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Meia-Volta em Ilha Grande - Nov/12


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  • Colaboradores

Muito bem pessoal... Mais uma travessia concluída com sucesso... ::otemo::

 

Antes de começar meu relato, gostaria de fazer um agradecimento especial a Licka, de quem copiei uma boa parte desse relato...rs... Mas o agradecimento é por muito mais que isso... Fazer essa travessia já era um “sonho antigo”, pois há mais de 1 ano tinha os roteiros preparados, mas nunca encontrava companhia para fazê-la (Ainda me considero inexperiente em travessias, por isso não encarei de fazê-la sozinho, mesmo sendo uma travessia de grau de dificuldade não tão elevado).

Mas, voltemos a Licka... Eu a conheci por acaso aqui no mochileiros, e quando apresentei a ela minha intenção de fazer essa Meia-Volta no feriado, ela não somente topou na hora como convenceu seus amigos que iriam com ela para a praia do Sono a irem conosco e, praticamente sozinha, fez contato com quase todas as pessoas que participaram da Trip (E, no final das contas, partimos para Ilha Grande com 12 pessoas), além de nunca desanimar, mesmo quando a previsão do tempo pro feriadão não era das melhores.

 

Então, meu grande agradecimento Licka, e que venha Salto Angel e Monte Roraima... ::quilpish::

 

Também não posso deixar de agradecer a todos que participaram: Além de mim e da Licka, Luiz, Milena, Pierre, Samantha, Higor, Polly, Larissa, João, Silmar e Fábio.

 

Grande abraço a todos... E quando será a próxima??? Acho que daqui a 20 minutos!!!

 

Vou dividir o relato por dias, acho que fica melhor para compreensão... Para deixar claro, fizemos a Meia-Volta saindo de Abraão e terminando em Aventureiro, no sentido anti-horário.

 

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Pré-trilha: Eu, Samantha, Higor, Polly e Larissa saímos do RJ de carro, deixando o mesmo em Mangaratiba, no estacionamento do Paulinho (Super conhecido em Mangaratiba, informações e Reservas: 7873-6041 - ID 10*90572).

 

OBS 1: Caso alguém saindo do RJ opte por fazer também a meia volta, aconselho a deixar o carro em Conceição de Jacareí ou Angra, pois a única praia da Ilha que conta com barco para Mangaratiba é Abraão, e também não é fácil encontrar barcos que façam o transporte de outras praias da Ilha com a praia de Abraão. Como eu e a Samantha não conseguimos barco de Aventureiros para Abraão, pegamos um barco para Angra, e de lá tivemos que pegar 2 ônibus para chegar a Mangaratiba (De Angra só há ônibus direto para Conceição).

Após encararmos uma fila imensa, compramos nossos tickets para a barca (R$ 4,50 o trecho). A barca foi lotada, e chegamos a Abraão por volta das 09:50hs.

Após desembarcarmos nos encontramos com o Pierre, que nos esperava sozinho em Abraão, e posteriormente com o pessoal que veio de SP (Licka, Silmar, Luiz, Milena e Fábio). O João teve um atraso no caminho para Angra e ficamos de nos encontrar durante o trajeto.

 

Dia 01:

Por volta das 11:00hs começamos oficialmente a Meia-Volta em Ilha Grande.

 

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Neste dia andamos algo em torno do 8 Km, e passamos pela Praia Preta, pelas Ruínas do Aqueduto e do Lazareto. Paramos na cachoeira da Feiticeira, e praia da Feiticeira, por cerca de 2h até continuarmos a pernada, e por volta de 17:30h chegamos no Saco do Céu, na Praia Galo, onde decidimos pernoitar. Procuramos um camping, pois é proibido acampar na praia, e após uma recepção muito ruim da “Gata Russa” (fortemente não recomendada por todos que fizeram parte desta trip), conseguimos “alugar” uma casa de um pescador por R$15 por pessoa, com direito a banho quente e geladeira funcionando...rs

Essa casa “vazia” caiu do céu literalmente, e após um tão sonhado e esperado banho, pudemos realizar nossa primeira confraternização regada de cerveja e PIZZA! RS

 

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Dia 02: O dia mais longo de caminhada, andamos em torno de 16 Km este dia. Encontramos o mineiro (João) na praia seguinte, em Japariz, ele andou tão rápido para nos encontrar que até nos ultrapassou. ::hahaha::

Neste dia passamos por Japariz, Freguesia de Santana (e, sem querer, Praia da Baleia), praia de Bananal Pequeno, Bananal, Matariz, Jaconema, Figueira Branca, Praia de Passaterra até chegarmos em Maguariquessaba, onde acampamos a segunda noite no quintal da casa de um argentino que não estava lá e o caseiro nos permitiu a pernoite por R$15 de cada.

