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Caminho das Origens (RS). Rumo a Nova Esperança do Sul.


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Se “bamos” de Santa Maria para conhecer a tal gruta de Nova Esperança do Sul, sem saber muito o que esperar. Pra mim uma viagem cheia de “recuerdos”, passando por São Pedro do Sul, como não lembrar dos acampamentos no balneário do Julião e Passo do Angico. Os dois com boa infraestrutura (para os padrões locais). O Julião, com um bar, quadra de vólei e campos de futebol, e uma vasta extensão para se tomar banho de rio, que passa por baixo de uma ponte, dando um bonito visual; já o Angico é maior, possui uns três armazéns, canchas de bocha, vólei e futebol, e o rio é atravessado por uma marquise por onde passam os carros para entrar no balneário. No Julião lembro de ter ido numa pascoa, já inverno do RS, só louco para acampar em Abril, mas que esperar de três piás com mal feitos 20 anos, se fomos eu Batuta e Leitão. Três dias abaixo de chuva e frio, só nós no acampamento, a barraca encheu d'água, e o zelador do camping, nos emprestou o galpão de ferramentas para dormirmos, cheio de aranhas e sujeira, e tivemos que armar a barraca dentro do galpão, uma porque chovia dentro e outra com medo dos bichos. Já acordávamos tomando cachaça de alambique, também para espantar a fome pois nenhum sabia cozinhar, mal e mal fazíamos uns miojos para tapear o estomago, fora isso a única diversão era jogar sinuca no bar do balneário vazio. No único dia que fez sol, enchemos a cara e fomos pro rio, em época de cheia, uma correnteza bagual, e Batuta se enfiou na água e a água levou ele, me fui atrás, na verdade fui atrás de um chinelo que tinha caído n'água, mas peguei ele também. O Leitão com medo que agente se matasse escondeu o “pet” de cachaça. Mas fora a ressaca voltamos ilesos pra casa. Não muitos anos depois, eu e o Leitão mais o Socó resolvemos acampar em um carnaval no Passo do Angico, juntamos todos os mantimentos e meu pai nos deixou no balneário, mas na chegada, percebemos a falta de um pequeno detalhe, a barraca, havíamos esquecido, poutz! Ligamos para minha casa, e minha vó com lá seus 70 anos, se prontificou a trazer a barraca de ônibus (viagem de mais de hora), só minha vó pra fazer uma coisa dessas, era arteira a tal dona Ariete (saudades). Chegou a Vó com a barraca, mas faltavam as estacadas. Enfim o jeito foi pendurar a barraca em umas arvores e dormir com ela toda guenza mesmo. A noite ir pro carnaval, e que coisa mais bizarra, tinha de colono de chapéu de palha, pitando palheiro, a crianças de cinco anos de idade no salão. O Leitão preferiu dormir na barraca, eu não me demorei muito também, e na madrugada aparece o Socó correndo, e se enfia na barraca e nos manda ficar quietos, pois, tinha ficado com a namorada de outro cara, e ele e os amigos estavam atrás dele. Fora isso os outros dias renderam uns bons banhos de rio. Dali uns 40 kms passamos pela cidade de Mata, indicada por uma grande estatua de Dinossauro logo na entrada, ponto obrigatório para os turistas. Mata é conhecida por suas arvores que viraram pedra, são troncos e pedaços de arvores fossilizados, o que da pra ver no Jardim Paleobotânico (a céu aberto), e também no Museu da cidade, repleto de fosseis vegetais, animais e outras curiosidades; existe também a 5 km do centro da cidade o Museu Fragmentos do Tempo, um museu particular, onde o proprietário conta a história de sua família, e da colonização do município de Mata. A uns 3 km no centro existe um balneário municipal, bem simples, mas bem frequentado pelos moradores da cidade. Mais para o interior do município existem várias cachoeiras, sendo as mais conhecidas as das localidade de Lage e Boa Esperança, que rendem um ótimo banho em suas águas geladas; e mais para o interior na localidade de Vila Clara, divisa com São Pedro do Sul, existe uma bonita ponte ferra, mui grande, sobre as águas do rio Toropi. Saindo de Mata, passamos por São Vicente, com sua bela praça, onde se destaca o coreto pintado de amarelo e azul, no interior do município boa pedida para um banho de rio é o Balneário do Umbu, que conheci num inverno desses, e rendeu belas imagens. Poquito mas a frente chegamos a Jaguari, indicada por uma estatua em tamanho natural de um Jaguar com dois filhotes, e mais atrás um imponente Pórtico. Na cidade também existe um balneário (este vou ficar devendo). Cruzando por dentro da cidade passamos por cima de uma antiga ponte ferrea que passa por cima do rio, dando uma bela visão, de onde da pra ver outra ponte ferrea, desativada, similar a de Mata. Seguindo pela sinuosa estrada do chapadão, chegamos a Nova Esperança do Sul, um pouco antes de se chegar a Santiago. A estrada é asfaltada e bem sinalizada, indicando a Gruta Nossa Senhora de Fátima. A principio o lugar não promete nada, é um balneário bem simples, com infraestrutura bem modesta, mas ao seguirmos o caminho da gruta, já nos admiramos na entrada, pois é uma caverna que chamam de túnel (um túnel de pedra). Aí já comecei a me sentir um pouco Indiana Jones. O caminho é escuro e úmido, e no final chegamos a enorme gruta central, onde existe uma espécie de Igreja improvisada, com bancos de madeira, algumas imagens de Santo, e da pra ver o sol entrando por uma enorme fenda no teto da gruta, uma visão realmente fora do comum. Mais à frente existe outra caverna, bem mais estreita e escura, daí sim a gente se sente numa aventura, passando pelas rochas, em fendas estreitas, lugar mal iluminado e muito úmido, e depois de uma boa subida se sai no meio do mato, ir até não é tão difícil, mas voltar realmente é um desafio, pois a luz fica a nossas costas, e a gente retorna sem enxergar quase nada, nem onde se poem o pé, depois dessa renovei meu certificado de Indiana Jones. Como se não bastasse Nova Esperança ainda nos brinda com uma cascata lindíssima a Véu de Noiva, muito alta, e com um belo lago para nadar. Pude subir nas pedras atrás da cascata e deitar nelas, e ver a água caindo lá de cima, realmente uma experiencia repleta de paz, quase espiritual, que nos faz agradecer a Deus por toda essa natureza. Ainda existem outras cascatas e grutas no lugar, que desta vez não conseguimos explorar pelo adiantado da hora, mas com certeza visitar as grutas e cascatas de Nova Esperança, é um roteiro obrigatório para todo gaúcho, que se orgulha de seu estado e das belezas dele, pois este lugar se não o mais belo de nosso Rio Grande, com certeza fica entre os primeiros.

