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Uyuni - Machu Picchu - Atacama | 40 dias (2014/2015)


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Eu e Dilla partimos de Recife a Campo Grande de avião em novembro de 2014. De lá começamos a nossa viagem por terra e continuamos até o fim (janeiro 2015) nas estradas montanhosas, cheias de curva, poeira e pedra da Bolívia, do Peru e do Chile. Experimentamos as mudanças de cenário nos três países e, do meu ponto de vista, isso valeu muito a pena. Pegamos uns motoristas meio doidos, ônibus com cadeira quebrada (por 20h de viagem), criança vomitando, chola fedendo a suvaco mal lavado... Tudo isso faz parte. Vá esperando o pior e adote a filosofia d'o que vier é lucro! Com a gente deu super certo.

 

Em resumo nosso roteiro foi o seguinte: BRASIL > BOLÍVIA > CHILE > PERU > BOLÍVIA. Mudamos pouca coisa do roteiro original publicado aqui http://www.mochileiros.com/bolivia-chile-e-peru-40-dias-precos-e-trajetos-2014-2015-t102783.html.

Segue meios de transporte, duração das viagens e valores em moeda local (câmbio abaixo):

 

BRASIL

Recife > Campo Grande | avião - 12 mil milhas (4h)

Aeroporto > Rodoviária Campo Grande | ônibus R$ 6 (30min)

Campo Grande > Corumbá | ônibus - R$ 93,86 (6h30)

Corumbá > Puerto Quijarro | táxi - R$ 40 (30 min)

 

BOLÍVIA

Puerto Quijarrro > Terminal rodoviário | táxi - BOL 30 (10min)

Terminal > Santa Cruz | Trem da morte - BOL 70 (17h)

Santa Cruz > Sucre | ônibus - BOL 60 (14h)

Sucre > Uyuni | ônibus (sim, tem ônibus direto) - BOL 95 (10h)

 

CHILE

Uyuni > Atacama | transfer incluso no tour (30min)

Atacama > Arica | ônibus - CLP 17.200 (8h)

Arica > Tacna | táxi - CLP 4.000 + 300 taxa terminal (2h)

 

PERU

Tacna > Arequipa | ônibus - SOL 20 (6h)

Arequipa > Lima | ônibus - SOL 50 (15h)

Lima > Cusco | ônibus - SOL 68 (23h)

Cusco > Puno | ônibus - SOL 20 + 1,3 taxa terminal (7h)

Puno > Copacabana | ônibus - SOL 20 + 1 taxa terminal (4h)

 

BOLÍVIA

Copacabana > La Paz | ônibus - BOL 25 + 2 taxa da balsa (3h)

La Paz > Santa Cruz | ônibus - BOL 220

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ORÇAMENTO | COMENTÁRIOS GERAIS

Na Bolívia se pechincha tudo, inclusive passagem de ônibus. As passagens de 120 BOL acabavam ficando por 60 BOL, pra vocês terem uma ideia. Também percebemos que viajar aos domingos é mais caro (uns 20-30 BOL extras) e o reveillon/natal inflacionou nossos trajetos, mais do que esperávamos.

No Peru se come muito bem, porém muito mais caro. Depois de um bom tempo na Bolívia vc tá disposto a pagar o que for preciso pra fugir do pollo com papas fritas. No câmbio nossa moeda tá pareada! 1 sole a 95 centavos foi o ápice do natal, fiquei puta. Nesse caso, era melhor trocar dólares. Foi a única ocasião que ter dólares dava uma grande vantagem.

No Atacama passamos 5 dias e gastamos a mesma quantia que nos 10 dias na Bolívia. Detalhe importante: a gente não economizava na Bolívia - no Chile mal tomamos uma cerveja. Somado ao meu nariz sangrando, me dei por satisfeita! haahaha. Que lugar caro da gota (ALERTA dicas para lisos nesse relato!).

