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Mochilão na Ásia: 132 dias, 8 países


Doug_Ju

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  • Membros de Honra

Dia 90 - 09/10: Penúltimo dia em Hanói

 

Acordamos um pouco tarde e tiramos esse dia para nos organizarmos, para chegarmos na Índia com tudo em ordem.

 

Chegamos em um restaurante e pedimos um sanduíche de atum. Já imaginamos que seria um sanduichinho pequeno e que estava um pouco caro o preço de US$ 2,00.

 

Quando o prato chegou, levamos um susto. Vieram dois pães para cada muuuuito recheados com maionese e atum, mais batata frita e salada...Estava delicioso!!!!

 

Depois compramos cartões postais e paramos em um restaurante para escrevê-los e ficar na internet.

 

Almoçamos e seguimos para o correio.

 

Depois de um bom tempo até algum funcionário ter boa vontade, enviamos os cartões.

 

Sentamos na beira do lago Hoan Kiem para relaxar um pouco.

 

Passamos em uma sorveteria onde estava tudo escrito na língua local.

 

Ficamos uns 5 minutos esperando alguém comprar o sorvete que a Jú queria para vermos como se chamava na língua deles.

 

Quando descobrimos o nome entramos na "fila" e pedimos.

 

No Vietnã as filas não fazem muito sentido.

 

As pessoas vão entrando na frente e quem conseguir chamar a atenção é atendido antes.

 

Voltamos à beira do lago e procuramos um bom lugar para sentar, mas não encontramos. Por todos os lados tem lixo jogado pelo chão.

 

Tivemos que sentar do lado de umas embalagens e palitos de picolé.

 

O curioso é que a uns 3 metros da beira do lago tem várias lixeiras espalhadas e ninguém joga o lixo lá.

 

Voltamos ao hotel e logo já saímos para não ficar naquele quarto horrível.

 

Jantamos na pizzaria de novo e voltamos logo para o hotel para arrumar as mochilas.

 

Para finalizar o post de hoje, queremos comemorar com as pessoas que acompanham nosso blog, pois hoje completamos 3 meses de viagem.

 

Alcançamos a marca de 8 mil acessos ao nosso blog!!!!!!

 

Muuuuuito obrigado a todos!!!!

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  • Membros de Honra

Dia 91 - 10/10: Voando para a Índia

 

Acordamos cedo e logo fizemos o check-out.

 

Aqui eles passam o preço em dólar e na hora de pagar é preciso fazer a conta para Dong.

 

Em todos os hotéis que dormimos foi assim.

 

Por que fazem isso ao invés de dar o preço em Dong? Fácil! O quarto custou 6 dólares por dia. A cotação está 1 dólar igual a 16080 Dong, mas na hora de pagar o hotel o cara usou a taxa de 16500 Dong.

 

- 16500? Mas trocamos ontem por 16080.

 

- Mas aqui é 16500.

 

- Por quê?

 

- Porque sim.

 

Puts, não iria adiantar brigar por causa disso. Estamos muuuuuito cansados disso tudo e não foi a primeira vez que isso aconteceu.

 

Não ficamos bravos pelo valor, mas sim pela sacanagem para ganhar a mais...

 

Ficamos em um restaurante até às 2:00 da tarde.

 

Pegamos o mini-bus e seguimos ao aeroporto internacional.

 

Lá ficamos mais um tempão esperando a hora do nosso vôo.

 

Na imigração do Vietnã, de novo, demorei um tempão para ser liberado. O cara ficou olhando o passaporte, olhou os outros vistos que já usamos, chamou outro cara...

 

- Você nasceu onde?

 

- No Brasil.

 

- Qual é sua nacionalidade?

 

- Sou brasileiro.

 

- Hum.

 

Olhou mais um pouco o passaporte...

 

- Seu pai nasceu onde?

 

- Brasil.

 

- E sua mãe?

 

- Brasil também.

 

Percebi que eles estavam estranhando um brasileiro com olho puxado.

 

- Meus avós nasceram no Japão e foram viver no Brasil.

 

- Ahhhh...

 

O avião saiu às 8:50 para Bangkok e o vôo durou 1:25.

 

Descemos correndo para chegar a tempo de pegar o outro avião, às 11:05.

 

Corremos muito até o guichê para saber qual era o portão. Depois corremos mais ainda para chegar ao portão certo, do outro lado do aeroporto.

 

Chegamos no portão e descobrimos que o vôo atrasou. Sairia às 11:55...

 

No avião a grande maioria era indiano. Já estávamos nos sentindo na Índia...

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  • Membros de Honra

Dia 92 - 11/10: Bem vindo à Índia, não temos vaga!

 

Chegamos em Calcutá um pouco depois da meia noite.

 

O Tico chegou ontem na cidade e vamos viajar todos juntos.

 

Pegamos um táxi até o hotel em que ele estava.

 

O taxista disse que não conhecia o hotel.

 

- Esse hotel é novo?

 

- Não sei.

 

- Vocês tem reserva lá?

 

- Sim.

 

Nem sabíamos se o Tico tinha conseguido reservar para nós.

 

- Hummm.

