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Pico Cabeça de Nego... a pé!


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http://jorgebeer.multiply.com/photos/album/104

 

Pico Cabeça de Nego... a pé!

Quem desce pela tradicional “Trilha do Itapanhaú” (ou “Mogi-Bertioga”), não pode deixar de reparar no Cabeça de Nego, o imponente morro em formato de baú q se eleva atrás da casa do Seu Nelson, o tiozinho q costuma atravessar andarilhos de bote sobre o Rio Itapanhaú. De altura acanhada (550m) se comparada a outros maciços da região, este morro tem varias particularidades q o tornam bem interessante, montanhisticamente falando: é desgarrado do paredão principal da Serra do Mar, o q o torna uma “ilha” isolada na baixada; é equivocadamente confundido com o cone rochoso do Morro do Tenente, sua montanha vizinha ao norte; e tem fama de selvagem, inóspito e “inatingível” , tanto q o simpático Seu Nelson tem conhecimento apenas de um grupo do G.O.E ter alcançado seu cume. Estas ultimas credenciais já foram suficientes pra nos motivar a mais um desafio de fds. Dessa forma, planejamos minuciosamente a empreitada convocando a nossa própria “Tropa de Elite” pra assim, com garra e determinação, cunhar nossos nomes juntamente com o do experiente grupo da policia civil paulistana. Uma trip pra poucos, claro. Ou seria um perrenge de garbo e elegância?

 

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Um filme q aguardo com alguma expectativa atende pelo singelo nome de “Os Mercenários”. Mas não por suas virtudes artísticas, já q a producão não prima pela originalidade, limitando-se ao clichê de ação e pancadaria. No entanto, a película destaca-se de antemão apenas por conseguir a proeza de reunir em sua hora e meia de projeção tdos os “trogloditas” dos filmes de ação dos anos 80/90, incluindo o Stallone, Schwarzza e Willis. Uma espécie de “Tropa de Elite” gringa. So por isso acredito já valer o ingresso. Da mesma forma, como a empreitada ao Cabeça de Nego estava longe de ser “passeio no bosque” pelas condições adversas de suas encostas cobertas de mata e isentas de trilha alguma, coube a este q vos escreve reunir os melhores “trogloditas mateiros” q tem conhecimento, pra em trabalho conjunto aumentar as chances de conquista efetiva do pico em questão.

Como integrante catalizador destes “talentos”, mtos conhecidos não pensaram duas vezes em aceitar este desafio, o q juntou um grupo tão eclético qto determinado. A logística do Nando, por sua vez, era enxuta e previa duas etapas, tal qual uma legitima expedição: um dia (sábado) pra alcançar a base do pico, e outro (domingo) pro ataque ao mesmo. Dito e feito, saltamos no posto da Balança (km77) eu, Nando, Thunder e Fábio por volta das 11hrs de sabadão de feriado, após alguns desencontros e o leve atraso de um dos integrantes q prefiro nem mencionar, mas cujo nome começa com “Ro” e termina com “naldo”. Em meio à td aquela testosterona, a única representante do sexo fragil da trupe atendia pelo nome de Vivi, q de frágil não tem nada e deixa mto “homem” q conheco comendo poeira no quesito perrengue. No posto, localizado a 788m de altitude, encontramos o Dom e o Fernando (T2), q foram nos encontrar de carro. Feitas as devidas apresentações, arrumamos as coisas, beliscamos outras, calibramos gps e zarpamos rumo o asfalto da Mogi-Bertioga a exato meio-dia! O dia amanhecera envolto em brumas incertas, mas àquela altura já dava mostras da nebulosidade se dispersar, pois éramos agraciados com enormes frestas de céu azul.

