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Uma Noite de terror no deserto boliviano


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Frio, altitude e o medo da morte. Uma Noite de terror no deserto Boliviano.

 

por: Leonardo Parente (leo_thc)

 

Quando abri os olhos não sabia onde estava e também não sabia que horas eram. Estava tudo escuro e o meu rosto ardia como se eu estivesse próximo a uma fogueira. Com o pensamento bastante lento procurei a minha lanterna e depois me lembrei que estava ao lado da minha cama. Dormi calçado com três meias e vestido com uma calça jeans, seis camisetas, um casaco e usando duas luvas em cada mão e um gorro de lã. A cama tinha um colchão molengo e frio e as cobertas tinham uma espessura de quase 10 centímetros.

 

Eu estava realmente atordoado, puxava o ar e ele não vinha, meu coração estava batendo a quase 180 por minuto, e minha cabeça parecia que iria explodir, estava entrando em pânico. Pulei para fora da cama e a meia colou no chão que estava com uma leve camada de gelo. Os pés colavam. Quando eu acendi a lanterna e iluminou o local percebi que estava no quarto e todos estavam dormindo. Olhei no meu relógio e ainda era 2h da madruga.

 

O ardor no rosto era por conta do frio, a única parte do meu corpo que estava descoberta. Levantei e fui à porta onde estava o termômetro e, para o meu desespero, estava marcando dentro do quarto – 4 graus. Fiquei realmente em pânico, respirando com dificuldade, tremendo compul-sivamente, com um frio desumano. Pensei que iria morrer de edema cerebral. Então naquele momento comecei a pensar em quem eu iria acordar. Na verdade, eu estava fazendo um barulho imenso, iluminando a cara das pessoas com vergonha de acordar alguém. Resolvi quem acordaria por eliminatória e o que me parecia a melhor opção seria o Frederick, com quem eu tinha mais proximidade. Quando me aproximei da cama dele, iluminei seu rosto mas o doido estava de tapa-olho, pois só dormia com uma camisa regata e um potente saco de dormir. Quando mexi, ele abriu os olhos imediatamente perguntando o que tinha acontecido.

 

- Não sei cara, acho que estou tendo um edema.

- O que você esta sentindo?

- Falta de ar, taquicardia e muito frio.

- Cara e o que eu posso fazer para te ajudar?

- Na verdade, não sei.

 

Frederick levantou, vestiu roupas pesadas e depois reconheceu que o clima estava frio, mas não o suficiente para abalar ele. Quando me viu descalço e usando somente meia levou um susto. Até eu mesmo levei quando percebi que não estava sentindo a sola dos pés. Calcei a bota e fui para o corredor com ele. Nesse momento meu coração estava a mil e comecei a tremer compulsivamente de frio e de nervoso. Foi então que ele começou a me dar uma espécie de sermão sobre autocontrole, resignação e bom senso.

 

Durante a viagem eu disse a ele que sentia vontade de subir o Aconcágua na Argentina mesmo que fosse pelo lado fácil. Ele me lembrou que nós só estávamos a 4.000 metros de altitude e eu já estava daquela forma. Perguntou o que seria de mim a 5.500 m de altitude com ventos de 80 quilômetros e sensação térmica de -40 graus.

 

Perguntou-me se eu não conhecia os meus limites. Paralelamente ia utilizando técnicas que me distraíam, culpou minha mente por todo aquele acontecido, e eu de certa forma sabia que setenta por cento daquela sensação de caos estava em mim. Enquanto conversávamos no corredor, Frederick acendeu um cigarro e foi fumar do lado de fora, nos 15 graus abaixo de 0. Louco! Uns 15 minutos depois, quando eu já estava tendo uma leve melhora, levantaram um casal de suecos de meia idade e foi em nossa direção. Achei que iriam reclamar do barulho. Quando eles chegaram nos perguntaram se tinha alguém passando mal, pois eles haviam escutado. O homem inclusive era médico. Então expliquei os meus sintomas. Ele olhou com a lanterninha dendo meu olho e perguntou se eu estava sentindo dor de cabeça localizada na parte superior da nuca. Realmente, até ele me perguntar eu não estava, mas com o psicológico vul¬nerável comecei a acreditar que estava com dores na nuca. Ele fez outro teste e pediu para que eu o acompanhasse com o dedo dele.