Nosso orçamento era R$ 3.200 no planejamento, mas gastamos em torno de R$ 3.700. Alguns motivos: não conseguimos fazer couchsurfing, viajamos aos domingos e o dólar subiu bastante. Fora os presentinhos de natal. Mas conseguimos nos manter firmes, viu? Dá pra gastar MUITO mais em restaurantes, bolsas de couro, calças coloridas, prata e lenços peruanos. É complicado manter o foco da economia, as vezes deixávamos de lado a pirangagem mesmo: são artesanatos lindos, lembrancinhas que só podem ser compradas "aqui e agora".

 

CÂMBIO

para boliviano variou de R$2.30 a R$2.50 (pior: copacabana | melhor: santa cruz)

para sole variou de R$0.95 a R$1.07 (pior: cusco | melhor: arequipa)

para peso chileno é melhor fazer a conta ao contrário hehe. Cada R$1 vc comprava 215 CLP (só tivemos no Atacama mesmo).

Pra gente ficava mais fácil pensar que cada 2000 CLP valiam quase R$ 10.

 

PRÉ-VIAGEM

Meninas, desapeguem! Sua coluna agradece.

Dilla foi com uma mochila Nautika 45L e merece o título de cabra macho desapego (talvez meio título por usar minhas roupas também) + uma mochila de ataque sem litragem, mas chuto 20l.

Eu investi numa cargueira da Curtlo 75l + 15l (é daquela que destaca a mochilinha, tem fotos já já) e não me arrependo, tô casada com ela. Apesar de ter usado da forma errada por uma semana durante a viagem! hahahaha

 

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Primeira cargueira, achei que tava abalando, mas as alças não estavam ajustadas corretamente e o peso ficava todo no ombro. Até que tive a brilhante ideia de subir a barrigueira e PAM. Saltitava de alegria ao chegar em Uyuni com 13kg nas costas (i got the power!). Faz muita diferença qnd o peso fica bem de boa no quadril.

 

Eu precisei de uma mochila maior pq o final da viagem pra mim foi em Buenos Aires, onde vou estudar por um ano. Ou seja, eu carreguei minha-casa-minha-vida. QUEM MERECE MAIS O PRÊMIO DESAPEGO DO ANO AGORAAAA?

Na prática o ideal é levar roupa pra usar durante 10 dias. Dá pra lavar pelo caminho.

Pros pés: um par de havaianas, uma bota confortável para trilha e uma rasteira de couro bem fortinha e amaciada.

 

Fora a compra das mochilas, existe uma lista essencial aqui:

 

- Protetor labial 15 FPS

Comprei o da Nívea e durou os 40 dias. Tem que passar de hora em hora nessas terras sem umidade. O que mais encontramos foi nego com boca rachada - não só é feio como dói pra cacete.

 

- Bepantol

Dilla levou um hidratante labial diferente, com fator menos expressivo. Era um da nível tb, mas parecia um gloss. Serve não, galera, queimou mesmo, rachou tudo, a boca ficou roxa! O que salvou foi o bepantol. Ele tb salva de queimadura qnd vc esquece alguma parte do corpo sem protetor solar no Atacama! HAHA. É um exelente cicatrizante.

 

- Aspirina

Mais barato que as soroche pills e com o mesmo efeito. Ao invés de tomar um, tome dois e seja feliz sem dor de cabeça pela altitude. Pegamos picos altíssimos e ficamos bem. Só não tem cafeína na composição, como na soroche (dizque ajuda, mas pra gente não fez diferença). É bom ter algo pro estômago tb, na Bolívia é difícil sair ileso.

 

- Hidratante

Me julgaram por ter hidratante, mas arregaram meu potinho!!! Velho, sua pele fica igual o deserto de sal depois do terceiro dia no Uyuni.

 

- Protetor Solar

Aquele peso que você não se arrepende de ter carregado! Levamos um pote grande e deu pras duas. Usem sem pirangagem, não faça como os gringos que pagam de gatinhos-caramões. Dói!

