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Peru (e passagem relâmpago pela Bolívia) em 19 dias - relato com valore$


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Continuando o ciclo do Mochileiros.com (‘leia os roteiros e relatos, aprenda algo, ponha em prática e escreva o seu relato’) eis o meu relato, para auxiliar as próximas pessoas que resolverem se aventurar por essas partes do mundo. Enjoy!

 

Há muito tempo que queria conhecer o Peru, mas em razão das minhas férias pouco flexíveis e de pouca duração (entre outros fatores) eu acabava nem considerando esta possibilidade.

 

No entanto, graças a algumas mudanças no meu escritório, esse ano acabei recebendo mais dias de férias e num período fora do recesso forense (18/12 – 06/01), e minha namorada me incentivou a pensar na possibilidade de, finalmente, conhecer o Peru.

 

Pesquisei bastante aqui no Mochileiros.com e montei meu roteiro preliminar (que foi alterado diversas vezes até o dia do embarque): Lima – Ica – Nazca – Arequipa – Puno – Copacabana – Puno – Cusco – Lima.

 

A vantagem de pesquisar bastante foi que em raríssimas vezes fui surpreendido com as condições ou os preços de passeios/hospedagem/transportes e afins. Por outro lado, como pesquisei MUITO, também foram poucas as vezes em que fui realmente surpreendido com o formato das construções, com as informações dadas pelos guias e etc.

 

Algumas informações preliminares:

- Guarde muito bem aquele papelzinho da imigração. Apesar de ser uma informação aparentemente boba, vocês não tem noção de quantas pessoas eu vi suando porque haviam perdido o papel... (tá, é só pagar US$5,00 que você ganha outro, mas para quê pagar se você pode evitar isso com um pouco de zelo?!)

- Não se preocupe com a língua. Nunca fiz aula de espanhol. Apenas li 2 livros do Llosa em espanhol e baixei umas músicas (Bebe, Maná, Mar de Copas, Libido...) e boa. Pude me virar muito bem lá. Eles (em geral) falam bem devagar, e estão bem acostumados com turistas.

- Dinheiro: seja dólar ou soles, procure sempre pegar notas em excelentes condições. Eles são chatos... notas com rasgos (mesmo que imperceptíveis) ou manchas de qualquer natureza não costumam ser aceitas.

- Hospedagem: geralmente não é necessário reservar hospedagem (a menos que você esteja buscando um Hostel/hotel em especial, e este seja bem badalado, como aconteceu comigo em Cusco...) O que você deve, sim, fazer sempre é verificar se há água quente nos banheiros.

- Pechinche TUDO e SEMPRE.

- Pechinche mais um pouco.

- Quase tudo lá é negociável.

 

Vamos ao roteiro em si:

 

 

09.01 São Paulo – Lima.

Dizem que brasileiros deixam tudo para a última hora, mas esses nipo-brasileiros (minha namorada e meu sogro) deixam mais ainda! rs

Nosso voo sairia às 8h30, às 2h da manhã eles ainda estavam arrumando as malas! o.O

6h50 – Check in feito (mala pesando 9,4kg).

O voo atrasou mais de uma hora na saída. Acabamos decolando apenas às 9h40. Às 11h10 (horário local, 3hs a menos do que aqui) pousamos no aeroporto internacional – que fica em Callao, não Lima.

Trocamos um pouco de dinheiro no Interbank do aeroporto. Lá eles cobram uma absurda taxa de S./3,00 para cada US$100,00 trocados, mas pelo menos as notas trocadas estavam em bom estado. (Cotação US$1,00 = S./2,73. Menos taxas, tributos e tudo mais, acaba que a cotação ficou em torno de 2,65 lá... bem ruim se comparado com os valores praticados nas ruas).

 

 

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Apesar de muitas pessoas dizerem para pegarmos o táxi fora do aeroporto, na rua mesmo, não quisemos arriscar. Afinal, era a primeira hora em um país estranho, com uma língua que não dominávamos... enfim. Fomos ao balcão da Green Táxis e pagamos S./45,00 até Miraflores.

Ficamos no Peru Backpackers Guest house (Calle José Gonzales com Av. Larco, 3 quadras do LarcoMar – aquele shopping a céu aberto). Pegamos um quarto triplo, sem baño privado (mas não foi problema algum, pois os banheiros eram bem limpos e suficientes para o total de hóspedes) e com um ótimo desayuno continental. Pagamos S./33,00 por pessoa, por noite.

 

 

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O pessoal do albergue é super atencioso (principalmente as meninas, Anali e Carla, se não me engano).

Deixamos nossas coisas no quarto, trocamos de roupa (estávamos morrendo de calor depois de quase 40 minutos no táxi e no trânsito da orla) e saímos para o reconhecimento padrão – anda 3 quadras pra baixo, 3 pra cima, 3 pra direita e esquerda... até estar familiarizado com o ambiente...rs.

O trânsito em Lima (e no Peru, em geral) é caótico. Nos cruzamentos, quem ousa, leva. Preferencial não existe na prática... e buzinas que não acabam mais. Ah, sinais verdes para pedestres nas faixas de pedestres não significam que os semáforos estão fechados para os carros! Quem entende?!

Fomos até o Larcomar e almoçamos no Otto Grill. Para começar a experiência peruana, mandamos ver nos pollos a lo pobre (com banana, batata e ovo fritos) e a famosa (mas não tão gostosa assim, na minha opinião) Inca Cola. Total: S./15,00.

 

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Antes mesmo de começarmos a comer já sentimos que nos equivocamos ao trocar de roupa... apesar do sol, venta muito ali naquela região. E, como o shopping é aberto, passamos um certo frio na praça de alimentação.

Voltamos ao hostel, que era ali ao lado mesmo, trocamos as bermudas por calças e fomos para a rua novamente. Andamos até o Pq. Kennedy e acabamos fechando o Mirabus City Tour Noturno (S./60,00 por pessoa), saindo da praça às 19hs, percorrendo o centro histórico e o Circuito Mágico das Águas, parando no Sheraton Hotel para um refrigério e voltando ao Pq. Kennedy (ou Pq 7 de Junio) lá pras 22h30.

Tomei minha primeira cerveja peruana, a Cristal (8,00 a long neck... um preço meio que padrão para as long necks em Lima).

O Circuito Mágico das Águas é espetacular, e às 20h15 ocorre uma apresentação na fonte principal que é de arrepiar. É um show com lasers e hologramas, transformando as águas em uma tela de cinema gigante. Espetacular mesmo

 

 

 

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Teria sido ainda melhor se meu sogro, que não fala lhufas de espanhol, não tivesse se perdido de nós.

Imagine só: segundo o guia, aproximadamente 35 mil pessoas visitam o parque todas as noites; é tudo escuro (para favorecer a iluminação das fontes); são muitas fontes... enfim, toca eu embromar no portunhol com o guia e explicar que havíamos perdido um membro do grupo. Na mesma hora um policial se aproximou, pediu o nome do meu sogro e o meu nome, tirou uma foto da foto do meu sogro que estava na câmera da Cris e saiu para procurá-lo (para ajudar, ele tinha deixado os docs. dele conosco).

Pedi para a Cris (minha namorada) seguir com o grupo eqto eu sairia caçando o Shigueo (seu pai), e, de tempos em tempos, eu voltaria até o grupo (já que, por ser mais alto que ela e que os peruanos, era mais fácil eu localizar a bandeirinha do nosso grupo).

 

Resumindo, encontramos ele a tempo de assistir ao final da apresentação na fonte principal.

