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Myanmar (+ Malásia e Singapura) - 20 dias


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Dia 9 - Yangon

 

Mais um café da manhã no rooftop. Aquilo era almoço! Embora a comida não fosse a minha praia.

 

Fizemos o check-out e nos dirigimos à estação de trem. Ideia era curtir a circular line. Deveríamos ir mais cedo talvez, mas por outro lado eu não queria pegar o trem lotado. E um deles vinha lotaaaaaadaço quando chegamos na estação. Chegamos antes das 9, mas o trem só saia às 9:25. 200 pratas só, valor realmente ridículo.

 

Havia atendentes falavam inglês, e o que nos vendeu os bilhetes falou para estarmos na área por volta do horário marcado que ele mesmo nos indicaria qual era o trem. Ou seja, o lance da circular line hoje turistou! E a galera da estação se preparou razoavelmente bem para atender a esse público, o que é um ponto positivo. Fomos então rodar pela estação de trem. Vimos outro casal turista chegando logo depois. Não estaríamos sós! Na verdade chegaram outros, mas éramos uma meia dúzia de turistas no total.

 

A Circular Line saiu bem vazia. Às 9:25 mesmo. Talvez mais cedo estivesse mais cheio. Fomos curtindo os lugares, as paradas, e as poucas pessoas no começo. Tem uma feira intensa que o trem cruza, e a galera vai recolhendo as coisas da frente para o trem passar. Bem caótico. Logo a seguir tem um lixão, praticamente sem fronteira entre os dois (feira e lixão). Mais à frente vimos lixões com catadores, separadores de plásticos. Vimos redes de vôlei. Vimos diversos campinhos que nos pareciam ser de vôlei – mas que é onde se pratica o sepak takraw, um peculiar futevôlei local.

 

Mas a Circular Line é peoplewatch total. É observar as pessoas -- sem no entanto ser invasivo (tenha bom senso!). Como no começo tinha pouca gente, não havia muito o que ver além da paisagem externa. Depois vai melhorando.

 

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Observador de janela

 

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Olha lá o moço tirando foto!

 

Quando o trem chega +- do outro lado e vai começar a dar a volta, é quando entra a galera. Da Nyin é a estação, se não me engano. As pessoas entram com suas mercadorias e vão cortando, ou polindo as frutas, verduras, seja o que for. Do nosso lado. Do lado de quem quer que seja. Em cima do banco. A janela é o lixo pra qualquer coisa que se descarte no trem. Plantações irrigadas pela água do que me pareceu ser também dos valões de esgoto.

 

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As pessoas e suas mercadorias

 

Vimos uma sucessão de mulheres com pó de thanaka no rosto, mulheres e crianças, na verdade. Homens raras, muito raras vezes. Muita gente vinha do campo com vegetais para vender. Mas tinha gente que parecia ir trabalhar em escritório mesmo, ou coisa parecida. Foi uma experiência bem bacana.

 

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Thanaka pra que te quero!

 

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Soninho no trem

 

 

Depois de 3hs de viagem, o trem retorna. Partimos para o Scott Market, que era ali perto. Fui no banheiro e tinha uma mulher. Ela sorriu pra mim. Estava lavando talheres e potes de comida na pia. Pia do banheiro masculino, frise-se, e que inclusive é pago! Mas ela gentilmente parou e me cedeu a pia para eu lavar as mãos.

 

O mercado é enorme. Tipo Grand Bazaar, um Saara local, por assim dizer. Muitos turistas também. Conhecemos praticamente todas as atrações que queríamos no dia anterior, então rolou um tempo livre nesse segundo dia. Demos uma pausa no bar ao lado, ocidental (holandês) e caro. E nada de mais. Acho que o nome era Boon, daquelas dicas (que eu considero) furadas do LP.

 

Vimos muita gente de guarda sol, estava bem quente. Em Myanmar nós pegamos o calor escaldante que havíamos pego no ano anterior no Camboja e Tailândia. Malásia e Singapura estavam bem mais leves, inclusive com chuva. Vimos *muita* comida de rua em Yangon. Barraquinha com comida de rua por lá é tipo shopping em Singapura, tem em qualquer esquina. Mas não provamos (faltou coragem!).

 

Lá tem também um refrigerante de lichia que é uma delícia. Vem inclusive com pedacinhos de lichia! Muito bom! Tinha um gatorade local (100 plus, esse tinha na Malásia e Singapura também, se não me engano) que tomava toda hora que via. Era para tentar conter a desidratação nossa de cada dia.

 

E partimos para o Kandawgyi Lake. A ideia era ver o barco hotel que tem lá, o Karaweik Hall. Custa 300 pra entrar no parque entrar. LP tava 2000. Novamente vejo coisas mais baratas que as listadas no LP. Só em Myanmar mesmo.

 

O barco estava fechado, conforme previsto. É hoje local para evento noturno com janta e dança, e a galera fala mal da comida. E do custo-beneficio. Não era nosso foco, só queríamos admirar. Então fomos andar pelo parque. Como estava complicado de pegar uma boa visão do barco-hotel, demos meia volta e fomos pela passarela. Que era onde deveríamos ter ido em primeiro lugar, porque é muito mais bonito! E não precisava ter pago pra entrar nem nada, é de graça. As passarelas de madeira são grátis e proporcionam ótimo visual do lago e do barco. No entanto, as passarelas estão bem degradadas, com as toras de madeira se tornando muitas vezes verdadeiros obstáculos. Seriam condenadas em qualquer outro canto do planeta, ahahaha. Mas é bem bacana andar por lá, muito bonito. Curtimos bastante. Enfim, adeus, Yangon.

 

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Kandawgyi lake, com o Karaweik ao fundo

 

 

Achamos um taxi e negociamos com ele o preço até o hotel e depois até a rodoviária. Sempre acho que andei pagando 1k a mais nas negociações, mas eu tava mais relax nessa viagem do que na Índia, por exemplo, quando me divertia negociando toda hora e com quase todos. Partimos para a rodoviária na hora exata, 16:30, incríveis 2,5 hs antes da partida do busum. Chegamos na rodoviária 1h depois, ou seja, 1,5 hs antes da saída. Eis que nos oferecem a tal sala vip de espera! Mas não tem nada de mais – ao menos tinha ar condicionado! E banheiro para dar uma lavada nos pés encardidos.

 

Busum era no esquema de 1 + 2 assentos. Cadeiras reclinavam muito bem. Ar condicionado no máximo, conforme relatado diversas vezes. Cobertores de times europeus estampados. Água grátis. Vi assentos vazios. Som da TV não estava no máximo, ao menos. Tinha tela individual, inclusive com entrada usb, que funcionou quando o busum partiu. Partiu umas 19:05. Coloquei um filme pra ver e logo dormi. Às 20:30 ele para num restaurante para a janta. Na estrada. Entendi que era pra geral descer, mesmo não querendo comer. Descemos. Ônibus fica fechado. Comida de rua e restaurantes. Esticamos as pernas e esperamos a volta.