 

- Calculadora/celular

Tem gente que desapega e não leva o smart, pois arranje uma calculadora! É muito difícil não se perder com os câmbios. E é um pesinho de nada a mais.

 

- Caderninho/caneta

Tem que anotar tudo pra botar no mochileiros depois! :)

Mas sério, deixe a caneta no bolso fácil da mochila de ataque, nos trâmites de entrada e saída dos países vc sempre preenche coisas e é mais prático e rápido do que esperar uma caralhada de gente preencher e te passar a canetinha.

 

- Doleira

Passaporte sempre na mão, dinheiro colado no corpo. Levamos tudo em espécie, só desgrudava pro banho. As taxas do cartão de crédito e débito não facilitam a vida do mochileiro. Abraçamos o risco e nada aconteceu.

 

- Adaptador Universal

Tomadas estranhas existem, lide com isso. Principalmente se seu equipamento eletrônico tem saída 3 pinos no padrão novo nacional.

 

- Baterias extras

Levei uma Canon T3 veinha que aguentou o tranco dos 4 dias de Uyuni sem bateria extra. Já a Gopro, levei 3 baterias e foi suficiente. No frio a bateria tende a acabar mais rápido, fica a dica.

 

_________________________________________________

 

Pra quem gosta de ler histórias e ver fotos, começo o relato detalhado a seguir. Essa foi só a Intro:P

 

 

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Vou colocar as despesas com hospedagem e alimentação no final de cada postagem!

 

Saímos de Recife no sábado 22/11 no estilo corra-lola. Essa foi nossa primeira emoção (envolvendo meu irmão batendo o carro no caminho). O embarque começava as 6:20 da manhã, mas o horário era local (corrida a toa, batida de carro a toa). Blz, passamos dessa fase, fomos pra próxima: Guarulhos. E esse vôo sim estava no horário de verão. LAST CALL!!!

 

Passamos dessa fase, chegamos ao aeroporto de Campo Grande e ele acabou. Sim, após dois passos ele acaba e eu agradeci pq meu mochilão não tava leve. O balcão de informação deve tá macomunado com os taxistas do aero pq rolou uma insistência pra gente pegar um táxi até a rodoviária. Não precisa! Só em último caso, né...

O mocinho da lanchonete (a única do aero???) nos indicou a parada de ônibus e lá fomos nós, duas tartaruguinhas, vagarosamente atravessando aquelas duas pistas duplas molhadas. E daí percebemos que a placa direcionava para Corumbá nesse sentido. Só que não fazia sentido, teríamos de ir pro centro/rodoviária! Atravessamos de volta (falando assim parece limpeza, mas tava pesado, as pistas eram longas e não tinha um pé de gente) e daí encontramos um anjo que teve pena da minha cara de retirante com lama na calça. Simplesmente rola um ônibus direto dalí para rodoviária e ele estava ~passando~ naquele exato momento (3h30pm). Só passa a essa hora alí e custa R$ 6 reais. 3ª cagada, Deus ayuda!

Parece que a outra opção é pegar dois ônibus de circulação local e esses sim demoram.

 

A cidade é extremamente plana, avenidas largas e com um sotaque massa! O motorista nos deixou ficar na frente e nos deu uma amostra grátis de guia turístico apontando alguns pontos da cidade, falando do crescimento populacional, etc. Foi bem tranquilo, não tinha quase ninguém na rua. No meio da viagem conhecemos uma alemã que aproveitou um pouco mais o fato de estar tão perto do pantanal, fez uns tours de barco, viu jacaré, etc. Fiquei com inveja das fotos hahaha. Fica a dica aí pra quem for passar por lá.

