Sociedade dos Poetas Mochileiros - participe você também!!!

A Natureza que me guia

Não tenho rumo na caminhada, sigo meus passos mata adentro.

Os galhos e o verde das árvores se fundem ao canto do riacho, dos pássaros e dos meus pensamentos.

O sol, majestosamente se interpõe entre as copas das árvores fazendo multipontos luminosos, clareando e dando um ar místico ao meu doce e calmo caminhar.

Vou subindo a encosta da montanha, procurando um local adequado para assistir o pôr-do-sol antes do maior espetáculo, a hora que as estrelas no céu adentrar.

A natureza se veste com a túnica negra da noite, escondendo o caminho percorrido e revelando seus seres secretos noturnos.

O lampião ilumina minha humilde e frágil casa, e eu tento ler um trecho de um livro que conta a história e os segredos do mundo.

Minha alma e meu corpo se depreendem e adentro ao mundo dos sonhos imerso no segregar da mãe natura.

Acordo com a sinfonia dos pássaros e do riacho, o sol ilumina novamente toda a minha humilde e agradável aventura.

Cura da Natureza

vai la sabe sabe alguma também? Um trilheiro ou mochieleiro, sempre tem uma música no coração, uma canção ou um poema que lhe acompanha em suas façanhas diz ae qual é o seu ou a sua?

Natureza Criadora

Gibran Khalil Gibran - Na Floresta.

Na floresta nao existe ignorante ou sabio: quando os ramos se agitam, a ninguem reverenciam. O saber humano eh ilusorio como a cerraçao dos campos que se esvai quando o sol se levanta no horizonte.

Da-me a flauta e canta. O canto eh o melhor saber e o lamento da flauta sobrevive ao cintilar das estrelas.

Na floresta so existe lembranças dos amorosos. Os que dominaram o Mundo e oprimiram e conquistaram, seus nomes sao como letras nos nomes dos criminosos. Conquistador entre nos eh aquele que sabe amar.

Da-me a flauta e canta, e esquece a injustiça do opressor, pois o lirio eh taça para o orvalho e nao para o sangue.

Na floresta nao ha crítico ou censor. Se as gazelas se agitam quando avistam o companheiro a aguia nao diz: "Que estranho!". Sabio entre nos eh aquele que julga estranho apenas o que eh estranho.

a-me a flauta e canta, o canto eh a melhor loucura e o lamento da flauta sobrevive aos ponderados e aos racionais.

Na floresta nao existem homens livres ou escravos. Todas as glorias sao vas como borbulhas na água. Quando a amendoeira lança suas flores sobre o espinheiro nao diz: "Ele eh desprezivel e eu sou um grande senhor".

Da-me a flauta e canta, que o canto eh a gloria autentica, e o lamento da flauta sobrevive ao nobre e ao vil.

Na floresta nao existe fortaleza ou fragilidade. Quando o leao ruge nao dizem: "Ele eh temivel". A vontade humana eh apenas uma sombra que vagueia no espaço do pensamento e o direito dos homens fenece como as folhas de outono.

Da-me a flauta e canta. O canto eh a força do espírito e o lamento da flauta sobrevive ao apagamento dos sois.

A Floresta

Gibran Khalil Gibran

Na floresta não existe nem rebanho, nem pastor

Quando o inverno caminha, segue seu distinto curso como faz a

primavera

Os homens nasceram escravos daquele que repudia a submissão

Se ele um dia se levanta, lhes indica o caminho, com ele caminharão

Dá-me a flauta e canta!

O canto é o pasto das mentes

E o lamento da flauta perdura mais que rebanho e pastor.