 

link: http://rotasetrips.blogspot.com.br/2014/01/caminho-das-origens-rs-rumo-nova.html

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Se “bamos” de Santa Maria para conhecer a tal gruta de Nova Esperança do Sul, sem saber muito o que esperar. Pra mim uma viagem cheia de “recuerdos”, passando por São Pedro do Sul, como não lembrar dos acampamentos no balneário do Julião e Passo do Angico. Os dois com boa infraestrutura (para os padrões locais). O Julião, com um bar, quadra de vólei e campos de futebol, e uma vasta extensão para se tomar banho de rio, que passa por baixo de uma ponte, dando um bonito visual; já o Angico é maior, possui uns três armazéns, canchas de bocha, vólei e futebol, e o rio é atravessado por uma marquise por onde passam os carros para entrar no balneário. No Julião lembro de ter ido numa pascoa, já inverno do RS, só louco para acampar em Abril, mas que esperar de três piás com mal feitos 20 anos, se fomos eu Batuta e Leitão. Três dias abaixo de chuva e frio, só nós no acampamento, a barraca encheu d'água, e o zelador do camping, nos emprestou o galpão de ferramentas para dormirmos, cheio de aranhas e sujeira, e tivemos que armar a barraca dentro do galpão, uma porque chovia dentro e outra com medo dos bichos. Já acordávamos tomando cachaça de alambique, também para espantar a fome pois nenhum sabia cozinhar, mal e mal fazíamos uns miojos para tapear o estomago, fora isso a única diversão era jogar sinuca no bar do balneário vazio. No único dia que fez sol, enchemos a cara e fomos pro rio, em época de cheia, uma correnteza bagual, e Batuta se enfiou na água e a água levou ele, me fui atrás, na verdade fui atrás de um chinelo que tinha caído n'água, mas peguei ele também. O Leitão com medo que agente se matasse escondeu o “pet” de cachaça. Mas fora a ressaca voltamos ilesos pra casa. Não muitos anos depois, eu e o Leitão mais o Socó resolvemos acampar em um carnaval no Passo do Angico, juntamos todos os mantimentos e meu pai nos deixou no balneário, mas na chegada, percebemos a falta de um pequeno detalhe, a barraca, havíamos esquecido, poutz! Ligamos para minha casa, e minha vó com lá seus 70 anos, se prontificou a trazer a barraca de ônibus (viagem de mais de hora), só minha vó pra fazer uma coisa dessas, era arteira a tal dona Ariete (saudades). Chegou a Vó com a barraca, mas faltavam as estacadas. Enfim o jeito foi pendurar a barraca em umas arvores e dormir com ela toda guenza mesmo. A noite ir pro carnaval, e que coisa mais bizarra, tinha de colono de chapéu de palha, pitando palheiro, a crianças de cinco anos de idade no salão. O Leitão preferiu dormir na barraca, eu não me demorei muito também, e na madrugada aparece o Socó correndo, e se enfia na barraca e nos manda ficar quietos, pois, tinha ficado com a namorada de outro cara, e ele e os amigos estavam atrás dele. Fora isso os outros dias renderam uns bons banhos de rio. Dali uns 40 kms passamos pela cidade de Mata, indicada por uma grande estatua de Dinossauro logo na entrada, ponto obrigatório para os turistas. Mata é conhecida por suas arvores que viraram pedra, são troncos e pedaços de arvores fossilizados, o que da pra ver no Jardim Paleobotânico (a céu aberto), e também no Museu da cidade, repleto de fosseis