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Diario Africa do Sul


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DIÁRIO DE BORDO – ÁFRICA DO SUL – 2005

 

É difícil compor um diário referente a uma viagem feita a mais de 4 anos atrás, a memória falha, mas as fotos e umas anotações ajudam um pouco. Minha viagem à África do Sul antecedeu a viagem à Ásia, que realizei entre 2006 e 2007. Resolvi deixar a preguiça de lado e finalmente digitar minhas memórias, ainda que a narrativa seja um tanto maçante, hehe.

 

 

Capital: Depende pra quê - Cidade do Cabo (legislativa), Pretória (executiva) e Bloemfontein (judiciária)

Sistema Político: República Federal Parlamentarista

Economia: 25ª maior potência econômica em PIB

População: 49 milhões, 25º país mais populoso do mundo

Religiões: Cristianismo (80% entre protestantes e católicos), tribais e outras menores (Hinduísmo, Islamismo, Judaísmo, Sikhismo, Jainismo, Bahai)

 

Fatos e curiosidades:

Possui 11 idiomas oficiais, fora os 8 não oficiais e outros de comunidades portuguesa, francesa, indiana, grega, etc... Conhecido como um dos países mais violentos do mundo. Foi colonizado por europeus, que formaram os bôeres ou afrikâners (descendentes de holandeses, flamengos, alemães e franceses), e britânicos que ganharam a guerra contra os bôeres no século XIX. O Apartheid foi uma política de segregação racial legalmente institucionalizado em 1948, já havia segregação bem antes dessa data, e vigorou até 1990.

 

Ver detalhes em:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Apartheid

http://en.wikipedia.org/wiki/South_Africa

 

06/SET/2005 – RUMO À ÁFRICA

Partindo de Guarulhos no meio da tarde, peguei um vôo para Cape Town pela South África AirLines, num moderno Airbus, que estava vazio. Paguei USD 1683 pela passagem, mais caro que uma viagem aos EUA ou Europa.

 

07/SET/2005 – DE JO’BURG A CAPE TOWN

Sendo ou não feriado no Brasil, não fazia diferença para mim, o que me importava é que eu finalmente estava para por os pés na África do Sul - palco de tensões raciais, cenário do Apartheid e terra de safáris e de grandes animais selvagens soltos em áreas confinadas.

Fiz uma conexão num avião menor em Johannesburg, ou Jo’burg como é chamada por aqui, para a Cidade do Cabo (Cape Town em inglês), a paisagem aérea me impressionava. Paisagens com montanhas e cânions sempre me chamaram atenção, estando eu acima deles, neles ou na base deles.

 

Cape Town é uma cidade litorânea, bonita e bem desenvolvida, de qualquer ponto se vê a Table Mountain (que lembrava uma mesa) e a Lion’s Head Mountain (que não tinha nada a ver com a cabeça de nenhum leão), quando não há neblina. Mas não há praias como o Rio de Janeiro. Sua população é de 3,5 milhões de habitantes..

 

Após trocar uns dólares, peguei um shuttle-bus do aeroporto para o centro na Long Street onde me hospedei no albergue Cat & Moose. Nessa avenida há vários prédios de estilo colonial e coloridos. Fiz um mini passeio por minha conta e fui parar na ferroviária. Devido à colonização britânica, a mão de direção no volante é à direita.

 

08/SET/2005 – A MONTANHA MESA

Estava muito cansado no dia anterior devido ao vôo e dormi umas 13 horas seguidas.

 

Hoje tirei o dia para ir ao Table Mountain, paguei Rand 40 para subir de teleférico com um bando de turistas. Com a cotação de USD 1 = ZAR 6,20, dava uns USD 6,50 ou R$ 15 (USD 1 = R$ 2,40). Em apenas dois minutos já estava no topo a 1087 metros.

A vista é fantástica, e o topo fica acima das nuvens. Algumas pessoas escalam a montanha por uma trilha, eu não estava disposto a escalar, embora eu tenha já escalado outras montanhas em outros países, queria ganhar tempo. Fiquei mais de 2 horas passeando e apreciando a vista no topo, considerando a área do topo foi pouco tempo.