 

-Não tem problemas nenhum e nem sintomas ate o momento. Acho que você deve tentar ir para a cama, se agasalhar o máximo que puder e relaxar.

 

Frederick me perguntou se eu não tinha trazido algum livro. Eu estava lendo Charles Bukowsky e ele me pediu para que eu o trouxesse. Fui pegar e quando voltei ele estava olhando um outro quarto.

 

– Esse quarto e menor e não tem ninguém. Pode utilizar os agasalhos das outras camas, o que acha?

– Por mim tudo bem.

 

Eu tinha que agradecer muito ao Frederick. Só que o resto do pessoal eu acho que tinha incomodado. Passar o resto daquela noite ali foi bem melhor.

 

Deitei de sapato com quase todas as minhas roupas, peguei agasalhos de outras camas e só assim consegui dormir mais ou menos umas 3h20min da madrugada. Acordei às 6 horas, rezei por ter amanhecido e quando levantei a metade da galera já estava acordada.

 

Frango e Felipe os dois brasileiros vieram me perguntar o que tinha rolado e eu expliquei, então perguntaram por que eu não tinha acordado eles. Os brothers alemães também perguntaram então eu pedi desculpas a eles, pois percebi que foram os que mais se incomodaram com a lanterna. Disseram-me que não tinha problema.

 

Pedro o chileno saiu do quarto dizendo que Kate (ENG) tinha vomitado a noite toda. Nariz (ENG) também estava ruim.

Javier, um dos motoristas e guia chegou após algum tempo perguntando como tinha sido a noite do terror. Ele próprio admitiu que poucas vezes tinha visto naquela época do ano uma temperatura daquela. Devo dizer que o altiplano na madrugada é um ambiente de extrema hostilidade.

 

Com tudo acomodado em cima dos jipes, partimos para o cafezinho que surpreendentemente estava bastante sortido com geléia, leite, mingau, pão, bolacha e, claro, Coca-Cola quente.

 

Aproveitei o momento para circular pela área. As primeiras horas da manhã na Laguna Colorada são mágicas, onde milhares de flamingos decoram o lugar e os lhamas domésticos pastam no frio. A hostilidade da madrugada tinha sumido naquele momento apesar de o clima estar ainda bastante frio. Durante a noite as outras pessoas passaram mal e de certa fiquei mais aliviado, pois parecia que não era somente eu que estava sentindo os sintomas. Isso estava irritando algumas pessoas, pois diferentemente dos animais, que nunca abandonam seus semelhantes na doença, os seres humanos tendem a deixar pelo caminho os fracos e doentes.

 

Contudo, o amanhecer tinha sido muito bom depois daquela noite de horror. Agradeci a Frederick a ajuda e procurei o casal mas não sabia em que módulo eles estavam.

 

Nesta experiência aprendi algumas coisas como: Não subestimar a natureza, equipamentos adequados são mais que necessários. Não desesperar-se, isso pode fazer as coisas parecerem bem piores do que são e que o ser humano pode ser surpreendentemente bom ou lastimavelmente egoísta.

 

Antes de seguirmos viagem, Javier chamou todos para uma reunião. De acordo com o planejamento, continuaríamos a viagem visitando mais algumas lagunas e o Desierto de Siloli, pernoitando na pequena cidade de San Juan e, no último dia, visitando o Salar de Uyuni, seguindo posteriormente para a cidade de Uyuni. No entanto, teríamos uma alteração por conta do tempo. Javier recebeu a notícia que o Salar de Uyuni estava muito alagado, o que poderia causar um acidente.

Existem buracos capazes de engolir um carro por conta do espelho d´água que se forma, ficando impossível saber onde estão eles, apesar de os guias serem muito experientes.