 

De volta ao busum, vi uma menina namorando via Skype ao nosso lado. Não deveria, mas fiquei reparando. Ela e o namorado trocavam beijos ao celular. Achei divertido. Sinal evidente de que somos de gerações distintas. E voltei a dormir.

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Dia 10 - Inle Lake

 

Acordei às 5 am com o ônibus parado e umas francesas entrando. Fui ver no GPS e vi que estava longe do destino. A oeste de Inle Lake, e eu achava que ele ia direto e estaria ao sul. E 5 da matina perfazia as tais 10hs que eu tinha em mente para a viagem. Só que não. Não dormi mais. Às 6 já tava claro. Reparei que esse ônibus tinha volante do lado esquerdo! Vimos o sol nascer de dentro do busum. O trajeto ficou sinuoso desde esse ponto das 5 da matina. Os speeches, tanto da agência quanto dentro do busum são em birmanês somente. E tem rodomoça! Lembrei de quando fiz uma viagem por Peru e Bolívia em 1995 e tinha visto esta função peculiar (naquela viagem ainda havia um terceiro tripulante, o mecânico!).

 

O busum fez outra pausa umas 6:30. Ganhamos escova e pastinha, então é pausa para escovar dente e café da manhã. Dispensei o café, mas fui escovar os dentes. Galera escova e descarta a escova e a pastinha de dente. Lixo tava cheio de ambas. Estava frio, beeeeem frio. Realmente de sair fumaça da boca, conforme já tinha lido. O termômetro do busum marcava 17 graus – mas nem a pau que a temperatura era essa! A TV mostrava uma cantilena em birmanês com imagens de atrações do país. Budas e pagodas. Algumas dessas imagens nós já tínhamos visto em Yangon. Katia lembrou que o ônibus ficou parado um longo tempo de madrugada, ela acha que por alguma coisa de manutenção. Nem senti, dormi. Talvez o atraso venha disso.

 

Enfim, 13 horas (!!) depois, chegamos em Inle Lake. Passava um pouco das 8 am. Antes, pagamos 10 USD pra entrar na região, num check point da estrada. Eram 10 dólares ou 13,5 KMMR. Paguei na moeda local, como fiz em todo o país. Descemos do ônibus e fomos andando para o hotel. A cidade já tinha acordado. No caminho, frequentemente nos abordavam sugerindo passeios de barco. “Boat, boat”. Varanasi feelings!!. Era sempre na linha do “Hello, where are you from, where are you going now, boat?”, etc. O script se repetiu umas 5 vezes até chegarmos no hotel.

 

Chegamos no hotel, e nossa ideia era largar as mochilas e sair para passear. É o que acordamos, até que um funcionário do hotel veio nos dizer que podíamos já fazer o check-in e até tomar café da manhã. Viva!! Café da manhã à beira do rio, vendo (e ouvindo!) os barcos partindo para os tours. Compramos logo nossos bilhetes para Bagan. Eu tinha indicação da JJ, mas era mais cara. Mesquinhei e resolvi apostar na 2a colocada, uma tal de Bagan mesmo. Também era vip (em Myanmar os turistas viajam de ônibus vip).

 

Depois do café, partimos para alugar bicicletas e fazer o tradicional passeio sugerido pelos arredores. Alugamos logo em frente ao hotel, a meros 2k o dia todo. Tinha lido que era 1,5k, mas estava muito relax com isso na viagem. Deixamos o passeio longo de barco agendado para o dia seguinte também. Barqueiro exclusivo.

 

Saímos de bicicleta seguindo o roteiro que o próprio hotel nos deu. Apesar de gostar muito de pedalar, me dei conta de que é coisa que só faço de anos em anos, e sempre em alguma viagem. As últimas pedaladas, uma a cada x anos, me vieram à memória: Atacama, BH, Punta, Montevidéu... Enfim, preciso pedalar mais.

 

O frio da manhã já dava espaço para um calorzinho. No começo da pedalada vimos búfalos, além das tradicionais quadras de vôlei. Ou melhor, campinhos de vôlei. Ambiente rural. Fomos pedalando na paz, e sentimos os motoristas MUITO mais educados com ciclistas do que nas grandes cidades brasileiras. Não forçavam ultrapassagem, não nos empurravam para o acostamento, esperavam realmente abrir para ultrapassar. E buzinavam, geralmente. Eu deixava o celular no bolso, mas por duas vezes eu não coloquei adequadamente no fundo do bolso, então ele caiu. Numa dessas vezes o carro vinha atrás e parou para que eu pegasse o celular no chão. Agradeci o gesto e recebi uma cara sorridente como retorno. É muita gentileza desse povo!

 

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As bicicletas e a estradinha, sob ambiente rural

 

 

Paramos no final de uma subidinha para tomar uma água. Era o bar de um moço que aproveitou para conversar conosco, num inglês comunicável. Falou dos filhos, da cidade, dos turistas, do lago, etc. Muito simpático, muito cordial.

 

Seguindo o caminho, vimos uma pagoda no alto e paramos para conhecer. Era necessário vencer uma escadaria, e lá fomos. No caminho havia uma placa sinalizando um buraco com ar quente, que deve ter relação com as águas termais lá de baixo. De fato, saía um bafo quente forte de um buraco perto de uma árvore. Ares termais! Curtimos a pagoda e o visual, e descemos.

 

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Pé no buraco!

 

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Visual

 

Próxima parada foi na tal piscina termal, mas dispensamos. Katia não estava preparada (roupa de banho!) e não era a nossa vibe ficar na água quente naquele calor que fazia. Seguimos em frente. Chegamos ao ponto de cruzar o rio. Já tem gente lá fora para agenciar com algum barqueiro. O preço é alto (mas não me lembro quanto!), conforme li em outros relatos, se compararmos com o barco pelo dia todo. Mas é o preço, e já estava no radar, então fomos.

 

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Pescador do Inle -- nosso primeiro contato com essa beleza

 

 

Do outro lado é Maing Thauk, uma adorável vila sobre as águas. Muito adorável, muito bacana! Tão legal que decidimos dar uma pausa pra curtir uma cerva. E curtir aquele lugar! Céu azul. Aquilo combina com o que penso de slow travel. Contemplar o ambiente. Depois da cerva, fomos carregando as bicicletas até onde se pode montá-las (não somente não convém como presumo ser proibido pedalar sobre as passarelas de madeira sobre o lago).

