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Uruguai - nosso dia a dia sobre duas rodas


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  • Colaboradores

Texto: Michelle Melo

Detalhes e mapas da viagem no blog: http://destinosfotosesabores.com

 

 

No final de 2014 estávamos meio sem planos para as festas de fim de ano e com uma motoca na garagem. Com 12 dias de folga nos perguntamos: até onde podemos ir (e voltar)? Uruguai foi a resposta.

 

Rota definida e malas prontas, Jonas (meu marido) e eu seguimos viagem.

 

Relato abaixo o nosso dia a dia para inspirar a todos os motociclistas (e garupatroas) a encararem uma bela viagem sobre duas rodas.

 

PRIMEIRO DIA: Mogi das Cruzes (SP) - Curitiba (PR)

10 horas de viagem até Curitiba debaixo d'água! Essa foi a minha prova de fogo. Meu marido me confessou que achou que eu desistiria depois desse primeiro dia.

 

SEGUNDO DIA: Curitiba (PR) - Urubici (SC)

Escolhemos seguir para o Sul pela BR 116 que supostamente teria menos movimento, mas desaconselho! Apesar de ser verdade que a estrada é menos movimentada, a pista é simples e seguir na chuva com muitos caminhões na sua frente e outros "no pau" na sua cola, dá bastante medo! Em alguns momentos dava vontade de parar e deixá-los passar, mas sair da pista molhada com um degrau acentuado entre pista e acostamento é impraticável.

 

TERCEIRO DIA: Urubici (SC)

Reservamos o terceiro dia para descansar e principalmente para conhecer a Serra do Rio do Rastro. Levantamos cedo, tomamos um café numa padaria e seguimos rumo ao topo da serra. O tempo estava bom, sol, temperatura agradável, mas durou pouco.

Quando estávamos nos aproximando da serra, entramos numa neblina tão forte que mal dava para enxergar 10 m à frente, frustrante. Simplesmente não dava para descer a serra, seria muito perigoso.

 

QUARTO DIA: Urubici (SC) - Rio Grande (RS)

Na noite anterior o Jonas aproveitou para trocar uma idéia sobre que caminho seguir com o dono da Pousada das Flores de Urubici. Seu conselho foi seguirmos pela Serra do Rio do Rastro que mesmo com neblina, ainda seria a melhor opção. E foi sem dúvida a melhor opção de todas: o tempo estava limpo, maravilhoso para descer e aproveitar a vista e as curvas muito acentuadas, foi show!

 

QUINTO DIA: Rio Grande (RS) - Punta del Este (Uruguai)

Chegamos em Punta del Este no final da tarde, com tempo suficiente para encontrar uma lavanderia capaz de lavar e entregar as roupas de proteção secas na manhã seguinte. Com tanto calor e chuva, era impossível seguir em frente sem lavar, o cheiro de cachorro molhado era constante e incômodo demais, rsrsr.

Feito isso, hora de turistar: seguimos para a Casa Pueblo, uma linda construção branca à beira mar que abriga hotel, restaurante e galeria de arte. Da área externa é possível ter uma vista privilegiada do pôr do sol, vale super a pena ir no final do dia.

 

SEXTO DIA:Punta del Este - Colônia do Sacramento (Uruguai)

Neste dia o trajeto era curto, então aproveitamos uma parte da manhã para dar uma volta pela Praia Brava e visitar o Monumento Los Dedos (ou popularmente, La Mano), do artista chileno Mario Irrazábal .

Chegamos a Colônia do Sacramento no meio da tarde, com tempo suficiente de aproveitar a piscina do hotel, que foi nosso prêmio depois de alguns dias de perrengue na estrada.

 

SÉTIMO DIA: Colônia do Sacramento - Uruguai

Dia de passear e conhecer a charmosa cidade às margens do Rio da Prata. Muito calma, pitoresca e com construções antigas, aproveitamos o bom tempo para caminhar pelas ruas estreitas do centro histórico, comer muito bem e descansar um pouco mais na piscina do hotel.

Dia de se preparar também para o retorno, muitas horas de estrada pela frente.

 

OITAVO DIA: Colônia do Sacramento (Uruguai) - Rio Grande (RS)

Dia longo pela frente, saímos cedinho com o objetivo de dormir em território brasileiro. Fim do dia, de volta a Rio Grande, dormimos no mesmo hotel, confortável e com preço justo.

 

NONO DIA: Rio Grande (RS) - Criciúma (SC)

Pegamos a balsa para atravessar de Rio Grande até São José do Norte pela manhã. A travessia com veículos acontece a cada 2 horas a partir das 8:00h e o trajeto dura aproximadamente 30 minutos. Vale a pena chegar na fila meia hora antes do horário da partida para garantir seu lugar.

Mais um dia longo, mas desta vez sem chuva. Chegamos em Criciúma perto do anoitecer. Noite de Ano Novo, nos apressamos em comprar algo para comer no posto onde abastecemos a moto e seguimos para o hotel. Tínhamos a intenção de sair e esperar a hora da virada mas o cansaço não permitiu. Mais uma virada dormindo, rsrs, mas não foi a nossa primeira vez.

 

DÉCIMO DIA: Criciúma (SC) - Curitiba (PR)

Zero arrependimento de ter dormido cedo na noite anterior - acordamos renovados para o nosso nono dia na estrada. Saímos de Criciúma com tempo bom e assim foi até Curitiba.

 

DÉCIMO PRIMEIRO DIA: Curitiba (PR) - Mogi das Cruzes (SP)

Voltando prá casa depois de dias na estrada, uma mistura de alívio com a sensação de superação.

Seguimos pelo mesmo caminho feito na ida, um pouco de chuva na serra, mas a essa altura, nem ligamos mais.

 

BALANÇO GERAL

Faria tudo de novo, uma distância maior e por mais tempo. Me mostrou que podemos vencer uma dificuldade de cada vez e que, de quilômetro em quilômetro se completam 5000 km. Chuva, calor, dor no joelho e na bunda, tudo isso faz parte, mas de maneira nenhuma se sobrepõem à satisfação de completar uma viagem como essa.

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