 

O novo plano então era visitar o Desierto de Sioli depois seguir mais 500 quilômetros até Uyuni para pernoitar e só voltar para uma visita ao Salar de Uyuni. Como não tinha jeito aceitarmos também não parecia representar nenhum prejuízo. Depois que conversamos, Javier disse que tinha um presente para nós, principalmente para os que estavam tendo problemas com altitude. Ele havia trazido meio saco de folha de coca para que pudéssemos mascar e assim melhorar o nosso estado de soroche. Diferentemente do que muitos imaginam, a folha de coca se ingerida através de chá ou mascada não possui nenhum efeito narcótico, ou seja, ninguém fica doidão por mascar coca. A erva serve apenas para ame¬nizar os efeitos do soroche ou mal de altitude, os enjôos e melhora consideravelmente a freqüência respiratória. A coca é consumida a milênios pelos povos andinos, possuindo propriedades alimentares e farmacêuticas reconhecidas em vários estudos científicos, mas infelizmente o preconceito e as políticas imbecis de combate às drogas promovidas pelos Estados Unidos querem que ela continue proibida.

 

O último relatório do Órgão Internacional de Controle dos Estupefacientes (OICS) manteve a folha de coca como produto ilícito e orientou a Bolívia e o Peru, maiores produtores da planta no mundo, que procurasse formas de erradicar o consumo, algo cultuado pelos andinos a centenas de anos.

 

O presidente Evo Morales, desde que assumiu a presidência da Bolívia, vem protagonizando uma campanha que tenta mostrar ao mundo que a folha da coca não é droga, pois se não fosse por culpa dos Estados Unidos a droga jamais seria utilizada para fins narcóticos. A cocaína na verdade é extraída da fola de coca, mas para transformar-se em narcótico ainda é necessário que se misture a outros 41 tipos diferentes de produtos químicos.

 

A planta é considerada um dos alimentos mais ricos do mundo, pois possui mais cálcio do que o leite e mais ferro do que o espinafre e possui tanto fósforo quanto o peixe, além de ser rica em sais minerais, fibras e vitaminas. Também denominada de “mama coca”, ela é considerada a planta sagrada dos Andes, utilizada durante milênios pelas civilizações pré-incaicas e incaicas tanto com finalidades religiosas como terapêuticas. Até 1923 ela era utilizada como anestésico e analgésico no tratamento de doenças como a tuberculose e a asma. Para a Trasnational Institute, uma rede internacional de especialistas em políticas públicas, a coca foi vítima de muitos erros, entre eles a confusão dos seus efeitos com os da cocaína. Contudo, todos os argumentos dos governos andinos foram ignorados e a coca ainda continua como a vilã da história.

 

Depois de partilhado o saco de coca, Javier ensinou como se consumia, podendo tanto fazer chá, que era o mais comum, como colocar na parte de cima da boca, entre a bochecha e os dentes e de tempos em tempos ir substituindo. Certamente isso foi o que amenizou a minha situação.

 

Com tudo pronto e em menos de 30 minutos o carro começou a engasgar. Javier muito safo sempre dava um jei¬tinho. Paramos várias vezes por conta do pneu ou do motor. O outro jipe vermelho por ser mais novo só quebrou uma vez. Em pouco tempo estávamos entrando no Desierto de Siloli onde avistamos uma série de rochas douradas e vermelhas esculpidas pelo vento. Lá existe uma rocha em especial bastante interessante: a Arbol de Piedra por justamente se assemelhar a uma árvore de pedra. Essa imagem é muito famosa tanto nos protetores de tela como em apresentações em Power Point de empresários falando de sucesso, força de vontade ou quaisquer outras coisas chatas típica de palestrantes.

 

A paisagem na maior parte do tempo é de montanhas nevadas em meio ao chão seco com sol, um contraste muito grande parecendo uma pintura. O jipe quebrou várias vezes e na última o pneu lascou. O pior de tudo é que o outro grupo já ia bem à frente, e até que percebesse que estaríamos em apuros demoraria uns 25 minutos parados. Javier disse que nem por brincadeira deveríamos passar a noite ao relento, pois seria extremamente desconfortável. Todos teriam que dormir dentro do carro pegando um frio desumano de -10 graus a -16 graus, o que certamente faria sucumbir, pelo menos a mim.

