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Ilha Grande, de novo, sofrendo com o turismo


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Para a matéria completa com fotos, acesse: O Eco

 

Paraíso à deriva

 

21.12.2006

 

Na manhã do dia 14 de dezembro era possível ver, da vila de Abraão, um transatlântico ancorado na Baía de Ilha Grande, no sul do estado do Rio. Não era uma cena comum. Afinal, apenas uma vez, em novembro de 2005, um navio como esse fez escala na ilha, com 600 passageiros a bordo. Este ano, poucos minutos após a aparição do transatlântico, começaram a chegar lanchas que faziam dezenas de viagens levando os turistas para a região insular. Uma horda. No desembarque, foram recebidos com caipirinhas grátis, lotaram os bares, fizeram compras, abarrotaram as pequenas praias da enseada do Abraaão. No fim da tarde, voltaram ao navio.

 

De janeiro a março, um outro navio, o Island Star, já tem pelo menos três paradas agendadas em Ilha Grande. Com 208 metros de extensão e capacidade para 1.875 passageiros, fora os 500 tripulantes, o transatlântico obteve a permissão da Capitania dos Portos para permenecer entre 10h e 20h parado na Baía de Ilha Grande. De acordo com o empresário Eduardo Galante, que é conhecido como a pessoa que conseguiu levar esse nicho do turismo para a ilha, os próximos navios poderão ancorar dentro da enseada, a apenas mil metros do pequeno cais de Abraão.

 

Para os comerciantes o desembarque dos turistas significa muito dinheiro. “Em mais ou menos oito horas de permanência na vila, estimamos que as pessoas deixem, no mínimo, 45 mil reais”, comemora Galante, presidente do Ilha Grande Convention & Visitors Bureau. “Espero que no Island Star mais pessoas desçam. É fome de gastar”, diz.

 

Galante só vê vantagens na visita de transatlânticos à Ilha Grande – que não tem resorts, grandes hotéis ou estrutura para absorver turismo de luxo, embora os preços dos serviços oferecidos em Abraão sejam sempre muito altos em função da presença quase majoritária de estrangeiros. Questionado sobre os impactos de tanta gente consumindo tudo que pode e abarrotando as praias em um curto espaço de tempo, o empresário assegura que a ilha comporta, e com folga, esse movimento. “Isso não é nada. A ilha recebe pelo menos duas barcas com capacidade para duas mil pessoas todos os dias. Quando os 1.700 passageiros do navio desembarcam em Abraão, eles praticamente somem”.

 

Mas isso pode ser muita gente se somado ao movimento de cercade 12 mil pessoas em Abraão na época de Carnaval e Réveillon. São campistas e turistas de todas as classes sociais em busca de praias de águas límpidas, mas que há muito, nesses períodos, deixaram de ser aprazíveis. E, quando Galante lembra disso, diz que não quer ver a ilha superlotada. “O público de transatlântico é mais seleto, mais civilizado. Como há regras a serem seguidas dentro do navio, as pessoas sofrem uma 'educação interna' por lá”, diz. Diferente de quando desembarcam nas praias, onde nem sempre seguem esse tipo de conduta.

 

Despreparo

 

Até o fechamento desta edição, os policiais militares do Batalhão Florestal lotados em Ilha Grande e em Angra dos Reis não sabiam informar que tipo de atividades estão planejadas para o período de Natal e Ano Novo na ilha. Se acontecer como em anos anteriores, Abraão -- a maior vila, com cerca de 140 pousadas e principal ponto de chegada e saída de turistas -- corre o risco de ficar despatrulhada. Policiais contam que nesta época do ano costumam ser transferidos à cidade do Rio de Janeiro para reforçar a segurança durante o Réveillon em Copacabana, deixando Abraão totalmente desguarnecido.

 

Segundo um policial que não quis se identificar, o Batalhão Florestal conta com no máximo quatro homens e em esquema de revezamento para patrulhar os 193 quilômetros quadrados de Ilha Grande. E, pelo andar da carruagem, pode ser que em mais este fim de ano reste apenas um em Abraão. “Essa é a época em que a ilha mais recebe gente. Ficamos sem controle”, diz. Sem barcos ou quaisquer veículos motores. É a pé que eles costumam fazer vistorias, sendo que hoje nem autuar crimes ambientais podem mais. Segundo ele, havia um convênio com o Ibama, que fornecia blocos de autuações, mas isso acabou e agora eles ficam de mãos atadas. Ou melhor, vazias.