 

Fez uma cara estranha e pensamos que seria tudo igual aqui na Índia...

 

O táxi era muito antigo, todo amarelo e sem tinta nas partes reformadas da lataria, parecia ter saído de um filme...

 

O motorista fumava um cigarro artesanal...

 

A cidade é muito feia, parece uma cidade abandonada. Muitas pessoas estavam dormindo nas ruas.

 

Chegamos no hotel e estava tudo fechado. O motorista ficou gritando e o recepcionista acordou.

 

- Não tem vaga.

 

- Meu primo está aqui.

 

- Qual é o nome dele?

 

Respondemos e ele disse que não tinha ninguém com esse nome.

 

- Ele está aqui sim.

 

- Qual é o nome?

 

Respondemos de novo.

 

Ele ligou para o quarto do Tico e ele desceu.

 

O taxista ficou lá esperando para ver se nós queríamos táxi de novo, dissemos que não, mas ele continuou esperando.

 

O recepcionista não deixou ficarmos na recepção. Pô não custava nada...

 

Nós três saímos para procurar outro hotel. Andamos pelas escuras ruas de Calcutá de madrugada. Sabíamos que era perigoso, mas tivemos que procurar.

 

Paramos para pedir informação para um segurança de um prédio.

 

Mas na verdade não era um prédio simples, era um posto policial.

 

O capitão nos mandou entrar:

 

As perguntas eram feitas lentamente, sem pressa nenhuma.

 

- De onde vocês estão vindo?

 

O Tico respondeu Japão.

 

- Não, não. De onde vocês estão vindo agora?

 

- Do hotel Gardenia.

 

- E onde vocês estão indo?

 

- Estamos procurando hotel.

 

- Por quê?

 

- Porque nós não temos hotel.

 

- Mas de onde vocês estão vindo?

 

- Hotel Gardenia.

 

- Para onde estão indo?

 

Repetiu essas e outras perguntas várias vezes e aí começou o sermão sobre pessoas drogadas, roubos, violência, etc...

 

A Jú virou pra nós e disse que ele estava só querendo nos manter lá até o dia clarear...

 

Nos deu uma canseira enorme para que não saíssemos a pé pela cidade até às 5 da manhã.

 

Depois falou para um guardinha nos levar até o hotel que estávamos procurando.

 

Subimos no camburão, sentamos nos bancos duros, entre as grades, e seguimos viagem até o hotel.

 

Os dois policiais não falaram nenhuma palavra durante o trajeto.

 

Tiramos umas fotos escondidas, mas na última o flash disparou sem querer, os policiais perceberam, mas não entenderam nada...

 

Lá no outro hotel também não tinha vaga.

 

Esperamos clarear sentados na calçada e voltamos a pé até o Gardenia.

 

Pegamos as coisas, subimos em um táxi e seguimos para a região da Sudder Street.

 

Os hotéis por aqui são muito simples, e até bem sujos...

 

Demoramos até achar um quarto mais ou menos "mais ou menos"...

 

Tem algumas baratas dividindo o quarto com a gente.

 

Tentamos matar algumas, mas desistimos. Se ficarmos matando todas as baratas não vai sobrar tempo para passear...

 

Nossa, ficamos acordados mais de 24 horas direto...Dormimos até às 3 da tarde.

 

Saímos para dar uma volta e nos dirigimos à estação de trem para comprar a passagem para Varanasi.

 

Andamos até a estação de metrô Esplanade. Pegamos o metrô até a estação Girish Park.

 

A entrada no trem foi "fácil", nem precisamos caminhar. As pessoas do tumulto nos levaram para dentro do vagão automaticamente...

 

Entramos e outros foram empurrando para entrar também...Ficamos muito expremidos!!!!

 

Nossa, muito pior do que o metrô na praça da Sé (São Paulo) no horário de pico!!!

 

Saímos do metrô, atordoados com o tumulto, e perdemos o rumo quando chegamos na rua.

 

Tentamos pegar um táxi, mas não sabemos porque ninguém queria nos levar até a estação de trem...

 

Para andar de ônibus ainda não estamos preparados! Só vendo os ônibus indianos para vocês entenderem o por que...é muuuuuuita gente em pouco espaço.

 

Aqui as leis da física não fazem muito sentido. Dois corpos podem sim ocupar o mesmo espaço, ou pelo menos tentam...

 

Tentamos chegar a pé na estação de trem.

 

Andamos muito e não chegamos a lugar nenhum.

 

A rua era cheia de carregadores de produtos andando para todo lado. Achamos que tem um porto ou algo assim por perto.

 

Tivemos que andar desviando dos carregadores que puxam sozinhos as carroças sobrecarregadas...

 

Quando vimos a ponte de longe, percebemos que faltavam ainda uns 3 km para chegar na estação...

 

Já estava ficando escuro e resolvemos voltar para não ter que andar de noite pela cidade.

 

Voltamos até a estação a pé, pegamos o metrô de volta, e fomos direto jantar num restaurante aparentemente melhor do que os outros...

 

Pedimos comida vegetariana.

 

Achamos que ainda não estamos preparados para encarar outros pratos...Jantamos e voltamos logo para o quarto.

