Do Rio de Janeiro a Cusco de Ônibus - Machu Picchu Reveillon/2010.

RELATO DE VIAGEM: do Rio de Janeiro a Cusco – Machu Picchu em 12/2009.

Após a noite de Natal, no dia vinte e cinco de manhazinha, peguei a mochila e parti em direção ao terminal rodoviário aqui no Rio. Consegui passagem para Cuiabá, 245 reais; o ônibus semi-leito, com ar, saiu as 11 h. A viagem foi tranqüila passando por São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul e cheguei em Mato Grosso, Cuiabá, no sábado por volta de 20:00; logo comprei passagem para Cáceres: 35 reais; embarquei as 11:00 da noite e cheguei por volta de 3:50 e as 5:00 encostou no terminal velho a van que faz o trajeto até Corixa, 15 reais, já na fronteira da Bolívia.

A primeira cidade boliviana é San Mathias, cidade pequena e dormitorio, aonde cheguei por volta de 6:40 da manhã do domingo, 27/12 e fui direto para imigração para conseguir o visto de entrada na Bolívia, as 7:00 abriu o serviço e alguns brasileiros já aguardavam. Eu entrando no país com meu RG, que é uma mina para achacar pesos ou reais, o melhor é entrar com passaporte, pois bem, paguei cerca de 20 reais, e consegui o visto de entrada. Já passavam de 8:00 h quando cheguei ao terminal rodoviário de San Mathias e consegui comprar passagem para Santa Cruz as 9:30, 120 pesos, daí pra frente, salvem-se quem puder: ônibus sem ar e com as janelas abertas era um convite para a poeira da estrada de barro e cascalho... TUDO BEM, se não fossem as 12 h dentro dele e com a temperatura pelos 30º e umas quatro paradas para refeição que em média custavam de 10 a 15 pesos, almoço ou lanche.

Eu estava muito animado e numa expectativa de ver os Andes sei lá, de chegar logo em La Paz e em Cusco; passei a observar que nos dois sentidos da estrada de barro, bem parecida com a Transamazônica e também a vegetação e o relevo; as várias cruzes, indicação de vários acidentes fatais, eram constantes e é de costume do povo boliviano colocar coroas de flores de plástico de variadas cores nesses “túmulos”, aliás, o cemitério boliviano e bem colorido e muito fotografado. Chegando a Santa Cruz por volta de 23:00 e logo procurei um táxi, 4 pesos, e fui para o hotel MARCO POLO, 70 pesos, Suíte; eu precisava tomar uma ducha e descansar dos três dias viajando (Se você preferir tem alojamentos por 25 pesos, na primeira quadra em frente ao terminal de Santa Cruz, segunda rua à esquerda, alojamento São Jorge).

No dia seguinte, acordei por volta de 7:00 h e parti para o terminal para comprar passagem para La Paz, 140 pesos, mas pra conhecer Cochabamba, comprei passagem por 50 pesos para lá. O ônibus saiu as 10:00 e as 12:00 paramos para almoçar num simpático restaurante onde comi arroz com lingüiça, batata e salada, e uma legítima limonada deliciosa, tudo por 15 pesos. Bem, seguimos viagem com as paisagens de vilas de colonos e rios andinos bem bonitos, por volta de 17:00 h, começamos a subir os Andes; foi realmente uma emoção, ver os despenhadeiros, vales e os vários túneis na rodovia que corta a Bolívia. A temperatura caia bruscamente, de 30º em Santa Cruz, já estava 20 na subida dos Andes...A viagem seguiu tranqüila e cheguei a Cochabamba por volta de 7:00 h da noite de segunda feira, 28/12; um lugar comum, onde prevalece o comercio informal nas ruas e um mercado do produtor, aliás, comprei pêras bolivianas suculentas por lá! Permaneci no terminal rodoviário, o frio era grande do lado de fora, uns 13º. Comprei passagem para La Paz para as 22:00 por 40 pesos e fui para lan house do terminal.

O ônibus saiu pontualmente e a viagem noturna convidava para uma soneca... Cheguei por volta de 4:00 da manhã em La Paz: uma cidade cercada por morros urbanizados e com predominância de classe c, trabalhadores do comercio informal. Peguei um táxi, 3 pesos, e fui para o alojamento, a umas três quadras, 20 pesos, e tomei uma ducha e dormi até as 11:00. Ao acordar fui para o terminal comprar passagem para Cusco, aliás, fujam da idéia de ir para Cusco por Desaguadero, é extremamente desconfortável, existem por volta de cinco paradas para revista pela rodovia que liga La Paz a essa cidade e nem sempre os soldados que fazem essa tarefa estão com paciência, além do mais, eles pedem para que deixe o táxi e ande uns 50 metros enquanto revistam nossos pertences, e depois o táxi nos pega mais a frente, é muito desconfortável! O caminho mais seguro e muito melhor, não só pela beleza da viagem: a margem do lago Chichikaka e das montanhas andinas nevadas, e também pela segurança, é sem dúvida por Copacabana... Então consegui passagem para Cusco via Copacabana, 130 pesos, onde realmente alimentei meu espírito com as mais lindas paisagens do Lago Chichikaka e das montanhas andinas. A passagem sobre o lago no ferrebolt é inesquecível... A cidade de Copacabana é linda bem no melhor estilho colonizador espanõ, com suas ruelas, sobrados e igrejas majestosas, tudo a beira do Lago Chichikaka onde dali até Puno e Cusco se chega em 10 h, onde passei o reveillon!

É realmente tudo muito lindo e vale muito a pena conhecer o que deixo agora por conta de vocês!

Obs. Do Rio de Janeiro ida e volta a Cusco, via Cáceres em 12 dias, com quatro noites em Cusco por 800 dólares. Da próxima vez, em dezembro, volto a Cusco por Corumbá via Campo grande e economizo 200,00; assim a viagem sai por 700 dólares em 10 dias para um consumidor de classe B.

Abs,

ps. Próximo reveillon: Ushuaia de ônibus; do Rio de Janeiro a Ushuaia de Ônibus, vamos? saindo 22 de dezembro de 2010. custo: $ 1.000 contato: vladimirbrandao@gmail.com

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100117170946.JPG 500 375 Legenda da Foto] [O Lago Chicikaka com a cordilheira andina nevada de fundo ]

[picturethis=http://www.mochileiros.com/upload/galeria/fotos/20100117181529.JPG 500 375 Legenda da Foto] [Eu no cais embarcando para Copacabana ].

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Oi Vladimir!

Surgiu uma dúvida logo de início! Você coloca a moeda em pesos! Bem, existem vários pesos! Não seriam bolivianos?

Se possível, me esclareça isso, para saber quanto gastou!

Bjs!

Sim,

A primeira cidade boliviana é San Mathias.

Sds,