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Índia (e Nepal) – 20 dias


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Muito mais fotos podem ser vistas no relato da Katia sobre Jaipur clicando aqui.

 

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Choveu de noite. Tinha café da manhã, estilo indiano, no hotel. Apimentado! Gostei bastante, mesmo sendo simples. Nosso motorista, Sabir, veio nos buscar e lá fomos. A ideia era ir para o Amer Fort, mas ele sugeriu de passarmos no Royal Gaitor antes. Topamos.

 

Gostamos muito do Royal Gaitor. Muito bonito. Limpo. E vazio! Só vimos umas duas turistas com guia, mas que visitaram rapidamente. Curtimos bastante.

 

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Royal Gaitor

 

Em Jaipur nós finalmente vimos vacas nas ruas. Muitas. Mas não só isso. Cachorros. Porcos, cabritos. Todos vasculhando o lixo. E também camelos. E elefantes. Esses últimos eram usados como meio de transporte (turístico). Mas estavam nas ruas.

 

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Vacas, porcos, camelos e elefantes

 

Seguimos então para o Forte Amer/Amer Fort. Dispensamos as ofertas de guias e de elefantes e lá fomos. Como o tuc-tuc nos deixou na parte de baixo, fomos subindo a pé. Acho melhor assim, você curte mais o lugar. Não vimos ninguém subindo de elefante.

 

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Amber Fort

 

Curtimos muito o forte. Andamos bastante, percorremos tudo quanto era caminho. Provavelmente não percorremos todos, o lugar é bem grande. Tiramos várias fotos com a galera local também.

 

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Sheesh Mahal, um dos destaques do Amber Fort

 

De lá subimos ainda mais, agora para o Forte Jaigarh/Jaigarh Fort. Era o pico do sol, mas fomos a pé mesmo assim. É uma boa subida. O Jaigarh é ainda mais amplo que o Amer e tem vistas ainda mais amplas. Também muito legal, com mais tuneis ainda a percorrer. E ainda atrações externas, como um canhão milenar. Foi lá que vimos macacos – muitos! – pela primeira vez na Índia.

 

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Jaigarh Fort

 

Ficamos algumas boas horas nesses fortes, depois descemos tudo a pé de volta. Nosso tuc-tuc estava lá. Nosso tinha estimado 2hs para passearmos por lá, acabamos ficando mais de 3. Adoramos.

 

Eu não tinha, sinceramente, plano de onde ir. Sabia apenas que queria ver o Jal Mahal. Ele nos propôs levar num lugar onde poderíamos passear de elefante. Não era algo que eu tinha em mente, mas topamos, vamos ver como é. Na verdade, só de ter nos levado ao Amer e ter esperado por lá, acho que já tinha valido as 500 pratas. O resto era lucro.

 

Chegamos a uma “Elephant Village” nada atraente (mas é a Índia, então...). Evidentemente que rola esquema de comissão entre tuc-tuc e dono do lugar. Eu tinha duas referências na cabeça: uma de um tal Elephantasy, que cobra cerca de 100 USD para você passar o dia com elefantes (cuidando, se informando, passeando, etc.). Não era algo que estava nos nossos planos. Outra era o passeio que fazem da base até a entrada do Amer Fort, que custava 900 rúpias (preço tabelado). Essa foi minha referência. E lá fomos às negociações.

 

Primeira oferta, por meia hora de passeio, foi de 3.000 rúpias. Nem pensar. Falei dos 900 que eu tinha em mente. E aí a coisa vai, vem e tal (“é diferente, aqui é meia hora de passeio, lá são poucos minutos”). Eu insisti que a minha referência era aquela e joguei a cartada tradicional (mas sem blefe, porque por aquele preço não iríamos mesmo): como está muito caro, vamos para outra atração. Kátia estava com medo de subir no elefante, o que facilitava a barganha. Caiu para 2.500, 2.200, 2.000. Segui falando que não, minha referência era 900, preferia ir para outro lugar. Caiu para 1.500. Aí topamos. E foi divertido o passeio.

 

No fim do passeio, nosso guia (que havia tirado várias fotos e vinha falando dos elefantes e tal) nos pediu uma gorjeta. Não é a melhor maneira (eu já iria dar uma gorjeta de qualquer forma), mas vamos lá. Saquei 100 pratas e dei a ele. E a reação: “Não! Gorjeta para o guia é de 500 rúpias!”. E passou os minutos finais do passeio buzinando pra aumentar a gorjeta. Começou a negociar a gorjeta (!), falando que 200 estava bom. Não mesmo. Ficou com os 100 e olhe lá.