 

Chegamos ao terminal rodoviário (é maior que o aeroporto?) e tentamos comprar passagens direto pra fronteira, mas só tinha pras 2h da manhã do dia seguinte. Ok, vê duas então pra Corumbá nesse último horário... "fiquem a vontade nas duas últimas cadeiras" disse o vendedor apontando pra tela do computador com todos os assentos preenchidos. Isso, meus amigos, QUASE não tinha lugar. Só quem cagava mais que a gente eram os pombos. Esses tavam de parabéns! Acho que eram raciados com gatos, velho. Quase não voavam, caminhavam entre nossas mochilas e entre nossas pernas, PURA OUSADIA. Ficamos lá das 4pm às 11pm assistindo as idas e vindas e catando uma tomada para carregar o computador.

 

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O ônibus da Andorinha é confortável pra dormir. São 6h de viagem até Corumbá com várias paradas no caminho e se ligue pq o motorista NÃO AVISA onde estamos. Coloque seu celular pra despertar meia hora antes do horário previsto. No nosso caso, QUASE perdemos o ponto. No terminal de Corumbá os taxistas cobram R$ 40 reais pra te deixar na fronteira (parece que o preço e tabelado), a melhor opção é juntar gente pra baratear. Não encontramos ninguém :(

 

A PF no Brasil só funciona a partir das 8:30am, fomos as primeiras a chegar (as 6:15 da manhã). Era domingo e a fila não cresceu muito, quando o guichê abriu foi super rápido pra carimbar e seguir para a entrada boliviana. Lá a fila nem tava grande, mas eles pareciam demorar mais. Também não enfrentamos problemas na hora de receber os carimbos.

 

fronteira.JPG.5d0a7297bf9059f26092db1b792a7618.JPGOlha minha mochila pesando no ombro aí, gente :~~ Dá zero pra mim!

 

Pegamos um táxi da fronteira à estação ferroviária e nos cobraram 10 bolivianos cada (éramos três). O lugar era muito perto, esse foi o nosso primeiro cochilo! Na estação conhecemos uma brasileira que tinha pago 10 bolivianos pelo grupo todo (não lembro bem, mas deve ter ficado 3 BOB pra cada). Aqui uma dica: TUDO está caro. Essa é a cara que vc tem que fazer pq eles exploram mesmo (até passagem de ônibus que teoricamente é tabelado). Claro que não devemos chegar ao ponto de inverter o papel de explorador, né? O ideal é saber a média de preços pra não ser enganado, por isso os relatos do mochileiros ajudam tanto.

 

Chegamos a Ferrovia Oriental e compramos a 70 BOB as passagens para o Super Pullman com saída prevista para 13h (horário da Bolívia, 1h a menos que o Brasil). Estávamos preparadas para sofrer no trem na morte, não dormir com medo de ser assaltada, etc... PUFF, a cadeira era tão fofa que me deu dor na coluna! hahaha. Ar-condicionado, banco reclinável, meu ronco reinou nas 17h de viagem. O que não foi confortável mesmo foi a seleção de filmes, gente. Olha a pertinência: tráfico de mulheres que viajavam sozinhas. Antes disso era algum filme que mesclava tssunami e ataque de tubarão.

 

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No último vagão fica a lanchonete. Servem um prato de almoço a 15 BOB, a dica é não ousar no pedido. Fui muito feliz com carne, arroz, salada e ovo frito. O ovo veio cru e a moça voltou com ele pra fritar muito relutante (e eu logo aprendi que em todos os lugares eles costumam fritar apenas a clara e usar a gema como molhinho no arroz :x), mas isso foi resolvido com 1 real de simpatia. Dilla pediu alguma coisa que vinha: salsichas, verduras, muito molho, catchup, maionese... acho que era isso, com o balançar do vagão sempre parecia que ia derrubar. Não tava tão bom. Servem jantar tb, mas esse acabou extremamente rápido, as 20h não tinha nem café. Perdemos.

 

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O terminal ferrroviário de St Cruz é também o terminal de ônibus. Fomos andando (15min) até o Hostel Jodanga.