Nossa confraternização foi fazer comida e tentar acender uma fogueira na praia, sem sucesso. A noite estava linda e estrelada, passamos a noite em volta da fogueira apagada contando causos e histórias (menção honrosa a Polly, nossa contadora de histórias oficial, que com certeza emocionou a todos nesta noite), tomando cerveja comprada na praia do lado (pois a Pousada existente na praia se recusou a nos vender qualquer coisa...), até a hora do sono chegar.

 

OBS 2: Em Freguesia do Santana a trilha que segue para Bananal sai logo após a Igreja, no começo da praia (a trilha no final da praia segue para a Praia da Baleia). Neste ponto há algumas bifurcações, e o caminho certo é seguir “beirando” a escola que fica logo atrás da Igreja.

 

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Dia 03: Neste dia, contrariando todas as nossas expectativas após a noite de céu estrelado, amanheceu chovendo e ninguém acreditava!!! Nesta manhã nos separamos, metade da turma continuou o trajeto até a praia de Araçatiba (Eu, João, Higor, Polly, Fábio, Pierre e Samantha)e a outra metade (Licka, Milena, Luis, Larissa e Silmar) queria curtir um pouco, descansar e tomar cerveja.

Neste dia andamos em torno de 12 Km, passando pela Praia do Marinheiro, Sítio Forte, Tapera, Ubatubinha, Praia da Longa, Lagoa Verde, Praia da Cachoeira até chegarmos na Praia Grande Araçatiba.

 

Em Araçatiba conseguimos alugar novamente uma casa, no valor de R$ 20,00 por pessoa, onde mais uma vez fomos muito bem atendidos. (Nossa experiência nos mostrou como é completamente diferente a hospitalidade apresentada por parte dos moradores nativos da Ilha, comparando com as pessoas que escolheram a Ilha como pura e simplesmente uma forma de investimento – vide o caso da Gata Russa e da Pousada em Manguariquessaba). A Senhora que nos alugou a casa, não só permitiu que as meninas tomassem banho quente na sua casa, como nos ofereceu cobertores e nos enviou uma garrafa de café na manhã seguinte. No final da tarde, o pessoal que tinha ficado em Manguariquessaba conseguiu um barco que os levou direto para Araçatiba, onde nos encontramos novamente. Eles acamparam no quintal do Bar do Bené, por R$ 15,00 por pessoa.

Nesta noite ainda aproveitamos pra curtir uma “night” na Pousada do Capitão. Pense numa “festa estranha, com gente esquisita...”, mas serviu muito bem pra gente relaxar, e rendeu ótimas risadas...

 

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OBS 3: Mais uma grande sacada!!! Devido ao tempo apertado, quase desistimos de ir à Lagoa Verde, pois os mapas de trilha a mostram como uma trilha de bate e volta. No entanto, há uma trilha muito tranquila que nos leva da Lagoa até Araçatiba, bem demarcada e de dificuldade leve. E estar na Lagoa Verde, sem nenhum dos barcos de passeio em volta, não tem preço!!!

 

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Dia 04: Neste dia, o pessoal que teria compromisso na segunda teve que retornar. Luis, Milena, Fábio e Pierre partiram para SP, enquanto Larissa, Higor e Polly voltaram para o RJ.

Eu, Samantha e João combinamos de encontrar com o Silmar e a Licka para continuarmos a caminhada até a praia de Aventureiros, parada final da “meia volta à Ilha Grande”. Acabou que nos desencontramos, e acabamos fazendo a trilha separadamente, passando por Araçatibinha e Provetá . Neste dia andamos em torno de 8 Km.

 

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Nos reencontramos no final da tarde na praia do Aventureiro no camping do Luis, por R$15,00 com direito a banho quente e camping bem estruturado. E este foi o final da “Meia-Volta”.

 

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Dia 05: Este foi o “dia do descanso”, onde o Sol enfim nos brindou com sua presença e nos permitiu aproveitar a praia, tirar foto no famoso Coqueiro Torto, subir na Pedra da Espia, tirar foto no Mirante.

 

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O João e o Silmar conseguiram barco para às 14h deste dia, pois precisavam estar em casa antes. Eu, Samanta e Licka ainda aproveitamos mais um dia e pegamos o barco na terça-feira, às 14h.