 

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Elefantes

 

Encerrado o passeio, seguimos para o Jal Mahal, um belo palácio que fica no meio de um lado. Você observa a distância, não tem como entrar nele. Ou melhor, talvez até tenha, mas não é aberto à visitação.

 

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Jal Mahal

 

Depois do Jal, nosso tuc-tuc perguntou se queríamos tomar um chá (chai). Eu dispensaria, mas Katia topou. Ele parou num lugar de meio de estrada, bem local mesmo. Nada em inglês. Deu medo do chá. Sei lá que água era aquela. Felizmente veio pelando, o que mataria as eventuais bactérias. Tomei, mas não achei nada demais. Não curto muito essa coisa de chá. Acho que o Sabir fez isso pra pavimentar a esperança de boas comissões nas compras, sei lá. Ele insistiu em pagar o chá.

 

No fim das contas, acabamos frustrando essas expectativas. Chegou a hora da tentativa de nos levar a lojas. “Sem compromisso”, ahahahah. Pior é que Katia topou, PQP. Mas não gostou de nada. Pedimos para o tuc-tuc nos deixar na avenida principal, MI Road, onde concluímos nosso acordo. Ainda deixamos um recado bacana no livrinho dele, em português. No geral ele foi correto conosco, cumpriu com o que acordamos. Dei uma gorjeta, mas Kátia disse que ele tinha uma expressão de “hoje foi um dia ruim”, possivelmente por não termos comprado nada (as comissões são altíssimas). Mas deve ter ganho, ainda que muito menos, na coisa do elefante. Ele não chorou um adicional, coisa que ocorreria com frequência com tuc-tucs em Varanasi.

 

Fomos andando pela rua principal de Jaipur até uma área de restaurantes que tinha indicado no LP. A avenida é larga, o que ameniza um pouco o caos onipresente no trânsito local. Interessante notar algumas famosas lojas internacionais em meio àquele caos. Algumas delas têm até mesmo calçada “própria” – bem diferente da calçada pública. Encerramos nosso dia com uma boa refeição (e cervejas!) no Cooper Chimney. Lugar meio caro, sobretudo pela cerva e por adicionar taxas.

 

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veg thali!

 

Aliás, esse lance de taxas merece um parágrafo. Os preços dos cardápios excluem as taxas/impostos. Só que isso não é regra nos restaurantes, alguns adicionam as taxas, outros não. Verifique antes para não se surpreender. A cerveja com os impostos eventualmente acaba ficando mais cara que no Brasil.

 

Jantamos um veg thali no restaurante, muito bom! Nem achei muito apimentado, mas havia uma turista atrás de nós devolvendo a comida por ela estar muito apimentada – e ela disse gostar de pimenta, mas achava aquilo um exagero. Cada um tem seu próprio padrão.

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Café da manhã e check-out. Era dia de explorar o centro, a cidade rosa, e etc. Decidimos ir andando pela principal. De manhã cedo (mas não tanto assim, acho que as coisas só começam a abrir pelas 10 da manhã) ela estava com quase tudo fechado. Queria provar o lassi local do badalado Lassiwalla, que tem diversas imitações (com o mesmo nome!) na mesma rua. Tínhamos a indicação do “original” e lá fomos. É bem saboroso. E barato.

 

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Pink City

 

Chegamos na Cidade Rosa/Pink City. Fizemos uma caminhada com roteiro sugerido pelo LP. Muitas lojas fechadas ainda. E chegamos ao Hawa Mahal, construção mais emblemática de Jaipur. Por fora é espetacular. Por dentro também é muito maneiro. Optamos por pegar um audioguide e, para variar, me arrependi. Chega uma hora que não quero mais ouvir nada, não presto mais atenção. Só quero admirar as coisas. Tiramos muitas fotos com a galera por lá.

 

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Hawa Mahal

 

Seguimos o roteiro da caminhada para o Jantar Mantar, onde ficam expostos vários instrumentos astronômicos de um antigo rei local. Bem interessante. Talvez tivesse sido interessante ter um bom guia para explicar cada um deles.

 

De lá seguimos para o clássico City Palace, que é belíssimo por dentro, muito bonito mesmo. Ficamos um bom tempo lá dentro percorrendo os salões.

 

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City Palace

 

Seguimos o roteiro e fomos no Iswari Minar, um minarete com um belo visual da cidade. Ninguém por lá. No caminho, um vendedor nos disse que estava fechado, porque era dia de eleições. Escolados pela goleada do LP em Delhi, seguimos em frente. Estava aberto. Fica meio escondido numa parte interna nada turística.

 

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Vista do Iswari Minar

 

Decidimos cortar o restante do roteiro (eram mercados) e pegamos cicle-rickshaw para o Albert Hall. Não estava nos nossos planos (eu queria ter ido a Naigarh, mas já não havia tempo suficiente), mas estava incluso no composite ticket que pagamos no Amer Fort. É interessante, visitamos no nosso tempo.