 

 

10.01 Segunda-feira. Lima (nível do mar)

Levantamos, tomamos nosso desayuno e pedi algumas informações para a mocinha do hostel. Perguntei a ela também como poderia comprar passagens para Ica, já que lá não existia rodoviária ou Terrapuerto geral; cada empresa tem a sua garagem e os ônibus partem de lá.

No final, ela mesma comprou as passagens para nós, pela Cruz Del Sur (55,00).

Saímos para caminhar pelas redondezas – na medida do possível, pq minha namorada havia sofrido uma cirurgia vascular, que afetou o seu joelho direito, poucos dias antes de embarcarmos.

Fomos até o Pq Del Amor e o Faro de La Marina. O parque é muito bonito e muito bem cuidado (aliás, quase todos os parques e praças no Peru são bonitos e bem cuidados).

 

 

 

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De lá, pegamos um táxi (6,00) até a Huaca Pucllana, ruínas da civilização Lima (400 d.C.) que são muito interessantes (se o seu guia for bom... o guia que pegamos era bom, mas a guia em inglês não parecia ser dos melhores não... eles começaram o passeio mais de meia hora depois da gente e acabaram antes). O ingresso na Huaca custa 10,00.

 

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Mais um táxi (8,00) até o Hostel e fomos trocar $$. Fomos na Western Union, na Av. Larco. Pegamos uma cotação boa = 2,79, e sem taxas. Pausa para comprar lembrancinhas (sim, desde o 2º dia! rs Na Colômbia eu deixei para comprar tudo no final da viagem e acabei não comprando nada; dessa vez, não quis arriscar!).

Jantamos no LarcoMar novamente, no Tony Roma’s. O restaurante era bem arrumado, com uma linda vista para o pôr do sol no Pacífico. Provei a Pilsen Callao (7,00) e a Peroni (cerveja italiana, 10,00). O prato era um pouco mais caro, em torno dos 45,00, mas estava muito bom!

Essa noite, às 21h30 já estávamos no Hostel, acabados... pensamos em ficar por lá mesmo... mas não sabíamos ainda se teríamos outra chance de explorar a vida noturna em Lima, então fomos até Barrancos, o bairro boêmio. Táxi (12,00 a ida e 6,00 a volta... vai entender). Andamos na famosa (não sei exatamente pq) Puente de los Suspiros, fomos até o mirador (mirante) – a vista lá deve ser linda de dia, mas de noite é apenas um ‘malhodromo’ rs) e escolhemos um barzinho para sentar.

Provei o Pisco Sour (18,00) e a Cris tomou um suco doido lá (Primavera, 13,00). Na real, não achei graça no Pisco Sour... sou muito mais nossa caipirinha, com limões frescos e sem gosto e cheiro de ovo, mas eu tinha que experimentar, né.

 

 

11.01 Terça-Feira. Lima-Ica.

Passamos a manhã no centro histórico (Plaza San Martin, Plaza de Armas...). Fomos de Bus (1,00)... uma aventura naquele trânsito caótico. O motorista lia o jornal enquanto dirigia, fechava os outros ônibus e buzinava sem parar.

Depois um táxi até o hostel (7,00) e, de malas feitas, fomos ao Bembos (Mc Donald’s local) e provamos o Tacu-Tacu, uma espécie de ‘baião de dois’ peruano. (20,00 com refri).

Fizemos o check out e ‘voamos’ até o Terminal da Cruz Del Sur. 13h30 entramos no bus. 14h40 o serviço de bordo do bus serviu o almoço, com direito a sobremesa e tudo mais... se soubéssemos, não teríamos almoçado correndo antes do check out!

19hs – chegamos à Ica e pegamos um táxi (6,00) até a famosa Laguna Huacachina, um oásis em meio às dunas de areia.

Fizemos check in no Hostel Casa de Arena 1. (30,00 por pessoa, quarto triplo com banheiro e sem café da manhã). Reservamos o passeio para as Islas Ballestas na manhã seguinte, por 60,00.

Andamos pelas desertas ruas da Laguna e escolhemos um restaurante/bar na beira do lago (Bolepo Gourmet). Tomei minha primeira Cusqueña (620 ml, por 7,00). Tava tão quente e seco que matei a garrafa em 2 minutos! rs.

O legal desse bar é que eles fornecem pincéis atômicos para a galera registrar suas passagens nas paredes. Claro que tive de deixar um bom e velho (e pq não, incompreendido) ‘Carlos Adão’, em preto e verde, no cantinho da parede! Hehehe

 

 

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12.01 Quarta-Feira. Ica – Paracas – Ica.

De dia, Huacachina tem outra aparência... muito mais bonita!

 

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Às 6h50 a van nos pegou e nos levou até Paracas, onde pegaríamos a lancha (1,00) para as ilhas.

São 2hs de passeio, passando pelo Candelabro (desenho feito na Areia não se sabe quando, não se sabe como, e não se sabe por quê. Sabe-se apenas que aquela é a única parte da península - ou ilha, não lembro! - onde não bate vento e onde a tempestade de areia paracas não atinge, portanto, o desenho se mantém com o passar do tempo. Seu primeiro registro data de 1902) até chegar nas Ballestas.

Pingüins, Leões marinhos, cormorões, gaivotas, abutres, estrelas do mar, mariscos, caranguejos, e etc em quantidades assustadoras! São milhares, talvez milhões, deles. O cheiro de ‘titica’ é fortíssimo!

Nesse dia eu parei de reclamar do meu trabalho... no alto de uma das ilhas foi possível avistar um caboclo coletando todas aquelas fezes para a produção de adubos e fertilizantes (‘guano’). Por ano, 5 toneladas desse ‘Guano’ são exportadas mundo afora, diretamente da ilha.

Pausa para uma confissão: Sempre gostei muito de encontrar brasileiros no exterior... isso até viajar ao Peru. Não sei se é pq 70% das pessoas que vc encontra na rua por lá são brasileiras, mas acabei pegando um pouco de birra... Sei que não podemos generalizar, mas encontrei MUITOS farofeiros causando por lá... E em Paracas encontramos – pela primeira vez – um grupo de brasileiras que eu rotulei como adolescentes tardias (talvez recém-divorciadas, vai saber)... sabe aqueles adolescentes que só sabem falar gritando, que querem chamar a atenção a qualquer custo, que não tem o menor ‘simancol’ ou respeito pelos outros integrantes do grupo?! Pois é, se em um adolescente isso já é chato, imagine em um grupo de cinqüentonas!! Bom, cruzamos com elas em quase todas as cidades que visitamos!

Voltando ao relato, que é mais prazeroso e interessante:

10h – voltamos ao píer. Como a van só sairia às 11h e pouco, fomos comprar artesanatos e comer algo, já que não tinha café da manhã no hostel. Tomei duas Cusqueñas, inclusive uma Red Lager bem interessante (6,00 cada).

12h30 estávamos de volta ao Hostel. O plano era pegar, naquele mesmo dia, um bus até Nazca para, no dia seguinte, fazermos o sobrevoo das linhas. O motorista da van nos convenceu a ficar essa noite em Huacachina e partir apenas na manhã seguinte, já com o voo reservado para meio-dia. Ele ligou para o nosso hostel e pediu para a recepcionista reservar o voo e o transfer da garagem da empresa até o aeroporto. Fechamos em US$120,00 por pessoa (antes era metade desse preço, mas depois que um dos aviões caiu, matando alguns turistas, o governo fechou 4 das então 7 cias que faziam o sobrevoo, o que encareceu tudo).

Como tínhamos a tarde livre, fomos buscar o que fazer. Acabamos fechando o passeio de buggy+sandboarding no Hostel Rocha, por 40,00 + 3,60 de taxa de ingresso nas dunas. Fomos só nós 3 e o motorista. Valeu à pena. Até o Shigueo, de 61 anos, e a Cris, com o joelho ruim, entraram na dança.