Quando a outra equipe retornou, eles trocaram o pneu mas avisou que teríamos que corrigir um problema mecânico grave, portanto precisaríamos alcançar ao menos a Villa Alota, uma cidade no meio do nada.

 

As horas consecutivas foram bastante tensas, só imaginava ter que ficar congelando dentro do carro até enfartar. Para descontrair, Javier disse que tinha conseguido uma nova fita e dessa vez o grupo de cumbia era o famoso Gruuuuupooooooo Nectaaaaa!!! Demos muitas risadas escutando música, dançando cumbia e sacaneando Javier.

Quando começamos a nos aproximar da cidade de Villa Alota, tinha a impressão de estar entrando numa cidade fantasma, pois além de ser muito isolada era também muito pequena. Os moradores se escondem dentro das suas casas quando nos vêem, um clima realmente diferente aos meus olhos.

 

Já era 15 horas e Javier nos disse que poderíamos almoçar enquanto ele consertava o carro. Só existia um único restaurante, ninguém quis comer, o povo pediu bolachas, cerveja, refrigerante mas deixou o rango para quando chegar em Uyuni. Depois de mais ou menos uma hora fomos atrás de Javier, numa espécie de base deles onde consertam os carros e, quando chegamos, a dona da casa nos pediu para entrar. Quando entramos tinha uma garotinha descalça e bem sujinha e, quando nos viu, saiu correndo.

 

– Pronto, o carro esta novinho em folha, só estou apenas esperando minha irmã preparar a minha comida para nos sairmos.

Em menos de 10 minutos a garotinha apareceu novamente, de banho tomado, limpinha, de vestidinho rosa e meia calça, parecendo uma boneca de brinquedo. Fico impressionado, pois até nos lugares mais remotos, numa comunidade indígena, ainda existe a vaidade. Na mão ela estava com uma bonequinha de pano e mostrou justamente para Kate que era loira. Pelo que percebemos ela fica encantada com as pessoas bastante loiras. Ela se encantou com Frederick mas brincou com todos os que estavam encantados com ela.

 

O sol já estava se pondo quando saímos de lá. Teríamos que adiantar para chegar em Uyuni e descansar um pouco, pois percorrer o deserto a noite não era boa idéia. Quando enxergamos a faixa de luz no horizonte já estava totalmente escuro. Como estávamos no deserto, a baixa que enxergamos, segundo Javier, ainda estava a 30 quilômetros de distância, embora achássemos que estava muito perto.

 

A chegada em paz na cidade de Uyuni foi bastante comemorada. Já era quase 22 horas mas nós estávamos sãos e salvos, porém muito cansados e com fome. O clima da cidade é bastante legal, pois era a primeira vez que eu estava realmente tendo contato com uma civilização diferente. Vimos cholas e um povo simples andando pelas ruas pra lá e pra cá.

 

Estávamos esperando realmente um hotel bem inferior mas a surpresa foi boa, pois ficamos no mesmo quarto eu, Frango e Felipe, o nome era Hotel Kutymui. Quando subi, vi que o quarto realmente era muito bom, com camas com ótimos colchões, fronhas e cobertas cheirosas e um banheiro impecável.

 

Depois de nos deixar no hotel, Javier nos informou que no dia seguinte sairíamos para o salar por volta das 9 horas da manhã, o que me daria tempo. Como já estava tarde e chovia um pouco, não deu para dar a saída de reconhecimento. Fomos para o restaurante do hotel, fizemos a ceia com sopa para variar e cada qual seguiu para o seu quarto. Aproveitei para tomar um bom banho e acho que todo mundo também fez isso, pois com a água gelada do deserto ficou impossível tomar.

Editado por Visitante
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  • Membros de Honra

Bom relato Theo!

 

E que perrenguê! Quando foi isto?

 

Ainda vou conhecer o salar de Uyuni (Só fui até San Pedro de Atacama). Dizem que é belíssimo. mas espero que não pegue o frio que vc enfrentou. Afinal baiano não está acostumado com estas coisas. Repare que os demais da expedição eram estrangeiros de países temperados e já tinham costume com este frio, com exceção dos brasileiros. O que lhe faltou foi apenas um bom saco de dormir, e quem sabe, um analgésico, para aliviar os efeitos do Soroche.