 

O assessor de imprensa e tenente coronel Leonardo, da Polícia Militar, diz que o convênio com o Ibama terminou e que é o órgão que deve apresentar uma nova proposta à Secretaria de Segurança Pública para ser reiniciado. O tenente coronel restringiu-se a dizer que o número de policiais militares na ilha é suficiente, e não quis responder à reportagem quantos homens estão lotados por lá. Também negou que os policiais sejam remanejados em ocasiões especiais. “Haverá um incremento principalmente no período entre o dia 26 de dezembro e 8 de janeiro, inclusive com a instalação de um posto ambiental na praia do Aventureiro”, informou.

 

Tempo limitado

 

A praia do Aventureiro é uma das mais procuradas por campistas e surfistas. É possível alcançá-la a pé, por longas trilhas, ou de barco, enfrentando mar aberto. Este ano há ainda uma situação inusitada. Ilegal desde que foi decretada a Reserva Biológica da Praia do Sul, em 1981, o camping na praia do Aventureiro está autorizado para 560 pessoas. O que ninguém sabe é de que maneira vão limitar o acesso dessas 560 pessoas - e não 570, 600, mil ou três mil pessoas - nesta pequena praia do lado oceânico da ilha, como por várias vezes já se constatou. A bióloga da Feema responsável pela reserva biológica, Norma Crud Maciel, ficou surpresa com o fato de o Ministério Público Estadual de Angra dos Reis estar obrigando a institutição a permitir camping numa unidade de conservação como aquela. “Pela primeira vez eu o vejo passando por cima do Snuc [sistema Nacional de Unidades de Conservação]”, reclama. “Eu esperava que o MP viesse violentamente em cima de nós, nos obrigando a desafetar a praia do Aventureiro da reserva. E nós responderíamos que é o Instituito Estadual de Florestas que pediu vistas ao processo e o mantém parado por um ano e meio”, explica a bióloga.

 

Enquanto esse processo não anda por causa de uma outra proposta em curso para transformação da pequena praia de Aventureiro em Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS), os problemas ambientais continuam correndo em ritmo acelerado. “Houve um crescimento desordenado terrivel de bares. Aquilo lá está ficando um favelão”, explica Norma. E pelas mãos dos próprios moradores de Aventureiro que se dizem caiçaras e merecedores da RDS. “Caiçaras eles não são mais. Eu tenho uma lista com 12 casas que eles venderam, onde pessoas que não são da comunidade já estão morando. Vinte e dois deles têm residência em Angra, com geladeira, fogão, televisor, celular, como qualquer um de nós, e usam o terreno de Aventureiro para alugar a campistas”, diz.

 

Procurada pela reportagem, a secretária de meio ambiente de Angra dos Reis, responsável pela região, não foi encontrada. Seu substituto, Leonardo Maltaroli, esquivou-se e pediu desculpas por não saber responder nenhuma pergunta sobre Ilha Grande porque está há apenas uma semana no cargo.

 

Fonte: www.oeco.org.br

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  • 3 semanas depois...
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A situação da degradação ambiental em Ilha Grande é tão ampla e envolve tantos aspectos que em apenas uma semana andando pela ilha e conversando com moradores, comerciantes e autoridades policiais bastaram-me para acabar com quaisquer resquícios de esperança numa reversão desse processo cada vez mais acelerado.

A omissão do poder público foi a primeira coisa que me causou impacto ainda em Angra dos Reis, o processo de favelamento já tomou conta dos seus morros como extensão da baixada fluminense e isto já deixou de ser um problema social, é um aspecto cultural absorvido pela omissão pública, pela comodidade e preguiça do povo e cenário de espetáculo para a mídia.

Em Ilha Grande é travada uma batalha diária pela população “dos moradores locais”, mas lamentavelmente esta não é uma guerra pela preservação da natureza, tampouco estão do mesmo lado no campo de batalha. Aqui só existe uma palavra de ordem: dinheiro.

E a exploração, ganância e estupidez humana não têm limites. “Pagando bem... Que mal tem?”

Na época de Réveillon e Carnaval os barqueiros em Abraão chegam a cobrar R$ 60,00 por pessoa para levá-las à Caxadaço, Parnaióca ou Aventureiros, mas como isso é dinheiro de uma refeição em alguns restaurantes da vila, por R$ 100,00 alguns criminosos levam turistas para fazerem camping selvagem nestes locais com data marcada para buscá-los.

Isto é parte do lixo que recolhi em Caxadaço dia 01, resultado de um acampamento de 2 ou 3 pessoas que permaneceram lá por uns três dias:

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Saco do Céu é um pedacinho do paraíso para poucos, para poucos que po$$uem muito para manter suas mansões, pousadas e veleiros.

Mas como Céu este não existiria se não houvesse um inferno e transformar o paraíso em inferno está na natureza do homem.