 

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Albert Hall

 

Aproveitamos para comer uma samosa rápida numa lanchonete por lá e evitar de ficar com o estômago vazio novamente. Negociamos a corrida de um tuc-tuc (novamente teve gente recusando a corrida) para a estação de trem, mas parando no nosso hotel para pegarmos as mochilas, e lá fomos nós pegar o trem.

 

Chegamos meio que cedo demais na estação, que não é lá muito atraente. Ficamos fazendo hora, observando a galera. Muita gente senta, e até deita, no chão da estação enquanto espera o trem.

 

O trem era num padrão inferior ao anterior. Pra piorar, nossos assentos, embora sequenciais, eram separados (não tem como escolher assentos no cleatrip). Sem problemas, fomos curtindo o entardecer e lendo bastante na viagem. Éramos um dos raros estrangeiros do vagão, mas a galera local não interagiu (geralmente não tomávamos a iniciativa). Uma baratinha andava livremente pelo vagão, ninguém matava nem importunava a bicha.

 

O trem atrasou mais de uma hora. A velocidade dos trens na Índia é mesmo muito baixa: deve ter dado coisa de 40km/h em velocidade escalar. Em Agra Fort havia muita gente dormindo no chão da estação. E as baratas pra lá e pra cá. Nosso hotel proporcionava free pick up da estação, e felizmente lá estava ele nos esperando. No caminho até o hotel o motorista naturalmente ofereceu os serviços dele para o dia seguinte.

 

Como o dia seguinte era sexta-feira, o Taj Mahal estaria fechado. Nossos planos eram ir até Fatehpur Sikri e depois explorar áreas na cidade. O motorista (agora era taxi, nada de tuc-tuc; esquema patrão!!) ofereceu de levar e trazer de Fatehpur Sikri por 1.200 rúpias. É, evidentemente, bem mais caro do que ir de busum. Mas topamos, estava na faixa do que eu tinha visto. Ele ainda nos encontrou um lugar para jantarmos (guerreiraço, mas era o que estava aberto àquela hora naquelas redondezas). E felizmente tinha cerveja!

 

E nosso hotel em Agra foi uma grata surpresa! Simples, mas novo e espaçoso.

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Muito mais fotos sobre Agra e arredores podem ser vistas no relato da Katia sobre Jaipur clicando aqui.

 

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O táxi estava à nossa espera na hora e local combinados. Fomos cedo para Fatehpur Sikri. Chegando lá, nos foi oferecido o serviço de guia, supostamente licenciado pelo governo. Não dá pra saber se é realmente licenciado ou não. Conversamos e optamos por topar, sob condições: que as coisas fossem feitas no nosso tempo, ou seja, pararíamos diversas vezes para admirar e fotografar os lugares. Como geralmente acontece, depois nos arrependemos da decisão de termos contratado guia.

 

Fatehpur Sikri é um lugar lindíssimo, bem amplo, repleto de construções muito maneiras. Curtimos MUITO, e no nosso tempo (apesar das aceleradas do guia), exploramos todos os lugares. Valeu muito a pena admirar aquelas construções e buscar os detalhes internos de cada uma delas.

 

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Ficaríamos horas por lá, por conta própria, dispensando o blablabla do que é isso ou aquilo e da história do lugar (respeito e admiro muito quem se interessa, mas naquele caso não era nosso foco), mas... estávamos com guia, então ouvíamos a história. Na verdade, eu abstraía, ficava mesmo admirando o lugar.

 

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A seguir, fomos na mesquita, que fica logo ao lado. Também muito bonita, bem ampla – tal qual a Jama Masjid de Delhi. Lá, no entanto, o guia escorregou feio no nosso conceito ao tentar nos jogar numa clássica armadilha. Pediu-nos para sentarmos em frente a um cara “que iria nos explicar” sei lá o quê. Só sei que é uma clássica situação de armadilha que busca constranger o turista a abrir a carteira para alguma coisa. Eu não tenho muito problema com isso, digo “não” solenemente. No fim das contas era para comprar uns panos que seriam oferecidos a sei lá quem, que o Sarkozy (?!) tinha comprado quando esteve lá e blablablá. “Não, obrigado” é a minha resposta automática. Katia ainda emendou com uma historinha de que nossa religião não permite comprar coisas para oferecer (?!) e assim rechaçamos a armadilha. Não foi a última da viagem. Enfim, frustramos a turma. Pior que nem ouvimos os preços, fiquei na curiosidade.