 

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Pausa para relax

 

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Acessos

 

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Moradoras

 

 

Decidimos ir num tal Forest Monastery que vimos sinalizado. Foi uma longa e inclinada subida, que em parte tivemos de carregar as magrelas na mão mesmo. Lá embaixo tem motoqueiros que podem levar, se vc quiser. Já no final fomos andando mesmo, largamos as bicicletas no caminho. (Myanmar é relax, então não tem corrente nem documento pra deixar pra levar bicicleta). Lá em cima era bacana, mas nada de mais. Curtimos rapidamente o visual e descemos.

 

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Visual

 

Seguindo nosso roteiro de volta, paramos na vinícola Red Mountain. A degustação constava que custava 2K nos relatos e no LP. Já tá 5k! Ainda assim é bem barato, mas já mostra inflação. O sol naquela hora estava bem forte, era começo de tarde. O calor em Inle me pareceu muito menos úmido. Não escorria suor como nos lugares anteriores.

 

Rolou um Vale dos Vinhedos feelings na Red Mountain! A vista é lindíssima, só isso já valeria. Foram 4 tipos de vinhos, 2 brancos, 2 tintos (shyraz e shyraz tempranillo). Gostamos muito do Shiraz, que era o mais caro, 21K a garrafa. Os outros eram 13, 14 pratas. Emendamos com o restaurante e sua vista espetacular da região com mais duas taças desse Shiraz. Essas taças vêm com mais vinho que as da prova, claro. Ainda bem! 4K cada. Curtimos bastante o momento.

 

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Vinícola Red Mountain – Vinho e visual

 

 

Seguindo o roteiro de volta, esticamos até a Shwe Yan Pyaya pra encerrar. Era fim de tarde, devolvemos as bicicletas e fomos tomar um banho merecidíssimo e redobrado! Saímos para curtir os momentos finais de luz e rodar um pouco pela cidade. Que é relativamente pequena, e com focos aqui e ali para os turistas. Jantamos num marromeno, pedi um peixão que, acho eu, era do próprio lago Inle. E achamos um bar com chope na promoção para ficarmos nas saideiras. Na chegada à cidade eu tinha visto uma plaquinha na rua principal anunciando massagem. Mas de noite não vi mais. Devia ter fechado – justamente no momento mais necessário! Enfim, mais um dia sem massagem na viagem.

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Dia 11 - Inle Lake

 

Nosso barco estava marcado para 8hs. Tomamos nosso café, fizemos o check-out, largamos mochilas e fomos fazer nosso passeio de barco pelo Inle. O que eu mais queria ver eram os pescadores e seus belíssimos e peculiares movimentos. Vi vários, mas ao longe. Disparei muita foto de zoom no máximo pra tentar captar aquela beleza. O barco até parou ao lado de um pescador, mas ele ficava meio que fazendo pose para a galera, o que perdia o barato da espontaneidade dos que eu captava de longe. O passeio completo tem uma penca de paradas programadas e, se eu o refizesse, teria ficado mais tempo observando essa arte dos pescadores.

 

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Pescadores no Inle

 

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Esse fez pose sob demanda (dos barqueiros!), paramos bem perto dele

 

 

Parada seguinte foi num mercado de prata e ouro que eu teria dispensado solenemente. Aliás, teria dispensado todos os mercados – exceto o mercadão! – em prol de mais tempo observando os pescadores. Enfim, nossa visita foi rápida, devido à nossa falta de interesse.

 

E fomos para o Mercadão. Lá é muito bacana. O mercado deve ter um nome, mas não sei qual é. Tem uma pagoda famosa por lá também. Sei que ficamos um bom tempo por lá. Rola muita negociação (mercado é mercado!), rolam turistas, rola muita foto das pessoas. É amplo, ainda tem o templo do lado pra curtir, tem muita coisa pra ver, apreciar e fotografar.

 

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Mercado

 

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Enquanto o comércio rolava, esse menino me fulminava com o olhar!

 

 

Parada seguinte foi outra dessas lojinhas, agora de tecelagem. E eis que Katia cai do barco na hora desembarcar! Imediatamente ela me chamou para salvar a mochilinha, que continha documentos e tudo o mais. Salvei. Depois de resgatada ela se divertiu com a aventura. Provou das águas do Inle! E tornou-se notícia na região. Nosso barqueiro tinha levado a esposa dele como ajudante, ao que me pareceu, e ela ajudou a secar a saia da Katia e ainda providenciou um longyi pra ela usar enquanto isso. Os estragos da água na mochilinha foram felizmente bem poucos. Um livro que levamos pra ler ficou manchado nas pontas, algumas coisas ficaram um pouco molhadas, mas sem maiores problemas. E não compramos nada na tal tecelagem.

 

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Uma banhista no Inle

 

 

Em seguida, lojinha de cigarro. Achei maneiro os sabores que os caras fazem, mas não comprei nada novamente. Katia gostou de uma pipeira, ou coisa parecida, e trouxe.

 

Nosso barqueiro sugeriu de almoçarmos. Eu preferia pular essa parte, mas ele falou que tava com fome, ahahahah. Então é claro, paramos para almoço! Imagino que eles ganhem uma refeição com nossa ida.

 

Depois do almoço, partimos para Indein. Era uma das coisas que eu mais esperava nesse passeio. E achei um barato. Lembrou muito os templos do Camboja e de Sukhotai (Tailândia), que conhecemos no ano passado. São estupas, na verdade. Numa delas, o revival do Ta Prohm, com a natureza tomando conta do que o homem construiu. Sensacional!

 

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Indein, com a natureza tomando conta

 

 

Assim que chegamos, vimos que havia uma obra com a galera removendo escombros das estupas. A coisa pareceu passar longe do que presumo ser necessário para manusear e lidar com uma edificação histórica como aquela, pareciam estar lidando com escombros comuns.

 

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Estupas na parte moderna de Indein

 

Fomos seguindo subindo até o cemitério, onde tem estupas modernas. O sol forte, o vento, o silêncio, tudo era levemente quebrado por singelos sons. Muito relaxante, terapêutico.

 

Curtimos muito e voltamos já umas 15:30. Falei com o barqueiro para dispensar mercados que ainda porventura fizessem parte do roteiro. Devia ter feito isso no início! Mas ainda paramos nas famigeradas mulheres girafa, que Katia queria ver. Depois fomos num monastério, que tinha um interior muito bacana, ainda que muito escuro. Havia um mercado nesse monastério. Aliás, em Inle tem muitos mercados. Tinha em Indein também. Ainda rodamos por uma vila flutuante muito bacana e paramos num ponto estratégico – perto da “reta” de chegada – para curtirmos o por do sol.

