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Cidade histórica de São Paulo é destruída em enchente


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  • Membros de Honra

:arrow:Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1432576-5605,00-SAO+LUIS+DO+PARAITINGA+DECRETA+ESTADO+DE+CALAMIDADE+PUBLICA+POR+CAUSA+DA+CH.html

02/01/10 - 12h43 - Atualizado em 02/01/10 - 13h58

 

[t1]São Luís do Paraitinga decreta estado de calamidade pública por causa da chuva[/t1]

[t3]20% da população do município tiveram de sair de casa, interior de SP.

Em Aparecida, 135 residências foram atingidas por temporal de sexta (1º)[/t3]

Do G1, com informações do SPTV

 

A prefeitura de São Luís do Paraitinga, a 182 quilômetros de São Paulo, decretou estado de calamidade pública depois de mais de 2 mil pessoas da cidade (20% da população) ficarem desabrigadas. Suas casas ficaram alagadas por causa da chuva que atingiu o estado na sexta-feira (1º).

 

[picturethis=http://www.estadao.com.br/fotos/para2(1).jpg 600 400 ][/picturethis]Centro histórico de São Luís do Paraitinga. Foto: Rogerio Marques/Vale Paraibano

 

Segundo a Defesa Civil, os acessos a São Luis do Paraitinga estão interditados. Na zona rural, alguns bairros estão isolados por conta de alagamentos e queda de barreiras e nem os técnicos conseguem chegar aos locais atingidos. O Rio Paraitinga subiu dez metros. A cidade está sem comunicação e o abastecimento de água e luz está prejudicado.

Todo o comércio e cerca de 500 casas do centro histórico foram atingidas pela água. Botes foram usados para retirar os moradores que ficaram ilhados. Os agentes da Defesa Civil pedem doações de mantimentos, água, colchão, cesta básica e medicamentos.

 

Momento em que a Igreja Matriz de São Luís de Tolosa ruiu peranta as águas da enchente na tarde deste sábado 02 de janeiro de 2010.

 

[align=center]

[/align]

[t3]Aparecida[/t3]

 

Em Aparecida, a 167 km de São Paulo, famílias também ficaram desabrigadas depois que o Rio Paraíba do Sul transbordou na virada do ano. Cento e trinta e cinco residências da cidade foram afetadas pela cheia.

 

Não chove na cidade desde sexta, mas o nível do rio continua subindo. A Defesa Civil não tem pluviômetro. Dezesseis pessoas continuam no abrigo da prefeitura. Outras estão na casa de parentes e amigos.

 

[creditos]

[/creditos] Editado por Visitante
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  • Membros de Honra

Nossa, eu fiquei muito, muito arrasada com essa notícia. Aliás, esse final de ano foi um caos pra tanta gente :(

Aquele rio de São Luis é um perigo mesmo. Qualquer garoa já inunda tudo. Já tive que atravessar a estrada à pé, com a água na cintura por causa da chuva que começa desde lá em cima na nascente dele e vai até a cidade.

Espero que fique tudo bem logo e que a prefeitura arranje uma saída logo pra esse problema.

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  • Membros de Honra

Também freqüento São Luiz do Paraitinga a alguns anos Milena.

Não tenho muito o que dizer diante de cenas tão tristes. :cry:

Li que a Capela das Mercês também foi danificada.

 

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100102213748.jpg 600 400 ][/picturethis]

Curso normal do Rio Paraitinga.

Praça Oswaldo Cruz (teto do coreto a vista).

Telhado do Mercado Municipal.

Ruínas da igreja Matriz São Luís de Tolosa.

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  • Membros de Honra

Me partiu o coração ver essa noticia, somente hoje pela manha.

Pela enormidade da tragédia civil, com tanta gente desabrigada, pela enormidade da trajédia cultural, ao ver a cena da igreja matriz se desfazendo sobre a força das aguas. Li numa reportagem, pela manha, a citação de uma local que morava com vista para a torre da matriz... “Eu não falo mais nada. Só choro”...

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  • Membros

Muito triste mesmo...

 

Passei alguns anos da minha vida frequentando aquela cidade todos os finais de semana...

 

Foi com um nó na garganta que fui reconhecendo aos poucos os telhados das casas de alguns amigos e conhecidos (algumas casas, nem isto)...

 

Mas a imagem mais triste foi ver as construções ruindo... Enchentes causam muitos prejuízos, as pessoas perdem seus pertencem, demoram para se recuperar... mas, enquanto ainda há uma casa lá, elas volta e começam de novo... Agora, para algumas pessoas, só há uma pilha de tijolos para onde voltar...

 

E a Igreja Matriz, então... ela era mais do que apenas uma construção, era a referência para uma cidade de maioria católica... a casa de Deus... que também ruiu...

 

As cidades da região estão mobilizadas para arrecadar itens de emergência e o governo já disse que ajudará na reconstrução do patrimônio histórico...

 

E aí eu pergunto: adianta refazer a cidade naquele mesmo local???

 

Adoro São Luiz do Paraitinga, mas eu mesma já passei por uma enchente lá e todos sabem que elas são anuais, só variando a intensidade.

 

Me pergunto até se não era uma daquelas 'tragédias anunciadas'... que as pessoas sabem que pode acontecer, só não acreditam que vá mesmo acontecer...

 

Se a cidade for reerguida como era antes, quem garante que não acontecerá novamente?? Adianta o homem investir para manter o rio 'sobre controle'??