No final do passeio, o buggy parou no alto de uma duna para apreciarmos o pôr do sol. Bem bacana.

Às 20hs teve um ‘churrasco’ no Hostel, por 20,00... participamos, mas foi bem meia boca. Saímos do churras e fomos dar outra volta na laguna. Já estava mais movimentada que na noite anterior. Resolvemos experimentar as Tejas (doces de chocolate recheados com doce de leite e uma infinidade de sabores – ameixa, nozes, pisco, laranja...). Muito boas... ah, que saudades! Hehehe

 

 

 

13/01 Quinta-Feira. Ica-Nazca (600m)-Arequipa (2.280m).

Acordamos cedo, fechamos a conta e pegamos um táxi (5,00) até a garagem da empresa de bus.

O taxista nos recomendou comprar em Ica mesmo as passagens de Nazca para Arequipa, e recomendou a empresa Cial, que apresentaria um serviço similar ao da Cruz Del Sur e pela metade do preço (essas recomendações são bem comuns por lá, e acredito que eles ganham comissão por isso. Em todo caso, muitas das vezes as ‘dicas’ são boas). Vi umas fotos dos bus e achei que valeria a pena. 80,00 o bus semi leito.

De lá, fomos para a garagem da Soyus, apesar de todo mundo recomendar para que fôssemos com outra companhia... mas a diferença era gritante: de 11,00 na Soyus para 35,00 nas demais, na passagem Ica-Nazca. Bom, a diferença de preço era justificada.

Ônibus velho, pessoas estranhas, vendedores ambulantes de tempos em tempos e o constante aviso de ‘NÃO DEIXEM SUAS MOCHILAS NOS BAGAGEIROS! RECOMENDA-SE VIAJAR ABRAÇADO À SUA MOCHILA TODO O TEMPO!’.

Como a viagem não era longa, e estava de dia, não tivemos maiores problemas, mas fica aí o alerta.

11h30 chegamos à rodoviária e o nosso táxi-transfer estava nos aguardando para nos levar ao aeroporto. Paramos antes na Cial para deixarmos nossas malas eqto faríamos o voo. Chegamos ao aeroporto e a mocinha do Hostel de Ica ligou para a mulher da agência de Nazca e pediu para falar comigo, para que eu dissesse a ela que o que foi combinado estava sendo cumprido. Achei legal a iniciativa e deu uma confiança a mais.

Pagamos a taxa do aeroporto (20,00) e aguardamos a nossa vez... o tempo foi passando, passando, passando... detalhe: depois de tanto ler aqui que não era bom comer antes do voo e etc, estávamos todos em jejum desde a noite anterior! Fui perguntar pra moça da agência qdo seria o nosso voo e aproveitei para perguntar se tínhamos mesmo q estar em jejum; ela disse que NÃO!! Disse que voar de estômago vazio é pior... qdo saltei de paraquedas já tinham me falado isso, mas como li muita gente falando para não comer, fiquei na dúvida né...rs

Bom, comemos uns salgadinhos e um chocolate e fomos voar. Achei que chacoalhasse mais... nem deu ‘barato’...rs Mas as linhas são bem legais. Deu pra ver direitinho.

Mais lembrancinhas, almoço e resolvemos ver como preencher a tarde até a hora do bus (22h). Resolvemos fazer o passeio ao Cemitério de Chauchilla, a 27km de Nazca (100,00 para os 3).

Às 16h30 a guia passou para nos pegar, junto com seu filho. Figura o moleque... não parou de falar um segundo! rs

Achei esse passeio um dos pontos altos da minha viagem. Simplesmente indescritível olhar para tudo aquilo e saber que não mudou praticamente nada em mais de 1000 anos! Tirando a pequena casa onde ficam duas múmias e a bilheteria, não há nenhuma construção nos arredores do cemitério até onde a vista alcança!

 

 

 

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Demais.

A guia era muito boa e tirou todas as nossas dúvidas. Um fato interessante foi descobrir que em Nazca a média de chuvas no ano é de 30 minutos! Ela simplesmente não entendia qdo eu dizia que em São Paulo estava chovendo todos os dias há mais de uma semana...rs

Sucos e cervejas na pequena e bem organizada Plaza de armas e fomos para a Cial confirmar o horário de saída do bus. Lá fomos informados que não teríamos o serviço de jantar a bordo, como imaginávamos (o jantar é servido durante o trecho Ica-Nazca...Fail).

Voltamos correndo ao centro e engolimos uma pizza muito boa (22,00) em 3 minutos...

O que não gostei da Cial: ônibus sujo, embora novo; o ‘rodomoço’ estava c*gando e andando para o fato de que havia gente nas 3 poltronas que eu havia comprado. Tentei argumentar, outras pessoas argumentaram tb em meu favor, e nada... acabou que eu fui em um assento, minha namorada e o pai dela em outro; e o controle de bagagens é fraquíssimo.

 

 

14.01 Sexta-feira. Arequipa (2.280m)

8h20 – chegamos à Rodoviária de Arequipa. Não costumo dar bola para essas pessoas que oferecem passeios e hostels na rodoviária, mas resolvi confiar naquela mocinha.

Ela mostrou as fotos do hostel (Marlon’s House) e eu reconheci o café da manhã no terraço de algum relato que eu tinha lido por aqui. Acabamos fechando. Um quarto matrimonial (40,00) e um simples (25,00), banheiro privativo, com desayuno.

Taxi (6,00). Em Arequipa, pela primeira vez, nos alertaram a só pegar táxis indicados por eles e para não andar em determinadas ruas após às 17hs. Isso já tirou um pouco do meu sossego. Sou meio cismado com esse tipo de coisa.

Reservamos o passeio ao Cañón Del Colca para o dia seguinte (65,00) e fomos almoçar num Terraço na Plaza de Armas. Provei Filé de Alpaca pela primeira vez (gostei), camu camu, e um risoto de quínua. Estava muito bom. 2 Cusqueñas para arrematar. Total = 38,00.

A Cris e o Shigueo também pegaram pratos bem requintados e gostosos e o preço também foi esse. Valeu à pena.

 

 

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Fomos trocar dólares. Em Arequipa não achamos um banco oficial ou uma Western Union para trocar dólar... apenas umas banquinhas mequetrefes que não inspiravam confiança. Escolhemos a que tinha mais cara de oficial e, em tese, mais segura, a ProEmpresa, e entramos.

Dessa vez, resolvemos trocar uma quantia considerável, já que dali para frente o ritmo seria punk até Cusco... o câmbio estava em 2,75.

Ao sairmos da oficina, passamos por um velhinho mal encarado falando ao celular. Ele olhou para nós e disse algo como ‘acabaram de sair da oficina’. Como eu disse, sou meio cismado, e já fiquei alerta. A diferença é que dessa vez a Cris tb suspeitou, e ela nunca desconfia das coisas que eu desconfio. Atravessamos a rua, e ao atravessarmos ouvimos o velho dizer ‘cruzaram a rua’. F*DEU!

Parênteses:

Acredito que, em regra, as cidades te oferecem tanto quanto você se permite receber.

Em Nazca, por exemplo, (e em Huacachina também) a 1ª imagem que tivemos não foi das melhores, mas em pouco tempo já nos sentíamos confortáveis, e, com o conforto, acabamos nos permitindo ousar mais, explorar mais, conversar com as pessoas, conhecer efetivamente o lugar.

Em Arequipa, no entanto, embora seja uma cidade mais bonita e limpa, desde o princípio não me senti muito à vontade.