 

 

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Templo sobre palafita

 

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Pescador ao poente

 

 

No que paramos, o condutor veio conversar mais conosco. Ele falava alguma coisa de inglês, era bem simpático. A conversa era naquela linha de idade, família, filhos, etc. Aí ele perguntou pra mim quantas esposas eu tinha, ahahahaha. Katia respondeu que só uma! No que ele falou algo na linha do “melhor uma só mesmo, que já reclama muito”, ahahaha. Isso foi o que +- conseguimos entender do que ele falava. Mas acho que a mulher dele entendeu também e começou a falar lá da frente do barco. Mas falavam numa boa, se divertindo também. Curtimos um pôr do sol com boas risadas. Chegamos depois das 18hs. Ou seja, mais de 10hs de passeio! Excelente!

 

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Pôr do sol no Inle

 

 

O que eu faria, se fosse repetir: nada de lojas e ou daqueles lugares de “como se produz”, o que significa loja também. O mercadão sim, achei muito bacana a experiência. Indein sim! Monastério sim. E mais tempo com os pescadores. Maior parte das fotos que tirei foi com o barco em movimento, curtiria ficar parado observando aquela arte, aquele balé dos pescadores de Inle. É muito bonito. E muito agradável de se assistir.

 

De volta ao hotel, demos aquela lavada básica nos pés e fomos tomar uma cerva para esperar a hora de pegar o busum para Bagan. A cerva chegou quente!! PQP, não era nem questão de estar fria e tal, tava quente mesmo. Da prateleira.

 

Foram nos apanhar no hotel para a rodoviária. Se em Yangon ficamos numa área vip da empresa de ônibus (Famous), em Inle a coisa era tosca!! Eram banquinhos numa rua escura e de terra. Coisa guerreira!

 

Enfim, o ônibus chegou e partimos. Era confortável, mas de cara notamos que a Famous era bem melhor. Comunicação é sempre problema, então isso não conta. O som nesse busum tava alto com algum show local. Ganhamos uma Coca-Cola quente (!!), doce e lenço umedecido. Ar condicionado bem fraco. Deu saudade do clima ártico do Famous! Ao menos a poltrona reclinava bastante. E tinha banheiro. Mas... totalmente bloqueado por mochilas! Ou seja, um banheiro inútil, se necessário o jeito era pedir ao motorista para parar. E sem rodomoça. Tal qual o anterior, esse busum fez uma pausa de noite para a janta. Fazia frio. Se vc sai do ônibus, só volta quando o motorista voltar da janta, pq ele fecha a porta. Saí pro banheiro e fiquei esperando. Felizmente o som foi desligado depois da janta. Chapei. Acho que o ônibus parou outras vezes, mas dormi direto.

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Dia 12 - Bagan

 

Chegamos em Bagan às 4 da matina, cravado. No local da chegada tem placa sinalizando os preços a cobrar pelos taxistas, mas pelo visto ninguém segue ou cumpre. Ao menos não naquela hora. Só consegui negociar por 10 K para o nosso hotel, então lá fomos. Como falei, estava bem mais relax nessa viagem em relação a negociar preços. Em Myanmar, que fique claro. Acho que a galera algumas vezes puxava uma ou duas unidades acima, mas nem perto de dobrar ou triplicar os preços, como rolava na Índia.

 

Chegamos no hotel, acordamos a galera da recepção, e.... checkin feito às 4 da manhã (nossa diária era somente a partir das 12hs), quarto liberado e café da manhã disponibilizado!! Viva!! E quando entramos no quarto... *esquema patrão*! De longe o melhor da viagem. Era previsto que fosse o melhor, mas não tanto assim. Tomamos um merecido banho e chapamos. Mas, na prática, só dormimos por mais uns 90 minutos. Logo já estávamos acordados para o café e para desbravar Bagan.

 

Tinha lido em relatos sobre o Sky View de tomar o café da manhã vendo os balões no céu, mas nesse dia não vimos balão algum. Mas a vista do terraço, onde rola o café, é panorâmica mesmo.

 

No próprio hotel já alugamos nossa e-bike. Que é, na verdade, uma motinha elétrica. Preço era 10k por dia, mas saiu por 9 já que alugamos para todos os 4 dias. E-bikes para uma pessoa são mais baratas, acho que saía por uns 7. Aproveitei para fechar o busum para Mandalay logo, também com o hotel. Vi as opções e peguei um que saísse no fim da tarde do último dia, e que levava teóricas 4 horas até lá. Saía 18hs, chegava 22hs. Era um micro-ônibus. Saiu por 9k cada.

 

E partimos para explorar.

 

Nosso roteiro inicial era... não ter roteiro. Entrar onde desse na telha. Então nos embrenhamos inicialmente em templos muitas vezes sem nome identificável (quando muito havia descrição na escrita local). O sol era forte e constante. Céu limpo, sol inclemente, tal qual no Camboja no ano anterior.

 

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Nesse dia inicial nos concentramos nos templos mais próximos de onde estávamos. Eu tinha o mapa do Lonely Planet e um outro que eu havia levado impresso. Mas há mapas locais também. Todos eles seguramente não listam todos os templos, não há como. Mas ao menos nos 40 listados do LP nós iríamos. Nesse dia inicial nós tentamos varrer os mais próximos, além de se adaptar à motinha. Eu não pilotava algo assim desde 2012, em San Andrés, Colômbia. Mas foi tudo ok. Rolava um eventual desequilíbrio, principalmente quando tinha areia, o que exigia mais cuidado.

 

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Nossos dias em Bagan resumiam-se a templos e templos. Eu meio que parafraseava um show antigo da Maria Bethânia: templo, templo, templo, templo. Fomos em poucos templos de de Old Bagan nesse primeiro dia, mas entramos em muitos dos listados no LP. Vários estavam em reforma, provavelmente em função do terremoto no ano passado. O interessante era ver as plataformas de bambus que eles montavam para os templos. Nada metálico, só bambu (ou coisa parecida). Era até bonito.

 

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Nesse primeiro dia entramos também no tal Golden Palace. O LP chama de aquilo de exemplo de “disneyficação” de Bagan. Eu chamo de diversificação. Gramado (RS) também criou diversas atrações para chamar o turismo. Enfim, o tal Golden Palace é interessante, mas ainda não está todo pronto. E nosso foco era mesmo desbravar os templos!

 

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Golden Palace

 

 

Nosso primeiro pôr do sol foi no Buledi. É um templo manjado, mas não tanto quanto o Shwesandaw, daí ter muito menos gente. Encontramos uns brasileiros gente boa na descida. Não foi tão comum assim encontrar brasileiros dessa vez na viagem.

 

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Pôr do sol no Buledi

 

 

Na janta seguimos recomendações diversas e fomos no Weather Spoon, que fica numa rua badalada com algumas outras opções. De fato muito bom custo-benefício. E emendamos chopes-saideiras na mesma rua. Aquela é a rua!! Foi onde jantamos todas as noites. Confirmei que, em Myanmar, o chope sai mais em conta que cerva de garrafa.

