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Buenos Aires econômica


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DICAS GERAIS

 

Buenos Aires é caro? Depende! Como qualquer outro destino turístico, a estrutura de custos de uma viagem a BsAs depende do estilo de vida/viagem de cada um e de muita pesquisa prévia para não gastar mais do que o esperado. Fazer um bom câmbio também é fundamental para economizar por lá.

 

Câmbio: boa parte da economia que você vai fazer em Buenos Aires vai derivar de fazer um bom câmbio. Eu cheguei numa quinta-feira à noite, mas nos quatro dias seguintes as casas de câmbio não funcionariam, por ser feriado na sexta e na segunda. Por isso acabei fazendo trocas ruins (1 real a 3,60 pesos no banco de La Nación do aeroporto) e trocas mais ou menos (3,80 em uma casa de câmbio não-oficial na Av Corrientes). A cotação cai demais em fins de semana, feriados e fora do horário bancário. O melhor é acompanhar no facebook a cotação de duas casas bem recomendadas por brasileiros: a TDBR Transfer e a CambioMaisBrazucas. No dia anterior a minha chegada, a TDBR Transfer estava trocando a 3,95, por exemplo. UPDATE: Nesse momento o real se valorizou bastante frente ao peso, hoje, 02/09/2016, vi na página da TDBR que estavam trocando a 4,60, uma cotação excepcional!

 

Hospedagem: Fiquei no hostel Suites Florida. Diária a 9 dólares, reservei pelo Booking. A principal vantagem desse hostel é a localização, perto de estações de metrô de todas as linhas, o que faz economizar no transporte.

 

Transporte: Use e abuse do metrô, pois a passagem custa apenas 4,60 pesos (na cotação média atual, dá R$ 1,10) e chega a quase todos os principais pontos turísticos. Os ônibus (6,50 pesos) rodam 24hs, é uma boa opção para voltar das baladas e fugir dos táxis, que embora sejam mais baratos que no Brasil, acabam pesando no orçamento (além de fugir da malandragem e golpes dos taxistas de lá). Uma das primeiras providências quando chegar em BsAs é procurar comprar o cartão SUBE, que está meio difícil de achar. É com este cartão que se paga o ônibus e o metrô, e custa 35 pesos.

 

Alimentação: Em geral o preço da comida é mais alto em Buenos Aires que no Brasil. Em São Paulo é fácil achar um PF de 12 reais, lá nem tanto. Mas quem procura acha, tem lugares com refeições a aproximadamente 15 reais. Me recomendaram o El Nacional, em frente a igreja de San Ignacio (Microcentro), mas cheguei tarde e já tinha fechado. No microcentro os restaurantes são mais baratos, já em Palermo espere pagar mais. Pra economizar, dá pra cozinhar no hostel, ou comer pizzas e empanadas, sobretudo em lugares que fazem promoções ao se comprar mais de uma (exemplo: Terrazas).

 

Bebida: Cerveja é praticamente o mesmo preço de São Paulo. Eu gosto muito de vinho, e como lá essa bebida é muito mais barata que aqui, aproveitei os dias em BsAs para deixar a breja um pouco de lado e tentar achar o Malbec perfeito!. Nos mercados chinos (pequenas mercearias de proprietários chineses), dá pra comprar ótimos vinhos pelo equivalente a 10 reais ou menos. Fiz vários passeios na base do piquenique com vinho e empanadas. Mesmo nos restaurantes é possível comer com um vinho acompanhando, sem precisar deixar um rim pra pagar a conta. Água mineral e refrigerante no geral é mais caro por lá. Mas descobri que no supermercado Dia% a água mineral marca própria deles é bem mais barato (11 pesos com Club Dia, a garrafa de 2 litros). Peça o chaveirinho do Club Dia na primeira vez que for lá, nas vezes seguintes tem descontos em alguns itens, usei muito pra comprar a tal água mineral de 2 litros. Ou faça o Club Dia no Brasil antes de ir.

