Last train to London

Chegamos muito tarde em Londres, já era meia noite. O trem Eurostar que partiu de Paris atrasou quase duas horas por causa de problemas de manutenção nos trilhos. Nós estávamos exaustos. Já tínhamos feito uma viagem de Tours para Paris que durou quase três horas. Por sorte, conseguimos pegar o último trem da estação St.Pancras para Northfields, que fica na zona 3 da cidade. Era exatamente 00h24! Depois de meia hora de viagem e muitas paradas, chegamos ao hostel. Depois dessa saga, só nos restou dormir.

Londres tem cerca de sete milhões de habitantes e é uma das cidades mais caras da Europa em relação à hospedagem, ainda mais com a proximidade do início dos Jogos Olímpicos, que inflacionam a economia local. Para nossa decepção, as fotos do nosso hostel eram bem mais bonitas que a realidade. No booking.com o Northfields Hostel parecia bem mais limpo do que de fato é, sem contar o barulho por devido à proximidade dos trilhos do metrô.

Mesmo com esse ponto negativo, Londres foi a cidade que mais nos identificamos até agora . Apesar de gostarmos muito de conhecer lugares menos urbanos, a vida cultural e o clima cosmopolita da cidade nos agradou muito. Nosso principal meio de transporte foi o metrô. Utilizamos várias vezes ao dia. Existe um ticket que é válido para o dia inteiro, é caro, mas vale a pena.

No primeiro dia fomos direto ao ponto turístico mais tradicional de Londres: O Big Ben. Ficamos impressionados com o tamanho e a beleza da torre do relógio, do Parlamento e da Abadia de Westiminster, onde foi o casamento do Princípe William com a Kate Midleton. Ficamos muito empolgados para subir na London Eye, a maior roda-gigante do mundo que fica ao lado, mas deixamos para depois.

Reservamos a tarde para conhecer o museu de cera Madame Toussauds. A fila estava enorme, cheia de turistas com máquinas fotográficas, o clima era de parque de diversão. Os bonecos de cera parecem humanos de verdade. O olhar de alguns deles é muito profundo e a textura da pele parece real.

Depois do museu fomos andar pela cidade, passamos por Picadilly e conhecemos alguns Pubs típicos de Londres em Leceister Square e voltamos para o hostel quase à meia noite. O ritmo em Londres foi pesado , num dos dias chegamos a ficar 14 horas na rua! Pesquisando e com dicas de amigos, descobrimos que um dos pontos fortes de Londres, são as diversas feiras e mercados espalhados pela cidade, o que nos agradou muito. Como nós adoramos esse tipo de passeio, foi um prato cheio. Começamos pela Porto Bello Road.

Na Porto Bello, destacamos as antiguidades, as roupas vintage e de rock, além das roupas de tecido britânico e os chapéus de várias cores e modelos. Subimos a rua num ritmo bem tranquilo, parando de loja em loja. As barracas também vendem artigos bem interessantes, que variam desde chapéus a telefones antigos e bijouterias. Nesse mesmo dia, fomos para o Camden Market. Esse mercado é imperdível! São centenas de barracas que vendem todo tipo de bugiganga: desde camisetas até comida chinesa e indiana bem barata. Doidões, bicho-grilos e punks se misturam à multidão de turistas e locais, transformando esse bairro numa grande atração. Camden Town é um dos bairros mais boêmios da cidade, frequentado por muitos músicos e artistas. Era onde vivia Amy Winehouse. Há muitas referências da cantora por todos os lados, camisetas, posters e boncecas enfeitam as prateleiras de bares e lojas . É um bairro cheio de estúdios de piercing e tatuagem . Nós adoramos!

Começamos o sábado, nosso tereceiro dia, na Tower Bridge, a ponte mais famosa da cidade. É muito bonita. É legal observar os tradicionais ônibus vermelhos de dois andares indo pra lá e pra cá. Demos uma volta na região e passamos por ela. Como o tempo não estava muito bom, decidimos não subir nas torres.

Caminhamos da Tower Bridge até o Borough Market, um dos mercados mais tradicionais da cidade, repleto de pães, frutas, comidas, temperos, cereais e bebidas. Estava lotado. Ele fica debaixo de um viaduto e não funciona todos os dias. Experimentamos vários temperos, azeites elaborados, pães e queijos. Almoçamos por lá, numa barraca de comida orgânica. Foi delicioso o passeio.