 

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4km de asfalto percorridos em 40 minutos após a Balança já atentavamos com uma entrada à direita, marcada por uma placa indicando “km81”, onde entao mergulhamos no frescor da mata em definitivo. Já de cara topamos com uma outra galera em ritmo bem mais sussa q a gente, a quem apenas acenamos cordialmente. Descendo suavemente, logo passamos sobre a ponte de troncos carcomidos pra bordejar a serra pelo lado esquerdo, onde logo o som de água se traduz num cristalino rio q após acompanhar um pouco, cruzamos com água ate as canelas logo depois. É as margens do areal da prainha fluvial as margens do Rio das Pedras q temos nosso 1º pit-stop de relax, já q naquele dia nosso objetivo é chegar à casa do Seu Nelson e não há pressa alguma.

Dando continuidade à pernada, mergulhamos novamente na mata e ignoramos uma picada saindo pela direita, agora sempre andando pela encosta direita da serra e acompanhando o riacho pelo outro lado, q por sua vez vai se distanciando cada vez mais.Não demora a declividade aumentar e a trilha embica de vez, onde ziguezagues íngremes nos fazem perder altitude num piscar de olhos. Aqui, as mãos são tão importante qto os pés, nos ajudando a firmar o corpo nos troncos das arvores à disposição - q servem de corrimão - nos trechos mais pirambeiros, assim como as raízes brotando no chão funcionam como autenticas escadas naturebas.

Não tarda pra encosta dar lugar a uma crista obvia, com mato caindo de ambos os lados, por onde descemos durante um tempão com declividade razoável no mesmo compasso anterior. E assim, num ritmo ate q ágil e dinamico, as 14:30 tropeçamos com a bifurcação da Cachu do Elefante, já na cota dos 160m de altitude. Tomamos a esquerda descendo forte em direção ao rio, passando por varias clareiras e bons locais de acampamento, ate desembocar ao sopé da majestuosa cachu do Elefante, cujo borrifo de água era mais q bem-vindo aquela altura da tarde. Pausa pra descanso, tchibum e lanche da galera, naturalmente.

 

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Meia hora depois retomamos a pernada voltando à bifurcação, onde tomamos a picada principal pra descê-la em definitivo, sempre acompanhando o largo Rio Itapanhaú pela direita, ora próximo ora ligeiramente afastado. Inicialmente a trilha bordeja a encosta dos morros à direita com algum sobe-desce, mas depois a pernada aparenta nivelar em definitivo, sem maior variação de declividade ate o fim. No caminho, muita mata tombada nos obriga a desviar ou agachar na mesma, gerando alguma confusão na continuidade da picada, mas nada q não seja facilmente farejável. A mata densa, primaria e exuberante deste trecho q nos envolve impressiona pelo porte, e muitas arvores daqui remetem às do filme “Avatar”, na opinião de alguns. Felizmente água é o q não falta, e vários córregos desaguando no rio principal cruzam a trilha, à disposição pra molhar nossa goela. Tanto q em duas ocasiões paramos as margens destes belos remansos pra descansar e beliscar mais alguma coisa.

Sempre no mesmo compasso, não demora às águas furiosas do Itapanhaú ficarem mais calmas e plácidas, sinal q já estamos na baixada em definitivo. Dito e feito, após cruzar um ultimo córrego por sobre as pedras desembocamos no extenso gramado q antecede a Casa do Seu Nelson, as 17:10, sendo recebidos por seus estridentes cãezinhos! Este tiozinho é tão folclórico na regiao qto simpático, e após um animado dedo de prosa conseguimos com q possamos acampar no tal descampado - concessão q ele não dá a qq um - q tb serve de campo de futebol improvisado. Atras da de sua casa, a silhueta de uma enorme e imponente montanha recortava o céu daquele final de tarde. Era o nosso destino do dia sgte, o tal Morro do Cabeça de Nego!