 

Passeios: Talvez o maior trunfo de uma viagem ecônomica a Buenos Aires é a possibilidade de conhecer muita coisa gastando pouco ou mesmo quase nada. Andando pelas imediações do microcentro, dá pra ir na Casa Rosada, Manzana de Las Luces, Catedral, Cabildo, Galerias Pacífico, feira e mercado de San Telmo, Puerto Madero, Café Tortoni, Obelisco sem pagar nada. Fora do centro tem o Cemitério da Recoleta e de Chacarita, Museu Nacional de Bellas Artes, Floralis Generica, Bosques de Palermo, Palais de Glace, Caminito, bairro de Abasto (berço do tango) e vários outras atrações gratuitas. Além de que, andar em Palermo e Recoleta por si só já é um passeio.

 

RELATO DE VIAGEM

 

1° dia – 16/06 (quinta-feira)

Cheguei ao aeroporto de Ezeiza quase às 21:00. Já sabia que seria feriado no dia seguinte e que possivelmente as casas de câmbio estariam fechadas, então troquei dinheiro somente para este fim de noite e para o dia seguinte: cotação (ruim) de 3,60 pesos para cada real no Banco de La Nación. Fui pro guichê da Manuel Tienda Leon, comprei a passagem do busão (190 pesos) que me levaria até o terminal Retiro. Do Retiro, uns 15 minutos de caminhada cheguei ao hostel Suites Florida. Encontrei o amigo que já estava lá e fomos ao Lito’s, uma lanchonete que fica na própria calle Florida. Pedi um super Pancho, que é um pão com salsicha e batata crocante por cima, mas o tamanho é bem maior que os hot dogs daqui, e custou 20 pesos. Cerveja de litro não me lembro o valor em pesos mas era mais ou menos o equivalente a 10 reais. Depois disso, cama.

 

2° dia – 17/06 (sexta-feira)

Após o café fui trocar o resto do dinheiro numa pequena loja de relógios na Av Corrientes. Eu sei que todo mundo fala pra não trocar dinheiro fora das casas de câmbio oficiais, mas eu já tinha trocado em outras oportunidades em BsAs neste mesmo lugar sem nenhum problema. Depois fui correr atrás do bilhete SUBE que é aceito nos ônibus e metrô. Foi realmente difícil achar, perguntamos em todas as bancas de jornal nas imediações da Calle Florida. Custou 35 pesos. Eu e meu amigo queríamos ir para Recoleta, então pegamos o metrô e descemos na estação Las Heras.. Lá tem uma pracinha agradável e um fabuloso prédio, que depois descobrimos ser a Faculdad de Ingeníaria de Buenos Aires. Ficamos por ali, bebendo um vinho e comendo empanadas que levamos na mochila. Esse é um programa de ótimo custo-benefício, já que vinho em BsAs é MUITO barato! Ao acabar, andamos pela Avenida Pueyrredon até avistar o característico símbolo do Hard Rock Café, que faz parte do shopping Buenos Aires Design. Atrás do shopping fica o famoso Cemitério da Recoleta, mas não fomos lá por ora. Entramos no shopping só para usar o banheiro, ficamos sentados ao sol numa praça bem em frente ao shopping tomando mais vinho, naquilo que percebemos ser um dos programas favoritos dos argentinos sol+grama+bebida ::hahaha::

Atravessando a avenida e uma passarela, logo se chega à Floralis Generica, um dos maiores símbolos turísticos da cidade. Batemos umas fotos e depois batemos perna, seguindo pela avenida que avança em direção a Palermo, passando por diversas praças e pelo MALBA (que acabamos não entrando pois meu amigo não curte museus ::prestessao:: ). Andamos pra caramba, passamos pelos bosques de Palermo até chegar na mesquita árabe e acompanharmos a linha do trem até chegar na Plaza Itália. Entramos numa lanchonete e pedimos uma torre de chopp de 2 litros (que saiu uns 20 reais, não me lembro em pesos) e meia dúzia de empanadas (110 pesos). Já era noite, já estávamos cansados, voltamos de metrô pro hostel . Depois de tomar banho, uma voltinha pelas imediações para ver o movimento na Av Corrientes que é cheia de teatros e sempre tem muita gente circulando e terminamos a noite pelo hostel mesmo, já que ele tem um bar próprio no subterrâneo.