Somando-se a isso, a atendente do hostel nos disse para evitar algumas ruas (que eram próximas ao nosso hostel à Plaza de Armas) e para evitar andar nas ruas após às 17hs.

Com isso, admito, passei a me sentir ainda menos à vontade.

Após o almoço, que estava muito bom, e com o belo visual da Plaza de Armas e dos vulcões ao fundo, eu estava começando a me permitir sentir um pouco mais confortável.

E então aconteceu aquilo na saída da casa de câmbio...

Como esse tipo de coisa é melhor não pagar para ver, fomos dar uma volta na Plaza de Armas para ‘despistar’ eventuais vagabundos... fizemos um caminho alternativo e mais longo para voltarmos ao hostel, mesmo com a perna da Cris doendo bastante... Táxi? Nem pensar, se a própria mulher do albergue disse para pedirmos o táxi direto pra ela, como íamos pedir um táxi qualquer na rua se já estávamos cismados?

Chegamos sãos e salvos ao albergue, mas é claro que eu desconfiei de toda e qualquer pessoa que cruzou o olhar comigo da praça até eu pisar no albergue. E noiado como sou, qualquer barulhinho no albergue e eu já levantava as antenas com o coração acelerado... sensação horrível.

Não tivemos nem mesmo vontade de sair para jantar, já que nas cercanias do albergue não havia um só bar/restaurante (ou qualquer comércio, em verdade).

Uma pena que esse episódio – mais o sentimento anterior – tenha feito com que eu não desfrutasse de tudo o que a Ciudad Blanca tinha a oferecer...

 

 

15.01 Sábado. Arequipa – Chivay (3.500 m)

Acordamos cedo, desauyno, check out, guardamos as malas no depósito e reservamos bus (Señor de los Milagros, 30,00) para Puno para o dia em que iríamos voltar do Colca.

Como chegaríamos em Puno de madrugada, reservamos tb o albergue da mesma rede (Marlon’s House), assim eles nos buscariam na rodoviária.

8h25 – Jesus nos Guia! Hehehe

Jesus, o guia do nosso grupo, passou para nos pegar no albergue e, de lá, paramos numa lojinha para comprar produtos de coca, afinal, de Arequipa até Chivay passaríamos pelo Mirador dos Vulcões, a 4.910m de altitude!!

Compramos folhas, balas e uma bebida à base de coca. Seguimos viagem... passamos por locais muito bonitos, na Reserva Nacional. Passamos por rebanhos de Vicuñas, Alpacas, Llamas, lagunas, vulcões, neve (lá no alto), cactos...

 

 

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No mirador dos vulcões, só os fortes sobrevivem...rs Bastante gente passou mal, inclusive a Cris e o pai dela. Eu só tive uma leve dor de cabeça, que durou uns 5 minutos (ah, e teve um dia que tive umas dores estranhas nas articulações – joelhos e cotovelos).

A paisagem é linda! Aproveitei para usar um dos dois banheiros mais ‘altos’ da região... uma latrina com muros de pedra! rs

 

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13h – chegamos à Chivay (quéchua para ‘lugar onde se faz amor’... e sabedoria indígena não se contradiz, não é mesmo? Então reservamos um quarto matrimonial e um simples...rsrsrs A hospedagem já estava no preço do passeio). Pagamos mais 35,00 de boleto turístico.

Almoçamos num Buffet livre, 22,00 por pessoa... comi como um porco! E sempre experimentando os pratos típicos. Não há lugar para ‘nojinho’ quando se tem o espírito mochileiro de verdade.

15h30 – frio do cão... nosso hotel não tinha água quente (e depois de um tempo, não tinha água alguma! rs), mas já sabíamos disso... então fomos para as termas de La Calera (10,00). Piscina com água quente (38/39º) e lá fora 10º... uma cusqueña na beira da piscina, pq ninguém é de ferro, e depois um banho quente.

 

 

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17h30 – de volta ao hotel (Colca Mayo), fomos cochilar, pq o ritmo de viagem estava intenso.

19h30 passaram para nos pegar e fomos a um jantar com Peña (músicas e danças típicas). Gostei.

Fui chamado para encenar o ritual de sacrifício a La Pachamama e depois me chamaram para dançar... sorte que tinha tomado uma Arequipeña (8,00) e tava mais descontraído...rs (O jantar ficou 20,00.)

 

 

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21h30 era hora de deitar, pq o dia seguinte seria loooonnngoooo...

 

16/01 Domingo. Chivay (3.500m) – Arequipa (2.280m) – Puno (3.800m)

Às 4h40 o pessoal do hotel começou a bater nas portas para acordar todo mundo. Tomamos café, fizemos o check out e 6h30 passaram para nos pegar no hotel.

7h uma parada em Yanque para artesanatos e fotos (com águias e llamas, para quem quisesse).

8h Estávamos na Cruz do Condor. O visual lá é de tirar o fôlego!

O Cañón Colca é o canyon mais profundo do mundo... sua parte mais profunda tem mais de 4 mil m. No mirador, ele tem uma média de 3.500m de profundidade.

 

 

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Parênteses: Eu fui para lá ciente de que essa não é a época de avistar condores na região. O guia também explicou que nessa época do ano os casais estão em fase de procriação, então no máximo conseguiríamos ver um condor jovem (com menos de 8 anos, e que ainda não se reproduz), de coloração marrom.

Estávamos nós tirando fotos do vale qdo todos começaram a soltar interjeições de espanto (‘oohhh’, ‘aaahhhh’, ‘wowwww’ e coisas do tipo). Olhei para a esquerda e lá estava ele! Um Condor macho, adulto, igual aos que eu vi nas fotos, voando soberano, sem se incomodar conosco... ele voou sobre nossas cabeças por uns 5 minutos e depois se afastou. Ficamos lá por mais de 1h30 e ele não voltou.

 

 

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Fiquei muito feliz em poder avistá-lo, pois estava convencido de que não seria possível... deve ter sido o sacrifício a La Pachamama que eu fiz na noite anterior! Hehehe.

Ah, o soroche (mal da altitude) pegou pra valer a Cris e o pai dela durante todo o tempo... só passou mesmo em Lima...rs

Depois, paramos num povoado (Maca, salvo engano) para umas fotos e provei o suco de Sancayo (2,00); o fruto ultraazedo do cacto (parece um figo da índia)! Puro é ruim, mas como suco é bom... e, segundo a vendedora, faz bem para o fígado, então mandei ver! rs

 

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12h – almoço em Chivay. Buffet livre a 20,00.

Novamente, comi como um porco... um pouco de tudo... inclusive o temido Rocoto (pimenta nativa que muita gente disse para eu evitar). Eu comi sem saber o que era... achei delicioso! Quando fui repetir, perguntei pra garçonete o que era, e era Rocoto recheado com carne de alpaca e ovos... fiquei com receio de pegar outro e depois passar mal no bus até Puno!! Rsrs

 

 

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Deveria ter pego outro, pq até agora eu to com aquela ‘lombriga’!! kkkkk

Provei tb a popular Chicha Morada (suco quente de milho roxo com cravo e canela... achei sem graça).

Voltamos à Arequipa, jantamos uma Pizza nos arredores da Plaza de Armas (Manolo’s – 56,00) e fomos para a rodoviária. 20h30 embarcamos no bus. Apesar de sermos os únicos turistas naquele ônibus, a viagem foi bem tranqüila.

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(Continuação)

 

17.01 Segunda-Feira. Puno (3.800 m)

Chegamos ao terminal de bus de Puno às 2h20 da manhã. Esperamos uns minutos e um funcionário do Marlon’s House apareceu com um cartaz com o nosso nome escrito e nos levou até o hostel.