 

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Dentro da mesquita, em Fatehpur Sikri

 

Retornamos para Agra. Fechamos com o motorista de ficar o dia todo conosco por 2.000 rúpias. Esquema-patrão total!! Pedimos para ele nos levar ao Forte Agra/Agra Fort. Era o pico do calor do dia, pouca gente se aventurava fora das sombras. Ainda assim, tivemos de dispensar os insistentes guias na entrada. O forte também é muito maneiro, com vários ambientes. Inclusive mesquitas. Foi nosso primeiro contato visual, ainda que bem distante, com o Taj Mahal. Muito imponente, mesmo assim. O rio estava bem seco.

 

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Nosso primeiro contato visual com o Taj, a partir do Agra Fort

 

Vimos muito poucos turistas estrangeiros. A maioria avassaladora dos turistas que vimos eram indianos, que aproveitavam algum momento de férias locais para viajar pelo país. Como éramos exceção, geralmente éramos muito observados. Mas quase sempre com sorrisos, o que era bem legal.

 

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Cenários diversos, e belíssimos, de dentro do Agra Fort

 

Seguimos para o I'timād-ud-Daulah, popularmente conhecido como Baby Taj. Mas não sei porque eu fixei Baby Mahal na cabeça. De qualquer forma, é tida como uma “miniatura” do Taj Mahal. A comparação pode ser problemática (do tipo “ah, já vi o Taj, não vou ver a tal miniatura”), mas o lugar merece a visita – sobretudo se você ainda não tiver ido ao Taj.

 

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Baby Taj

 

Acabamos planejando o resto do nosso dia de acordo com as atrações listadas no LP, então a visita seguinte foi a Chini-Ka-Rauza. Nosso motorista nos disse "not good", mas que nos levaria lá na boa. É realmente bem pequeno, escondido, e praticamente não tem turista -- mas os malas estão lá esperando pelos incautos. Visitamos rapidamente.

 

Fechamos o dia com Methab Bagh, o parque pago cuja atração única é uma vista espetacular para o Taj. Aliás, espetacular é pouco, a vista é magnífica, estupenda. E quaisquer outros adjetivos. Meio surreal pagar para entrar num parque cuja única atração é ver o que está do outro lado do rio... Mas lemos que turistas agora sequer podem chegar ao rio por conta própria, é proibido. Tudo para forçar a entrada paga no parque. Na saída vimos um turista tentando ir para o rio a pé, por fora do parque, e sendo barrado.

 

Ficamos um bom tempo no parque admirando o Taj e sentando o dedo na máquina fotográfica.

 

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Foram tantas fotos de um ângulo praticamente igual, para somente uma ser colocada aqui...

 

Encerramos o dia às 16hs. Ou seja, se o Taj abrisse naquele dia, teríamos ido em todas as atrações que nos interessavam na cidade num único dia! Mas ainda tínhamos um outro dia inteiro pela frente em Agra. Sabendo disso nosso motorista se ofereceu de levar-nos a Mathura e Vrindavam, duas cidades próximas. E que constavam do LP. Eram cidades ligadas a Krishna e tal. Não era muito a nossa, era Plano B total para nós, mas aplica-se a nossa Lei Fundamental: é melhor ir do que não ir (e com o agravante de ficar em Agra sem ter muito o que fazer). Agora ele nos cobrou 2.500, alegando que era mais longe (e é mesmo). Até tentei negociar, desdenhei, falei que achava que não ia, mas não teve jogo. No fim topamos.

 

De volta a Agra no fim de tarde, fomos procurar um lugar para comer, finalmente. Era um horário meio ingrato, quase nenhum restaurante aberto. Queríamos um com cerveja. Fomos em dois que propagandeavam ter cerveja no terraço, mas... não tinham. Um deles foi surreal: o terraço estava em obras, os caras estavam fazendo obra naquele momento, mas o cara nos disse que colocaria uma mesa para nós ali! Sim, no meio da poeirada e logo ao lado da obra rolando! Declinamos, naturalmente. Ele ainda mandou outra cartada sinistra: 25% de desconto em todo o cardápio! Ahahahahahah. Mas tem coisas que não se pagam, e essa é uma delas. Acabamos comendo honestamente num restaurante por perto (sem terraço e sem cerveja – e sem cerveja a conta sai MUITO mais leve).

 

Com tempo de sobra, aproveitamos para fazer uma massagem ayuruvédica, que tinha propaganda no hotel. Foi meio tenso no começo, mas foi das melhores massagens que já fiz. E bem barata – ainda assim, depois vimos que pagamos caro para o padrão local!

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Acordamos às 6 da manhã e fomos logo para o Taj. Fomos andando através de um parque que ficava perto e que dava para a entrada oeste. O parque estava cheio logo cedo! Galera acorda cedo, pelo visto. E no caminho vimos macacos.