 

À tarde eu já estava no Waterfront, o charmoso cais, onde havia shows, performances musicais típicas, restaurantes e comércio, além de muitos turistas e embarcações turísticas e comerciais.

Num dos stands de uma galeria, me proibiram de tirar foto, não pude resistir e tirei uma escondida, não havia nada de mais além de peles e cabeças empalhadas de animais selvagens.

 

 

09/SET/2005 – GAIOLA DOS LOUCOS

Esse dia já não fora como o anterior, estava bem mais frio e nublado, talvez por ser cedo demais. Acordei às 6hs da manhã para pegar o tour “Shark Cage”, gaiola do tubarão (uns USD 140), só que quem ficava dentro são os humanos. Eu e os aventureiros percorremos algumas horas de carro antes de chegar ao local onde pegaríamos a lancha para o alto mar. E do mar mais alguns vários minutos de lancha, talvez uma hora, não me lembro ao certo. Mas foi um passeio de 1 dia inteiro.

 

Recebemos as instruções e colocamos a roupa de neopreme, sempre com dificuldade, afinal é natural que seja bem apertada e elástica, tem a finalidade de proteção contra o frio.

Estávamos todos ansiosos para entrar na gaiola acoplada ao lado da lancha, tinha de ser paciente para esperar sua vez.

Os tubarões eram atraídos por iscas, os ajudantes pescavam com cabeças de atum amarradas na ponta de uma corda. Nossa preocupação era maior em se eles viriam visitar os turistas hoje do que a própria segurança dentro da gaiola. Conforme a agência, eles sempre aparecem. Se você quiser te mostro o vídeo das filmagens. A essa hora já estava ensolarado.

Confesso que fiquei um pouco decepcionado, pois esperava que fosse usar o equipamento de mergulho completo, ou seja, cilindro de ar e respiradouro, mas foi somente um snorkel e a máscara. Afinal a gaiola não era submergida, você simplesmente entra nela e se abaixa para ver melhor os tubarões vindo em sua direção quando a isca era puxado para perto da gaiola. Algumas vezes atacando a gaiola.

 

Havia um brasileiro a bordo, o Roger Gracie, ele estava morando em Londres, onde tinha uma academia de Jiu Jitsu, afinal era parte da prestigiada Família Gracie e também possuía sua própria lista de troféus e vitórias.

 

O temível Tubarão Branco dos mares, retratado nos filmes “Tubarão” de Spilberg da década de 70, não é tão perigoso assim. A maioria das feras da natureza raramente ataca o ser humano, a não ser que se sintam ameaçados, tenham o território invadido, ou esteja caçando o almoço, isto não quer dizer que se deva se aproximar de um leão ou tubarão, principalmente faminto. Eles são brancos somente na parte ventral, pois o resto é mais acinzentado.

 

Os que nos visitaram mediam cerca de 3 a 4 metros, podem chegar a 8 metros e pesar até 2,5 toneladas. Suas barbatanas são consideradas uma iguaria na China, podendo custar centenas de dólares. Quem já provou a maravilhosa sopa, sabe que é uma delícia.

Não é a toa que alguns tubarões estão na lista dos animais em extinção.

 

Detalhes em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Tubar%C3%A3o-branco

http://www.interney.net/blogs/malla/2005/02/28/ser_tubarao_na_asia/

 

 

10/SET/2005 – FRENTE A FRENTE COM O PREDADOR

Tirei o dia para conhecer mais da Cidade do Cabo, caminhei até o bairro muçulmano dos malaios, cujas casas eram cada uma de uma cor e onde algumas mulheres usavam burca cobrindo o corpo todo, inclusive o rosto, somente as mãos ficavam expostas, acho que para pegar um bronzeado.