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Dia 13 - Bagan

 

Acordamos às 5:30 pra ver o sol nascer do mesmo Buledi de ontem. Na verdade fomos em um templo em frente ao Buledi, que dava melhor visão para o sol nascendo. Chegamos meio que tarde, o barato é ver o céu descortinando a luz também. Mas ao menos foi antes de o sol nascer. O sol nasceu. E nada de balão. Achamos estranho. Mas durou pouco, eis que os balões logo chegaram! Muito bonito, curtimos bastante. Passaram bem sobre nossas cabeças nesse dia.

 

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Surge o sol em Bagan

 

 

Aliás, sobre o balão: eu raramente, muito raramente, recuso, em função do preço, atração que eu tenha interesse em curtir. Eu tinha interesse em passear de balão. Passeamos de balão na Capadócia em 2012. Entretanto, por mais de 300 euros simplesmente não dá. Porque 300 euros já é estupidamente caro. Estando em Myanmar, isso se torna ainda mais caro, porque lá é tudo barato. Na Turquia, se não me engano, pagamos menos de 100 euros. Enfim, dispensamos. Preferimos curtir o visual de baixo.

 

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Balões ao amanhecer

 

 

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Ronda das Almas por lá também

 

 

Curtimos os templos de Old Bagan de manhã. Fomos até longe, o mais longe que fomos com a motinha. Na volta, pausa para comer alguma coisa e dar uma relaxada. Fui lavar as mãos no restaurante e... água corrente fervendo! De quase doer as mãos. Pra sentir o drama climático que era, ehehehe. De tarde, fomos explorar New Bagan.

 

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Nesse dia fomos sob o auge do sol no badalado Shwesandaw, às 12:30. Shwesandaw é o templo para onde hordas vão todos os dias para ver o sol nascer ou se por. Naquela hora estava vazio, quase totalmente. Sol escaldante no céu. Meus pés não aguentaram subir, o chão estava fervendo!!

 

Esse, aliás, é um problema para alguns lugares que exigem pés descalços e ficam expostos ao sol. Das 12 às 16 há áreas que pés mais sensíveis, os meus!, não aguentam a fervura. O jeito era ir pulando de sombra em sombra. Nesse horário há muito pouca gente nos templos, ou seja, paradoxalmente é uma boa hora para visita-los!

 

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Mas voltamos ao Shwesandaw horas depois para curtir o pôr do sol. Estava lotado, completamente diferente daquela coisa vazia em que estivemos horas antes. Ônibus, carros, motos, mega estacionamentos. Subimos, constatamos o superpovoamento, conhecemos o templo na medida do possível e descemos. Lá do alto eu tinha visto uma galera num outro templo, menor, ali por perto e fomos lá. A pé mesmo. Tínhamos passado lá de manhã, mas não tinha me tocado de que seria um bom lugar para curtir o pôr do sol. E é! Tornou-se também uma boa opção para o dia seguinte, nascer do sol! O nome é Lowkaoushang, ou coisa assim.

 

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Pôr do sol a partir do Lowkaoushang

 

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Ao fundo, o povaréu no templo famoso; à frente uma galera num templo que não pode subir

 

 

De noite fomos tentar ver alguns templos iluminados, mas a bateria da motinha estava baixa. E uma cosa que eu realmente não queria era ficar na mão por lá. Voltamos e adiamos o plano para o dia seguinte.

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Dia 14 - Bagan

 

Fomos no mesmo Lowkaoushang, agora pra ver o sol nascer. Os balões nesse dia passaram longe das nossas cabeças. O templo estava cheio, mas havia espaço para todos. E o templo badaladão lotadão ali perto, visível a nós. Curtimos o momento por mais tempo nesse dia.

 

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Amanhecer

 

 

Depois do café, fomos ao Monte Popa. Fechamos com uma agência ao lado do restaurante Little Bit of Bagan, na rua badalada da noite, no dia anterior. 10k para cada um. Foi uma quebra no nosso esquema de templo, templo, templo, templo em Bagan.

 

Às 9 partimos. Só havia um francês conosco, além do motorista. Fizemos uma pausa na estrada, sob o pretexto de ver a produção artesanal de derivados de açúcar (aguardente e um doce parecido com cocada). Era bom! Tradicional parada pega-turista.

 

Era um domingo e estava meio caótica a chegada ao Monte. Tudo parado, aquela coisa de quando um carro se depara com outro na frente e, por ter outros carros estacionados dos dois lados e vários outros atrás, para tudo. Pior ainda quando há ônibus, o que era o caso. Mas, enfim, desenroscou. Tivemos 2hs pra curtir o lugar, o que foi mais que suficiente. Subimos rápido, havia pouco trânsito na subida. O trajeto é mais limpo (menos sujo?) do que o imaginado. Apesar dos macacos e da comida que a galera dá a eles, tem uma galera limpando constantemente as escadas (e vc tem de subir descalço a maior parte). Muitas pessoas, fluxo constante. Visual do alto é panorâmico, muito bacana. Ficamos uma horinha por lá curtindo e descemos.

 

 

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Monte Popa

 

Conforme muitos relatos de lá, há mesmo muitos macacos. E muita gente jogando comida para eles, o que engorda a quantidade de lixo no monte. Pq a comida que os macacos querem é a nossa. Falando em lixo, em algum ponto da subida Katia tomou um sacolé na cabeça de alguém que atirou lá de cima.

 

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Um monge no Popa

 

 

Lá embaixo eu finalmente achei uma camisa no estilo do que procurava: somente com caracteres birmaneses. Mas não cabia em mim. Katia levou, então.

 

De volta a Bagan, de volta ao esquema motinha e templos. Percorremos os templos da parte sul. Nessa área, vimos uma torre que destoava no visual local. Era de um resort que tinha por lá. Entramos e perguntamos se podíamos subir. Sim, mas a 5 USD. Topamos para o pôr do sol. O visual é mais amplo, sem dúvidas. Havia um templo menos badalado ali perto com uma galera curtindo também. Ficamos até tarde pra ver o começo da iluminação dos templos, mas os templos iluminados são esparsos e distantes. Os preços das bebidas eram caríssimos. Fico imaginando o preço da diária. Aquele resort é o tipo de lugar que, pelo que oferece, vc ficaria o dia inteiro lá dentro. Ou seja, quero distância disso pra mim num lugar como Bagan!

 

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Galera lá embaixo curtindo o pôr do sol em algum templo menos conhecido

 

Nesse dia fomos fazer um Bagan by night depois da janta, umas 22hs. A ideia era curtir os templos que ficam iluminados. Foi bacana, rodamos vários deles. Andar de moto à noite é muito agradável.