 

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Montamos então as barracas em meio à patos e galinhas q vem xeretar nossas coisas, ao mesmo tempo em q monto minha inseparável redinha de bivake entre duas arvores próximas. O sol já começa a se debruçar por trás da serra enqto uns tomam banho no rio e outros já colocam seus fogareiros pra ronronar. Da mesma forma a temperatura cai rapidamente, nos obrigando a trajar agasalhos mais quentes e acolhedores, enqto a Vivi veste sua tradicional roupa ninja pra combater td sorte de mosquitos, q naquele horário surgem ensandecidos à procura de sangue facil. Mas ate aí frio tb não é problema, pois nossa janta além de quente e farta – miojão, arroz integral e feijoada - é regada a vinho, cambuci e ypioca! So faltou mesmo a caipirinha pra completar nosso “open bar”, q se valia das pedras de gelo do squeeze do Dom. Fora isso, a conversa da galera era bem animada e tb aquecia o espírito, sob um céu coalhado de estrelas. Ate o Silvio, filho do Seu Nelson, participou da roda q se formou à noite, já nos avisando dos perigos da regiao: “Cuidado q aqui ta cheio de uma cobra chamada de urutu-cruzeiro!”, disse ele entre baforadas de seu cigarro de palha, “A picada dela qdo não mata, aleija!” Beleza, se isso era pra animar, então td mundo foi deitar com o pé atrás..

Na sequencia, la pelas 20hrs, nos recolhemos pra recuperar do cansaço e despertar bem dispostos pro ataque ao morro no dia sgte. Afinal, havíamos percorrido quase 10km naquele sabadao, pelos cálculos do gps do Dom. A noite fora bem fria e relativamente umida, mas eu dormi feito pedra assim como td mundo, embalado pelo som hipnótico do rio ao lado e dos ruído inerentes da mata. De madrugada, na hora de ir “regar a moita”, qual minha surpresa ao ver no firmamento uma lua quase cheia iluminando tb acampamento, assim como os paredões e lajedoes verticais umidos do Cabeça de Nego faiscando ao luar!

Na manha sgte acordamos antes do Astro-Rei surgir no horizonte, mas so levantamos um pouco depois, já qdo a obrigação de cumprir metas realmente se sobrepunha àquela preguiça gostosa de permanecer ainda esparramado no saco-de-mimir. Não é, Vivi? Relutantes porem decididos, tomamos um rápido e reforçado desjejum, arrumamos as tralhas e colocamos a mochila de ataque nas costas qdo o Sol já esparramava seus primeiros raios pelas encostas forradas de mata do pico q almejávamos, realçando cada vez mais sua beleza selvagem! O céu estava isento de td e qq vestígio de nuvem, prometendo um dia inteiro de bom tempo pra nos ajudar no nosso objetivo.

 

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Após coletar infos avulsas com Seu Nelson, Dom e Nando acertaram seus gps´s, e buscamos entrar num acordo de qual seria a melhor estratégia (rota) pra alcançar o morro. Chegamos num consenso de q isso so seria possível pela esquerda, avaliando as infos e pelas curvas de nivel mostradas pela carta topográfica. Pronto, era chegada a hora, e assim deixamos a casa pela esquerda, a quase exatas 8hrs e 20m de altitude, passando por um bando de “saíras” - pequenos e belos passarinhos de cor verde – beliscando carambolas deixadas por Seu Nelson. Entramos num caminho em meio a um bananal q foi sumindo aos poucos. Antes, porem já estudávamos alguma entrada na mata à direita, já pra ir na direção do sopé do morro. Deixamos assim a trilha mergulhando de vez na mata onde o caminhar era tranqüilo e sem maiores obstáculos. Após cruzar um desbarrancado e bordejar um riachinho pela esquerda, caímos num pequeno descampado pra nos enfiar novamente na mata fechada, passar por mais bananeiras e ter de desviar de um espesso e enorme bambuzal pela direita, onde finalmente tivemos q cruzar o correguinho q acompanhavamos.

A partir daqui é q a declividade aumenta um pouco, mas ainda assim nosso avanço é tranquilo e desimpedido, mesmo sem trilha alguma. O trabalho de leitura do gps e navegação em conjunto do Nando e Dom foi exemplar, pois um complementava os dados do outro. Por sua vez, Ronaldo e Thunder iam na dianteira abrindo a trilha pro resto, sendo q o primeiro assumiu por livre e espontânea vontade a responsa de faconar os trechos mais medonhos de mata. Eu e o Fernando dávamos palpites de direção menos desgastante, conforme o q o aparelho indicasse. E o resto ia na rabeira dos demais, em fila índia buscando não se distanciar um do outro, claro!