Em frente à prefeitura de estilo colonial havia o mercado ou feira, talvez por ser sábado. Algumas ruas estavam simplesmente desertas, mas as lojas de diamantes estavam abertas, afinal a África do Sul é um dos maiores exportadores de diamantes do mundo.

 

Para saber mais sobre diamantes veja:

http://www.chabad.org.br/biblioteca/artigos/diamante/home.html

 

E novamente no Waterfront, estava eu para fazer um mergulho no tanque do Aquarium por USD 60. Desta vez, sem jaula separando-me dos predadores marítimos. É claro que as feras estavam devidamente alimentadas, havia 4 tubarões brancos. Após rápida instrução, eu vesti o equipamento e desci com o instrutor para dentro do tanque, uma das feras deve ter se aproximando a 1 ou 2 metros de mim. Muito ousado da parte dele, mal sabia ele que eu adoro sopa de barbatanas de tubarão.

 

O tanque na verdade era um aquário gigantesco, devia ter uns 4,5 a 5 metros de profundidade e era cercado por espessa parede de vidro. Assim eu era também a atração para os turistas que estavam do lado de fora. O instrutor portava um bastão de madeira, não sei como ele poderia se defender em caso de ataque, mesmo porque os movimentos na água são mais lentos.

 

Este quarto dia na cidade começava a perder a graça.

 

11/SET/2005 – CABO DA BOA ESPERANÇA

Hoje me virei sozinho para ir ao célebre Cabo da Boa Esperança (Cape of Good Hope), mais ao sul.

Da ferroviária tomei um trem até a histórica cidade de Simon’s Town e de rikky cheguei ao Cabo da Boa Esperança. No caminho o trem passou por Muizenberg, uma pequena praia turística com cabanas coloridas.

 

Rikky é um meio de transporte comum por aqui, pequeno e mais confortável do que uma moto-táxi, podendo acomodar várias pessoas dependendo do tamanho. Imagino que seja abreviação de riquixá, meio de transporte puxado por homens na China e Vietnã.

 

Para quem não se lembra mais das aulas de história da 5ª série, o cabo foi inicialmente batizado de Cabo das Tormentas, devido às tempestades. Bartolomeu Dias, navegador português, foi o primeiro navegador a tê-lo dobrado em 1488, na tentativa de descobrir um novo caminho para a Índia. Dom João II alterou o nome para Cabo da Boa Esperança. Eu, em minha infância, nunca imaginei que fosse um dia conhecer esse cabo, imaginava uma tempestade terrível noturna quando o professor de história narrava, onde várias caravelas naufragavam uma após a outra.

 

Mas o céu ensolarado era de um azul limpíssimo que se fundia à cor do mar quando vista de longe. O dia não podia ser mais perfeito, com exceção do forte vento frio que açoitava os turistas.

 

Simon’s Town não oferecia nenhum grande atrativo, a avenida principal era a atração com suas casas coloniais típicas.

De volta a Waterfront, peguei um tour de barco, somente para se ter uma visão diferente da cidade, da paisagem e da Table Mountain. Voltei de lotação à Long Street onde estava hospedado. Havia somente negros na perua, eu era o único branco, ou melhor, amarelo, e confesso que fiquei preocupado quanto à segurança, mas no geral os negros aqui não são violentos. Eu estava aterrorizado com as histórias de apartheid e violência urbana daqui, mas a impressão que me ficou foi que São Paulo é mais violenta.

 

Ao final da tarde visitei uma igreja, não me lembro agora de qual denominação, talvez metodista. Estava vazia, da mesma forma que entrei, saí, sem que ninguém viesse me cumprimentar ou conversar.

 

 

12/SET/2005 – JOHANNESBURG

Peguei o shuttle para o aeroporto, onde embarcaria para meu próximo destino e próximas aventuras. Jo’burg não era uma cidade bonita como Cape Town, localizada no interior da África, a 1265 km nordeste de Cape Town, a população é também muito maior – a maior do país, com 3,9 milhões de habitantes (11 milhões se incluir a grande área metropolitana) – e a criminalidade também. Jo’burg, na província de Gauteng, não é uma cidade turística, mas é a mais rica e industrializada do país.