 

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Dia 15 - Bagan

 

Último dia em Bagan. Katia não quis curtir mais um nascer do sol, então fui sozinho. Fui no Buledi. Chegando lá, tinha controle do passaporte que vc compra para ter acesso aos templos. O meu não estava comigo, tinha ficado com a Katia. O cara perguntou se eu realmente tinha comprado, eu disse que sim, mas que tinha deixado no hotel, daí ele veio com a conversa de que "ah, isso é o que todos dizem" e tal. Enfim, não ia negociar, fui embora. Esse foi o único lugar que vi controle desse tipo (houve tbm da outra vez em que estivemos lá para ver o sol nascer, eu que me esqueci e não leve o ppt dessa vez!). Fui para o templo do dia anterior, o mesmo Lowkaoushang. Bem mais tranquilo. Nesse dia reparei que há outros 3 templos menores nos arredores com terraço para curtir o sol. Tivesse mais dias, mapearia e iria neles. Nesse dia os balões passaram mais perto!

 

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Último nascer do sol em Bagan

 

 

Nesse último dia decidimos explorar áreas não exploradas nos dias anteriores. Já tínhamos esgotado os 40 templos do LP e tantos outros que nos deparávamos pelo caminho. Fomos em muitos templos que nem nome em caracteres romanos havia. E, justamente nesse último dia, eu entrei numa vibe de reparar mais nos templos que possivelmente tinham sacadas. Conhecemos vários templos menos badalados nesse dia, e foi disparado o dia em que mais subi em terraços. Muitas escadas escuras e empoeiradas para desbravar, o que requer desprendimento. De alguma forma apurei meu senso de percepção de templos com entradas “secretas” para sacadas. Eu batia o olho, identificava que tinha sacada e ia catar a escada.

 

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Do alto de um templo

 

 

Num deles nós descobrimos a passagem para a sacada e subimos. Quando Katia resolveu descer, deparou-se com uma colmeia bem na altura da cabeça no começo da escada. Cheia de abelhas. E a escada é pequena, estreita e tal. Ou seja, a cabeça passa MUITO perto daquilo. Seguramente passou na subida -- nós é que não reparamos. Tenso! Não havia alternativas – não pularíamos lá de cima, tinha de descer por ali mesmo. E eu sou alérgico a picada de insetos, provavelmente uma picada de abelha me geraria uma reação alérgica no corpo todo. Enfim, momento muito tenso, mas que conseguimos superar descendo rápido, passando agachado naquele ponto, sem movimentos bruscos, e olhando para cima, para a colmeia. E preparado para disparar rapidamente para baixo em caso de necessidade. Depois lamentei não ter fotografado a colmeia.

 

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Uma pagoda reclinada!

 

Esse dia foi tão relax que paramos para almoçar (coisa raríssima em qq viagem nossa). Fomos num dos melhores que conhecemos na área, Weather Spoon. Bem saboroso, atendimento excelente, cervas geladas.

 

De tarde ainda exploramos mais templos e, no fim, voltamos para o hotel. Aproveitamos um tempinho para dar uma lavada nos pés (podres!!) antes de pegarmos o busum para Mandalay.

 

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Templos!

 

Eu tinha informações, provavelmente desatualizadas, de que o tempo de viagem de Bagan para Mandalay era de 8 horas. O plano inicial era pegar mais um overnight, mas comecei a pesquisar e ver que havia esse esquema de 4 horas no fim do dia. Ideal! Acho que é por causa do recente asfaltamento (muito ruim, diga-se!) da via pela qual fomos.

 

O micro-ônibus da OK Express era apertado. Não tinha muito espaço para as bagagens, então as nossas mochilas vieram no colo. Ar condicionado deficiente, tanto que na primeira parada eu desci para me refrescar. Foi a viagem mais curta e mais desconfortável de todas. O bom é que nos pegaram e nos deixaram na porta do hotel. Tanto de Bagan quanto de Mandalay. Tal qual todos os outros, esse busum também parou para a janta.

 

Chegamos em Mandalay de noite e nem saímos, fomos dormir.

 

 

 

Recordações, comentários e dicas gerais de Bagan:

- Motinha elétrica: Pilotar a motinha foi fácil, é acelerar e frear. Nem precisa trocar marcha, se não quiser. O maior complicador com a motinha era na areia, em templos mais afastados onde nos embrenhávamos por estradas de terra que viravam areia em alguns momentos. Ali era necessário um pouco mais de perícia, menos velocidade e pernas para se equilibrar. Foi meio tenso algumas vezes, sobretudo pelas reações da Katia na garupa. Não caímos nenhuma vez, mas balançamos várias. E viva o dedo na buzina da galera! Sempre (ou quase) nos alertava de que havia algum carro por perto.

- Capacete: Não usamos, devo dizer. Mas não recomendo: alugue um. Embora poucos usem.

- Ronda das almas! Tal qual vimos tantas vezes em Luang Prabang no ano passado, também vimos em Bagan. Todos os dias depois de curtir o nascer do sol, voltávamos para o café da manhã e víamos os monges em fila pelas ruas.

- Assédio 1: Katia recebia sucessivas ofertas pra trocar batom por souvenir. Sempre partia das vendedoras próximas aos templos. Cheiro de algum tipo de golpe, mas que não identificamos qual. Geralmente ofereciam lacquerware (?), postais, etc. Só comprávamos água, ou latinhas de Nescafé ou mesmo os gatorades locais (100plus).

- Assédio 2: Nos templos mais visitados o assédio era constante. “Where are you from?” era quase invariavelmente a abordagem inicial. Geralmente a galera queria vender postais, completar coleção de dinheiros (!), mostrar templos menos conhecidos, etc. Infelizmente havia muitas crianças fazendo isso.

- Mercados: Em alguns templos, geralmente os mais badalados, há um corredor de lojinhas/barraquinhas na(s) entrada(s)

- Infelizmente há muito lixo em geral.

- Informações dos templos: O verso das placas ou lápides com os nomes dos templos tem nome, e eventualmente algum texto, em inglês.

- Bichos: Tem mato, tem pedra, tem cobra. Mas só vi uma num tijolo dentro de um templo meio escuro, logo no primeiro dia. No último dia nos deparamos com uma colmeia bem na passagem da cabeça de uma escadaria para descer de uma sacada de um templo, conforme já relatado.

- Turismo local - Vimos muitos turistas locais, o que sempre acho muito legal. Tal qual quando estivemos na Índia.

- Pés descalços - Vários pisos ruins para se andar descalço, dentro dos templos. E é necessário retirar os calçados para entrar nos templos! Era chão quebrado, eram pedras e pedrinhas machucando, era o chão fervendo sob o sol do meio-dia (como andar naquilo??) etc.

- Flash - Fotografar com flash ainda não é uma coisa expressamente proibida por lá. Em raros lugares isso estava expressamente descrito. Uma pena.