 

Quando ligamos as luzes do quarto várias baratas fugiram e se esconderam atrás da mobília.

 

Decidimos dormir com a luz acesa para as baratas não saírem para passear no meio da noite...

 

Não tinha água quente no chuveiro e o Douglas foi falar na recepção...

 

- Nosso chuveiro está frio.

 

- Agora não tem água quente.

 

- Mas disseram que era água quente 24 horas.

 

- É sim, mas agora não tem.

 

- Como não? Não é 24 horas?

 

- É, mas agora não tem...

 

- Quando vai ter?

 

- Amanhã às 9 da manhã...

 

Desisti...

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  • Membros de Honra

Dia 93 - 12/10: Felicidade nas coisas simples da vida.

 

Acordamos cedo e comemos os bolinhos que compramos ontem.

 

Saímos para comprar a passagem de trem para Varanasi.

 

Passamos em 2 agências para ver se tinha. A passagem custa 315 Rúpias, mas eles estavam cobrando o dobro.

 

Resolvemos tentar de novo comprar na estação de trem.

 

Para facilitar, pegamos logo um táxi até a estação.

 

Chegamos lá era meio dia.

 

O inglês deles é dificil de entender, isso dificultou ainda mais...eles falam inglês misturado com Hindi.

 

Paramos em um guichê, entramos na fila e quando chegou nossa vez, o atendente disse que não era ali, era para o outro lado.

 

Andamos até o outro guichê e entramos na fila. Quando chegou a nossa vez, o atendente disse para entrarmos na sala dele.

 

Outra pessoa nos atendeu, e disse que não era ali também.

 

Nos levou até outro lugar e entramos na fila.

 

Quando chegou nossa vez, o atendente disse para entrarmos também na sala, de novo.

 

Novamente disseram que também não era ali, era no prédio ao lado, no segundo andar.

 

Saímos dessa parte da estação e fomos até o outro prédio.

 

Chegamos no segundo andar e entramos na fila.

 

Adivinhem...Também não era ali...Nos mandaram para o terceiro andar.

 

Também não era ali...O atendente passou o endereço do escritório para venda de bilhetes aos estrangeiros...

 

Era bem longe dali, do outro lado do rio.

 

Almoçamos na estação de trem.

 

Pedimos rolinho primavera e vegetarian burger.

 

O cara pegou tudo com a mão para colocar no prato.

 

Olhei para a Jú e disse:

 

- Essa é a Índia.

 

- Vai se acostumando...

 

Saímos da estação e os taxistas cobravam um absurdo.

 

Entramos em um e pedimos para ligar o taxímetro.

 

Ele disse que além da tarifa tinha umas taxas que não conseguimos entender o que eram.

 

Desistimos...Perguntamos para uns 10 taxistas.

 

Ou era um preço absurdo ou se recusavam a levar com o taxímetro ligado...

 

Acabamos pegando um mais ou menos com preço bom até a rua Fairlie Place, onde fica o escritório para estrangeiros.

 

Lá estava bem calmo e vazio, muuuuito ao contrário da tumultuada estação de trem...

 

Sentamos, escolhemos o trem e a classe, pagamos e saímos sorrindo.

 

É incrível como coisas tão simples da vida podem nos fazer tão felizes.

 

Conseguir comprar essas passagens para Varanasi nos deixou infinitamente felizes!!!!

 

Tentamos ontem e não conseguimos. Hoje demoramos 5 horas para conseguir...

 

Voltamos de táxi para a Sudder Street.

 

Fomos direto para o hotel para aproveitar o pouco tempo da água quente 24 horas.

 

Eu tomei banho frio, mas depois, na vez do Douglas a água esquentou e o Tico também tomou na água quente.

 

Jantamos em um restaurante, na Sudder Street, onde vimos uns estrangeiros comendo no almoço.

 

Passamos num mercadão e a Jú comprou 2 camisas indianas para usar na viagem pois aqui as mulheres não usam camisetas justas como no ocidente...

 

Voltamos ao hotel, pedimos licença para as baratas e entramos no nosso quarto...

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  • Membros de Honra

Dia 94 - 13/10: Encarando o trem na India: De Calcuta a Varanasi

 

Acordamos às 8 horas, comemos no café da manhã o bolo de frutas que compramos ontem.

 

Foi uma briga enorme para desamarrar a sacola plástica. Fizemos um "no a prova de baratas"...

 

Arrumamos as mochilas e fizemos o check-out.

 

Ficamos na internet matando o tempo.

 

Almoçamos no Khwaja de novo. Ainda não estamos prontos para encarar a comida local, estamos aos poucos nos adaptando.

 

Por isso almoçamos de novo arroz com vegetais e a Jú pediu noodles com vegetais, também. Pedimos chapati, que é um pão bem fininho, com formato de panqueca.

 

Os chapatis vieram em uma cestinha de vime coberto com uma página do guia Lonely Planet...

 

Voltamos à Internet e as 15:30 começou a batalha por um taxi com preço justo.

 

Ontem pagamos 60 Rupias com o taximetro ligado. Hoje ninguém queria usar o taximetro. Passaram muitos taxis e todos se negaram.