O mangue além de área de reprodução e berçario da fauna e flora marinha funciona como um filtro natural, com a maré cheia o lixo flutuante lançado ao mar é levado para fora pelas ondas que acabam presos lá quando a maré baixa:

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E aquilo que escapa ao mangue fica retido na restinga:

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Na área de restinga da Praia do Camiranga a situação não é diferente:

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Abaixo vemos um tubo proveniente de uma mansão que estava oculto por cimento e pelas pedras que despeja esgoto "in natura" no Saco do Céu:

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Mais a frente o píer particular do filho da p*** que faz do Saco do Céu uma latrina:

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Em breve postarei mais fotos comentadas sobre Ilha Grande.

 

Abraços.

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  • 2 semanas depois...
  • Membros de Honra
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"Galante só vê vantagens na visita de transatlânticos à Ilha Grande – que não tem resorts, grandes hotéis ou estrutura para absorver turismo de luxo, embora os preços dos serviços oferecidos em Abraão sejam sempre muito altos em função da presença quase majoritária de estrangeiros. Questionado sobre os impactos de tanta gente consumindo tudo que pode e abarrotando as praias em um curto espaço de tempo, o empresário assegura que a ilha comporta, e com folga, esse movimento. “Isso não é nada. A ilha recebe pelo menos duas barcas com capacidade para duas mil pessoas todos os dias. Quando os 1.700 passageiros do navio desembarcam em Abraão, eles praticamente somem”.

Apesar do lixo produzido na Vila do Abraão ser recolhido com regularidade diariamente, podemos concluir pela imagem abaixo que: ou existe uma quantidade insuficiente de lixeiras ou existem pessoas demais ocupando um pequeno espaço num curto período de tempo... O que me faz lembrar que a matemática é uma ciência exata.

 

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E esse lixo todo é retirado da ilha de forma inadequada.

Além de ser recolhido pelo mesmo Cais de Turismo entre 9 e 11 horas, horários em que o tráfego de turistas no local é grande, pois muitos barcos vindos de Angra (incluindo a Barca) e Mangaratiba chegam nesse período os sacos são manipulados com as mãos nuas pelos garis.

Jogados para dentro do barco muitos deles se rasgam deixando o lixo cair sobre o Cais ou diretamente na água, o que cai sobre o Cais é simplesmente chutado para dentro do barco resultando em mais lixo caindo na água.

 

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Se essas concentrações descontroladas de pessoas num curto período de tempo produzem essa quantidade de lixo imaginem o impacto ambiental que causam nas trilhas.

Abaixo fotografias realizadas no dia 04 deste mês na trilha que leva até a Praia de Lopes Mendes.

 

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Trilha é modo de dizer pois já está virando uma rua.

 

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  • Admin

Deus Maria José!

 

Ei Sandman,

 

Parabéns pelas fotos. Isso me lembra um tópico que tinhamos aqui falando sobre "Grupos em Trilhas".

 

Nossa hein! Que lamentável isso! Vão acabar com tudo mesmo!

 

Esse tópico tinha que ir pra um tópico fixo lá no Papo Mochileiro pra servir de alerta pro pessoal que tá começando agora e acha que "Mochilar" é viajar dessa forma aí das fotos!

 

Silnei

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  • 2 semanas depois...
  • Membros de Honra

É realmente deprimente nos depararmos com cenas como essas “numa trilha”, ainda mais sendo numa Área de Proteção Ambiental – (APA dos TAMOIOS).

 

Esse processo não apenas vergonhoso mas CRIMINOSO se dá de duas formas:

Durante a alta temporada “Reveillon, Carnaval e férias estudantis de julho” os turistas hospedados na Vila do Abraão ou apenas passando o dia se dirigem para Lopes Mendes pegando as escunas em Abraão que por R$ 10,00 os deixam na Praia de Pouso, onde se inicia a trilha.

Cada escuna comporta em média 50 passageiros e os barqueiros fazem o possível para saírem com lotação máxima.

Como a concentração de turistas está na casa dos milhares, durante a temporada são comuns várias escunas chegarem ao mesmo tempo em Pouso gerando grupos de dezenas a centenas de pessoas passando ao mesmo tempo na trilha.

Durante o verão é comum ocorrer breves períodos de chuva no meio da tarde fazendo com que a maioria dessas pessoas em Lopes Mendes voltem quase todas ao mesmo tempo para Pouso.

Por ser uma trilha muito “batida” e já bastante larga não tem forração vegetal nem a proteção das árvores fazendo com que o barro de tão pisado vire um sabão provocando este congestionamento humano que se segue nas fotos.

 

Mas os problemas não param por aí... Tem muito mais! O leque da degradação ambiental aqui é amplo.