Ficamos 4 dias de boresta, não encontramos muita opção de farra na real. Mas o Jodanga é massa, bem tranquilo, com piscina e o melhor café da manhã incluso que vc vai encontrar daí pra frente: frutas, pães, ovos, queijo, geleias, doce de leite, café, chá, suco, leite, etc. A paceña é cara! Mas não pode entrar com bebida no hostel (tem a opção de entrar com a ecobag, colocar a toalha pra "secar" cobrindo o beliche e beber umas três com a amiga pra calibrar hehe).

Foi lá que conhecemos dois brasileiros que voltavam do Uyuni e estavam maravilhados com o papel higiênico do banheiro, a roupa de cama limpa, etc. Esqueci o nome dos paulistas, mas aqui vai uma menção honrosa pelas primeiras paceñas e coloniais da trip! Também conhecemos um boy de fortaleza que conseguiu comprar casaco por uma pechincha no mercado negro! Menção mais do que honrosa, já que encontramos poucos nordestinos no caminho (mas nem por isso eu vou lembrar o nome kkk).

 

 

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_______________________________________________

 

HOSPEDAGEM - Jodanga (c/ 8 no quarto)

>> diária 90 BOB

>> paceña 20 BOB / colonial 10 BOB

 

REFEIÇÕES

>> CAFÉ DA MANHÃ - Incluso no Jodanga

>> ALMOÇO - Entre 15 e 20 BOL

>> JANTAR - Entre 15 e 20 BOL

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Oi, Ricardo!

Uma dica que eu te dou é abrir uma planilha no excel (eu uso o docs do google que dá pra abrir em qlqr computador com internet), e colocar os lugares que vc vai passar com duração do trajeto, preço estimado de transporte e hospedagem.

Foi ótimo pra gente ter tudo impresso, na hora da trip vc se esquece das coisas.

Logo menos eu posto mais, veleeu! :*

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Quatro dias em Santa Cruz é demais. Em dois dias já dá pra conhecer o que tiver de conhecer. Ficamos 4. haha

Escolhemos iniciar a viagem de leve pq eu precisava de férias pra descansar! O trabalho e o fim da graduação acabaram com minhas energias em 2014 e por isso aproveitamos bem a cama macia antes de pegar a estrada de verdade.

 

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E agora começa a baixaria!

Em Recife chamamos PIRANGUEIRO o indivíduo que não dá nem empresta; aquele que sente no coração o que sai do bolso. E Dilla, apesar de ser baiana, é tão pirangueira quanto eu. Economizamos em tudo que foi possível e escolhemos os trajetos de ônibus apesar da não-recomendação geral.

 

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O trajeto Santa Cruz - Sucre de ônibus

No começo te cobram 120, depois 100, aí você chora, diz que vai embora... Ficou por 60 BOL (R$24). De avião tava 370 BOL (R$ 148).

Tem várias empresas oferecendo o trajeto no terminal de Santa Cruz (o mesmo que chegamos de trem). Não precisa comprar com antecedência, os ônibus saem todos os dias no fim da tarde (16h-17h-18h). Só chegar cedo no dia e pechinchar.

Vão te dizer que tem bus cama, 180º, 360º, jantinha e massagem. É tudo mentira, o ônibus é uma bela bosta.

E são todos nesse naipe, pude notar pq o nosso atrasou 1h pra chegar e todos já tinham partido.

O primeiro ônibus boliviano a gente jamais vai esquecer:

 

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Nas primeiras horas já teve criança botando tudo pra fora, vendedores passando comida estranha na sua cara e bumbum de chola roçando pra lá e pra cá. Gente, eu até agora acho que tem uma armação alí embaixo, né possível. Na hora de passar no corredor, saia do meio. Não vai caber e vc vai ser atropelado! Na foto elas ficam ótimas, mas na vida real eu passava muito mal com o cheiro que elas exalavam. Não sei se é falta de banho ou falta de lavar a roupa (ou os dois), pq tava um calor miserável e o povo com roupa de frio. As poltronas tem esse cheiro, só que defumado. Desenvolvemos uma técnica pra amenizar os odores alheios: bandana de lenços umedecidos. Vai na fé, dana um lencinho na cara e respira por lá que é sucesso.