 

3° dia – 18/06 (sábado)

 

Saímos cedo para bater perna em San Telmo, onde os mercadinhos chineses possuem os melhores preços para comprar vinho. Passamos pela Manzana de Las Luces (estava fechada no horário) e na Iglesia de San Ignácio, muito bonita. Andamos pelas ruas de San Telmo até chegar em Puerto Madero. Particularmente não sou muito fã dessa região, mas andamos bastante por ali, até chegar na Fragata Sarmiento, um navio-museu atracado lá. O preço do ingresso é de apenas 5 pesos, e o passeio é muito mais interessante do que parecia ser. Vários itens de época e a oportunidade de entender como era a vida a bordo de um navio de guerra em tempos passados. Saindo da fragata tem uma pracinha, paramos para comer empanadas e tomar vinho (sim, de novo!) que tínhamos comprado ao sair do hostel. Saindo de Puerto Madero, andamos pelas imediações antes de chegar na Plaza de Mayo. São muitos monumentos, muitos edifícios antigos/históricos, reminiscências de um tempo mais glorioso de los hermanos. Andar á toa pela região central já é um passeio por si só. Descansamos um pouco no hostel, e como estávamos com muita fome paramos num restaurante ali nas imediações da rua Florida. Guardem bem esse nome: LA CASONA DEL NONNO. A pior comida que provei na Argentina. Fomos atraídos por uma parrilla para 2 por 360 pesos, mas os assados estavam uma porcaria. A costela estava incomível, e olha que já comi muita coisa ruim por aí! Parece que requentaram o que sobrou de algum outro cliente, porque tava parecendo borracha. A elogiar, só a entrada com pão francês e grandes azeitonas no molho chimichurri. Cobram 10% de mesa e mais 10% para os garçons. Como protesto pela comida horrível não queríamos pagar essas taxas, mas os 10% de mesa são obrigatórios e acabamos pagando.

Após esse perrengue deitamos no hostel para descansar e usar a internet para ver as empresas de barcos para o Uruguai, já que meu amigo cruzaria o Rio da Prata. Pesquisamos também sobre o Pub Crawl para curtir à noite, mas tinha dress code, onde o tênis cano alto do meu amigo não seria admitido. Procuramos na internet por baladas mais alternativas que não teriam restrições ao vestuário. Achamos a Kika, que segundo o blog Buenos Aires para Chicas era uma balada mais alternativa e de azaração. Decidimos que iríamos nessa.

Para ir a Palermo, acabamos pegando um busão, já que o metrô fecha ridiculamente cedo em BsAs (a linha verde fechou as 22h24). Embarcamos na linha 29 e pedimos para descer na Plaza Itália, o trajeto foi bem rápido. Pegamos a rua Jorge Luis Borges, que desemboca direto na Plaza Serrano, onde existem diversas opções de bares, restaurantes e baladas em volta da praça. Paramos para comer na pizzaria Kentucky e fomos procurar a balada Kika, ao qual não pudemos entrar por causa do tênis cano alto do meu amigo. Ridículo, mas regras são regras. Andamos pela região e na rua Gorriti achamos o Chupitos, uma baladinha com público bem alternativo. Pouco menos de uma hora na fila e entramos, cobram 80 pesos que é totalmente convertido em consumação. Nas caixas de som hip hop, rock argentino e internacional, anos 80 etc. A especialidade do bar são os shots ou doses de bebidas, que em BsAs se chamam... chupitos! Galera animada, bebidas baratas, um bom local. Na Argentina ainda não é totalmente proibido fumar em lugares fechados, então tem um fumódromo lá dentro. Se o cheiro te incomoda fique afastado do local. As bebidas não são caras e de vez em quando saem umas promoções de doses lá dentro, pegamos uma que botam fogo hehe