vegetais, animais e outras curiosidades; existe também a 5 km do centro da cidade o Museu Fragmentos do Tempo, um museu particular, onde o proprietário conta a história de sua família, e da colonização do município de Mata. A uns 3 km no centro existe um balneário municipal, bem simples, mas bem frequentado pelos moradores da cidade. Mais para o interior do município existem várias cachoeiras, sendo as mais conhecidas as das localidade de Lage e Boa Esperança, que rendem um ótimo banho em suas águas geladas; e mais para o interior na localidade de Vila Clara, divisa com São Pedro do Sul, existe uma bonita ponte ferra, mui grande, sobre as águas do rio Toropi. Saindo de Mata, passamos por São Vicente, com sua bela praça, onde se destaca o coreto pintado de amarelo e azul, no interior do município boa pedida para um banho de rio é o Balneário do Umbu, que conheci num inverno desses, e rendeu belas imagens. Poquito mas a frente chegamos a Jaguari, indicada por uma estatua em tamanho natural de um Jaguar com dois filhotes, e mais atrás um imponente Pórtico. Na cidade também existe um balneário (este vou ficar devendo). Cruzando por dentro da cidade passamos por cima de uma antiga ponte ferrea que passa por cima do rio, dando uma bela visão, de onde da pra ver outra ponte ferrea, desativada, similar a de Mata. Seguindo pela sinuosa estrada do chapadão, chegamos a Nova Esperança do Sul, um pouco antes de se chegar a Santiago. A estrada é asfaltada e bem sinalizada, indicando a Gruta Nossa Senhora de Fátima. A principio o lugar não promete nada, é um balneário bem simples, com infraestrutura bem modesta, mas ao seguirmos o caminho da gruta, já nos admiramos na entrada, pois é uma caverna que chamam de túnel (um túnel de pedra). Aí já comecei a me sentir um pouco Indiana Jones. O caminho é escuro e úmido, e no final chegamos a enorme gruta central, onde existe uma espécie de Igreja improvisada, com bancos de madeira, algumas imagens de Santo, e da pra ver o sol entrando por uma enorme fenda no teto da gruta, uma visão realmente fora do comum. Mais à frente existe outra caverna, bem mais estreita e escura, daí sim a gente se sente numa aventura, passando pelas rochas, em fendas estreitas, lugar mal iluminado e muito úmido, e depois de uma boa subida se sai no meio do mato, ir até não é tão difícil, mas voltar realmente é um desafio, pois a luz fica a nossas costas, e a gente retorna sem enxergar quase nada, nem onde se poem o pé, depois dessa renovei meu certificado de Indiana Jones. Como se não bastasse Nova Esperança ainda nos brinda com uma cascata lindíssima a Véu de Noiva, muito alta, e com um belo lago para nadar. Pude subir nas pedras atrás da cascata e deitar nelas, e ver a água caindo lá de cima, realmente uma experiencia repleta de paz, quase espiritual, que nos faz agradecer a Deus por toda essa natureza. Ainda existem outras cascatas e grutas no lugar, que desta vez não conseguimos explorar pelo adiantado da hora, mas com certeza visitar as grutas e cascatas de Nova Esperança, é um roteiro obrigatório para todo gaúcho, que se orgulha de seu estado e das belezas dele, pois este lugar se não o mais belo de nosso Rio Grande, com certeza fica entre os primeiros.

 

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