Terminamos a tarde de sábado no Museu de História Natural. A entrada foi de graça. Estava lotado de turistas e de pais com crianças pequenas, o que atrapalhou um pouco nossa visita. O barulho das crianças correndo pra lá e pra cá estava um pouco irritante. O que mais gostamos de ver foram os esqueletos imensos, de várias espécies de dinossauros. Esse aí da foto tem 26 metros de comprimento. É impressionante ver de perto! A ala dos mamíferos também é bem grande e interessante. Achamos o museu bem didático. São cerca de 70 milhões de espécies de plantas e animais. É impossível ver tudo num dia só!

No sábado à noite combinamos de encontrar um casal de amigos que mora em Londres. Fomos mais uma vez para Camden Town para conhecer a noite local. No caminho, por coinciência encontramos mais um amigo brasileiro que estava com duas amigas. Saímos todos juntos. Foi legal perceber a diversidade de estilos no bar. Desde cabelos coloridos e um cara fantasiado, até mauricinhos e turistas como nós. A noite foi bem divertida!

No domingo reencontramos nosso casal de amigos e seguimos para o Old Spitafields Market, que é um mercado de roupas, objetos de artesanato e antiguidades. Lá provamos o Pimm's, uma bebida típica inglesa bem fraquinha servida com frutas e pepinos picados. Almoçamos na região de Covent Garden. Foi uma tarde bem agradável. Depois de despedirmos deles, finalmente seguimos para a London Eye.

Do alto da roda-gigante a vista é espetacular. De lá é possível ver os principais pontos da cidade. É um camarote para o Big Ben, o Parlamento e o Palácio de Buckingham. Assistimos o cair do sol lá de cima. Ainda não tínhamos ido ao Palácio de Buckingham. Caminhamos até lá e pudemos ver os guardas com o uniforme tradicional da guarda inglesa. O palácio e os guardas em si não são nada demais ( talvez por não termos visto a troca de soldados), eles representam o poder e a tradição da família real inglesa que hoje são simbólicos. No fim das contas percebemos que cinco dias é pouco tempo para uma cidade com tantas opções, os dias voaram em Londres! Nós curtimos muito e certamente voltaremos um dia!

LONDRES - INGLATERRA

Hospedagem: (50 libras/dia quarto duplo) - ZERO ( O hostel era péssimo)

Transp. Público: (7,70 libras/pessoa - bilhete de metrô p/ o dia todo):

Culinária (10 libras por prato em média):

Hospitalidade do povo local: bom

Pontos Turísticos: excelente

Preços: muito caro em relação ao Brasil

Clima Local (média 15 graus): abril/12

Fuso Horário: 4 horas a mais em relação ao Brasil

Meio de Transporte: a pé e metrô

Distância Percorrida desde o último destino: 680 km

Distância Percorrida desde o ponto de Partida (Lisboa): 3.460 km

Olá Oswaldo! li seu primeiro texto sobre o Vale do Loire e agora sobre Londres, muito legal mesmo, me clareou as idéias, vou em agosto a estes locais e vi pelo seu texto sobre Londres que não é altamente necessario agar pela visita guiada ao Parlamento e ao Palácio de Buckingham, certo? pesquisei os preços pela internet e achei altos demais, acho realmente que a cidade oferece tantas atrações tão diversas e gastando menos. Obrigada por compartilhar experiências ótimas como estas!

Olá Patricia! Londres é uma cidade fascinante! Sugiro que vc não pague visita guiada no Parlamento e Buckingham. Existe um "glamour" muito grande ao redor de Buckingham. É muito bonito, porém em Londres há incríveis lugares a serem explorados como os mercados, Tower Bridge, etc...

Nçao deixe de ir no Borough Market e British Museum, são incríveis!

Boa viagem!

Obrigada Oswaldo, valeu mesmo pelas dicas! você foi ou vai a Praga?

Olá, Patrícia! Conheci Praga em 2011. É uma cidade incrível, que vale muito a pena. Não deixe de ir ao castelo e à catedral de São Vito. abs

Estou muito anciosa para conhecer Praga, todo mundo me indica, ja reservei 4 dias para exprorá-la! Obrigada mais uma vez Oswaldo, aliás obrigada a você e a Stela, estou dende ontem lendo cada texto do blog de vocês, bela aventura, uma pena que nao consegui postar um comentário lá, mas fica o agradecimento pela generosidade de vocês em compartilhar essa experiência incrível! Abraços, Patricia Diaz