Pedimos para ligar o aquecedor e tomamos banho antes de dormir. Estava bem frio na cidade. O quarto triplo, com banheiro e café saiu por 25,00 por cabeça, e é bem arrumado.

Dormimos até às 7hs (quisemos acordar cedo para pegar o passeio para Taquilles ainda naquele dia, já que o plano era passar o menor tempo possível em Puno). Acontece que os passeios até Taquilles saem 6h30...¬¬

Bom, reservamos o passeio até as Islas Uros (ilhas flutuantes), às 9h, por 30,00. Apesar de todos dizerem que o passeio era ‘para inglês ver’ (e, em partes é verdade), achei que valeu a pena.

Ouvimos bastante informação sobre a confecção da ilha, dos barcos e etc., e saímos para passear num barco de totora (eu sei que é só pra turista, mas eu tava lá mesmo, pq não?!), 10,00 por cabeça.

 

 

 

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O barco nos deixou numa ilha maiorzinha, com restaurante e uma igreja de Jesus Cristo dos Últimos Dias. Perguntei ao funcionário do restaurante se a cerveja era gelada (já que os refrigerantes estavam em temperatura ambiente) e ele disse que sim... demorou para voltar... fui atrás dele e vi ele saindo com a garrafa de cerveja de dentro da igreja de Jesus Cristo dos Últimos Dias!! Hahaha

Deixa só os pastores descobrirem!

Voltamos ao píer e pegamos a van. Pedimos para que nos deixassem na Plaza de Armas, para explorarmos um pouco (aos poucos, e com bastante remédio, a perna da Cris foi dando uma folga para nós...).

Almoçamos menú turístico (mto bom, 25,00) no Inkabar, na Passaje Peatonal Lima, e fomos procurar agências de viagem.

Estávamos entre ir para Copacabana naquele mesmo dia, dormir lá e no dia seguinte irmos à Isla Del Sol e voltar para Puno, ou então irmos à Sillustani naquele dia e Copacabana de bate-e-volta no dia seguinte. Foi o que acabamos fazendo.

Contratamos o passeio à Sillustani (25,00 cada um) para aquela tarde, às 14h20.

A península de Sillustani se encontra a 34km de Puno, numa altitude de 4.000m, e o parque arqueológico ali compreende uma série de tumbas de pedra da época pré-inca (ali foram enterrados Aymaras, Pucaras, Tiwanakos e, só depois, os Incas).

Devo confessar que senti uma energia diferente ali... aliás, estava quase decidido a não ir pra lá quando a vendedora do passeio falou ‘viu, as fotos de lá não dizem muito...o que é interessante lá é a energia’... foi o que nos convenceu...rs. E eu senti essa energia – principalmente no centro do ‘Templo do Sol amarrado’, além de o local ser muito bonito (destaque para a ilhota na laguna e para a tempestade de areia que bate ali ao final de cada tarde).

 

 

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Voltamos do passeio e fomos novamente à Agência (Gaia Perú Travel, Passaje Peatonal Lima, 419, oficina 111). Lá, fechamos o trecho de bus Puno-Copacabana-Puno, e um guia até a Isla Del Sol, por 176,00 cada um (na verdade, nesse preço também estavam embutidos os valores relativos às passagens de Puno à Cusco).

Meu sogro estava mal do soroche e ficou no albergue essa noite... Eu e a Cris fomos dar mais um passeio pelo centro. Encontramos uma pizzaria pela qual eu não dava 1 real... entramos, olhamos o cardápio, o preço tava bom e resolvemos ficar... Resumindo, a comida (não só a pizza) era muito bem servida e muito saborosa, além de barata! Total da conta = 22,50. O nome do local é Nido Del Buho, na Jr. Libertad, 240 – e eles tem outros endereços ali no centro mesmo, mais requintados.

 

18.01 Terça-feira. Puno – Copacabana (3.800m) – Puno – Cusco (3.400m)

Dormi mal essa noite, preocupado em perder a hora... acordamos às 5h45, tomamos café, fechamos a conta no hotel e guardamos as mochilas no depósito.

Novamente, pela conveniência de ter alguém para buscar-nos na rodoviária, reservamos em Cusco uma noite no Marlon’s House (quarto triplo, banheiro privatico, café da manhã, 30,00 por pessoa).

A moça da agência nos buscou no hotel e deixou-nos na rodoviária. Pagamos a taxa de embarque (1,00) e pegamos o bus (Panamericano Dorado), com instruções de que nosso guia, Jaime, nos recepcionaria em Copacabana.

Levamos pouquíssimo dinheiro. Como eu havia lido relatos de golpes na Bolívia (‘policiais’ que pedem para ver qto vc tá levando pra viagem e te assaltam; policiais que dizem que está faltando carimbo no seu documento e te extorquem; e etc), resolvi levar o suficiente para almoçar lá e comprar algum artesanato, apenas.

Na fronteira, trocamos alguns soles por Bolivianos (1,00 x2,40) – estavam pagando muito bem nos R$... coisa de 3,40!

Na hora de cruzar a fronteira, desavisados que largaram o papel da imigração sabe-se lá onde têm de pagar US$5,00 para conseguir outro. Cruzamos a fronteira peruana, adiantamos o relógio em uma hora e fomos na imigração boliviana.

O policial perguntou à Cris qto tempo passaríamos na Bolívia. Ela respondeu que só aquele dia e ele disse, sem olhar para nós, ‘Não pode. Tem que ficar no mínimo 1 dia inteiro aqui.’ A Cris olhou assustada para mim e fiz sinal pra ela fingir que não ouviu nada e sair.

Subimos novamente no bus e andamos os 8km restantes até Copacabana (paga-se 1,00 Bol. para entrar). Lá chegando, Jaime estava no aguardo. Informou-nos que deveríamos nos encontrar com ele na agência (rua principal) às 13h em ponto. Perguntei a ele sobre o que o policial nos disse e ele confirmou; é verdade... por lei, o tempo mínimo de permanência na Bolívia é de 24hs. No entanto, segundo ele, a lei não estipula pena/multa alguma e eles também não podem (na real, podem) nos segurar... é só fazer um ‘acordo’, em torno dos 20,00 Bol.

Como ainda era 12h, fomos almoçar no Restaurante Colonial, na orla... Provei a truta do lado boliviano do Titicaca e não me arrependo (tirando a tonelada de cebola que eles colocam em tudo e te fazem lembrar do prato durante todo o dia!), tava muito saborosa!

Resolvi provar uma cerveja boliviana... perguntei ao garçom qual era a melhor e ele me trouxe uma Paceña. Ôh, troço ruim! Tava quente e sem cor ou sabor...Pra piorar, no restaurante começou a tocar Zezé de Camargo e Luciano, cantando em portunhol!!! Ninguém merece!!! rs

 

 

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Às 13hs nos encontramos com o Jaime e fomos ao píer. Embarcamos na lancha e lá fomos nós na espantosa velocidade de ‘uma tartaruga manca anda mais rápido que isso’ por hora. rs

 

 

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Chegamos à ilha às 14h45. Caminhamos por 1h e atingimos 4 mil metros de altitude. Jaime nos explicou diversas coisas e continuamos o passeio até o templo do Sol, já na parte baixa da ilha, e, de lá, pegamos o barco novamente.

Em todos esses passeios, o guia faz toda a diferença entre conhecer um sítio arqueológico e observar um monte de pedra empilhada. Em Copacabana tivemos o nosso melhor guia de toda a viagem! Além disso, o guia era exclusivo para nós! Para mim, esse foi outro ponto alto da viagem.