 

Aqui se notava melhor a herança segregacionista, havia nitidamente bairros dos brancos, mais ricos, cujas casas com seus muros altos tinham arame farpado. No entanto, minha visão é que a violência está confinada em bolsões como o Soweto - South Western Townships (onde Nelson Mandela viveu por vários anos), diferente do Brasil onde a violência não tem limites.

 

Não gostei muito dessa cidade, sem muito atrativos, fui passear no East Gate Mall com Ozam, um turco que estava no albergue.

 

Fiz amizade com a Marlis, uma suíça que estava também viajando sozinha e decidimos ir juntos no dia seguinte a Suncity. Marlis não era bonita, mas valia pela companhia.

 

13/SET/2005 – THE SUN CITY

Após fazer a reserva no site da Computicket, eu e Marlis pegamos o shuttle que ia ao Sun City no East Gate Mall. Pegamos um trânsito, mas finalmente chegamos ao nosso destino.

 

Sun City é a Las Vegas da África, um resort construído no meio da selva, ou melhor, savana africana, possui 4 hotéis de luxo e um cassino. Além de infra-estrutura para alguns esportes náuticos, uma praia artificial que produzia onda e uma ponte que simulava terremoto com tremores, há também um campo de golfe, onde um dos obstáculos era um lago com crocodilos e um mini zoológico. A decoração, tanto interna dos hotéis quanto externa era obviamente de temática africana.

 

Foi construído por um magnata descendente de judeu russo, e inaugurado em 7 de dezembro de 79.

 

Consegui negociar a tarifa de balcão, de ZAR 1340 para ZAR 550 o quarto (ou USD 44/pessoa), uma pechincha, mesmo me hospedando no ‘Cabanas’, o mais modesto dos hotéis. Na sequência por grau de suntuosidade, temos: a opulência do ‘Palace of the Lost City’, o luxo do ‘Cascades Hotel’, a elegância do ‘Sun City Hotel’ e o casual ‘Cabanas’.

 

No Valley of Waves me diverti com o tobogã e as ondas artificiais. À noite resolvi experimentar um bife de avestruz, não notei muita diferença com a carne bovina. Mas o que mais me chamou a atenção eram as ‘hostess’ de um restaurantes chinês, ela eram negras e estavam vestidas de vestido chinês, tamanho contraste chegava a ser hilário.

 

Mais detalhes em:

http://www.suninternational.com/Destinations/Resorts/SunCity/Pages/default.aspx

 

14/SET/2005 – CROCS

Após o super ‘brunch’ (um café da manhã super reforçado, pra quem não sabe), eu e a Marlis continuamos nosso passei pelo complexo, apreciando os detalhes e batendo fotos e ficando impressionado com tamanha suntuosidade.

Visitamos o mini zôo e fomos ver o show dos crocodilos sendo alimentados, eles davam saltos na água para pegar os frangos depenados na ponta de uma vara, como se fossem golfinhos saltando para pegar sardinhas no SeaWorld . Os ‘crocs’ como são chamados em inglês abreviado, são répteis extremamente perigosos quando na água, mas em terra perdem a agilidade e quase não representam ameaça, por via das dúvidas nunca chegue perto de um. E por falar em comida, acredito que a carne de um croc seja tão saborosa quanto à de um jacaré.

 

Os crocs são os parentes mais próximos dos dinossauros.

Mais detalhes sobre os repteis em: http://en.wikipedia.org/wiki/Crocodile

 

15/SET/2005 – O KRUEGER PARK

Minha viagem não poderia ser mais completa se não fizesse um safári aqui, pois bem, peguei um tour de 3 dias ao famoso Krueger Park, pela agência Viva Safaris, por USD 409, nada barato, mas tinha de fazê-lo. Ver: http://www.vivasafaris.com/

 

O Krueger Park é uma reserva natural, possui 19 mil km², extendendo-se de 350 km (norte-sul) por 60 km (leste-oeste), foi fundado em 1898, pelo então presidente sul-africano Paul Krueger e aberto ao público em 1927. Desde 2002 faz parte do Great Limpopo Transfrontier Park, com a fusão de outros 2 parques, o Gonarezhou National Park no Zimbábue, e o Limpopo National Park no Moçambique.