Conhecemos a praia do Demo, ao lado do Costão do Demo onde começa a Reserva Biológica da Praia do Sul, é proibido passar e acampar, mas vimos muitos peregrinos dando a volta completa, ou simplesmente saindo de Aventureiros para conhecer as praias do Sul e Leste. Fim de tarde, última cerveja e últimos dinheiros, fomos dormir e para nossa surpresa, choveu a noite toda e só parou cerca de 10h do dia seguinte. Organizamos as coisas e rumamos para o cais, de novo de baixo de sol no barco “Amanda V”, trajeto de 2h10min até Angra.

 

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OBS 5: Apesar de acamparmos, e indicarmos, o camping do Luis, encontramos refeições e bebidas bem mais baratas em um outro local da praia de Aventureiro (Um restaurante verde, bem próximo à cabine de Informações Turísticas e do “Coqueiro Torto”).

OBS Geral: Para todos que pretendem fazer essa travessia, minha principal colocação é com respeito às placas que demarcam as trilhas da Ilha. Encontramos pouquíssimas, e a maioria em péssimas condições de conservação. Do lado da Ilha voltada para o continente (a maioria da nossa travessia foi feita assim) a grande “sacada” é se guiar pelos cabos de energia elétrica, pois eles interligam as vilas. Do lado oposto da Ilha isso não é possível, pois não há energia elétrica. Fica uma grande dica!!!

 

 

Então foi isso pessoal!!! Feriadão show, em ótimas companhias, com um visual que fala por si...

 

Forte abraço a todos...

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  • Membros de Honra

Olá Rodrigo!

 

 

Show de bola essa trip, boa alternativa para quem não dispõe de tempo para uma volta completa (Ilha Grande merece) mas também não quer ficar só no "trivial". Mandaram bem. O relato está bacana e as fotos também. Parabéns!

 

Grande abraço!

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  • Membros

Oi Rô!!!!

 

Caracas!!!! Fiquei felizona com o relato!!!! Mas a verdade é que eu quem tenho que agradecer, pois graças a você que iniciei minha PRIMEIRA travessia!!!!! E assim como você, queria tê-la feito desde 2006 então o agradecimento é totalmente recíproco!!! rs.... Valeeeeuuu Rô!!!

 

Bom.... como iniciante TOTAL em travessia, preciso deixar minhas impressões aqui, principalmente para aqueles que "pensam" em iniciar trekking e fazer essas travessias maravilhosas.

 

Bem, eu amoooo fazer trilhas, há muito tempo viajar e trilhar faz parte de mim, mas a principal dificuldade que tive foi o peso! E devido a isso não achei a travessia fácil, aliás, no segundo dia eu queria MATAR o Rodrigo! rs... tudo bem que chega uma hora que a mochila já faz parte do seu próprio corpo e é até estranho andar sem ela, mas até isso acontecer leva um tempo (a minha adaptação aconteceu no último dia, rs). Economizar peso é fundamental para os iniciantes, pois as dores musculares serão certas, (não levem ingredientes para fazer PIZZA como nós, rs).... tive que andar a base de muito gelol e a minha pérola principal na trilha foi "Queria pular numa piscina de gelol agora!".

 

Sem contar que tive o azar de cair logo no primeiro dia, e bater o cóx com tudo no chão, o que piorou muito minha situação, rs, mas consegui chegar ao destino final graças a todas as pessoas que estavam conosco. Aliás, os meninos dessa travessia foram 100% cavalheiros.

O Rodrigo me deu o maior apoio moral; o Higor me cedeu o spray de cataflan; o Silmar me emprestou o bastão e me ajudava toda hora nos pontos perigosos; o Fábio sempre preocupado se estava tudo bem; o Francês sempre parando para nos esperar (eu, Milena e Larissa); o Luis me puxou no paredão de Bananal e me fez rir muito; o mineiro passando a maiooorr tranquilidade, nem parecia que estava andando a horas; e as meninas ARRASARAM na superação!

 

Outra coisa importante... estávamos em 12 pessoas e, apesar de todos muito colaborativos e numa vibe muito boa, era notório a diferença dos níveis de condicionamento físico. Isso é importante, pois, enquanto os que estavam mais acostumados se "atrasavam" esperando os menos acostumados, estes ultrapassavam muitas vezes os limites para alcançar aqueles. Ou seja, o nível dos integrantes do grupo conta muito para o bom desempenho da travessia. Até então, eu não tinha esse conhecimento, fica aqui algo a se pensar.

 

O Rodrigo levantou uma questão bastante importante também, AS PLACAS!! Realmente, a sinalização está muito ruim nas trilhas de Ilha Grande, então, é importante pesquisar e montar um roteiro antes de se jogar na travessia. É sempre bom ter um planejamento, por mais simples que possa parecer o trajeto.

