pedras), deu um pulo do carro toda empolgada achando que era alguma igreja que havia sido construída pelos Incas ::lol4:: Quando chegamos lá, na verdade era uma formação rochosa que lembrava a cúpula de uma catedral, mas que depois de um terremoto de magnitude 7.9 em 2007 desmoronou. Hoje em dia, a formação que continua é essa abaixo, mas tem uma placa lá mostrando como era antes do terremoto.

 

26149174554_e7c988c409_o.jpgCatedral de Paracas by rodrigopaulo, no Flickr

 

26755264585_cf52b2e0cb_o.jpgParacas by rodrigopaulo, no Flickr

 

Depois seguimos rumo à Playa Roja, que possui areia numa coloração vermelha. A praia é uma área de preservação ambiental, então não se pode sequer pisar na áreia, quiça tomar banho. Mas vale a pena o registro.

 

26151532393_5296bc8a8a_o.jpgPlaya Roja em Paracas by rodrigopaulo, no Flickr

 

Em seguida o guia nos leva a um pequeno vilarejo onde tem alguns restaurantes onde você pode almoçar. Todos os guias levam os turistas pra esse mesmo local. É muito pega turista. O nosso guia, que devia ter esquema com o restaurante, disse que se ficássemos ali, ganharíamos Pisco Sour de brinde. Como nós já havíamos lido sobre esses restaurantes, sabíamos já de tudo, mas, afinal, era aniversário da minha namorada e queríamos aproveitar aquele momento.

 

É um vilarejo que não possui luz elétrica, então, todos os produtos são frescos, trazidos dos barcos de pesca que ficam por ali. Não sei se essa história era verdade ou apenas uma forma de vender mais. No entanto eu posso dizer com toda certeza que esse foi, de longe, o melhor ceviche que comi durante toda a viagem. Ali, na beira do oceano pacífico, admirando a beleza do deserto de Paracas, regado à pisco sour. Olha, daria tudo pra ter aquele momento ali de volta agora :( Deixou saudades! O almoço custou S./ 38,50 pra cada

 

26687595961_14d808ec23_o.jpgCeviche de frutos do mar by rodrigopaulo, no Flickr

 

O nosso passeio incluía uma visita à uma praia cujo nome eu esqueci. Aí uma das pessoas que estavam no grupo chegou pra nos dizer que o guia nos levaria em outra praia, mais tranquila e melhor para o banho, por mais S./ 10 por pessoa e que todo mundo já tinha topado e que só faltava nós dois dizermos que sim, pois todo mundo teria que topar pra ele levar. Nós nem estávamos a fim de tomar banho nem nada, mas ficamos na merda por termos sido as últimas pessoas a serem perguntadas. Ou seja, se disséssemos que não queríamos, ninguém ia. Aí diante dessa coação, nós topamos. Até hoje eu me pergunto se aquela diaba já não estava má comunada com o guia e foi com esse mesmo papinho pra todo mundo do grupo... Mas enfim, pagamos o valor e fomos.

 

No caminho passamos pela praia que fazia parte do pacote, e realmente o guia tinha razão, era muito farofada. Não era um lugar muito legal não. Depois de uns 15 minutos de carro chegamos à Playa de la Mina. A praia era muito bacana. Não era tão lotada quanto a outra e a água parecia mais limpa, mas não tinha nada de água cristalina. Acho que eles não conhecem as praias de água cristalina brasileiras ::putz::

 

Mas o local era bacana. Não tiramos fotos mas tomamos banho. Afinal, não podíamos ter feito um mochilão e sequer ter nos banhado no Oceano Pacífico né? Friooooooooooo do cacete!!! ::Cold::::Cold::::Cold:: Nunca vi uma praia com água tão gelada quanto aquela. Mesmo depois que você entra é difícil de se acostumar com a temperatura. Ficamos por ali por mais 1h e demos uma pressinha no guia, afinal teríamos que estar no terminal em Ica às 19h.

 

Gente, aqui rolou uma leve tensão, porque chegamos em Huacachina acho que era 18h15 mais ou menos. Tomamos um banho correndo e pegamos um táxi rumo à rodoviária (S./ 10), chegamos bem em cima, mas não perdemos o ônibus. Aqui um ponto triste: Achamos que íamos chegar cedo de Paracas e aproveitar o resto do dia na piscina do hotel, mas o plano foi frustrado. Resultado, sequer experimentamos aquele piscinão do relato anterior :cry:

 

Embarcamos no ônibus, comemos nosso jantar (thanks, Cruz del Sur) e seguimos viagem rumo à Arequipa.