 

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A camnho do Taj

 

Dispensamos os tradicionais guias e conversinhas da entrada. Na rigorosa checagem que fazem, tomaram minhas pilhas da lanterna, dizendo que não pode entrar. PQP. O Taj Mahal dispensa maiores delongas. É monumental na pura acepção da palavra. Seguramente o lugar com mais estrangeiros que vimos em toda a viagem até então -– vimos mais lá do que em todos os dias anteriores somados. Até brasileiro nós vimos.

 

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Ei-lo

 

Dentro do Taj não é nada de mais, como já tínhamos lido. Curtimos bastante o lugar, paramos para admirar com calma. Observamos um pouco as pessoas (people-watch). Encontramos turistas com quem tiramos fotos no dia anterior no Agra Fort.

 

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Voltamos e fomos tomar um café da manhã na rua. Precisava trocar mais dólares. O novo primeiro ministro da Índia, Mody, tinha sido eleito, e isso serviu de justificativa para a queda da cotação do dólar, ahahaha. Mas foi só procurar um pouco mais que encontrei a cotação no mesmo patamar de antes. Até nisso rola alguma negociação!

 

Ficamos no relax até 12hs, hora que marcamos com nosso motorista, Mr. Khan, de nos pegar para fazermos o passeio da tarde. No caminho, paramos na Tumba de Maria/Marias's Tomb. Bem bacana, bonito.

 

Seguimos para Mathura. A primeira (e única) parada na cidade foi para ir num templo Krishna. Não podia entrar com nada, nem bagagem, nem celular, máquina, nada. Tinha um lugar logo ao lado para deixar essas paradas. Tudo por causa do triste massacre de Ayodhya em 1993. Katia ficou grilada de deixar a máquina e a bolsa por lá e decidiu não entrar. Fui sozinho. Muito bacana lá dentro. Como estava quente pacas e tinha de estar descalço, eles colocam tapetes e água nos tapetes para amenizar, ou melhor, para possibilitar que se caminhe pelo lugar. Lá é o lugar onde (supostamente) nasceu o Krishna. Eu era o único estrangeiro naquela hora. Gostei.

 

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Aqui, dizem, nasceu Krishna

 

Em seguida, fomos para Vrindavan. No caminho paramos em mais um templo Birla Mandir. Acho esses templos muito maneiros, mas em nenhum dos que estivemos pode tirar fotos.

 

Chegando em Vrindavan, logo surgiu um guia para nos mostrar o que havia de interessante. Grilei na hora. Como eu desconhecia o que ver por lá e não tinha mapa (e lá você não teria muito como se locomover por conta própria sem se perder), ter um guia não era de todo ruim. O guia se apresentou, simpático. Era um senhor. Perguntei quanto custava o serviço dele. Ele disse que não tinha preço, que eu daria o que achasse melhor no fim do tour. Insisti para ele dar um preço. Ele insistiu que não. Ou seja, um convite a problemas futuros. Mas se é pra jogar, eu jogo. Logo me lembrei de um valor que tinha lido de guias no Agra Fort, de 300 pratas por 1-2 horas. Essa era minha referência. E assim fomos.

 

O primeiro lugar que o guia nos mostrou foi o mais interessante do dia. Um belíssimo templo Godvind Dev. Lindo, sinistro, escuro por dentro. Cheio de macacos. Dentro e fora. Macacos tocando o zaralho lá dentro. Nosso guia avisou para não usarmos óculos nem nada que fosse "pegável" nas mãos. Tudo porque os macacos podem vir e tomar de você. Li vários relatos disso. Eu ficava admirando aquele belo templo e o guia insistindo em falar sei lá o quê, mas eu não conseguia (nem queria) dar muita atenção, o lugar era muito atraente e eu precisava admirar aquilo, e não ficar ouvindo. Mas Katia não consegue abstrair e ficou dando atenção. Melhor pra mim, o guia passou a se dirigir a ela geralmente.

 

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Não somente o templo era interessante, os macacos tornavam tudo mais surreal! Havia brigas entre eles, logo espantadas por "guardadores" do templo, que batiam com o pau em algum lugar do templo para espantar os bichos. Nosso guia mesmo andava com um pedaço de pau na mão para bater em algum canto (mas nunca nos bichos, pelo menos que eu tenha visto) e espantar os macacos.

 

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Depois do templo, o guia nos levou por diversas ruelas da cidade. Tudo muito sinistro. Esgoto correndo a céu aberto nas laterais das ruas, muita sujeira, muito lixo espalhado. De vez em quando um templo no caminho. Ou alguma coisa pitoresca, surreal. Pareceu uma prévia de Varanasi -- e depois vi que foi exatamente isso. Nosso guia acelerava, mas nós paramos diversas vezes para registrar alguma coisa interessante que víamos pelo caminho. E ele ficava lá na frente nos esperando, meio impaciente.