17h45 desembarcamos e Jaime nos levou até a catedral de Copacabana (do século XV), onde peruanos e bolivianos fazem peregrinações no maior estilo ‘Romaria à Nossa Senhora de Aparecida’ todos os anos.

18h15 pegamos um transfer até a fronteira, onde pegaríamos o bus para Puno (empresa Titicaca).

Dessa vez, a fronteira estava um pouco tumultuada... o motorista do Transfer nos ‘arrebanhou’ e organizou nossa fila. Na hora de entrar para carimbar o passaporte, a Cris pediu para eu ir na frente.

Claro que fui o escolhido pelo policial boliviano para servir de exemplo e sofrer o ‘terrorismo’ de que não poderia sair de lá naquele dia. Eu disse que estava com passagens compradas até Puno e de Puno a Cusco, disse que a agência me vendeu o pacote de bate-e-volta, disse que todo mundo faz isso... o cara nem olhava para mim... apenas repetia ‘terá de dormir aqui’.

Eu ofereci acordo, disse que poderíamos conversar e nada... Olhei para o lado e toda a fila do meu bus já tinha saído! Só havia sobrado eu lá!

Pela janela, vi a Cris e fiz o célebre sinal do ‘F*DEU’!! Ela chamou o motorista do transfer e ele foi lá falar comigo. Perguntou-me ‘tá disposto a fazer um acordo?’ E eu: ‘CLARO!!! To tentando aqui, mas o cara não ajuda!’. Resumindo: o motorista falou para eu ir na vendinha e ‘comprar um coca para o guarda’. Achei que era algum esquema, mas não era... era apenas uma Coca para o guarda mesmo! rs

Uma coca cola 2L, quente! Por 11,80 Bol. Entreguei a coca pro guarda e ele me entregou o passaporte... lazarento...

Refeito do susto, atrasei o relógio em uma hora e entrei no bus, para apreciar pela janela os últimos raios de sol sobre o Titicaca.

Chegamos à Puno 20h50, fui ao balcão da empresa de bus Huayrur e peguei minhas passagens já pagas (depois descobri que a mulher da agência me garfou 15,00 de cada passagem, mas não teve problema pq eu consegui um belo desconto no pacote de Copacabana). Corremos ao hotel, pegamos as mochilas e voltamos à rodoviária, no mesmo táxi (ida e volta por 8,00, salvo engano). 21h45 embarcamos.

O ônibus era muito bom. O melhor que utilizamos em todo o Peru.

 

 

19.01 Quarta-feira. Cuzco (3.400m)

4h45 – Chegamos ao terminal... estávamos em cacos.

E ‘aquela’ muvuca de gente oferecendo hostel/passeio/mãe/papagaio... disse que já tinha reservas. Um cara me perguntou onde... na ingenuidade, e no cansaço, respondi onde. 5 minutos depois aparece um taxista, direto em mim e diz ‘Vcs são os meninos do Marlon’s, né? Venham comigo’. Estava tão cansado que meu ‘sensor cilada do Bino’, geralmente infalível, nem apitou... nem me ocorreu de perguntar pra ele se sabia nossos nomes, por exemplo.

Na porta do hotel ele nem esperou tocarmos a campainha, cobrou 15,00 (absurdo de caro), depois de muito barganhar, ele aceitou 10,00, e disse q não tinha ninguém no hotel e nós que deveríamos pagar. Golpe.

Enfim, chegamos no hostel, Edwin nos atendeu (muito bem, por sinal) e disse que tinha acabado de mandar gente na rodoviária para nos buscar... ¬¬

Dormimos até 11h30. Acordamos (com barulho de chuva) e o café da manhã não estava mais servido. Fizemos um orçamento de passeios e passagens de trem na agência do hostel e fomos almoçar um menu turístico no Antojitos, Calle Marques, 278... restaurante onde os locais almoçam. Pagamos 9,00 e comemos muito bem.

- detalhe: menu turístico consiste em uma entrada (sopa ou salada), um prato principal e sobremesa ou bebida.

Andamos até a Plaza de Armas e resolvemos passar no escritório da PeruRail. Compramos passagens na classe Expedition, de Ollantaytambo à Águas Calientes (22/01) e volta (23/01) + bus de Águas à Cusco por US$91,00 no total.

Mais uma volta no centro, mais artesanatos... menos dinheiro! rs

Fui até a agência ‘Marcelo’s’ (a Agência fica na Plaza de Armas, ao lado do Bembo’s), que alguém havia recomendado aqui no Mochileiros.com. Disse que uns amigos do Brasil que haviam recomendado e a mulher só faltou estender um tapete vermelho!

Acabamos fechando 3 passeios por um valor infinitamente mais barato do que os 2 passeios oferecidos pela agência do Hostel.

Compramos o Boleto Turístico de Cusco (140,00 inteira e 70,00 ISIC) e fomos tomar café e comer uns postres na Davorino, de frente ao Qorikancha. Tava frio, então pedi um Café Peruano (Café, Pisco, Creme e sei lá o quê) e um cheesecake de sauco (fruta nativa que lembra um blueberry).

19hs – Centro Qosco de Arte Nativo. Uma apresentação de Danças Folclóricas da Região, incluso no Boleto. Bem legal... na saída, passamos numa livraria e acabamos comprando uns livros do Vargas Llosa (os mesmos livros estavam simplesmente o dobro do preço no aeroporto em Lima).

Mais artesanatos, mais lembrancinhas e ainda menos dinheiro! rs

23hs – Hora de conhecer a famosa Mama África, casa noturna na Plaza de Armas. A vantagem é que as baladas de lá não cobram entrada!

Dançamos um pouco, bebemos um pouco, rimos com os axés desconhecidos da década de 90 que tocam por lá e depois fomos dormir.

 

 

20.01 Quinta-Feira. Cusco

Acordamos e fomos atrás de outro albergue. Um que tivesse perfil mais jovem/festeiro que os que havíamos nos hospedado até aquele dia... um amigo havia recomendado o The Point, na Plaza San Francisco... fui com a Cris lá e ficamos apaixonados! rs

Mas não tinha vaga alguma para os próximos 3 dias. #fail.

Olhamos o Wild Rover, mas não era a mesma coisa, e ficaria muito caro para colocar o Shigueo num quarto sozinho.

Acabamos optando pelo Pirwa Lodging, na Calle Suécia, ao lado do Mc Donald’s da Plaza de Armas. (76,00 o quarto matrimonial e 60,00 o simples).

O Shigueo continuava sofrendo com o maldito soroche (e um dos sintomas é o estômago ruim) e acabamos almoçando no Mc... porcaria por porcaria, pelo menos era uma que o estômago dele agüentava! Haha

Embora fosse um Mc, resolvi transformar aquilo numa experiência peruana, então pedi 2 pedaços de Pollo Crujiente (um frangão a passarinho...rs) e passei molho de ají (pimenta, mto boa) até não poder mais!

 

 

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14hs fomos para o City Tour, que de ‘City’ não tem quase nada.

Esse dia eu tava meio da ‘pá virada’... fiquei puto logo cedo... o grupo era ENORME, o guia vomitava informações, não dava para ouvir nada pq tinha pelo menos mais 2 grupos grandes em volta, com os guias falando um inglês ‘macarrônico’... enfim, de Qorikancha mesmo eu não sei quase nada... teve uma hora que eu simplesmente resolvi ‘desligar o áudio’ e apreciar a paisagem.