 

Gastos do dia:

Hotel Huacachinero - S./143,50

Entrada nas Islas Ballestas - S./ 18

Raspadinha - S./ 6

Almoço - S./ 38,50

Playa de La Mina - S/10

Táxi até o terminal da CDS - S./ 5

Água - S. 3,50

Total: S./ 224,0

 

PRÓXIMO CAPÍTULO: Arequipa, a apaixonante Ciudad Blanca.

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Ei Rodrigo, vc sabe me dizer se tem como fazer só o passeio pra Paracas, sem Islas Ballestas? E se tiver, esse horário da tarde é padrão ou tem de manhã tb (lembro de ter visto o relato de alguém que fez só Paracas, mas é bem antigo e depois disso sempre vi relatos dos dois passeios juntos)

 

Então, Jéssika. Acredito que eles vendem só o passeio de Paracas sim. Tanto é que nas agências eles oferecem os dois passeios separadamente. Agora quanto à questão do horário eu não sei, mas acho que como a maioria das empresas fazem os passeios juntos, você deve sair na mesma hora que todo mundo. Mas isso não é certeza.

 

Abraços!

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Capítulo 5 - Arequipa, a apaixonante Ciudad Blanca - 11/02/2016

 

Chegamos em Arequipa por volta das 9h30 da manhã. Ao chegarmos no Terminal Rodoviário (chamado Terrapuerto), a nossa primeira providência foi tentar comprar nossas passagens ao próximo destino que era Copacabana. Há várias empresas dentro do Terminal, algumas confiáveis e conhecidas (Cruz del Sur, Excluciva, Movil, Oltursa). Porém, em todas as empresas mais conhecidas que eu perguntava, nenhuma delas fazia o trajeto até Copacabana, apenas até Puno, na fronteira. Eu, burro, não tinha lido sobre esse traslado e acabei me dando mal aqui. Resultado: como nenhuma das empresas vendia passagem até Copacabana, o que fizemos foi deixar pra comprar a passagem na cidade, em alguma agência de turismo que trabalhe com passagens de ônibus (burrice total!). Mas enfim...

 

Pegamos um táxi até o centro de Arequipa. Nos táxis do Terrapuerto os valores são tabelados. Você pode sair do terminal e pegar do lado de fora, mas o preço era tão pequeno que não nos importamos de pegar dentro mesmo. Saiu por S./ 13. Arequipa foi a única cidade da viagem inteira onde nós não reservamos hostel antes de chegar, então, saímos andando pelas ruas da cidade para procurar um lugar pra ficar. Outro erro nosso. Rodamos a cidade de cima a baixo, com uma mochila nas costas e, experimentando pela primeira vez a altitude. Começamos a sentir os efeitos do soroche: cansaço, dificuldade em respirar... Depois de muito rodarmos pela cidade, nós encontramos um hotelzinho bem simples, sem café-da-manhã, mas que estava na faixa de preço que pretendíamos pagar. Foi o Hostal Tristán, que fica na Calle Tristán, a 500m da Plaza de Armas. A diária em quarto com cama de casal e banheiro privado ficou por S./ 60. Não vale a pena se hospedar em outro lugar de Arequipa que não seja próximo à Plaza de Armas, pois é onde tem o maior movimento e onde estão a maioria dos pontos turísticos, agências, restaurantes, etc. Nós até chegamos a ver um hostel mais distante, mas desistimos justamente por isso. Mesmo que você pague mais caro, vale a pena a proximidade. Você vai fazer tudo a pé, sem depender de estar pegando táxi.

 

Estabelecidos, tomamos aquele bom e velho banho, descansamos um pouco e saímos para almoçar e fechar os passeios que queríamos. Aproveitamos pra deixar nossas roupas numa lavanderia próxima ao hostel por S./ 15.

 

Foi nosso primeiro contato com a Plaza de Armas de Arequipa e sua imponente Catedral. E sinceramente, na minha opinião, Arequipa tem a mais bonita de todas as Plazas de Armas que conhecemos nessa viagem, assim como a Catedral. Palavras não descrevem a beleza. Não só desses monumentos, mas a cidade toda de Arequipa é linda. A cidade é quase toda construída com uma pedra vulcânica branca que eles chamam de sillar. Daí o apelido de "Ciudád Blanca".

 

Almoçamos em um passeio detrás da Catedral, chamado Passaje La Catedral, onde tem vários restaurantes, bares, etc. Comemos um menuzão de turista. Meu prato foi uma salada provençal, um spaghetti à bolonhesa e salada de frutas e uma cusqueña. Saiu por S./ 19.