 

No caminho vi pela primeira vez a árvore Baobá (aqui se pronuncia ‘baóba’), fiquei impressionado pelo tamanho do tronco, que pode atingir até 11 metros de diâmetro e medir até 30 metros de altura. Para quem leu e se lembra do ‘Pequeno Príncipe’, essa árvore poderia destruir seu minúsculo planeta. É considerada uma árvore sagrada para alguns nativos.

 

No meu grupo estavam 6 alemães e 2 dinamarqueses, ficamos alojados no Tremisana Lodge. Neste primeiro dia avistei zebra, girafa e um calango. À noite era comum fazer um safári noturno, afinal o safári diurno era possível somente de dia. Vimos elefantes, girafas e impalas, cujos olhos brilhavam com a luz da lanterna sendo refletida.

 

A área do alojamento era rodeada por uma cerca para proteção. A noite estava frio e às vezes era possível avistar os visitantes, como girafas e um chacal pelas redondezas, o perímetro era iluminado por holofotes. A sensação de estar em meio à savana, na África, fazia perder qualquer sentido de materialismo, pois nesse momento, o que mais importava era apreciar o contato com a natureza, o céu estrelado, os animais, os sons e odores sentidos, tudo de graça – a não ser pela passagem aérea e o tour.

 

 

16/SET/2005 – BIG FIVE

Pela manhã o grupo fez um pequeno safári a pé, pelo caminho vimos um velvet (espécie de macaco), escorpiões, e diversos tipos de árvores, logo em seguida fomos tomar o café da manhã. Dos 6 alemães somente um era mais velho, na faixa dos 30 ou 40 anos, os demais eram adolescentes, talvez um ou outro acima de 20 anos, havia um rapaz e 4 moças. Eu arranhava o alemão que podia, o suficiente para quebrar o gelo e impressionar um pouco.

 

O “mais velho” era casado com uma japonesa jovem, não me lembro agora de qual idade, nem por que não estava o acompanhando, mas o que me chamou atenção e me recordo até hoje, sendo até comum como vim a descobrir mais tarde, é o fato de alguns homens europeus e americanos terem o casamento arranjado com mulheres orientais. Esse sujeito não falava japonês e a moça não falava nem inglês, tampouco alemão, mas era assim que desejavam, o motivo principal é por que não se encontra mulheres ocidentais submissas ao marido, e tais homens ocidentais ansiavam por garotas do tipo “amélia”.

 

Partimos de Hilux (jipe da Toyota) para explorar mais do parque, andávamos somente por vias pavimentadas. O guia era negro, não me lembro seu nome, mas dava-nos toda informação necessária para nossa aventura.

O termo ‘Big Five’ refere-se a 5 animais principais: Elefante, Rinoceronte, Leão, Leopardo e Búfalo, tal referencia não é pelo tamanho e sim pela dificuldade em se caçar tais animais. Na emissão de Rands em 1990, os ‘Big Five’ foram representados nas notas de 5, 10, 20, 50 e 100 rands.

 

Avistei hoje kudu, impalas (estes dois são da família dos antílopes), javali, gnu (lembra um búfalo), girafa, hipopótamo, elefantes, zebras, aveztruz e búfalo. Ver um elefante derrubar uma árvore pequena para comer sua raiz foi o ponto máximo hoje, além é claro de ter a caminhonete enguiçada no meio da estrada e termos de esperar a troca por outro veículo antes de sermos comidos pelos leões.

 

Numa das áreas de descanso, não pude resistir e comprei um saco de carne seca de elefante, não sei dizer a qual sabor de carne se assemelha a não ser de elefante mesmo.