 

Chegamos ao Rio Yamuna. Mais macacos. Belíssimas construções beirando o rio, e boa parte, senão todas, pareciam abandonadas. Lugar muito fotogênico. Bem prévia de Varanasi mesmo! Queríamos curtir muito mais o lugar, mas lá estava nosso guia acelerando e nos puxando à frente.

 

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Belos visuais no Rio Yamuna

 

Então retornamos às ruelas sinistras da cidade, mas agora o guia nos levou a alguns templos. Um deles, algo como Maduha (??), ou coisa parecida, tinha interessantes troncos de árvores que se entrelaçavam. E tome explicações, as quais eu ouvia parcialmente (inclusive pelo inglês meio capenga do guia) e que já esqueci. Mas é tudo de alguma forma ligado a Krishna.

 

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Repare na fila (à esquerda) de pedintes na entrada de um dos templos. Será que escolher um deles ao acaso causaria ciumeira nos outros?

 

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Eis o nosso guia, de pau na mão; e os macacos por toda parte

 

Em outro templo, em que não se podia fotografar, dezenas (ou centenas) de mulheres que se dedicavam a Krishna. Mas será que é só isso que fazem da vida? Preferi não perguntar. Em todos eles tinha de retirar os sapatos e, claro, deixar uma gorjeta para o "flanelinha de sapatos" -- figura que encontramos em boa parte dos templos na Índia.

 

Até que, num desses templos, o guia tentou nos empurrar para uma armadilha -- semelhante à de Fatehpur Sikri. Ele foi mostrando várias placas que foram doadas por estrangeiros ao templo, em suposta homenagem a Krishna, que foram fixadas nas paredes. De fato, havia algumas de países diversos. Mas isso pouco me interessava, assim como aquele templo não tinha nada de interessante para mim. E aí veio um cara do templo e começou a nos "dar explicações" sobre as placas. O cara era arrogante pacas. Possivelmente ele sacou que não ia conseguir nada conosco, sei lá. Na hora eu saquei que era armadilha e já comecei a demonstrar desatenção, esperando apenas o momento do “não, obrigado”. O mais interessante é que o cara só falava de dinheiro! Que a placa custa 6 mil rúpias, que isso é equivalente a 100 dólares e blablabla. Ele terminou de falar, eu disse meu tradicional "não, obrigado", Katia sacou a tal explicação dela em paralelo (“nossa religião não permite pagar por coisas para oferecer”). Então o cara falou para assinarmos um tal livro. "Não, obrigado". Aí ele insistiu, com a ajuda do nosso guia, dizendo que era apenas para registro. Fui ler e não era. Era tipo um atestado de doação. Falei que não ia assinar. Então pediram uma doação para Krishna. Ahahaha, tá bom. Saquei 10 rúpias e dei. O cara arrogante falou que eu podia ficar com aquilo. "Muito obrigado", eu disse, sorridente. E ai veio o guia me questionar: "Isso é o que você dá ao guardador de sapatos; é o que você vai doar para Krishna?". "Sim". Ahahahah, turismo na Índia envolve muitas escapadas de armadilhas! Com essa, o guia desceu vertiginosamente em nosso conceito. Mas ele não voltou ao tema.

 

O complexo de templos que eu tinha lido no LP era a atração seguinte, mas o guia disse que era vedado a estrangeiros. Hoje eu acho que foi historinha dele para encerrar logo a coisa, tendo visto que não caímos na armadilha da placa para o Krishna.

 

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O templo que eu queria ter ido

 

Logo a seguir, ele falou que nosso tour estava encerrado. E aí começou a clássica historinha do "vocês gostaram dos meus serviços? Eu levei vocês para isso, aquilo e aquilo outro, blablabla". Rapidamente saquei os 300 que eram minha referência (até daria uma gorjeta, não fosse a armadilha da placa), disse muito obrigado e entreguei. Ele recusou! Ficou dando uma de ofendido com os 300, falou que aquele valor não era nada para o serviço que ele tinha prestado e por aí vai. E aí começou a discutir com a Katia (a Katia reage a essas coisas) e, no fim das contas, ao ver que eu não daria nada além daquilo, ficou com os 300 mesmo. Falei para ele que ele deveria ter dado um preço quando perguntei, por duas vezes. Ele respondeu que, se soubesse que daríamos "só" aquilo, não teria nos levado em "tantos" lugares. Repliquei que isso era mais um motivo para ele dar o preço antes. E assim encerramos nossa relação, um tanto litigiosa no fim.