 

26295786704_eeecfc19fa_o.jpgPassaje La Catedral by rodrigopaulo, no Flickr

 

Em seguida, fomos vistar o Monastelio de Santa Catalina, um dos maiores atrativos da cidade. Logo na entrada, o assalto: a entrada custa S./ 40! Sim, eu achei caro que só a porra ::putz:: Mas, enfim, como queríamos conhecer, desembolsamos. O Monastério até alguns anos atrás era fechado para visitações. Apenas as freiras e noviças viviam ali. E o monastério é imenso! Ele tem diversas ruas principais, que mais parece um labirinto. Me arrisco a dizer que é quase uma cidade dentro de outra cidade. É interessante ver como é a vida de pessoas enclausuradas do mundo externo devido a uma determinada crença. Ah, detalhe: ainda hoje vivem freiras no Monastério, numa parte que não é aberta à visitação. O passeio é riquíssimo e vale a visita. Passamos a tarde inteira desvendando cada cantinho do Monastério.

 

26833742611_474c24c374_o.jpgMonastelio de Santa Catalina by rodrigopaulo, no Flickr

 

26901050395_af18e7fbbd_o.jpgMonastelio de Santa Catalina by rodrigopaulo, no Flickr

 

26833787411_bd69f3219e_o.jpgMonastelio de Santa Catalina by rodrigopaulo, no Flickr

 

26295899354_21fc2940f9_o.jpgMonastelio de Santa Catalina by rodrigopaulo, no Flickr

 

26901127815_9b106bb876_o.jpgMonastelio de Santa Catalina by rodrigopaulo, no Flickr

 

26901147675_d9093f3e1f_o.jpgMonastelio de Santa Catalina by rodrigopaulo, no Flickr

 

26628517620_c6b312b7f5_o.jpgMonastelio de Santa Catalina by rodrigopaulo, no Flickr

 

Em seguida demos uma volta nas redondezas, conhecemos a Plaza San Francisco. Ao lado dela tem um local chamado Fundo Fierro que é onde você consegue comprar artesanatos por preços mais em conta que nos arredores da Plaza de Armas. Tem muitas artesanías disponíveis, de todos os preços e tamanhos #ficaadica ;)

 

26628559610_0e14a123bd_o.jpgIglesia de San Francisco by rodrigopaulo, no Flickr

 

Já estava no finzinho da tarde e então resolvemos fechar o pacote para os passesios. Já tínhamos entrado em algumas agências no meio do caminho e cotado os preços do que a gente queria, conversado com os vendedores e já sabíamos mais ou menos onde fecharíamos. Fomos na loja, e depois de muita negociação, conversa pra lá e pra cá acabamos fechando o passeio de 1 dia de carro pelo Colca Canyon por S./ 90, incluído o almoço. A única coisa que teria que pagar a mais é a taxa de entrada, que custa S./ 35.

 

Nós iríamos fazer o trekking de 2 dias no Colca Canyon, porém, minha namorada não quis arriscar ter que alugar uma mula, por causa dos problemas de joelho dela e desistiu. Além disso, no dia seguinte (12/02) estaríamos completando 5 meses de namoro e, pela primeira vez estávamos passando um aniversário de namoro juntos, já que namoramos à distância. Então, por conta disso, decidi fazer o passeio de carro, porque esse ela até topava. Além do mais, só teria 3 dias em Arequipa, dos quais 1 já tinha praticamente acabado. E eu gostei tanto da cidade, que queria ter mais 1 dia de sobra pra conhecê-la, ao invés de passar 2 dias no trekking. Não me arrependi, porque o tour foi sensacional! (contarei mais no próximo capítulo)

 

Lembra que eu disse que queria comprar a passagem pra Copacabana em alguma agência de turismo? Pois bem... negociamos com a vendedora as passagens também, e aproveitar pra fechar tudo num preço mais barato. Aliás, essa é uma dica que você deve colocar em prática sempre. Feche tudo que você quiser em uma mesma agência, porque assim você consegue barganhar preço.

 

Então, ela nos ofereceu uma passagem Arequipa/Copacabana, na empresa Transzela (nunca tinha ouvido falar) por S./ 110. Dissemos a ela que no terminal, nos ofereceram a passagem de Arequipa/Puno por S./ 30 na Civa (mesma empresa da Excluciva) e ela teimou com a gente que não, que a gente havia entendido errado e soltou uma frase que repetimos milhões de vezes na viagem pra xingar essa mulher do tanto que tivemos raiva: "Mas Transzela es mejor que Excluciva". Olheeeeee, ficamos com tanto ódio dessa mulher que apelidamos ela o resto da viagem de "Rapariga da Transzela" ::lol4::::grr::

 

Como esse trajeto de Arequipa a Copacabana envolvia cruzar a fronteira, coisa que estaríamos fazendo pela primeira vez, ficamos com medo de comprar uma passagem pra Puno e outra de la pra Copacabana. Achávamos que esse ônibus da Transzela iria direto para Copacabana (ingênuos... ::putz:: ). Mas o perrengue dessa empresa vai ficar para o próximo episódio.