 

No terceiro dia, metade do grupo (incluindo eu) fez o trecho de Maguariqueçaba até Araçatiba de barco, então vou relatar esta parte:

 

A outra metade do grupo (Eu, Milena, Luis, Larissa e Silmar) queria curtir um pouco mais a praia, descansar e tomar cerveja. Rs. Então, ficamos o dia todo em Maguariqueçaba, fizemos um almoço legal no fogareiro: macarrão integral com atum e tomamos muita cerveja! RS... No final da tarde voltamos até a praia de Passaterra e conseguimos um barco que nos levou direto para Araçatiba (por R$150 em 5 pessoas), o que valeu muito a pena pela curtição do dia e lá fomos nós encontrar a galera novamente.

 

Barco para Araçatiba: a Pequena Grande Salvação! Chegamos já tinha anoitecido, então encontramos o Bar do Bené, onde acampamos no quintal por R$15 per capita novamente. Comemos pizza e tomamos cerveja a noite, até encontrar a galera novamente.

 

 

No dia seguinte lá fomos nós para Aventureiro, e para mim, esta foi a trilha mais difícil tecnicamente, mas a mochila estava bem mais leve e isso não me assustava mais, e de qualquer forma foi a parte mais compensadora!!! A trilha é linda!! E chegar em Aventureiro, para mim, foi um troféu!!!! Cheguei a pensar que eu não ia conseguir, por isso eu digo, o apoio do grupo é fundamental e ninguém consegue nada sozinho.

 

Meus agradecimentos sinceros a estas pessoas fantásticas que conheci!

 

Vaaaaleeeeuuuu ::otemo::

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  • Membros

Rodrigo, obrigado pelo belo relato! Ta provado aí que seu espírito de grupo vai além da trilha!

 

Licka, obrigado por acolher, incentivar e orientar todos os interessados em fazer a trilha juntos, até mesmo eu que decidi ir nos 45 do segundo tempo! Achei sua atitude louvável!

 

Sobre seu relato: acho que economizar peso é essencial não só para os novatos, é regra básica! E tem que evitar até mesmo as pequenas coisas inuteis, pois ao se somar o peso delas, tem-se um valor significativo. Saber o tipo e quantidade certa de comida também é importante! Mas de fato todo iniciante pega esse trauma de peso excessivo, haha!

 

Quanto a questão da diferença de pique do pessoal com mais experiencia, acho que é comum que aconteça em grupos grandes. Acho que isso não é um problema, ou pelo menos não foi no nosso caso. O que eu penso é que não podemos ir achando que é fácil, mesmo que pareça ser. Temos que nos perguntar quão difícil será, quais serão as possíveis dificuldades. Temos que deixar o medo do desconhecido agir em nossa mente e em nosso corpo. Acho que isso faz com que consigamos superar os desafios que surgem na trilha, principalmente o cansaço. Isso vale também pros experientes. Eu mesmo nunca tinha encarado mais de dois dias de caminhada e me perguntava ao longo da trilha se aguentaria o terceiro dia. Tô compartilhando esses pensamentos mas talvez você já tenha refletido sobre isso tudo! E fico feliz que você tenha gostado, agora vai viciar! ::hãã2::

 

Pra mim foi uma travessia marcante também. Eu nunca tinha feito nada com o pessoal aqui do mochileiros e não imaginava que poderia dar tão certo. A trilha em vegetação de mata atlântica com belas praias no caminho, sendo bem recebido e bem tratado por moradores locais, podendo parar pra comer um peixe frito, comprar uma cerveja a um preço melhor que no continente. Tudo isso com pessoas unidas em um grupo, preocupadas umas com as outras, se respeitando e confraternizando...realmente, não peço mais nada! Foi possivel com 10 (até então) desconhecidos na Ilha Grande mas não é possível com a maioria que trabalha debaixo do mesmo teto que eu...ironias da vida...

 

Desculpem se meu relato acabou fugindo dos detalhes técnicos de interesse da travessia em si.

 

Um grande abraço a todos do "clube dos 20"!

 

Fabio

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  • Membros

Nossa, gostei muito do relato. Tenho muita vontade de fazer "A Volta" ou até mesmo a "Meia Volta". Minhas andanças são apenas nos arredores da vila do Abraão como Circuito do Abraão, Lopes Mendes e Dois Rios.

Amo Ilha Grande e é lá onde eu recarrego minhas energias.

 

Um dia (quem sabe?) eu relate minhas experiências desbravadoras?!

 

Abraço e boa viagem para todos!

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