 

Negociamos com um motorista e chegamos a 70 Rupias. Foi muito ainda, mas se não pagassemos poderiamos ter perdido a hora do trem.

 

O trânsito estava lento e demoramos bastante para chegar na estação.

 

A estação estava lotada!!!! Muita gente carregando muita coisa. Tinha todos os tipos imagináveis de bagagem.

 

E eles carregam as coisas na cabeça.

 

Os caras que estavam esperando o trem do nosso lado estavam levando umas 20 caixas de água mineral...

 

Fui comprar biscoitos. Quando voltei, vi que um pacote estava rasgado.

 

Voltei e pedi para trocar. O vendedor mexeu a cabeça, me deu um novo e colocou o pacote aberto para ser vendido de novo.

 

Essa mexida de cabeça que o vendedor deu é um grande mistério. Todos indianos fazem isso.

 

Não sabemos ainda se quer dizer sim ou não, isso na melhor das hipóteses, porque ainda pode ser "não sei" ou 'tanto faz"...

 

Eles mexem a cabeça para um lado e ao mesmo tempo levantam uma das sombracelhas e fazem uma expressão de "tô nem ai"...Misterioso...Só vendo mesmo...Não da para descrever...

 

Entramos no nosso vagão da classe 3AC, nosso compartimento era aberto para o corredor, com 2 triliches de cada lado do compartimento mais uma beliche do outro lado do corredor.

 

Trancamos as mochilas com corrente de bicicleta em baixo da minha cama.

 

Sentamos todos na cama de baixo.

 

Um indiano estava dizendo que ali era o lugar dele, mas dissemos: Não, não, não. E ao mesmo tempo fomos ocupando todos os espaços possíveis...Ele ficou falando que era la...jogou as malas dele na cama de cima e saiu.

 

Depois de meia hora ele voltou, pegou as coisas dele e foi embora.

 

Pelo menos pediu desculpas...

 

Na beliche do outro lado do corredor tinha um casal de senhores.

 

Na triliche da cabine tinha outros 3 indianos.

 

Eles ficavam olhando curiosos para a gente e nos olhavamos curiosos para eles...Mas a gente disfarçava e eles não...

 

Passaram vários vendedores de comida, bebida, brinquedos e revistas.

 

Depois passaram distribuindo o travesseiro, lençol e cobertor.

 

Perdi o medo de baratas, mas o nojo não. O Douglas disse:

 

- Olha a barata...

 

- Onde?

 

- Ali...

 

- Ah, ta...

 

- Não vai gritar?!?!?!

 

- Se for gritar para cada barata que aparecer vou ficar rouca...

 

Conversamos um pouco e dormimos com um olho na bagagem e outro nas baratas.

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  • Membros de Honra

Dia 95 - 14/10: Chegando em Varanasi

 

Acordamos às 4:00 da manhã com a conversa dos indianos da cabine ao lado e não conseguimos mais dormir.

 

Baixamos a cama da Jú e sentamos na cama de baixo.

 

O trem parou em várias estações e aos poucos os indianos foram descendo.

 

Quando clareou o dia, começaram a passar os vendedores de café da manhã.

 

Eles passam com uma vasilha grande com a bebida em uma mão e os copos com saquinho de chá na outra. Param, enchem o copo e servem os passageiros.

 

Outros passam com a comida.

 

Nossos companheiros de cabine comeram pão e tomaram chá com leite.

 

No trem também tinha baratas...

 

Fomos ao banheiro e vimos que tudo cai direto nos trilhos do trem...

 

O pessoal depois que come fica arrotando bem alto. E não é so uma vez, não. Ficam um tempão arrotando seguidamente.

 

Até a senhora que estava do outro lado do corredor arrotava bem alto...

 

Desde o começo estavamos tomando água como os indianos, isto é, sem encostar a boca no copo ou garrafa...Antes derramavamos na camiseta, mas agora estamos bons nisso.

 

Eles não encostam pois consideram os utensílios impuros...

 

Os indianos ficam nos olhando beber com uma cara curiosa.

 

Devem pensar: Que interessante, eles também bebem assim no país deles...

 

Chegamos em Varanasi às 9 da manhã e fomos direto no posto de informações turísticas da estação e depois compramos a passagem para Agra.

 

Andamos mais de uma hora em direção ao hotel por ruas que parecem ter sido bombardeadas.

 

E tudo muito pobre! As ruas são de terra ou de asfalto esburacado.

 

As casas parecem estar todas construídas pela metade, com tijolo à vista e sem os acabamentos comuns no ocidente.

 

Por todo caminho os motoristas de autorickshaw e ciclorickshaw ficaram oferecendo serviço.

 

Amontoavam-se com os rickshaws e paravam o trânsito.

 

Os ônibus estavam caindo aos pedaços e enferrujados.

 

Alguns ofereciam hotel e ficavam nos seguindo a pé, mostrando o caminho e falando sobre o hotel.

 

Diziamos que não queriamos, mas eles ficam seguindo e insistindo.

 

Quando faziamos uma parada para ver o mapa, enchia de vendedores, motoristas, curiosos e pedintes.