 

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Saindo de lá e pegando o caminho para voltar a Plaza Italia, passamos por outra balada que estava animada e tocando umas cumbias (o teor alccolico no sangue não me permite lembrar o nome ::hahaha:: ). Entramos, bebemos umas cervejas e fomos embora já com o sol nascendo, e como o metro já estava funcionando, dispensamos o ônibus na volta e pegamos o café da manhã no hostel.

 

4° dia - 19/06 (domingo)

 

Por causa da balada da noite anterior, acordei bem tarde. Já estava no planejamento “perder” metade do dia por causa da balada e seguir para a Feira de San Telmo a tarde. A feira é um programa super tradicional entre bonaerenses e turistas, tem de tudo naqueles vários quilômetros de barraquinhas que vendem de tudo um pouco: artigos de couro, blusas e camisetas piratas de times, acessórios para vinho, antiguidades, imãs de geladeira e lembrancinhas em geral, doce de leite... nas barraquinhas come-se churros recheados (o churro com massa de chocolate é sensacional!), rosquinhas, empanadas, comidas de outros países sulamericanos vendidas por imigrantes, parrilas, choripán... também se vê muitos artistas de rua, como bandas de rock, violinistas, manipuladores de bonecos, dançarinos de tango com música ao vivo...

Entramos também no Mercado de San Telmo, uma edificação antiga e bonita, que tem um quê de mercado municipal de São Paulo, mas menor e com um certo charme decadente. Uma lojinha que vendia pôsteres me ganhou: comprei alguns em estilo antigo, com fileteados e desenhos que remetem ao tango. Custou 40 pesos cada um. Tinha uns imãs de geladeira bem bacanudos também, comprei alguns pra minha coleção, custou 10 pesos cada. Ficamos rodando por ali durante um tempo, e já estava escurecendo quando resolvemos voltar ao hostel para descansar e tentar dormir cedo. O motivo: no dia seguinte uma outra amiga se juntaria ao grupo e meu amigo buscaria ela bem cedo no Aeroparque enquanto eu iria dar uma volta pelo bairro Abasto.

 

5° dia – 20/06 (segunda)

 

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Acordei cedo, peguei o metrô e desci na estação Carlos Gardel. A missão era passear pelo bairro berço do tango de Abasto e fotografar algumas fachadas com o estilo de arte fileteado, recém reconhecido pela UNESCO como patrimônio cultural imaterial da Humanidade. Ali fica o Museo Casa de Carlos Gardel, local que foi residência do cantor durante muitos anos. Infelizmente estava fechado, não sei se o fato de ser feriado teve alguma coisa a ver. Fotografei algumas fachadas nessa rua e entrei na Pasaje Zelaya que tem algumas pinturas fileteadas, mas o interessante mesmo é a Pasaje Carlos Gardel: além de um monumento dedicado ao cantor, há várias estátuas em tamanho natural de outros ícones do tango, como Astor Piazzolla. Também é aqui que tem as pinturas fileteadas mais bonitas da região. Pra quem gosta de shopping, o Abasto Shopping fica logo ali em frente.

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Voltei para a Av Corrientes andando sempre no mesmo sentido dos carros (que é sentido voltando para o microcentro) e passei em frente ao Paseo de La Plaza. Ali fica o Museu dos Beatles, mas vi que estava fechado e então fui à Pasaje Discépolo. Que na verdade não tem nada de mais durante o dia (embora tenha teatros e bares com ar alternativo que abrem à noite), a curiosidade dessa rua é que ela é uma “aberração” no urbanismo bonaerense. Por quê? Porque é uma das raríssimas ruas transversais de Buenos Aires, que conta majoritariamente com quadras perfeitas.

