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Perrengue no Pico do Corcovado e Trilha Camburi


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  • Membros de Honra

Olá galera também realizei a travessia de Camburi/Trindade nos dias 01/02 de Outubro, segue um relato para complementar as informações do Augusto que foram muito úteis pra mim.

 

As fotos estão no endereço: http://diarionamochila.multiply.com/photos/album/11

 

[]'s

Rodrigo

 


Mesmo com o inverno fora de hora, previsão de chuva e informações de trilha difícil e fechada a vontade de curtir uma Trindade fora de temporada prevaleceu e partimos de Sampa na sexta feira (30/09) aproximadamente as 20hrs em direção à Paraty onde passaríamos a noite pra encarar travessia de Camburi (Ubatuba) / Cachadaço (Trindade). O grupo formado foi Amarildo, Bruno, Rafael, William, Roberta e eu.

 

Chegamos em Paraty perto da meia-noite e achamos inconveniente montar barraca essa hora para no outro dia sair logo cedo em direção à divisa, portanto, perguntando pela cidade achamos um albergue chamado Canto do Rio com preço mais em conta e acomodações mais modestas também.. negociando conseguimos R$18 pra passar a noite com direito a uma ducha quente privativa e colchões bem macios.

 

O sábado começa cedo pra gente, o ônibus com destino à divisa de Ubatuba partia às 7:10 e ainda deu tempo de tomar um cafézinho da padaria próxima à rodoviária. O caminho até a divisa é curto porém é um pinga-pinga danado que no fim da viagem o bus estava quase cheio, após 40 minutos chegamos no nosso destino que é a cachoeira da escada, fica 1 km depois da divisa entre o Rio e Sampa. Uma parada pra observar melhor essa bonita cachoeira quando um filhote de jararaca nos chamou a atenção.

 

Começamos a caminhada na estrada mesmo, atravessamos a BR e pegamos a estradinha que dá acesso à praia de Camburi, são 3km de estradas de terra relativamente boa e com um bonito visual com cachoeiras e rios cortando o caminho. Descemos até a praia afim de conhecê-la mesmo sabendo que a entrada da trilha era antes da praia e antes do Camping Ypê.

 

Depois de algumas fotos fomos procurar a entrada da trilha e foi aí onde tivemos um pouco de dificuldade com as informações até perguntar a alguns locais que nos indicaram a rua que devíamos entrar. Subimos pela Rua Vitória Felipe dos Santos Soares, passamos por uma ponte com um rio cortando formando um belo poço para um bom banho, continuando a subida chegamos até umas casas de caiçaras, perguntamos sobre a trilha a uma senhora que estava lá e ela se negou a dar informação pois o último grupo que ela instruiu, eles acabaram se perdendo e ficaram 3 dias perdidos na mata no entanto ela disse que existia um caminho melhor mas não sabia, quem sabia era Celso, seu genro que nos mostrou uma estradinha de terra que havíamos passado já a direita. Subimos essa estrada e caímos em mais casas de caiçaras, um campinho onde crianças jogavam bola e então veio um local todo solicito chamado Edinélson que nos apontou o começo da trilha.

 

Era 10 horas quando começamos a trilha, no início uma subidona forte que nos leva até a crista do morro, depois uma caminhada leve pela crista porém vegetação seca e muito abafado sem contar o sol que estava castigando, o único atrativo era olhar para trás e ver a bela praia de Camburi ficando distante.

 

Depois de uma caminhada pela crista chegamos a nossa primeira bifurcação onde informações davam conta que devíamos entrar a esquerda pois as picadas a direita nos levariam aos costões e nos perderíamos da trilha. Portanto seguimos a esquerda e daqui pra frente foi só perrengue.. a mata muito fechada devido as várias árvores caídas, a trilha não estava clara e tínhamos que caminhar se abaixando por troncos e esquivando de espinhos até chegar em um trecho onde a trilha encolheu muito e do lado direito era só barranco e estava muito escorregadia, todo cuidado foi pouco nessa hora além de termos uma atenção redobrada após avistarmos uma cobra.

 

Nesse trecho encontramos algumas fitas laranjas com marcações de números, provavelmente de alguma corrida de aventura, mas era um indicador que pelo menos estávamos no caminho correto. Após o trecho crítico alcançamos uma fonte de água onde paramos para abastecer nossos cantis e descansar um pouco. Continuamos logo e a trilha novamente fechou muito, nos obrigando a subir por trilhas alternativas para desviar de troncos caídos, pelo menos estávamos na crista ainda. A partir daí foi descida e haja joelho, avistamos uma praia ao nosso lado esquerdo da trilha o que me deu a impressão de estar voltando para Camburi, mas felizmente eu estava enganado, já era as famosas praias de Trindade. Continuamos a descida forte até chegarmos ao marco da divisa com umas 4 horas de caminhada.