 

E ficam todos falando ao mesmo tempo. Pediamos licença para conversar entre nós, mas eles insistiam...Os caras estão conseguindo acabar com nossa paciência...Até a Ju que é mais calma esta se irritando...

 

Paramos em uma sorveteria para fugir de um tiozinho muito insistente.

 

Tomamos um sorvete, que foi servido no prato com colher e faca!!! Nunca vimos isso...

 

Depois saímos para a rua e o tiozinho estava la nos esperando.

 

Andamos, mas não encontramos o hotel.

 

Voltamos na sorveteria para perguntar e o dono mandou um funcionário nos levar até la

 

- Não precisa, não.

 

- Não se preocupe, não precisa pagar.

 

O funcionário não gostou muito de ter que nos levar, mas levou...

 

Chegamos no hotel, vimos o quarto e resolvemos ficar.

 

Um pouco mais caro, mas aparentemente sem baratas.

 

Tomamos banho e descemos para almoçar no hotel.

 

Pedimos Dal, que é lentilha, arroz, roti e salada.

 

Foi a pior comida com certeza.

 

O Dal estava sem tempero nenhum e frio. O arroz parecia ser de ontem. O roti parecia estar velho também.

 

A cenoura da salada estava murcha e a cebola estava velha. Só pepino e o tomate se salvaram...

 

Voltamos ao quarto e dormimos um pouco.

 

Passamos na internet e depois fomos jantar no restaurante Angoory, o mesmo onde tomamos sorvete antes.

 

Resolvemos pedir o Dal de novo para tirar a má impressão do almoço...Pedimos um combinado que vinha com Dal, arroz, curry, salada mista e roti.

 

Estava delicioso!!!!Um pouco apimentado, mas na medida certa...

 

Voltamos ao quarto, ficamos conversando e planejando o dia de amanhã...

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  • Membros de Honra

Dia 96 - 15/10: O sagrado Rio Ganges

 

Acordamos cedinho, as 4:30, para ver o sol nascer na beira do rio Ganges, que os indianos chamam de Ganga.

 

O motorista queria 80 Rupias, mas acabamos fechando por 20.

 

Depois ele disse que não podia ir até o Dasashwamedh Ghat, pois não é permitido circular com veículos motorizados naquela região.

 

Iria então até o Kedar Ghat e disse que era bem perto. Mas era longe...

 

Descemos do Autorickshaw.

 

Ele pensou um pouco e depois disse que levaria até lá.

 

Ué? Não era proibido?!?!

 

Chegando no ponto onde não era permitido continuar, ele desceu do Autorickshaw e o vimos entregar 10 Rupias aos guardas...

 

Ele voltou sorrindo, como se tivesse feito um grande favor a nós, mas não concordamos.

 

Falamos que não daríamos nada além das 20 Rupias, como o combinado, e ele logo parou o autorickshaw e nós descemos.

 

Quis se dar bem, mas se deu mal, acabou ganhando metade pelo serviço...

 

Continuamos andando, seguindo os hindus, até o Ganga.

 

Chegamos no Dasashwamedh Ghat, o principal Ghat de Varanasi.

 

Os Ghats são o local onde os hindus se banham para se purificar.

 

Eles vão de manha bem cedinho, rezam e se banham quando o sol nasce...

 

Alguns Ghats são usados para cremação.

 

Depois de cremado, as cinzas são despejadas dentro do rio Ganges.

 

Andamos ao sul até o último Ghat, o Asi Ghat.

 

Vimos pelo caminho muitos lavadores de roupas, pessoas meditando, vendedores de todo tipo e pedintes.

 

Um menino ficou nos seguindo e conversando...

 

Ele disse para não dar atenção as pessoas que ficam conversando pois elas só querem ganhar dinheiro dos turistas.

 

Quando chegamos ao último Ghat, ele nos pediu dinheiro...

 

A Jú quis dar uma camiseta do Brasil, mas ele não aceitou.

 

Será que a casta dele não permite receber presentes de nós, sem-casta?!?!

 

Procuramos por um barco para a volta, mas os caras pedem um absurdo.

 

O atendente do posto de informações turísticas nos disse que uma hora de barco custa 80 Rupias, não mais que isso.

 

Para voltar seria rapidinho por causa da correnteza a favor e o remador nem faria forca.

 

Pediram 300 Rupias. Nessas horas não tem como não rir...

 

- Ok, quanto vocês pagam?

 

- Fala você um preço sério.

 

- Ok, 200 Rupias.

 

Rimos de novo, viramos as costas e continuamos andando.

 

Estão abusando da nossa paciência, temos que rir para eles saberem que nem todos aturam essa cara-de-pau.

 

Na beira do Ganga tem muitos barqueiros que ficam horas sem fazer nada. Eles preferem continuar a ficar sem fazer nada do que trabalhar pelo preço justo.

 

Vai entender...

 

Voltamos a pé mesmo até o Dasashwamedh Ghat.

 

Na volta vimos um corpo sendo cremado, coberto por lenha, só com os 2 pés para fora.

 

Foi uma cena forte, mas a calma das pessoas presentes, amenizou um pouco.