 

Abs, peter

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  • Membros de Honra

Excelente relato !! Ainda bem que deu tudo certo e seu passeio não teve consequências mais graves.

 

partipo bastante dos tópicos sobre o Salar do Uyuni e sempre recomendo as pessoas levarem roupas quentes e saco de dormir, além de fazer uma boa aclimatação... Algumas pessoas retornam para dizer que não usaram o saco de dormir pois os cobertores foram suficientes e que não se sentiram mal mesmo saindo para Uyini no segundo dia de viagem, essa atitude destimula as pessoas serem mais precavidas ... esse seu relato vai ajudar bastante a conscientizar os usuários que esses cuidados são necessários e não paranóia minha, hehehe.

 

Ahh ! Quando estive nesse tour para o Uyuni nada deu errado, não passei frio, não tive dor de cabeça e o carro não quebrou tanto na ida, como na volta.

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  • Membros de Honra

Pois é Peter! Foi um grande perrengue e uma grande experiência mesmo. Esse relato é parte do meu livro-reportágem "De Rolê Pela América do Sul. Diário de bordo de um mochileiro baiano", e como você liu lá em cima está concorrendo no concurso da Adenture Zone.

Isso foi em janeiro de 2007. O que mais me deixou chateado nisso tudo foram os próprios brasileiros, que a todo o momento deixavam transparecer preconceito, com brincadeirinhas que podem parecer super engraçadas mas que pra nós nordestinos não tem graça nehuma. Os caras eram paranaenses e estavam com uma grana mixa, evitando até comer, nào tinha merda de nada e ainda se colocavam como superiores.

Já os gringos se amarraram em mim e queriam ir para onde eu decidia ir, acabou que virei uma espéciede lider da equipe.

Só pra finalizar, conto um caso de preconceito...

Ainda no deserto boliviano, num abrigo que não me lembro o nome, nossa equipe parou pra almoçar, dai e estava com uma camisa da seleção brasileira e veio um cara falar comigo:

 

- E ai cara beleza, é brasileiro?

-Sim, sou! De onde você é?

- São Paulo e você?

- Bahia.

- Bahia cara, o que você está fazendo aqui?

- O mesmo que você mano, viajando.

- Não leve a mal não, é que a Bahia é tão longe?

- Então cara, eu vim de avião, não sei se você sabe mas na Bahia tem avião, aeroporto, etc...

 

Aos poucos fui minando o cara dos preconceitos e ele foi ficando cada vez mais sem graça e despediu-se.

 

- Falow Baiano, vou nessa!

- Ah mano, esqueci de dizer... meu nome é Leonardo

 

Reparei que quando dois argentinos, dois suecos, dois americanos se encontram em países diferentes, comemoram, fazem amizade, os brasileiros se evitam e se vacilar fingem falar outra lingua hehe.

 

Valeu Marcos e Petelos pontos de reputação

 

abraço

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  • Membros de Honra

Leo, o relato ja te dei os parabens. Mas voce como sempre levantando assunto pro Papo Mochileiro. Sinto que rola isso mesmo que voce falou entre os brasileiros, mas muitas pessoas preferem deixar debaixo do pano e eu sou uma delas, mas que rola rola.

Em toda minha viagem fiz contato com uma galera de varios paises, contato bem legal mesmo, e do Brasil so com um carioca. O resto parecia fazer questao de ignorar a presença de compatriotas.

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  • Membros de Honra

Valeu Leo, na verdade queria produzir as notícias como numa agência de notícias pra não precisar apenas clipar, mas daí leva tempo, investimento, etc... Mas a administração do forum já está ciente que pode contar com esse jornalista pra qualquer coisa.

Paulo, podes crer, sempre filosofando sobre mochiladas... rsrsr

 

ab

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  • Membros de Honra

Leo:

 

Interessante esta sua observação. Nas viagens encontro poucos ou nenhum brasileiro durante os trekkings, mas quando encontro realmente me parece que há certa frieza. Porém só me toquei disto depois que vc fez a observação. Não sei a razão. É algo para se meditar.

 

Peter

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