 

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Na sequencia, tomamos um caminho de rio onde o andar era facilitado pela ausência de mato, sempre subindo suavemente, mas logo tivemos q deixa-lo pra ganhar encostas mais íngremes à direita, já na cota dos 60m de altitude.A partir daqui a coisa engrossa e a pernada fica mais árdua, pois a medida q subimos a terra parece se esfarelar aos nossos pés, demandando duplo esforço assim como o uso das mãos, q buscam apoio na vegetação ao redor! Parar não é recomendável em função dos pernilongos, q estão impossíveis e ávidos por sangue fresco e fácil. Por sorte logo acima o terreno aparenta ser mais firme, ao mesmo tempo em q passamos por alguns enormes blocos desmoronados de pedras, q basta contornar evitando os abismos da direita. Era visível q bordejávamos um vale e logo a pernada arrefece ao ganhar uma crista ascendente. Apesar de estarmos na sombra, nosso suor escorre em bicas pelo rosto ate q começam a surgir frestas na vegetação, permitindo vislumbres do qto já ganhamos de altura. O gps assinala 210m, num piscar de olhos!!

Na cota dos 300m, as 9:50, caimos no primeiro cocoruto florestado q aparentava ser um selado. Mas daqui em diante a mata tornou-se mais agressiva, repleta de bambuzinhos e espinhos, q teimavam em nos furar mesmo com as faconadas do Ronaldo. No caminho, belos exemplares de pau-brasil e palmito Jussara. Deixamos a crista pra tomar à direita, descendo um pouco até dar noutro selado de conecção, as 10:20, onde nos presenteamos com um breve descanso à sombra do arvoredo ao redor,enqto os sons da mata de misturava aos de veículos da BR-98, perfeitamente audíveis dali.

 

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Retomamos a pernada subindo novamente forte através da encosta de dar noutra crista. Aqui tomamos o rumo errado à direita, pra infelicidade do Ronaldo, Fabio e Thunder, q levaram varias picadas de marimbondo qdo o Dom esfarelou o tronco onde residiam, no caminho. Passado o susto, fomos pela esquerda, contornando fundos vales e já tendo contato visual com o pico, q agora já era visível pelas frestas na mata. Ao dar na cota dos 400m encontramos água, na forma de um fiapo de córrego despencando lajotas abaixo, q foi de vital importância. Alem de molhar nossa goela abasteceu os cantis menos favorecidos, pois o esforço da subida esvaziou rapidamente nossas provisões do precioso liquido.

Sempre contornando vales através de uma crista florestada, o sobe-e-desce continuo nos levou ao “selado oficial” ao sopé do morro avistado. A partir daqui era subida ate o final, e tome piramba hard! Felizmente os espinhos e plantas cortantes haviam sido deixadas pra trás. No entanto, os obstáculos aqui se traduziram na forte declividade, q demandou nossos dotes simiescos, e no surgimento logo adiante de voçorocas de finas taquarinhas, q teimavam em se agarrar em qq saliência da mochila, nos segurando. Agacha aqui e arrasta ali, caímos no rabicho de crista ascendente final do morro, do qual não saímos mais.

 

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Mas não tardou tb pra subida ficar quase vertical, onde tivemos q ir bem devagar em meio a muito mato seco, bambuzinhos mil, nos firmando no q tivesse à mão, fossem pedras, tocos ou qq vegetação q nos desse mais segurança na ascenção. Detalhe, ambos lados eram pirambas e abismos quase verticais!! Em compensação, a mata ia baixando de altura permitindo belo vislumbre de td litoral, assim como da extensa faixa alva das praias de Bertioga encontrando um marzão azul, limitado apenas pelo horizonte!