 

Além disso, ela disse que se fechássemos com ela o Colca Canyon e o bus para Copacabana, ela nos daria de brinde um passeio naqueles ônibus turísticos, que em média, custava entre S./ 20 a S/. 30. Achamos que seria um bom negócio e fechamos tudo ali mesmo com ela. O passeio de Copacabana já pro dia seguinte e o bus turístico para o último dia em Arequipa.

 

Voltamos pro hostel, tomamos um banho e saímos para jantar. Já tínhamos um lugar certo para ir: Restaurante On The Top (valeu a dica, Rodrigovix! ::otemo:: ) que fica no topo de um prédio na Plaza de Armas, de onde você tem uma visão belíssima da plaza, da Catedral e de toda Arequipa. Sem contar que o ambiente é bem aconchegante, friozinho, eles te dão um poncho pra você se aquecer (tá certo que o poncho tava com um cheirinho meio estranho...). Aqui você paga mais pela vista que se tem do que pela comida em si, que não é lá grande coisa. Pegamos o mais barato que foi uma pizza de calabresa com duas inka colas (horrível, eca! :oops: ) por S./ 25 pra cada. Ficamos ali aproveitando o clima romântico e antecipando nossa comemoração de 5 meses de namoro ::love::

 

26901245135_fd53a5a053_o.jpgRestaurante on The Top by rodrigopaulo, no Flickr

 

OBS.: Finalmente vocês conheceram minha namorada! ::lol4::

 

26834014071_7425755d0c_o.jpgCatedral de Arequipa by rodrigopaulo, no Flickr

 

26296990113_d164968dff_o.jpgPlaza de Armas de Arequipa by rodrigopaulo, no Flickr

 

Voltamos para o hostel pra dormir, se é que se pode dizer que iríamos dormir, afinal, às 3h da madrugada a van estaria passando no hostel para nos levar para o passeio do Colca Canyon.

 

Gastos do Dia:

Táxi até o Centro - S./ 6,50

Almoço - S./ 19

Monastelio de Santa Catalina - S./ 40

Tour Colca Canyon - S./ 90

Passagem Arequipa Copacabana - S./ 110

Jantar - On The Top - S./ 25

Lavanderia - S./ 15

Total: S./ 305,50

 

PRÓXIMO CAPÍTULO: Uma aula de sociologia, tradição e história. Imersos no fantástico Valle del Colca.

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Estou adorando seu relato, Rodrigo! Estou super curiosa para ver como você fez o trajeto La Paz/Uyuni. Geralmente as pessoas começam por Santa Cruz e vão para Uyuni e eu irei de La Paz para lá.

 

Meu percurso está bem parecido com o seu, só tenho menos dias, infelizmente!

 

Oi Camila, eu tava aqui lendo esse relato (muito bom por sinal!) e me deparei com a tua pergunta. Eu fiz esse trecho em 2011 e usei ônibus noturno, que saiu de Uyuni às 21h e chegou em La Paz 6 da manhã. Há várias opções de horários, é um trecho bem comum. Eu optei pelo noturno porque odeio viajar por muitas horas durante o dia.

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Ótimo capítulo! O monasterio parece ser um lugar lindo, com certeza vou incluir no meu roteiro!

 

Não deixe de ir. É muito lindo e passa uma paz muito grande. A todo tempo fica tocando aqueles cantos gregorianos e eu me senti bem ambientado mesmo. É dez ::otemo::

 

Estou adorando seu relato, Rodrigo! Estou super curiosa para ver como você fez o trajeto La Paz/Uyuni. Geralmente as pessoas começam por Santa Cruz e vão para Uyuni e eu irei de La Paz para lá.

 

Meu percurso está bem parecido com o seu, só tenho menos dias, infelizmente!

 

Exatamente isso que o João falou ali em cima, Camila. De fato o trajeto La Paz/Uyuni é muito movimentando, então tem várias empresas que fazem esse trajeto. Não se preocupe. Tem pra todos os orçamentos. É uma viagem longa e cansativa (muitos dizem) pois a estrada não é asfaltada. Mas eu achei tranquilo. Os ônibus saem às 21h e chegam, geralmente, em Uyuni às 7h do dia seguinte.

 

Abraços!

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