 

Voltei ao hostel e a Sandra, amiga que estávamos esperando tinha chegado já. Depois dos procedimentos de check-in, levamos ela pra fazer um “city-tour” básico pelo centro: Casa Rosada, Obelisco, Catedral, Plaza de Mayo, Cabildo, Galerias Pacífico... Depois fomos à Seacat resolver a travessia deles para o Uruguai. Estava fechada, então fomos no Terraza, bem pertinho do Obelisco. Esta pizzaria tem um dos melhores custo-benefício que já vi em Buenos Aires, pois além de ser muito gostosas, tanto as pizzas quanto as empanadas possuem promoções de combinações. Por exemplo, isoladamente um pedaço de pizza ou empanada custa 18 pesos cada e um chopp custa 36 pesos. Pedindo duas empanadas ou dois pedaços de pizza + chopp, sai tudo por 55 pesos (ou 50, se comer no balcão e não na mesa), uma economia de 17 pesos. Outra coisa boa é que aceitam nossa moeda, com uma cotação melhor que as das casas de câmbio.

Embarcamos na estação Florida do metrô e iríamos para a Recoleta, mas acabamos passando direto na estação de baldeação e de última hora decidimos ir no Paseo de La Plaza, ver o Cavern Club, e, talvez o Museo Beatle. O Paseo é um boulevardzinho muito bonito escondido na Avenida Corrientes. Seus corredores são um convite a boas fotos, com uma bela decoração e lojas descoladas, e na parte superior ainda conta com um terraço todo dedicado aos Beatles. É aqui que tem um museu, um bar, um café e um espaço para shows, tudo baseado nos FabFour. Fomos no café, mas acabei não entrando no museu porque lembrei que a maior exposição mundial sobre os Beatles está para ser aberta em São Paulo. Assim economizei os 90 pesos da entrada no museu e gastei bebendo ::tchann::

 

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A noite fomos a Palermo e apesar de ser feriado estava meio caído por lá, possivelmente pelo frio que fazia naquela noite. Fomos à Plaza Serrano, procuramos algo interessante pelas imediações e acabamos entrando no Diggs. Tem opção de mesas ao ar livre, mas como estava muito frio, preferimos o aconchego das mesinhas internas. Pedimos uma porção de salchipapas (batata frita + salsicha na chapa) que estava muito gostosa. Para beber uma jarra de chopp de 1 litro, que numa promoção de combo junto com a salchipapa saiu 180 pesos. O som estava ótimo com rock e pop anos 80 saindo das caixas de som. O atendimento é meio lento (isso é normal na Argentina). No andar superior, o teto é retrátil, bacana para dias de sol. Saímos bem tarde de lá e não tinha mais metrô. Voltamos para a Plaza Italia pegar ônibus e passamos um perrengue, porque o ônibus 152 passa na Plaza de Mayo e avisamos que desceríamos lá. Porém o ônibus parou num lugar nada a ver e mandou todo mundo descer! Tinha uma estação de metrô perto e fui ver onde estávamos: na estação Once, longe pra caramba pra ir andando naquela hora e naquele frio. Não estávamos com paciência para pegar outro bus, e pegamos um táxi. O motorista começou com a malandragem de querer ir devagar, e já quase na base da discussão falamos que se ele não fosse rápido desceríamos ali mesmo ::grr:: . Aí o milongueiro começou a dirigir normalmente e a corrida deu uns 15 reais. Mesmo o táxi sendo barato em BsAs prefiro evitar ao máximo pra não me estressar com essas falcatruas.