 

Isso é, naturalmente, um jogo. É baixo para o "padrão dólar"? É. Mas é alto, ou justo, para o "padrão Índia". Mas o jogo foi proposto por ele, ao não dar preço. Se tem uma coisa que eu não cedo é a essas tentativas de constranger o turista a abrir a carteira. Eu digo "não" tranquilamente. E cumpro com o que foi acordado previamente.

 

Encontramos nosso motorista (que seguramente devia ter esquema de comissão com o guia) e tocamos de volta para Agra. Ele nos perguntou como foi e relatamos a ele. Sabendo que ele já sabia, claro. Foi mais para ele também não se engraçar para o nosso lado. E ele não se engraçou, pagamos a ele conforme acordamos. Acordamos com ele de um tuc-tuc nos pegar mais tarde para nos levar à estação (provavelmente o preço acordado era alto, mas tudo bem). Ele disse que mandaria o irmão dele, que tinha um tu tuc.

 

Mas tudo na Índia tem esquema, ahahahah. O motorista nos pediu para não falarmos com ninguém que ele tinha nos levado para passear naqueles dois dias. Perguntei "mas falar para quem"? "Para o pessoal do hotel, para o meu irmão". Perguntei o motivo. "É a minha comissão, né". Ahahahaha, até para o irmão! Pior é que eu acho que acabamos falando. O irmão dele veio nos procurar e, todo simpático (e esperto), perguntou como tinha sido o dia, se tínhamos gostado desse e daquele lugar, e nós confirmamos. Depois que nos tocamos que supostamente não deveríamos ter falado. Mas eu não ia mentir para o cara.

 

Jantamos no Maya, a matriz do nosso hotel. Boa janta.

 

No fim da noite fizemos nosso check-out (negociamos uma meia diária para ocupar o hotel ate o fim do dia) e lá fomos para a estação. Cheia, galera dormindo no chão. Vi o primeiro rato da viagem, passeando pelos cantos da estação em busca de comida.

 

O trem vinha de outro lugar e atrasou. O painel da estação não avisa os atrasos, você tem de ficar de olho. Do tipo: são 22:30, o trem era pra ter chegado às 22hs. Ele fica lá no painel (com previsão de chegar meia hora antes!) até chegar. Quando chega, você tem de catar seu vagão -- no nosso caso, o AC3.

 

Enquanto esperávamos um garoto de Hong Kong veio conversar conosco. Sobre o trem, sobre a India. Estrangeiros facilmente se identificam na Índia. Gente boa. Nisso, tinha um outro garoto, indiano, que parecia ser mudo, ao lado dele. Ficava gesticulando para ele esperar ali, que o trem chegaria ali. Perguntei o menino de Hong Kong se o mudo estava com ele. E ele: "esse cara tá me perseguindo aqui, nem sei quem é!". Ahahahahah, clássica jogadinha.

 

Enfim, o trem chegou e lá fomos catar nosso vagão. É pra lá, é pra cá? Perguntamos aos locais e eles nos informaram corretamente. Entramos. Tudo escuro, todo mundo dormindo (o trem vinha de outro canto). Enfim, achei nossas camas (ou melhor, assumi que eram aquelas, porque as outras estavam vagas – não conseguia ver os números no escuro). E tinha uma figura sentada na nossa cama dormindo sentado!! Cutuquei, acordei o cara, falei que era nosso lugar. Estava escuro, não conseguia ver a expressão do cara, mas ele levou um tempo até se situar e levantar dali. Quando levanta... é um funcionário do próprio trem!! Aaahahaha, Índia é muito divertido. Ele nos deu lençóis e cobertor.

 

Katia achou que as cabines seriam fechadas -- não são. Ficou muito grilada e pediu para dormir na cama de baixo. Tínhamos reservado as duas camas laterais. Conforme recomendações, amarrei as mochilas em algum canto (amarrei com cadarço mesmo) e fomos dormir.

 

Nisso entrou um outro turista no trem, um garoto do Chile que ficou perto de nós e com quem passaríamos o dia seguinte.

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O trem atrasou uma hora. Toda a galera já estava pronta pra sair, e nós atrasados. Não dá pra saber se está chegando, só mesmo pela movimentação dos locais. Os trens na Índia, ao menos os que pegamos, não avisam onde você está chegando, tal qual é feito nos trens principais da Europa. O chileno também não tinha se mexido e fomos lá acordar ele e avisar que o trem tinha chegado. Nisso entram alguns locais no trem, catando coisas perdidas. A galera larga carregador de celular no trem, por exemplo. E, claro, entram também os agenciadores de tuc-tuc.