De lá fomos para Saqsayhuaman (ou Sexy woman), que achei bem legal e onde comprei uma escultura da trilogia andina (serpente, puma, condor); Q’enqo, onde mumificavam os doidões lá, rs; as fontes de Tambomachay; e era para conhecermos PukaPukara, o local que mais me interessava, por ser parecida com uma fortaleza... mas ao invés de pararmos nela, o guia simplesmente apontou para ela pela janela do bus e disse que não tínhamos tempo.

Sabem para quê tínhamos tempo?! Para parar num taller de artesanato de alpaca! VSF!! Fiquei muito puto.

De volta ao centro, fomos buscar nossas roupas na lavanderia... sumiu um par de meias minhas... acredito que levaram de ‘regalo’ só pq estava escrito Brasil nelas.. paciência.

Jantamos num daqueles balcões/sacadas na Plaza de Armas, chamava Papillon.

 

 

21.01 Sexta –feira. Cusco – Maras

Fizemos o check out no Marlon’s e levamos nossas coisas ao Pirwa. Às 9h fomos para a Marcelo’s aguardar o tour para Maras.

Antes de Maras, o bus parou em Chinchero numa tecelagem tradicional, onde as cholas nos ensinaram como elas fiam, tecem e tingem os tecidos.

Em Maras conhecemos as Salineras (3/4 delas datam do período Inca) e Moray, um centro de experimentação agrícola muito interessante... cada um dos seus platôs circulares tem exatamente 1ºC de diferença para o próximo. Com isso, os incas conseguiram adaptar algumas plantas para outros tipos de relevo e temperatura.

15h30 voltamos ao centro e paramos para almoçar no Café Perla, na Calle Santa Catalina Ancha. Pessoal lá super atencioso. Provamos Lúcuma (uma fruta local bem seca e com um gosto que lembra o caqui). Almoço na faixa de 15,00 e muito bem servido e bem apresentado.

19hs – fomos até a Marcelo’s para pesquisar preço de passagem aérea para Lima. O plano era sairmos de Cusco dia 25/01 à tarde para termos mais tempo para compras em Lima, mas se viajássemos no dia 26/01, pela manhã, sairia mais barato. Compramos as passagens da TACA (êh empresa sem vergonha... desde a Colômbia que não vou com a cara dela, mas é mais barata, né... fazer o quê?!) por US$103,00 com todas as taxas pagas... no decolar.com o mesmo voo saía por US$142,00.

19h30 começou a rolar um furdunço na Plaza de Armas... tinha mais de 30 carros de rally por lá. Era para comemorar a inauguração da rodovia Transoceânica Brasil-Peru. Troquei dinheiro no Interbank da Plaza de Armas, 1x 2,76 e depois comprei Cartolina e pincel atômico (dia 23 seria aniversário do meu pai, então queria fazer um cartaz de aniversário para ele).

 

 

22.01 Sábado. Cusco – Valle Sagrado – Águas Calientes

Acordamos 6h30 e tava garoando. Arrumamos as malas, fizemos check out, guardamos as malas no depósito e fomos tomar café. 9hs – pegamos o bus do tour.

O bus parou na feira de Ccorao para mais compras de artesanatos (tudo o que eu não comprei na Colômbia, eu comprei no Peru... pelamor! rs).

De lá fomos para Pisaq, paramos para almoçar em Urubamba e às 14h45 paramos em Ollantaytambo, o templo da Llama. Tudo muito bonito e cheio de história, claro.

A chuva começou a nos mostrar o que estava porvir.

O bus seguiu com destino a Chinchero, mas nós ficamos em Ollanta mesmo, pois às 19h33 sairia nosso trem com destino à Águas Calientes (Machu Picchu Pueblo).

Fomos ao restaurante Orishas, bem ‘chiquetoso’ para a região, às margens do rio e perto da estação de trem. Preço razoável, serviço bom, som ambiente (tocando Iron Maiden!! \m/).

19h30 – trem (com serviço de bordo). 21h30 chegamos à Águas Calientes embaixo de chuva. O Rio Urubamba (que alagou e causou destruição no ano passado nessa mesma época) estava bem agitado.

Na estação de trem tinha aquela muvuca de gente oferecendo serviços de novo. Esperei a turba se acalmar e escolhi um dos vendedores mais quietos. Vi uma foto do albergue e pedi para ele me mostrar. Fomos até lá... Hostal Quilla, Av. Pachacuteq. Quarto triplo com banheiro privado e café por 50,00. Pedi para ver a água quente, e ela não existia. Fomos para outro quarto, e nesse tinha água quente. Cheiro forte de mofo no quarto e de suor na roupa de cama... Ficamos assim mesmo, afinal era só uma noite e tava chovendo.

Bom, Shigueo tomou banho, Cris tomou banho, na minha vez, tomei no c*. Acabou a água quente. Tomei gelado mesmo e fiquei com aquele humor do cão.

Reservei o passeio guiado de 3h em MP com o guia do hotel mesmo (Vladimir), 15,00 por pessoa.

 

 

23.01 Domingo. Águas Calientes – Machu Picchu – Cusco

Acordamos 5h45 e que bela surpresa: não há água no hotel! Nem para dar descarga! Água mesmo, só lá fora, pq tava chovendo! Fail! Café da manhã tb foi bem sem vergonha.

Fomos comprar os boletos turísticos de MP (63,00 ISIC e 126,00 normal).

Para subir até MP as opções são: 1 – a pé (vc chega lá morto... e com a perna da Cris daquele jeito, sem chances); 2 – extorsão. Cobram US$8,00 (ou 24,00 soles se vc não tiver dólares) pra subir e 8,00 para descer. Compramos a subida e resolvemos arriscar a descida a pé.

Vestimos nossas calças impermeáveis, jaquetas impermeáveis e tênis impermeáveis e lá fomos nós.

A única coisa boa daquele hostel foi o guia mesmo, o Vladimir. Depois do Jaime (Copacabana), acho que foi o nosso melhor guia.

Andamos, ouvimos histórias, andamos, ouvimos histórias, tiramos fotos, a chuva parou um pouco, as nuvens sumiram por uns 15/20 min e a chuva recomeçou... só sei que no trem para Ollantaytambo ainda estava chovendo...

 

 

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Bom, fui tirar a foto com o cartão de aniversário para meu pai e os guardinhas começaram a embaçar. Não queriam deixar de jeito nenhum tirar foto com cartaz (parece que é proibido... eles deviam estar com medo de estar escrito ¡Lucho Presidente!, ou ¡Viva Keiko Fujimori! No cartaz... vai saber. Hehe)

Mostrei para eles o cartaz e expliquei que era aniversário do meu pai, no Brasil, e eles me deixaram tirar uma foto antes de guardar o cartaz.

 

 

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13h10 resolvemos descer de lá andando. Que descida! Não acabava mais!

14h45 – fui perguntar qto era o Buffet do restaurante e me deparei com mais um Brasil Lover! rs

Qdo o cara viu minha camisa da seleção abriu um sorrisão e quis mostrar todo o restaurante para nós. Perguntei se brasileiro tinha desconto, e ele deu. Pagamos 35,00 cada um, Buffet livre com sobremesa e ganhamos uma limonada cada. Logo em seguida entrou um grupo de coreanos, e o preço foi de 17 dólares, sem suco! (Restaurante Pueblo Viejo - recomendo)

16h30 – embarcamos no trem. 19h20 chegamos em Ollantaytambo e pegamos o bus da PeruRail até a ferroviária de Cusco, 21h30, de lá, rachamos um táxi com uma francesa até a Plaza de Armas (3,00 – queriam nos cobrar 10,00, mas ela já conhecia o preço padrão).

 

 

24.01 Segunda-feira. Cusco.

O Shigueo acordou ruim novamente e resolveu passar o dia no hotel.