Mas eis q as 13hrs caímos num bico rochoso, na cota dos 510m, q parece ser o topo do morro, finalmente! A maioria prefere ficar ali, estatelada descansando,saboreando a vitoria. Mas ai eu,Thunder,Fernando e Dom resolvemos explorar o extenso e largo cume do Cabeça de Nego. Na verdade o cume não passa de uma estreita crista coberta de mato de difícil transito,como taquarinhas,bambus e enormes bromelias. Mesmo assim, fomos quase ate seu o outro extremos, apenas parando num trecho onde um enorme abismo rochoso vertical nos separava da continuidade da crista. Bem, não comemoramos o cume soltando rojões, tal qual o G.O.E fizera na ocasião, e sim nos regozijamos com o simples fato de estar ali e de ter alcançado o cume em menos tempo q eles, pelas infos dadas por Seu Nelson. Estavamos a exatos 560m de altitude após percorrer 9,5km, de acordo o gps do Dom.

 

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Retornamos então satisfeitos, refazendo td caminho feito ate então porem de cuidado redobrado, enqto ouvíamos a algazarra de bugios nalgum lugar na mata. O pessoal já havia partido e nos aguardava no vale, lá embaixo, próximo da água. Bem, ao encontra-los, quase 14hrs, ficamos divididos em se retornávamos pelo mesmo caminho ou se arriscávamos descer um rio qq ate o Seu Nelson. Pelo horário avançado, decidimos pela opção mais segura, ou seja, a primeira,claro! Ate pq na mata naquele horário já tava bem escuro. E la fomos nos, descendo td aquilo novamente, eventualmente cortando caminho em meio aos vales de modo a interceptar a crista descendente principal. Desescalaminhamos pedras num curso dágua, bordejamos encostas íngremes e descemos forte através da mata, principalmente qdo percebiamos estar parados sobre enormes formigueiros na hora q as bichinhas subiam na gente, mordendo insistentemente nossas canelas!! No caminho, uma breve parada num córrego é necessaria pra repor as energias e comer algo, assim como pro Dom e Thunder perceberem perdas materiais com a vegetacao se apropriando pra si de um cantil cheio e um óculos de marca, respectivamente, durante a ágil descida no vara-mato.

Na sequencia continuamos pelo caminho de água pra desviar novamente em direção a mata fechada, agora por terreno menos íngreme, e foi justamente aqui q o Ronaldo fatiou seu dedo ao escorregar sobre o facão! Apesar do corte fundo, o cabra é macho e prosseguiu a pernada sem chororô algum, embora a mão dele lembrasse um chafariz espirrando sangue! Num piscar de olhos caímos no terreno plano,passamos um correguinho e desembocamos num descampado, onde tomamos uma trilha q nos deixou na casa do Seu Nelson, as 17hrs!!

 

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Àquela altura estávamos tds cansados e famintos, tanto q ainda fizemos uma hora ainda ali, comendo algo e preparando as coisas pra retornar. Eu estava bem sujo e não via a hora de um banho ao chegar em casa, já q parece q eu tinha mato e terra em tds as reentrâncias e dobras do corpo! Alem de imundos, tds estavam sequelados de alguma forma, seja com dores musculares, espinhos e ralados, sem excecao! Seu Nelson providenciou um kit de primeiros socorros pra enfaixar o corte do Ronaldo, enqto nos preparávamos pra zarpar, quase as 18hrs. Nos despedimos do simpático senhor e fomos cruzar o Rio Itapanhaú no escuro, cortesia q foi feita de bote graças ao Silvio, q nos levou gentilmente à outra margem com segurança. Dali ainda andamos, sob fachos de headlamps, quase 3km entediantes por estrada de terra ate dar no asfalto da Mogi-Bertioga, mas não sem antes saltar o cerca onde uma lacônica placa proíbe o acesso ate ali. Saldo final, 15km totalizados naquele domingo.