 

6° dia – 21/06 (terça)

 

 

Último dia de viagem para mim, para o Binho e a Sandra ia durar mais um pouco. Por isso enquanto eles foram resolver coisas como trocar mais dinheiro e comprar as passagens para Colonia Del Sacramento, eu fui fazer um role e ver algumas coisas que ficaram faltando, e combinamos de nos encontrar as 15hs na Plaza Serrano. Não tomei café no hostel, porque ia iniciar o dia no Café Tortoni. Fui conhecer o café que acabou virando ponto turístico. Pedi um café e duas medialunas, que estavam bem boas, mas o café não estava tão bom porque os argentinos não costumam tomar café tão forte quanto o nosso. Como fui cedo o local estava vazio, mas dizem que dependendo do horário faz até fila. Tirei algumas fotos, admirei a decoração, paguei a conta, deixei a propina do garçom e saí. Voltando para pegar o metrô passei na igreja de San Ignácio e entrei para ver como era dentro. Por fora é muito bonita, mas a decoração interna não me encantou. Peguei o metrô, desci em Las Heras. Fui andando, entrei no Cemitério da Recoleta, e me peguei pensando que nunca imaginaria que um cemitério poderia ser um lugar tão bonito! A arte cemiterial, a arquitetura das tumbas são muito bem elaboradas. Fiquei andando ao léu ali, nem pensei em ir procurar a tumba de Evita Perón, passatempo dos turistas por ali.

 

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Toda aquela região da Recoleta é muito bonita, saindo do cemitério vêem-se praças muito bem conservadas, e ao lado tem o Centro Cultural Recoleta. Dei uma entradinha rápida, e fui no shopping Buenos Aires Design. Mas só para usar o banheiro mesmo, porque nem de shopping eu gosto ::lol4::

Praticamente em frente a ele fica o Museu Nacional de Bellas Artes. Ótima opção de passeio para quem gosta de artes visuais. Além de estar num ótimo bairro com várias outras atrações ao redor e de ter uma bela arquitetura, o que mais chama atenção aqui é o assombroso acervo com obras de Van Gogh, El Greco, Renoir, Degas, Gauguin, Picasso, Portinari, Rembrandt, Goyá, Kandinsky e muitos outros. Com a vantagem de ser totalmente gratuito. Para quem está sem grana, é uma bela opção ao MALBA, que cobra 90 pesos. Voltei pela Av Pueyrredon até o metrô Las Heras. Fiz baldeação com a linha vermelha e desci na estação Malabia. Iria chegar a Plaza Serrano pelo sentido contrário que sempre fazia (em vez de descer em Plaza Itália e seguir sentido “sul”, seguiria pelas calle Malabia sentido “norte”). Andei pra caramba, mas foi ótimo conhecer regiões diferentes de Palermo, que é um bairro gigante. Passei na Plaza Armenia, uma pracinha com brinquedos para crianças, mas o legal é o entorno dela: vários restaurantes e barzinhos com cadeiras nas calçadas e até na rua, num clima bem descontraído. Encontrei com os parceiros quase no horário da Plaza Serrano. Andamos um pouco para pensar em algum lugar para comer e sugeri o El Preferido de Palermo, um bodegón recomendado pelo Aires Buenos, um blog de brasileiros que moram na cidade.

Cada um pediu um prato, e depois nos demos conta de que era muita comida! Mas valeu a pena, atacamos os bifes e frangos grelhados com dois litros de cerveja. Enrolamos bastante pra passar a DPP (depressão pós-prato) e voltamos de metrô para o microcentro. Fui comprar alfajor e doces para presentear. O melhor lugar é a bomboniere Royal, que é tão grande que mais parece um supermercado, só que só vende doces! Fica na Lavalle, 951. Voltei ao hostel, arrumei a mala e descansei um pouco. Fui ao terminal Madero pegar o busão para Ezeiza e acabei descobrindo a empresa Arbus, que é tão boa quanto a Manuel Tienda Leon e custa 40 pesos a menos, com um ótimo wi-fi. Em menos de uma hora estaria no aeroporto para embarcar de volta para São Paulo.

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