- Ofertas - Vimos uma galera roubando dinheiro de ofertas num dos templos. Na maior cara de pau. Enquanto um cara recolhia o dinheiro (de forma “oficial”), outros vinham para embolsar mesmo. E todos vendo.

- Longyi - Só precisei usar longyi no Shwezigon, único lugar em que exigiram. Eu sempre abaixava a bermuda pra tentar chegar nos joelhos (sem sucesso), mas só fui barrado nesse. Em todos os demais entrei na boa (mas talvez fora das regras).

- Lanterna - Vale a pena levar uma (pode ser a do celular) para ver murais milenares dentro dos templos, até porque alguns deles são bem escuros. Vale também para as escadas, várias delas escondidas e muito pouco usadas, e bem escuras.

- Fechado - Alguns templos estavam fechados, seja porque os guardadores não abriram (os menores), ou porque os templos não abrem mesmo, seja ainda por conta do terremoto do ano passado. Conforme o LP, alguns templos fechados tem guardadores que geralmente moram do lado ou bem perto. Eles têm a chave e podem abrir o templo para vc. Espera-se uma gorjeta nesse caso.

- Sol - O sol das 12hs às 16hs é inclemente mesmo, e precisa adotar uma estratégia de onde pisar em templos expostos ao sol, em que vc deixa chinelos fora. Quando estivemos na Índia, nessa hora de sol sinistro nós dávamos uma relaxada, sobretudo em Varanasi e Amritsar. No ano passado no Camboja não, ficávamos sob o sol mesmo. Esse ano também não. Em todos esses lugares acordávamos para o nascer do sol. Tempo de luz é precioso!

- Poeira – E-bike + areia + seco = poeira o dia inteiro todos os dias. Respira-se poeira o tempo todo. Roupa, narinas, pés, nada escapa! Acostume-se. Pés ficam podres de imundos no fim do dia. Relaxe e aceite. A não ser que vc se disponha a passar o dia limpando os pés depois dos templos, como vi alguns grupos de excursão fazendo.

- Buzina - É usada largamente como aviso, tal qual na Índia e outros países nos arredores. Não é instrumento para extravasar irritação, como no Brasil. E muito útil para quem está de motinha.

 

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De motinha (e chinelos)

 

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Shwezigon Pagoda

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Dia 16 – Mandalay

 

Acordamos cedo e sem despertador. Decidimos pegar um taxi para a entrada do Mandalay Palace, e de lá rodaríamos a pé pela área. O hotel falou que um taxi para lá era 5k. Achei caro. Mas fomos. E o preço é esse mesmo. Acho que teríamos andado até lá numa boa, mas seria meio monótono.

 

O palácio tem muita coisa vazia, lembra o de Bagan (o da tal “disneyficação”). Rodamos por lá, curtimos de forma relativamente rápida, e saímos. Custa 10k pra entrar no Palácio e precisa deixar o passaporte, e andar com uma identificação no peito. A área é toda cercada. Esse ticket de 10k dá direito a entrar em alguns monastérios nos arredores, que eram nossas próximas paradas.

 

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Mandalay Palace

 

 

Fui me guiando pelo mapa e seguindo algumas vezes por ruas pouco aprazíveis, mas tranquilas. Pareceu-me que a galera não anda muito a pé por lá, só motorizada ou de bicicleta. Vimos belíssimos monastérios e pagodas numa área a nordeste do palácio. Numa deles, a Kuthodaw, é onde está o “Maior livro do mundo”, que na verdade são lápides em série com inscrições. O LP informa que 2.400 monges levaram meses pra ler tudo, e lendo sem parar.

 

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Detalhes do Monastério Atumashi

 

 

Num desses templos uma menina veio nos oferecer de nos maquiar com tanaka, finalmente! Era meninas vendendo postais, na verdade elas faziam essa maquiagem com o intuito de vender os postais. Mas deixei 500 por cada, pela tanaka, achei justo. Com tempo e mão nas bochechas, a tanaka resseca e cai. Tanaka é aquele pó de árvore que a galera usa em massa por lá. É, talvez, uma das mais genuínas características de Myanmar.

 

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Monastério de Shwenandaw

 

 

O sol de 12hs em Mandalay era muito mais leve que Bagan. Ainda assim, com tempo de sobra, demos uma pausa para recarga num restaurante perto da subida para Mandalay Hill. Lugar para turistas, mas que tinha chope. Nos atende!

 

Vimos bem menos turistas em Mandalay do que em Bagan. Os preços são mais em conta também. Água saía a 300, quando em Bagan era sempre 400, 500.

 

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Vista de Mandalay Hill a partir do Kuthodaw Pagoda

 

 

Embora com menos estrangeiros, o turismo interno também me pareceu forte em Mandalay. Tiramos fotos algumas vezes com outros turistas de Myanmar, sempre muito legal. Alguns deles vinham praticar um pouco de inglês conosco. Galera é muito simpática. Em Mandalay os vendedores também são beeeeem mais light, não ficam assediando como em Bagan.

 

Perto da subida de Mandalay Hill tem o Kyauktawgyi. É mais um complexo do que um templo somente. Foi também um lugar em que turistas locais vieram algumas vezes falar conosco.

 

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Kyauktawgyi Pagoda

 

 

Depois de rodar pela área no fim da tarde fomos subir o Mandalay Hill. No caminho, um monge nos abordou e juntou-se a nós. Tinha lido no LP sobre isso, eles abordam estrangeiros para praticar inglês. Muito bacana! A comunicação é meio precária, mas foi muito legal trocar ideia com um monge. Ele nos contou que veio de uma cidade menor, onde não se podia estudar inglês! Em Mandalay, no monastério em que ele está, pode. Então ele sempre busca turistas pra conversar no caminho de Mandalay Hill. Subimos e descemos com ele, batemos longos papos. E tiramos fotos com turistas birmaneses de cidades pequenas que estavam em Mandalay. Nosso amigo monge fazia a ponte de comunicação entre nós e as famílias! O pôr do sol do alto do Mandalay Hill foi sem sol. Horizonte encoberto.

 

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Visual do anoitecer em Mandalay Hill

 

Descemos e pegamos um taxi para nossa área, pedimos para descer no night market. Achamos bem fraco, eram algumas barraquinhas meio chinatown. Mas era perto no nosso hotel, então voltamos andando mesmo. Ruas de Mandalay são meio que uma aventura para se andar, bem divertido. E finalmente jantamos num lugar de comida de rua em Myanmar, o Shwe Ma Ma. É mais chinês do que birmanês, na verdade. Foi ótimo, uma pechincha! Não é à toa que atrai muitos gringos, mas também tem muitos locais. Duas refeições e duas cervas grandes pela bagatela de 7,5 k. Isso não paga nem mesmo uma única refeição em alguns lugares! Foi dica que peguei no Tripadvisor, e porque era perto de onde estávamos. Nesse dia aproveitei que tinha uma massagem embaixo do nosso hotel e fui lá fazer. Pechincha de 7k. Não era grande coisa, mas tava bom.