 

Claro que neste momento a única coisa que importa é melhorar de alguma forma a situação daquelas pessoas... mas fica o questinamento...

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  • Membros

É muito triste ver uma cidade passar por isso, pois lá existe muita história e cultura (além de ser um ótimo local para a pratica de esportes radicais).

Um carnaval colorido, onde você não vê uma briga, onde todo mundo pensa apenas em se divertir. Porém, esse ano a "folia" não vai existir.

Como já foi dito, cidades da região como SJC e Taubaté estão com postos de arrecadamento para ajudar a quem perdeu tudo.

Espero que esse povo tão alegre e acolhedor encontre forças para reerguer essa cidade maravilhosa, e que nosso "ilustríssimo" governador ajude a cidade, mas sem fins eleitorais.

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  • Membros de Honra
Muito triste mesmo...

 

E aí eu pergunto: adianta refazer a cidade naquele mesmo local???

Esta questão me faz considerar três implicações...

Primeiro: A enchente na cidade foi a soma de dois fatores: a ocupação da a área de várzea do rio e a quantidade e tempo de chuva concentrados sobre a região, devido ao fenômeno meteorológico ser atípico a devastação não foi prevista.

Como o homem não possui a ciência de controlar o clima, tampouco elaborar modelos de previsões precisos a cidade continuará onde está e vão investir em obras de contingência para as águas pluviais baseado naquilo que ele vivenciou.

Segundo: Quando você reconstrói uma cidade mesmo utilizando materiais e técnicas contemporâneas, mas preserva sua localidade geográfica você mantém uma linhagem histórica, a própria destruição e reconstrução passam a fazer parte dessa história. Quando se perde o vínculo geográfico, o vínculo histórico muda, deixa de ser uma reconstrução para ser uma reprodução e começa uma nova história.

E por último: Inevitavelmente os administradores públicos se farão a seguinte pergunta:

Será mais fácil e barato “domar” o rio ou “construir uma nova cidade” em outro lugar?

 

Adoro São Luiz do Paraitinga, mas eu mesma já passei por uma enchente lá e todos sabem que elas são anuais, só variando a intensidade.

 

Me pergunto até se não era uma daquelas 'tragédias anunciadas'... que as pessoas sabem que pode acontecer, só não acreditam que vá mesmo acontecer...

Este sempre é um questionamento comum após “desastres naturais”. Claro que muitas pessoas entendem os riscos e temem morar ao lado de um rio ou em baixo de uma encosta devido a dinâmica da natureza. Mas...

Por outro lado temos aqueles órgãos e departamentos como a Secretaria de Recursos Hídricos, Saneamento e Obras do Estado de São Paulo, Secretaria do Meio Ambiente, Defesa Civil, etc. Que a princípio deveriam agir de forma mais pragmática que contar com a sorte e a ajuda de São Pedro, mas entre ter atitudes pragmaticas e contar com a ajuda divina tem sempre um fator que decide o que será feito: atitude política.

 

Se a cidade for reerguida como era antes, quem garante que não acontecerá novamente??

Nada nem ninguém pode garantir que isso não volte a acontecer, no mínimo seria muita prepotência alguém afirmar o contrário.

Diante da incerteza os sonhos e a esperança falam mais alto, por isso não desistimos frente as adversidades e desafios. A evolução humana passa por esse processo desde que os primeiros grupos sociais estabeleceram assentamentos, muitas cidades foram destruídas e reconstruídas ao longo do tempo e continuará sendo assim.

 

Adianta o homem investir para manter o rio 'sobre controle'??

No ponto em que chegamos não temos escolha. A partir do momento que passamos a cultivar e edificar habitações nas várzeas dos rios precisamos investir em diques, barragens, efetuar dragagens para aprofundar seu leito, etc... Se os sistemas são falíveis isto já é outra questão.

 

Claro que neste momento a única coisa que importa é melhorar de alguma forma a situação daquelas pessoas... mas fica o questinamento...

A natureza não pode ser temida, nem tratada como obstáculo, precisa ser compreendida e respeitada... Para muitos é tempo de aprender e começar de novo, entender que o conceito mais simples de ecologia é equilíbrio.

 

Abraços. 8)

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  • Membros

Se as enchentes anteriores não eram prova o bastante de que este equilíbrio já havia sido quebrado, agora acho que não restam dúvidas. Não considero o fenômeno das chuvas concentradas um fato 'atípico'. Enchentes lá são anuais e há alguns anos a inundação chegou nas escadarias da mesma Matriz que agora ruiu.

 

Diques, barragens, aprofundamento de leitos... resolvem mesmo?? É o que estamos vendo por aí (inclusive fora do Brasil)?? Ou é apenas uma forma do homem se sentir um pouco menos impotente diante da natureza??

 

De qualquer forma eu não estava falando em um êxodo, só em uma reestruturação da cidade aproveitando partes mais altas. Concordo que a cidade não deva perder seu ponto geográfico, mas uma boa parte da cidade fica praticamente ao nível do rio.

 

Pode ser muito fácil para quem não está lá falar, mas minha opinião é de que antes um povo ter que reconstruir sua 'identidade' (no caso, as construções) que perder sua vida. A enchente foi terrível, mas o maior patrimônio daquela cidade não foi levado. Vamos aguardar que tenhamos a mesma 'sorte' no futuro??

 

Acredito que há escolha, sim. E dela pode depender muito mais do que apenas casas, bens, histórias...

 

As pessoas são capazes de rezar sem uma igreja, mas não há prece sem pessoas.

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