 

Essa calma talvez se explique pelo fato de os hindus acreditarem na reencarnação.

 

Do ghat principal andamos até a rua onde é permitido o uso de veículos motorizados.

 

Começou a briga por transporte.

 

Alguns pedem um absurdo. Foi juntando muitos motoristas, todos falando ao mesmo tempo.

 

Eles baixaram até 20 Rupias, mas o ciclo custa 10.

 

Depois chegou um novo motorista e pediu 18.

 

Dissemos 15, ele aceitou, subimos no ciclorickshaw e outros motoristas começaram a discutir feio com o cara.

 

Não entendemos a língua, mas dava para saber que os motoristas combinam um preço e não baixam mais do que esse valor. O nosso motorista baixou, por isso foi xingado pelos outros.

 

Voltamos ao hotel, dormimos e depois saímos para almoçar.

 

Pedimos arroz com vegetais. Só tinha 1 refrigerante, que o Tico pediu antes, por isso pedimos água.

 

O garçon trouxe a água e perguntou se a gente queria que ele abrisse.

 

- Não, não precisa.

 

- Eu abro.

 

- Não, não.

 

Peguei a garrafa, ela estava amassada no fundo e sem o lacre de plástico.

 

Olhei a tampa e vi que já estava aberta. Apertei a garrafa, o ar escapou e a água subiu até derramar.

 

- Pode cancelar a água?

 

- Por que?

 

- Não queremos mais...

 

Por isso ele queria abrir...Tá doido, se a água estava aberta, era da torneira. Se era da torneira, era água do rio Ganges...Tratada, mas ainda assim era do Ganges...

 

A comida chegou e a cenoura da salada estava velha...

 

Passamos na internet perto do Hotel Praddep. Lá tem uma tabela de preço em inglês e outra em hindi, que não da para entender nada.

 

Adivinhem? Os valores na tabela em inglês são maiores...

 

Na janta voltamos ao mesmo restaurante porque e o único mais ou menos limpo por aqui.

 

Percebemos que tem dois tipos de menu, provavelmente um era especial para turistas...Ta doido...

 

Jantamos arroz frito, ovo com curry, chapati e tomamos Mirinda.

 

Depois eu e o Tico pedimos picolé, o Douglas não quis.

 

Na embalagem está impresso 15 Rupias, mas o cara cobrou 20.

 

Pedimos a conta, pagamos e ficamos na mesa esperando o troco.

 

Os caras de pau ficaram conversando como se nada estivesse acontecendo.

 

De vez em quando um deles olhava para a mesa com o canto do olho e disfarçava.

 

Pensamos: E só 1 Rupia, mas vamos ver até onde eles vão com isso...

 

E ficou nisso uns 10 minutos.

 

O Tico juntou 9 Rupias em moedas para dar ao caixa e pegar uma nota de 10 de volta para a conta ficar certa.

 

Levantamos, fomos ao caixa e ao ver as moedas na mão do Tico, ele devolveu o troco de 1 Rupia...

 

Perderam 3 clientes por besteira, amanhã vamos comer em outro lugar...

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Dia 97 -16/10: Acertando as contas no restaurante

 

Tentamos acordar às 5:00 da manhã para andar de barco no Rio Ganges, mas só conseguimos acordar às 8:00.

 

Mudamos os planos e resolvemos tirar fotos externas do templo hindu Vishwanath.

 

Só fotos externas, pois à nós, não-hindus, não é permitido entrar nos templos, nem mesmo sendo convertido ao hinduísmo...

 

Nada de transporte com preço justo, então fomos a pé mesmo.

 

Chegamos no Ghat principal e andamos pela beira do Ganga ao lado oposto de ontem.

 

Andamos descendo o rio e chegamos a um grande ghat de cremação.

 

Nos disseram que não era permitido passar por ali e quiseram nos ensinar um caminho que ia até um terraço de onde poderíamos filmar e fotografar a cremação...

 

Recusamos e pegamos outro caminho.

 

Passamos por vielas estreitas, com no máximo 2 metros de largura, em zig-zag, com passagens que pareciam um labirinto.

 

No caminho vimos vacas trancando a passagem, vendedores ambulantes, crianças brincando, pedintes e pessoas carregando lenha e corpos ao Ganga para a cremação, acompanhadas por várias outras pessoas.

 

Andamos uns 20 minutos por diversas vielas até sair em uma rua por onde passavam carros.

 

Paramos para nos localizarmos, pois perdemos o senso de direção...

 

Sem querer, encontramos um bom restaurante, chamado Phulwari, atrás de uma passagem com estilo arquitetônico muçulmano.

 

Tocava música indiana e o ambiente era acolhedor.

 

A comida estava boa e barata.

 

No mesmo terreno, ao lado do restaurante havia um templo hindu, chamado Gautemeshwar, dedicado a Shiva.

 

Continuamos a andar e chegamos ao Vishwanath temple, mas não dava nem para fotografar por fora, pois logo na entrada da ruazinha os policiais mandaram guardar a câmera.

 

Pegamos o ciclorickshaw e voltamos ao hotel.

 

Na hora da janta, resolvemos voltar ao mesmo restaurante do almoço, mas não sabemos porque, nenhum motorista quis nos levar lá...