 

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Mandalay Palace à noite

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Dia 17 – Mandalay

 

Dia de fazer o tour de carro, com motorista. Esquema patrão, mas é um passeio bem tradicional por lá. Paramos primeiro na Maha Muni Pagoda, templo enorme e importantíssimo. É daqueles que tem uma área em que só homens entram. Fico incomodado com isso, e não entro. E sempre me convidam, simpaticamente. Além disso rolava algum festejo por lá, com mulheres extremamente bem vestidas (e descalças!). Acho que era um casamento. Ficamos um bom tempo observando, é muito bacana ver esses costumes diferentes.

 

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Maha Muni Pagoda

 

 

Paramos numa loja (Aung Nan). Habitualmente eu pediria para dispensar essa parada, mas gostamos muito do que vimos na parte externa. Muitas coisas esculpidas em madeira, muitos trabalhos artesanais maravilhosos. A visita foi quase que como a uma galeria de obras de arte. Enormes portais de madeira trabalhados artesanalmente. A bem da verdade, já tínhamos visto uma loja assim na rua dos restaurantes em Bagan, também cheia de belos trabalhos minuciosos de alta qualidade (e a preços condizentes com a qualidade).

 

Em seguida fomos ao Monastério Amarapura (?). O LP dizia evitar, porque os monges vão almoçar em meio a um batalhão de turistas fotografando. De fato ocorre isso. E, tal qual vimos em Luang Prabang na Ronda das Almas, alguns dos turistas são muito sem noção. E há regras de comportamento escritas em inglês no local (solenemente ignoradas por esses sem noção).

 

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Monges como atração

 

 

Depois fomos para Sagaing Hill. Belo lugar, acho que ficaria um dia inteiro explorando. Ou mais. Estupas, pagodas, vista panorâmica, templos. Fomos em alguns lugares, e nem sempre sabia o nome (para quê?!), mas sei que gostaria de ter ido em mais. A região cativou.

 

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U Min Thonze Caves em Sagaing Hill

 

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Soon U Ponya Shin Pagoda, um dos vários templos em Sagaing Hill

 

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Visual do alto

 

 

A programação incluía uma pausa almoço depois de Sagaing Hill. Fomos num restaurante com preços mais altos. A janta do dia anterior jogou nossa barra de preços lá embaixo. Dois pratos e duas cervas grandes, tal qual no dia anterior, custaram 2,5 x mais!

 

Depois do almoço fomos para Inwa. Lá o assédio ao turista é intenso, e já tinha lido sobre isso no LP. De fato, é tipo Bagan. Mas é na boa, sem torrar a paciência (não é estilo Índia!). Chegamos, pegamos uma charrete por 10k, que vai em 4 lugares. Todos os roteiros são idênticos, a não ser que vc desenhe o seu e acorde algo diferente com o carroceiro. O ticket de 10k que compramos no Mandalay Palace serviu para as pagodas em Inwa também.

 

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Ruínas do Yadana Sinme Pagoda em Inwa

 

 

Um dos lugares, a torre, seria maneiro se estivesse aberta. Parece estar fechada há 10 anos, conforme entendi do carroceiro. Então não vejo muito o barato dali. As pagodas, o monastério e as ruínas são bem legais, e o cenário geral também. No entanto, turistas chegam em massa no meio da tarde, tal qual nós. Acho que os roteiros de carro são idênticos também. Mas há espaço pra todos.

 

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Monastério Bagayar, que fica em Inwa

 

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Me Nu Ok Kyaung

 

 

Uma coisa importante e interessante que verifiquei por lá (e em Myanmar de um modo geral) é que a galera tenta vender seus produtos, mas não fica pedindo dinheiro nem chorando um a mais. Ou melhor, vimos pedintes, mas raros. Preços não variam muito. O lado ruim é que tem muita criança vendendo. O LP relata que, com a expansão do turismo, algumas delas já estão largando a escola para trabalhar. É uma triste realidade que vem com a abertura do país para o turismo.

 

E fomos para a famosa ponte Ubein pra fechar o dia. Andamos até final dela, do outro lado, e voltamos até o meio. Fizemos uma pausa para a cerva meio da ponte. Havia uma pataiada impressionante por lá. Um exército de patos, centenas, mas muitos mesmo! Juntos. Cruzando a pé de um lado para outro, inclusive com um carro parado na estradinha por longos minutos pra que todos eles passassem. Um barato! Pena que era muito longe e não filmei. Ficou na memória.

 

A área anterior à ponte é um grande mercado. Vimos vários vendedores por lá já falando inglês muito bem. Alguns até melhor que barqueiros e motoristas. Vimos falando espanhol! Uma menina nos abordou e começou a falar espanhol, disse que queria praticar. Mas queria vender também, claro. Via de regra a galera ainda usa técnicas primárias de venda. É aquela coisa, “de onde vc é”, depois vem elogio ao Brasil (“Neymar!”), à pessoa (a que falava espanhol emendou um “muy guapa” para a Katia), etc.

 

Vi jovens com cortes de cabelo mais ousados, inclusive coloridos. Achei bacana ver os meninos de longyi e cabelos coloridos. Vi algumas meninas de cabelo verde, em diferentes lugares, parecia moda local. Bem bacana.

 

Nosso último pôr do sol em Myanmar foi, mais uma vez, sem sol, coberto por nuvens. Muitos turistas, mas muito mais locais do que estrangeiros. Não se engane, o lugar fica bem cheio. Aceleramos nossa cerveja porque, com o cair do sol, surgiu uma mosquitaiada que nos encheu o saco.

 

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U Bein Bridge em Amarapura

 

 

Partimos de volta. De noite fomos andar pelas ruas de Mandalay. Muitas lojas de roupas nos arredores e nas avenidas principais, muita gente comprando. Mas não tem lá grandes atrativos nas caminhadas noturnas por lá, era mais essa coisa de perceber coisas diferentes, as características locais mesmo. No mais, repetimos a dose de ontem: jantar, cerva e massagem.

 

A iluminação nas ruas de noite é fraca, o padrão é meio escuro. Mas já é avanço em relação aos constantes blackouts que li no livro do Delisle. As calçadas são largas, mas são tomadas. Sobretudo por carros, fazendo com que o pedestre ande na rua. Chega a ser surreal ter calçadas tão largas e andar na rua! As ruas são um mar de motocicletas. Ver até 3 pessoas numa moto não é incomum. Muitos usam, mas não é regra.

 

Esta foi nossa última noite em Myanmar.

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