Na sequencia nos prostramos à margem do asfalto, aguardando o q fosse, seja lotação,carona ou busunga, ate q este ultimo passou com apenas 3 lugares. Eu, Dom e Fernando nos despedimos do resto embarcando nele, chegando na Balança logo depois e retornar de carro à Sampa. Cheguei em casa por volta da meia-noite, mas não sem parar num boteco perto de casa pra bebemorar o sucesso da trip. O resto do pessoal tomou o busao sgte, q passou quase hora depois.

 

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Enfim, entre mortos e feridos o saldo havia sido mais q positivo, sem duvida! Afinal, foi mais q provado q ainda existem programas selvagens em locais inóspitos bem próximos dos centros urbanos, e q “desafios montanhisticos” como o Cabeça de Nego estão ao alcance de qq um, assim como caminhadas pra tds os fôlegos. Basta planejamento, determinacao e um pingo de gosto pelo perrengue. E qto o filme do Stallone & cia? Bem, se não nos regozijar com o mesmo prazer e satisfação q inundou nosso espírito ao conquistar o morro como pelo conjunto de emoções da trip, se ao menos nos reservar diversão escapista e descompromissada por hora e meia na poltrona já ta de mto bom tamanho.

 

PS: trailler de "Os Mercenarios"

Editado por Visitante
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  • Membros

Jorgito,

Já tinha lido o relato, mas ele ilustrado ficou mais show ainda.

Bom, dispensa comentários né, mas vou reforçar: adoreiiii.

Curti muito mais uma trip perrengueira na sua cia, e os meninos também mandaram muito bem.

O relato está espetacular, assim como a trip também foi ...

E que venham as próximas !!!

Grande beijo,

Sua miga

Vivizita

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  • Membros de Honra

Belo programa. Não tinha idéia do que era a serra do mar em SP até ir de bumba de SP pra Santos, outro dia.. cacete, que lugar show! Lembrei muito de ti, Jorge, tentando imaginar quais daqueles pontos tu já palmilhara. ::cool:::'>

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  • Colaboradores

Muito legal seu relato e parabens pelaTrip! ::otemo:: Mas só um lembrete, que sei que é chover no molhado, saiu pra Trip pelo menos um do grupo deve ter um estojo de primeiros socorros , ::prestessao:: para eventuais emergência que possa vir estragar a diversão.

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  • Membros
Muito legal seu relato e parabens pelaTrip! ::otemo:: Mas só um lembrete, que sei que é chover no molhado, saiu pra Trip pelo menos um do grupo deve ter um estojo de primeiros socorros , ::prestessao:: para eventuais emergência que possa vir estragar a diversão.

 

O kit de primeiros socorros ficou no acampamento ::lol4::::lol4:: como fomos com mochila de ataque, ninguém levou ou não lembrou kkkkk mas paciência essas coisas ocorrem... eu mesmo peco nesta parte... não levo nada...

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  • 3 semanas depois...
  • Membros de Honra

Sim, um kit de primeiros-socorros é sempre bem-vindo e estritamente necessario! Quicá se eu tivesse levado um nao estivesse agora com um segundo rabo no popô, e a parte lateral da minha mao direita ainda tivesse sensibilidade. Mas acredite sequiser, esse é um item q ainda relevo.. tô errado, tô! Mas so vou tomar consciencia de sua necessidade mesmo qdo minhas "Sete Vidas" findarem.. se é q ja nao acabaram.. ::toma::

 

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http://jorgebeer.multiply.com/photos/album/81/81#

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  • Membros de Honra

Pernada show de bola, porém em outro nivel rs, não tenho preparo nem fisico nem psicologico de enfrentar uma pernada dessa rs...

 

Agora Jorge, você é um cara de fibra, se ta loko se sou eu numa dessas não arredo o pé nem morto ahaha... ia chorar e pedir colinho da mae... rs.. ta loko bixo.. que espirito o seu de continuar a pernada... e digo mais.. que espirito de aventureiro vc tem, pois muitas pessoas depois de algo assim tenho certeza que não se arriscariam em trilhas novamente não rs...

 

abço

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