 

Procuramos outro por perto do hotel, mas nada de restaurantes...

 

Sem opção, voltamos ao mesmo restaurante de ontem.

 

Pedimos a comida. Eu já estava querendo pegar aquele cardápio que só era dado aos indianos, o Douglas deve ter lido meu pensamento e o pegou na mesa ao lado.

 

Só queríamos ver os valores, mas por sorte o cardápio deles estava em inglês.

 

Começamos a comparar os preços...

 

O Roti para indianos custa 5 Rúpias, para turistas, 10.

 

O refrigerante para indianos custa 15 Rúpias, para turistas, 25.

 

Isso só para citar algumas coisas...

 

Quando o garçon chegou com a comida e viu o cardápio dos indianos na mesa, travou, arregalou os olhos e quase tremendo, nos serviu...

 

Enquanto estávamos comendo, ficamos observando o movimento dos funcionários. O caixa começou a telefonar e os outros ficavam nos olhando.

 

Depois ficavam cochichando...

 

O garçon levou uma bronca e logo veio a nossa mesa.

 

- Posso pegar o menu?

 

- Não, ainda vamos usar...

 

Depois de comer, sem gosto nenhum, calculamos tudo o que consumimos nas 3 vezes anteriores que comemos lá e a diferença deu 365 Rúpias. Quase 10 dólares!!!!

 

Chamei o garçon, apontei para os 2 menus e disse:

 

- Por que isso?!?!

 

- É porque os pratos dos indianos é menor, senhor...

 

- Sério?!?!

 

- E quem disse que a gente queria prato grande?

 

- Os indianos comem menos...

 

Repetiu a desculpa esfarrapada algumas vezes e saiu.

 

Depois de uns 5 minutos veio outro garçon.

 

- Por que isso?

 

- É porque para estrangeiros vem mais comida.

 

- Nós não somos bobos!

 

- Mas é verdade...

 

Repetiu algumas vezes e saiu também.

 

A Jú levantou, passou perto de uma mesa onde tinha uns indianos e falou para o garçon que o tamanho era o mesmo.

 

O garçon trouxe um prato grande e um menor para nos mostrar.

 

- Eu vi agora!

 

- O tamanho é diferente, senhora.

 

- Não somos bobos!

 

Ele saiu.

 

Mais tarde chegou um outro cara no restaurante. Parecia ser o gerente.

 

- Posso ajudá-los?

 

- Sim, gostaríamos de saber o por que dos preços diferentes...

 

- Um menu é para indianos e um é para estrangeiros.

 

- É exatamente esse o problema.

 

- Nossos cozinheiros preparam a comida conforme o gosto ocidental para agradá-los, senhor.

 

- Sério?!?

 

- Sem pimenta e com menos temperos fortes.

 

- Mas nós pedimos com pimenta...

 

Enrolou, repetiu, enrolou...

 

- Nós queremos a diferença de volta das 3 vezes que comemos aqui.

 

E mostramos as contas no caderno.

 

- Senhor...

 

- Posso falar alto se eu quiser, todos vão ouvir, mas queremos resolver na paz...

 

Ele saiu...

 

Fui até o caixa, peguei as notas da caixa registradora que estavam caídas até o chão e vi que ao invés de 12,5% de taxa do governo, igual das notas, eles cobraram 15% de nós e não deram nota fiscal.

 

- Senhor, vamos reembolsá-los.

 

- Ah, tem o retorno de 2,5% a mais das taxas também...

 

- Sim, sim...

 

Fomos até o caixa, descontaram a janta de hoje e recebemos o restante do dinheiro de volta.

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  • Membros de Honra

Dia 98 - 17/10: Trem de Varanasi para Agra

 

Acordamos às 5:00 e logo saímos para fazer o passeio de barco pelo rio Ganges.

 

Pegamos o autorickshaw e nos dirigimos ao Godaulia crossing, o ponto limite para veículos motorizados.

 

Andamos até o Dasashwamedh Ghat.

 

Logo os barqueiros começaram a se oferecer.

 

Um veio falando o preço em japonês, virei para ele e disse que não entendia a língua hindi.

 

Depois de muito stress, "last price´s", fala sério, "cheap cheap", "hard work", etc., fechamos por 80 Rúpias por hora por um barco só para nós 3.

 

Fomos do ghat principal até o Asi Ghat, depois voltamos até o Gai Ghat e depois de volta ao ghat principal.

 

No trajeto vimos o mesmo cenário dos 2 dias anteriores: pessoas se exercitando, rezando, meditando, pescando, se banhando, pedindo, vendendo, à toa, lavando roupa e, claro, os Sadhus...

 

Passamos novamente no principal ghat de cremação e vimos 4 fogueiras acesas ao mesmo tempo, enquanto pessoas lavavam as cinzas dos corpos antes de espalhar no rio.

 

Voltamos ao hotel, arrumamos a bagagem e fomos até o outro lado da cidade, para almoçar em um famoso fast food.

 

Todos estavam querendo um grande e saboroso Cheese Burger.

 

Chegando lá, descobrimos que só o nome era igual...