O tempo estava bem fechado. Resolvi alugar uma moto. Li aqui no Mochileiros.com que tinha a agência da Pamela, na Calle Plateros, que fazia um preço mais justo que os demais.

Fui até lá (esquina da Plateros com a Siete Cuartones) e disse que um amigo brasileiro havia me recomendado. Na hora ela me perguntou se eu era amigo do Leo (só conheço o Léo daqui dos relatos, mas respondi que foi ele sim que me indicou). Bom, fechamos em 15,00 soles por hora. Pechincha.

Alugamos uma Tornado zero bala (tirando a falta de setas e de painel! rs). Colocamos nossas roupas impermeáveis de novo e foi só eu subir na moto que a chuva começou!

Como para motociclista que se preze não existe tempo ruim, seguimos assim mesmo. Pedi para a Pamela me explicar como fazer para chegar ao Action Valley (onde tem o Bungee Jump normal e o invertido, tipo Slingshot) e fomos para lá.

Detalhe: tirando na moto-escola, só andei de moto UMA vez, em Monte Verde-MG! rs

Só minha namorada mesmo para topar essa loucura comigo! Lá fomos nós num país onde todos dirigem como loucos, na chuva incessante, estradas muito sinuosas e esburacadas e muitos bichos cruzando a pista, e eu andando como se tivesse acabado de tirar as ‘rodinhas’ da bicicleta!! Hahahaha

Bom, tirando um pequeno susto e um pequeno tombo nos primeiros 5 minutos do passeio, tudo correu bem.

Chegamos ao Action Valley, em Poroy, sob chuva e nos deparamos com a seguinte ‘placa’:

 

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Fail novamente! rs

Voltamos sentido Cusco... e nos perdemos! Hehe

Enfim, depois de passearmos um pouco pelo louco trânsito urbano, onde nem os pedestres são respeitados, que dirá motociclistas, e nos encontramos na Avenida El Sol.

De lá, fomos para PukaPukara. No caminho, a chuva aumentou bem. Não sentia mais minhas mãos, e as roupas impermeáveis estavam ‘permeando’!!! rsrsrs

Em PukaPukara, semi deserta, um guia ofereceu seus serviços ‘voluntários’ e, ao final pediu uma contribuição igualmente ‘voluntária’ (dei 10,00). Valeu à pena.

PukaPukara foi um posto de controle dos caminhos incas que chegavam e partiam de Cusco. Uma espécie de Aduana, com estalagem e tudo mais. Mais interessante ainda é a maquete em pedra de Machu Picchu, que, segundo o guia, através da datação do carbono, concluiu-se que é mesmo anterior à construção de MP.

 

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De lá voltamos sentido centro e fizemos uma pequena parada no cerro onde o Cristo se encontra... Tem-se, de lá de cima, uma bela vista do centro de Cusco.

 

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16h30, devolvemos a moto. E A CHUVA PAROU!!!!

Bom, fomos procurar tênis para os dois, pq aquele impermeável inteiramente molhado não ia rolar!

Banho quente, lanche do Mc (pq era o que tinha mais perto) e cama! Estávamos acabados! Mas o dia valeu a pena... minha experiência em motos subiu de 2,3 para uns 4,1 pelo menos! Hehehe

 

25.01 terça. Cusco.

Fomos ao Museu Histórico Regional (Casa Garcilarsso, ou algo que o valha), incluso no boleto. Fomos também ao Museu de Arte Popular, embaixo do local onde se compra o boleto, e depois ao Museo Qorikancha, tb inclusos.

Fomos ao mercado central. Ótimo lugar para comprar lembrancinhas! As coisas chegam a custar 1/3 do que custam fora de lá.

De lá fomos almoçar no Café Perla novamente.

À noite, deixamos as malas prontas, o hotel pago e fomos dançar/beber no Mama África de novo, para nos despedirmos de Cusco.

 

26.01 Quarta. Cusco-Lima.

Taxi até o aeroporto de Cusco (9,00).Na TACA eles te fazem abrir todas as malas antes de despachar, reviram tudo (quebraram um monte de coisas de uma gringa na minha frente...) Eu tive sorte, novamente, por causa da camisa da seleção... o cara abriu minha mala e lá estava a camisa... ele falou ‘é de onde?’ e eu ‘Brasil’, ele ‘pode fechar a mala! Próximo!’... hehehe

Chegando à Lima, depois de uma horinha de voo, encontramos o mesmo taxista do dia em que chegamos ao Peru! Coincidência do caramba! 45,00 até Miraflores.

Fomos no mesmo hostel (PeruBackpackers), pegamos o quarto triplo (33,00/pessoa) e saímos para fazer as últimas compras.

Almoçamos no LarcoMar (Restaurante Vista al Mar ou algo do tipo). Comi frutos do mar até dizer chega, fomos tomar um sorvetinho no Bembos e depois tirar uma merecida soneca.

À noite fomos eu e a Cris até o Pq Kennedy petiscar e beber algo e depois passamos no mercado para comprar uns ajís para trazer para casa!

 

27.01 Quinta. Lima-SP

Acordamos bem cedo e pegamos o táxi com boas horas de sobra. Sorte! Teve um acidente com um carro que derrubou um poste sobre uma passarela no circuito da praia e matou um garoto... o trânsito estava digno de São Paulo depois da chuva!

11h30 sairia o nosso voo. Dessa vez a bagagem estava pesando quase 14kg, e a mala de mão uns 6kg... haja bugiganga! rsrs

Voo de retorno sem incidentes... pela TAM. E de volta à vida dura!!

Espero que tenham gostado do relato e tirem boas informações dele. Se quiserem, eu tenho uma planilha em Excel com todos os gastos... é só pedir. Abraços!

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  • Membros de Honra

::otemo::::otemo::

Adorei o seu relato Tishé! Ficou ótimo!

 

Só agora descobri o que o japa-pai aprontou no Peru! ::lol4::

 

Me recuso a acreditar que você desenhou o brasão do curintia lá no bar! Vergonha alheia!

 

Fui até lá (esquina da Plateros com a Siete Cuartones) e disse que um amigo brasileiro havia me recomendado. Na hora ela me perguntou se eu era amigo do Leo (só conheço o Léo daqui dos relatos, mas respondi que foi ele sim que me indicou). Bom, fechamos em 15,00 soles por hora. Pechincha.

::hahaha::::hahaha:: Com certeza ela estava falando do Leo_RJ!

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  • 1 mês depois...
  • Colaboradores

gabriel,

 

adorei seu relato!

 

embarco dia 02 de abril pra santa cruz de la sierra e vou rodar atraves de bolivia-peru-chile até a argentina. Pode me mandar a planilha de gastos?

 

gostaria de comparar com algumas coisas que já fiz aqui....

 

obrigada!

 

ah, meu email é braga.livia@biruta.com.br

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  • Membros de Honra

Gabriel, boa noite

 

Tava lendo seu relato e me interessei em receber a planilha de custos, será que vc pode me mandar?

 

aletucs@hotmail.com

 

Planejo ir pra bolivia/peru em julho com minha namorada. voce acha que compensa eu comprar o trem pela internet (perurail.com) ou deixar pra comprar num pacote lá? o que será que sai mais barato?

 

o hostal pirwa é muito baruhento? to pensando em ficar lá mas queria uma coisa mais calma, pra dormir a noite mesmo.

 

o hostal que vc ficou na laguna huacachina é tranquilo ou badalado? a estrutura é bacana? tipo piscina essas coisas, pq eu pretendo ficar lá uns dois dias, curtindo o lugar em si. que te parece?

 

aguardo sua resposta,

 

Muito obrigado.

 

Alexandre.

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