 

Daqui pra frente foi tudo tranquilo, a trilha muito mais aberta e segura e em menos de hora chegamos ao Camping já na praia do Cachadaço. Fomos direto para as piscinas pra aproveitar o sol, demos um mergulho, comemos aquele lanche e apressamos nossa ida para o centrinho devido a chuva que se aproximava.

 

No sábado pelo menos a chuva foi só de passagem, a noite ficou muito gostosa, depois de montarmos acampamento fomos nos servir no PF à R$7 do Brancas Restaurante, muito boa a comida e bom atendimento também.. a noite agradável nos permitiu a um passeio pela tranquila praia e uma bela cervejada.

 

Infelizmente no domingão a previsão de chuva se confirmou o que apressou um pouco nossa saída, mas todos estavam satisfeitos pela trip pois é sempre bom encarar um perrengue de trilha, saborear uma cervejinha gelada com os amigos, dormir de frente pro mar ouvindo o barulho das ondas e ver aquela Trindade bem tranquila e longe da bagunça infernal que tomou conta dela em alta temporada e feriados.

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  • Membros de Honra

Fala Jorge, depois da divisa tá muito fácil mesmo.. perguntei para os caiçaras e eles disseram que o pessoal do meio ambiente andaram limpando a trilha recentemente. O trecho mais crítico é quando ela estreita, ali tem muita árvore caída e o barranco do lado direito.

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  • Membros de Honra

E aí Rodrigo.

 

Parabéns p/ vcs hein.

 

Pelo relato deu p/ notar q vcs fizeram o mesmo precurso q eu o Jorjão tinhamos feito. Seguindo aquelas fitas.

 

E lá no marco de concreto, como tá o mato? Muito fechado?

 

Será q vcs não encontraram algumas francesas fazendo topless lá no Caxadaço? :lol::lol::lol::lol::lol::lol::lol::lol:

 

E sobre o Cafofo do Gusmão a q o Jorjão se referiu, muito cuidado.

Lá a marijuana rola solta. :wink::wink::wink::wink::wink::wink:

 

 

Abcs

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  • Membros de Honra

Então.. depois da divisa, ainda comentei com o grupo q ia ser a pior parte, q nada.... tá muito fácil de caminhar lá, deu pra perceber que limparam recentemente esse trecho.

 

O ponto ruim q eu achei é no início, logo depois que chega a crista e começa a estreitar a trilha. Lá tá fechado com muita árvore caída, espinhos, escorregadio e o barranco do lado direito.

 

O cafofo é o camping lá? se for tava fechado.. não tinha nada, nem francesas, nem marijuana.. nem nada!

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  • 3 semanas depois...
  • Membros de Honra

Oi Rodrigo.

 

O pessoal de Trindade deve ter dado uma boa limpada na trilha, viu.

Para estar desse jeito. Só pode ser.

 

Na época q fiz essa trilha, um morador de Camburi tinha dito q tinham limpado a trecho do lado Paulista a muitos anos atrás.

Não ia demorar muito p/ a trilha se fechar de novo.

 

Um outra opção é seguir o relato do Sérgio Beck, q ele colocou na Revista dele.

Ela evita esse trecho da crista.

 

 

Esse cafofo é como uma cabana. Ele está no mesmo terreno do camping onde a trilha termina.

É só subir umas escadas de pedra. Assim q vc chega no portão q separa o camping da areia da praia, dá p/ ver ele bem a esquerda.

 

 

Eu não achei muito legal o lugar, não.

 

Na verdade é uma opção barata p/ quem não tem barraca e nem dinheiro p/ pagar uma Pousada.

 

 

 

 

Abcs.

 

 

Augusto

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  • 2 meses depois...
  • 8 meses depois...
  • Membros de Honra

Oi Ivan.

 

Qto cobraram de vc por deixar o carro naquele comunidade de indios?

 

Já fiquei sabendo de pessoas que deixaram o carro no Camping Tour, saindo bem de manhã do Camping e retornando a noite.

Ir e voltar no mesmo dia pode compensar porque não se leva nada de peso na mochila. Só basico.

 

Qto aos assaltos, eu também, nas 2x que subi lá, nunca ouvi falar sobre isso.

 

O que tá acontecendo lá que é deploravel é a galera estar deixando lixo ao longo da trilha e no topo.

 

Teve uma ONG que subiu lá em Julho de 2006 e encontrou uma quantidade muito grande.

 

 

 

Abcs.

 

 

 

Augusto

 

 

Olá Pedro,

 

fiz três vezes a subida do Corcovado. E em todas elas, deixei meu carro na comunidade de índios que moram ao lado do campo de futebol, no bairro do corcovado. Em nenhuma delas eu ouvi falar de assaltos.

A última subida fiz recentemente, 21 e 22 de janeiro 2006.

E a área crista, está bem fechada.

Tenho algumas fotos e o relato das duas primeiras subidas que fiz, em 2002 e em 2003, no site www.trempe.com.br/ivan

 

Falou !

Ivan.

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  • 5 meses depois...

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