 

Resolvemos comer mesmo assim...

 

Pedimos o tal cheese burger...

 

Ele era um pãozinho fino e comprido, meio adocicado, com tudo dentro, menos o hamburger.

 

Eu falei:

 

- Cadê o hamburger?!?!

 

E o Douglas respondeu:

 

- Tá andando lá fora...

 

Olhei pela janela e vi umas vacas andando na rua...

 

Depois de almoçar, pegamos dois ciclorickshaws até a estação de trem.

 

Viajamos de novo na classe 3AC.

 

Na nossa cabine tinha 2 espanhóis, 1 israelense e 1 mulher indiana com 3 crianças.

 

As crianças ficavam olhando curiosas e sorriam...

 

Uma outra criança queria ficar passando o tempo todo no corredor para nós ver...

 

A mãe a trazia e a menina ficava sorrindo...

 

Quando a mãe cansou de trazê-la, a menina começou a chorar...

 

O israelense sentou no banco com as pernas cruzadas, fechou os olhos e começou a meditar. Ficou mais de meia hora meditando...

 

O trem parou e os espanhóis saíram da cabine.

 

Passou um vendedor de comida e o israelense comprou. Nós preferimos comer bolachas mesmo...

 

A janta dele era arroz, dal e chapati. Acho que não estava boa pois ele comeu só metade...

 

Deixou a bandeja de lado e logo apareceram as famosas baratinhas...

 

Já era bem tarde e nada dos espanhóis aparecerem. Pensamos que eles tinham perdido o trem naquela parada...

 

Arrumamos as camas para dormir.

 

O Tico ficou na cama mais alta e o lençol dele ficou meio caído. Fiquei puxando o lençol dele. As crianças indianas davam risada sem parar.

 

Depois falei para elas puxarem o lençol do Tico também...

 

As crianças se divertiram um monte e nós também. Só o Tico não estava se divertindo...

 

Ficamos preocupados com os espanhóis. E agora?!?! O que eles fariam?!?!Como chegariam até Agra? E a bagagem deles?

 

Cobrimos as mochilas deles com os cobertores e bagunçamos as camas para parecer que estavam ocupadas, senão poderia aparecer alguém querendo dormir lá...

 

Deitamos e dormimos.

 

Já era bem tarde e os espanhóis apareceram.

 

- Ow cara, pensamos que vocês tinham ficado para trás na estação...

 

- Estávamos jogando baralho...

 

- Ufa...

 

Dormimos de novo.

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  • Membros de Honra

Dia 99 - 18/10: Chegada a Agra.

 

Acordamos com muito frio por causa do ar condicionado.

 

Desmontamos a cama do meio e ficamos sentados.

 

O Tico continuou dormindo.

 

Era para o trem chegar às 6:00, mas atrasou...

 

De vez em quando o trem parava em um trilho lateral para um trem mais rápido passar pela linha principal.

 

Numa dessas paradas, descobrimos que é muito fácil para qualquer um abrir a porta do vagão.

 

A Jú ficou na cabine e eu e o Tico descemos para tirar fotos.

 

O trem apitou e começou a andar.

 

Saímos correndo e pulamos para os degraus do vagão com o trem em movimento...

 

Chegamos a Agra às 9:00. Logo que descemos do trem, um tiozão começou a nos seguir.

 

Quando saímos da estação ele ofereceu autorickshaw. Dissemos o destino e perguntamos:

 

- Quanto custa?

 

- 50 Rúpias!

 

- Não, obrigado.

 

- Quanto vocês querem pagar?

 

- 20.

 

- São 4 km até lá.

 

- 20, não mais do que isso.

 

- 20?!?! Vão a pé, então!

 

- Ok, obrigado.

 

Desviamos dele e continuamos a andar. Logo chegaram outros motoristas e o tiozão continuou falando alto:

 

- Vão a pé, vão a pé, o autorickshaw custa 50!

 

E ele falava em hindi com os outros motoristas...

 

Perguntamos a outro motorista e ele disse 50 também.

 

- É caro.

 

- Tá bom, 15 de cada.

 

- Não, 20 Rúpias.

 

O primeiro tiozão continuou falando alto e falei para ele:

 

- Se você não quer nos levar, pode ir embora...

 

E ele continuou falando.

 

Fechamos por 20 Rúpias com o outro e fomos até a região do portão sul do Taj Mahal.

 

Tomamos café da manhã no Yash Café.

 

Quando terminamos, vimos que o motorista ainda estava esperando...

 

Ele queria nos mostrar hotéis para ganhar uma gorjeta.

 

Tentamos despistá-lo, mas ele foi nos seguindo.

 

Escolhemos o hotel Kamal, tomamos banho (frio) e dormimos um pouco.

 

Fomos almoçar às 5 da tarde no Shanti Lodge, que tem restaurante no terraço com vista para o Taj Mahal.

 

O Taj é MA-RA-VI-LHO-SO!!!!!!!

 

Durante a eternidade que durou a espera pela comida, ficamos vendo o sol se pôr, colorindo a fachada branca do Taj...

 

Voltamos ao hotel, ficamos conversando e dormimos.

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