Esta noite nos hospedamos no Marcu’s Camp, onde havia umas cabanas nas árvores.

 

Uma cena do cotidiano:

 

 

17/SET/2005 – MAIS UM DIA DE SAFÁRI

A grande sensação hoje foi ver uma manada de elefantes atravessando a estrada logo de manhã em direção a um lago para se banharem, e um bando de impalas cruzando correndo a estrada. Além dos animais que já havia visto nos dias anteriores, uns leões bem de longe, minha câmera cujo zoom não era tão potente não conseguiu registrar com nitidez. Dos ‘Big 5’ só faltou ver o ‘rino’ e o ‘leo’, azar deles, não vão aparecer nesse diário.

 

Já a grande decepção foi ver um kudu morto por caçadores e ter sua cabeça decapitada. Foi uma caça legal, pois aqui tem um rígido controle sobre caças. Fora isso, não me lembro de nada que valha a pena a menção, talvez o fato de ter tirado fotos com uns crânios de elefantes na área de descanso, ou o fêmur que alcançava o eu peito.

 

 

18/SET/2005 – BLYDE RIVER CANYON

O tour hoje com a turma de ‘chucrutes’ (alemães) foi em direção a Pretória. Mas antes de chegar ao cânion paramos num mirante e aproveitei para comprar umas lembrancinhas.

 

Para mim não há nada mais exuberante do que um cenário com cânion, e foi para o 3º maior cânion do mundo que fui parar, o Blyde River Canyon. Você deve estar se perguntando quem é o 2º maior, né? Já que o 1º é obviamente o Grand Canyon nos EUA, vou poupar seu tempo de pesquisar no Google, é o Fish River Canyon, que fica na Namíbia.

 

O Blyde River Canyon fica na província de Mpumalanga, com 26 km de extensão e 800 metros de profundidade. O mirante do God’s Window aqui na região é muito semelhante às paisagens da Chapada dos Guimarães ou Diamantina.

Em Pretoria fiquei hospedado no North South Lodge.

 

 

19 e 20/SET/2005 – PRETORIA

 

Pretoria é a capital executiva do país, fica próxima a Jo’burg (48 km), também na província de Gauteng, possui 2,5 milhões de habitantes. Sendo uma cidade grande e desenvolvida.

 

Os próximos 2 dias permaneci em Pretoria. Andava por aí, pelo centro, pelos pontos turísticos e batia fotos de prédios, mesquita e estátuas. Cidade é cidade, não vi muita graça. Na verdade não bati mais nenhuma foto depois do dia 19. A última coisa que me impressionou nesse país foi o magnífico Union Bulding – o Palácio Presidencial. No segundo dia já estava aborrecido por não ter mais nada a fazer, fui ao shopping na Burnett Street, assisti cinema (Transporter 2), fiquei na internet e jantei comida chinesa.

 

Engraçado encontrar chineses até por aqui. A lanhouse que eu frequentava era de chineses.

 

21/SET/2005 – PRETORIA/JO’BURG

Meu último dia em Pretoria não foi muito útil do ponto de vista turístico. Fui ao Broklin Mall, e não me lembro o que mais vi, senti ou comi. Não tenho detalhes em meu diário, nem fotos para refrescar a memória.

 

De volta a Jo’burg fiquei no melhor albergue o Palm Purple, que era uma filial da North South de Pretoria, e dava desconto com carteirinha de alberguista.

 

22/SET/2005 – JO’BURG/SP

Em meu último dia neste continente, lembro-me menos ainda de qualquer acontecimento. Peguei no aeroporto cerca de US$ 5,50 em reembolso de impostos sobre mercadorias compradas.

 

 

PALAVRAS NO IDIOMA SOTO QUE EU APRENDI:

 

Tuméla – Oi

Quialebôha – obrigado

Sala-bila – tchau

Okai / likai – como vai singular / plural

Quetén - bem

 

04 de Fevereiro de 2010.

 

By Steve

stvnijk@hotmail.com

South Africa Trip 2005.xls

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