Para a maioria dos viajantes, independente se são turistas de um cruzeiro luxuoso ou um mochileiro consciente de regras de mínimo impacto as fotos a seguir aparentemente não representam alguma ameaça:

 

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Mas vamos saber mais sobre este bichinho, ignorados por muitos como um verme insignificante.

 

"Este tipo de caramujo é bem conhecido na Ilha Grande, ele é um invasor, exótico, está em desequilíbrio ecológico e deve ser controlado.

Esta espécie de caramujo é nativa do leste e nordeste africanos e chegou ao Brasil na década de 80, como alternativa econômica. A idéia inicial seria comercializá-lo a um preço inferior ao escargot.

Importado ilegalmente, foi introduzido em fazendas no interior do Paraná e escapou para o meio ambiente, aclimatando-se em várias regiões brasileiras. Desde então, passou a ser chamado também de "falso-escargot". O caramujo africano é uma espécie exótica invasora. Tais espécies representam, atualmente, a segunda maior causa de perda de biodiversidade no Planeta, só perdem para os desmatamentos. Além das doenças que pode transmitir como a Angiostrongilíase meningoencefálica humana (que causa dores de cabeça e distúrbios nervosos) e a Angiostrongilíase abdominal (que causa perfuração intestinal e hemorragia abdominal), o caramujo ataca, destrói plantações e compete por espaços com outros moluscos da fauna nativa, podendo levá-los à extinção já que causam o desequilíbrio do ambiente. Ao aumentar sua população, os caramujos passam a dominar o território, expulsando os verdadeiros donos do lugar.

As espécies expulsas não têm para onde ir causando o desequilíbrio ambiental. A partir daí outras pragas podem surgir, já que o ambiente perde seu controle no local. Para combatê-los a prefeitura e a população deve coletá-los e eliminá-los corretamente. Para efetuar as coletas, as mãos devem estar protegidas para evitar o contato da pele humana com a mucosa do caramujo. Estes caramujos devem ser colocados em sacos plásticos, amassados e enterrados com cal virgem, ou queimados, para evitar futuras contaminações. O trabalho para eliminá-los deve ser diário, até que se consiga reduzir significativamente a quantidade de caramujos.

O controle do caramujo é a maneira correta de evitar o surgimento de doenças.

Projeto Abelha - Natureza

UFRRJ

Letícia Mourão e Thiago Rodrigues e Cristina Lorenzon."

 

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Na Ilha Grande o Caramujo africano foi introduzido no início da década de 80 por comerciantes que passaram a criá-los para atender “paladares refinados”, hoje é uma praga devastando a vegetação e provocando desequilíbrio biológico.

 

Numa certa noite, ao abrir a barraca para sair me deparei com estes, e mais onze em volta dela.

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Para concluir esta série de fotos sobre poluição e degradação ambiental na Ilha Grande deixo um registro de lixo que encontrei num córrego que deságua na Praia de Santo Antonio e do entulho que está sendo acumulado por morador na estrada que liga Abraão a Dois Rios.

 

Encontrei uma área de restinga na prainha selvagem de Santo Antonio destruída por acampamentos selvagens e em clareiras na mata além do lixo resultado de alimentação havia pedaços de rede de pesca, pedaços de isopor que são usados como bóia, frascos de óleo para motor e caixas plásticas quebradas utilizadas para transportar peixe.

 

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Tem um trecho da estrada para Dois Rios que virou depósito de entulho de um morador, são fogões, máquinas de costura, restos de armários, forno de microondas e outras tranqueiras apodrecendo na estrada, não é nem ao lado dela é na estrada mesmo! Onde os carros de serviços públicos e pessoas passam no meio deste lixo.

Estão lá há anos e nenhum fiscal da prefeitura, da FEEMA (Secretaria de Estado de Meio Ambiente), bombeiro ou outro morador se dignifica a tomar uma atitude para sua remoção.

 

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Mais fotos da Ilha Grande acessem:

http://docemundodeilusoes.multiply.com/photos/album/49

 

http://docemundodeilusoes.multiply.com/photos/album/51/51

Editado por Visitante
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É surpreendentemente impressionante o ponto em que os seres racionais chegam não é? Veja bem: antes os nativos viviam em prol de uma maravilha abençoada por Deus, hoje estes mesmos fazem parte da modernização e capitalização de tudo, seja de qual maneira for ou o que for... Triste, muito triste. O que deveria ser um local onde simplesmente a conexão com o puro e celestial fosse completamente assídua, agora vimo-nos indo preocupados com o que nos espera... Triste mesmo... Estou tão chocado com isso que sequer consigo colocar em palaras os milhões de pensamentos que cercam minha cabeça....

 

=/

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