 

Tinha lido que a corrida ate o centro sairia por mais de 100 pratas, mas a turma foi baixando o preço conforme íamos declinando! Muito bom. Acabamos dividindo um por 3 por 50 pratas, total. Bem barato.

 

Tinha a dica do hotel Harmony pra negociar de passar o dia. Fomos para lá. Negociamos, fechamos. Tomamos um café por lá mesmo, meio fraquinho. Nosso amigo chileno estava viajando pelo mundo após ter se formado, tal qual o pai dele tinha feito. Tinha vindo do SE asiático, iria para Israel e Europa a seguir. Coisa boa de se fazer!!

 

Fomos conhecer os templos de Khajuraho. Estava bem quente, na faixa dos 43º naquele dia. Achei tudo aquilo (o conjunto de templos) ESPETACULAR. Era a coisa mais maneira que vimos na viagem até ali, na minha opinião. Ficamos horas por lá, retornamos em alguns templos de que tínhamos gostado mais. Ficamos buscando umas sacanagens específicas que tinham sido descritas no LP (os templos têm várias situações eróticas esculpidas nas paredes, internas e externas). Acabamos nos separando do chileno, que fez uma visita bem mais rápida -- ele vinha de templos da Malásia e as comparações matam!

 

Gostei tanto dos templos que vou despejar aqui uma quantidade maior de fotos.

 

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Durante a visita, conhecemos um casal mais velho de indianos que estava viajando de férias por lá. Como eles falavam inglês com desenvoltura (a maioria expressiva das pessoas locais com que conversamos antes, geralmente em meio a fotografias, não falava muito, ou não falava inglês tão bem), foi talvez a primeira conversa mais prolongada (e descompromissada) com indianos que tivemos na viagem.

 

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Estátuas peitudas nos detalhes internos!

 

Uma coisa que praticamente todos recitavam quando falávamos que éramos do Brasil é a clássica música "Aquarela do Brasil" (Brasil, meu Brasil brasileiro...."). Impressionante como vários sabiam! Fossem turistas indianos ou pré-scams (os malandros que querem lhe vender algo ou lhe levar para a loja ou agência deles), muitos recitaram essa música. Além disso, claro, havia constante referência ao futebol. Só que as referências ainda são a craques aposentados, como o Ronaldo (o gordo), ou a craques “aposentados em atividade”, como Ronaldinho (o gaúcho). Ou ao Pelé. Até mesmo Romário (menos comum). Raríssimos eram os que sabiam da existência do Neymar. O casal com quem conversamos fez referência à música, a Pelé e ao Ronaldo.

 

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Ficamos mais de 3 horas nos chamados templos do lado oeste (os que você tem de pagar para entrar). São belíssimos, são muito mais do que um conjunto de esculturas eróticas. Quando saímos, ainda demos uma olhada num templo logo ao lado, na parte externa. Era o pico do calor. Estava bem quente mesmo, poucas pessoas nas ruas -- praticamente ninguém incomodando! Aliás, Khajuraho mal parecia Índia, sob esse aspecto. Não havia enchedores de saco de turistas, não havia o barulho infernal de buzinas, não havia trânsito! Estava tudo bem parado naquela tarde. Bem cidade do interior. Optamos por tomar umas cervejas para refrescar e relaxar. Fomos no Raja café.

 

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Sessão sacanagem (imprópria para menores):

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Depois negociamos com um tuc-tuc para nos levar nuns templos do lado leste que tínhamos listado. Achei que estava caro, se não me engano 80 pratas, mas rolou concorrência entre eles e ninguém se dispôs a dar um preço menor. Alguns dos templos eram muito maneiros, outros nem tanto. Num deles, reencontramos nosso amigo chileno, com quem fomos tomar mais cervas e bater papo num restaurante com terraço (Bella Italia).

 

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Mais templos formidáveis na área do Adinath e arredores

 

Enquanto bebíamos, a tarde caía e com ela o calor se ia. E aí sim, a cidade toma vida. Mercados, buzinas e até algum trânsito. Khajuraho é bem pequena para ter trânsito. Toda paz e silêncio da tarde se esvaem quando chega a noite. Galera evita o sol, pelo visto.

 

Fomos jantar no Raja mesmo. No caminho reencontramos o menino de Hong Kong da noite anterior. Ele falou que o tal mudo da estação ficou perseguindo ele até entrar no trem e cobrou 100 rúpias pelo “serviço”. Ele deu 10 e gritou para o cara sair, que ele não tinha pedido nada a ele e etc. Fico imaginando a situação. E ele tinha ido de sleeper (uma classe de trem mais guerreira, sem ar condicionado), e isso rolou dentro da cabine!

 

Depois da janta fomos tomar um banho e dormir um pouco. Nosso trem sairia tarde da noite para Varanasi.

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