 

Sobre o trajeto: com emoção ou sem?

Você pode dormir e/ou fechar a cortina pro coração não sentir.

Eu fascinei na estrada. Apesar do potencial acidente sempre iminente! São passagens muito estreitas, despenhadeiros, paredões dos dois lados... O cenário a noite é muito legal. Foi o começo da viagem pra gente, estávamos dispostas até a pegar um bloqueio (o que não aconteceu em nenhum momento inclusive), teríamos tempo pra isso no roteiro. Se tem tempo e coração aberto, vale a pena. É o contato real com a Bolívia, sem pacote, sem gringo (um ou dois corajosos), sem gourmetização pra turista achar bonito.

 

Após 14h sacodindo e engolindo um pouquinho de poeira (ônibus velho, janela sem vedação) chegamos a Sucre. Desesperadas por um banho de cabeça! Mas antes vamos pegar as nossas mochilas despachadas... WTF

 

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NINGUÉM SAI, MINHA MOCHILA!

Era preta, tinha cheirinho de carro novo, uma bandeira do Brasil outra de PE...

Virou um saco de chola marrom :z

Muito chateada, bati muito pra tirar essa capa de 14h de poeira dela. Isso é o que eu chamo de batismo.

Engoli o choro e botei nas costas, tamo ai pra isso mesmo, né?

 

Dilla colocou a capa de chuva na dela e protegeu na poeira. Porééém, veio com um rasgo no meio.

Se eu pudesse dar um conselho: guarde o saco plástico que embala ela! Queria muito ter guardado o sacão das americanas nesse momento. Se rasgar é só botar fora, né? E não ocupa espaço nem pesa nas costas. Isso se repetiu em outras viagens, mas não bateu o récorde de poeira dessa.

 

Pegamos um táxi até o Hostel 7 Patas - é muito barato na Bolívia, mas pegamos poucos! Minibus é mais barato ainda. A altitude deu as boas vindas nos cansando um pouco mais que o normal, mas não derrubou. Passamos 4 dias e 3 noites na cidade branca boliviana. Super charmosa, tem museus, praças, parques, mirante, castelo... E um clima delicioso. O povo boliviano foi o mais caloroso aqui do que nas cidades seguintes. Passeamos bastante e descansamos tb.

A ideia era deixar o corpo se acostumar antes de chegar em Uyuni e super deu certo.

Também fomos na intenção de comprar roupa de frio, mas não achamos nada interessante que tivesse exclusivamente lá.

Os casacos com estampa colorida que TODO MUNDO COMPRA, achamos numa feira no mirador e foi 90 pechinchados bolivianos cada (R$ 36). Um mais lindo que o outro, você acha que vai ser a rocheda do deserto... Aí aparece uma gringa com o MESMO casaco no hostel, outra na praça, na cidade seguinte... Eu vi o meu casaco passeando por praticamente todas as cidades que a gente passou. Essas estampas são seu crachá de gringo!

 

O 7 Patas tem cozinha, as camas são quentinhas e confortáveis, os banheiros sempre limpos e com água quente. Nada a reclamar. O aviso de proibição para lavar roupas estava estampado nas portas e foi a primeira vez que mandamos peças pra lavanderia... Só que rolou um acidente na minha mochila de ataque um dia antes da gente vazar! HAHA. O sabonete líquido derramou todo, uma bagaceira. Não tinha como lavar fora, era noite, e de qualquer forma eles só entregavam no dia seguinte... Aí vou eu pro bendito banheiro tomar banho abraçada com a mochila pra tirar toda espuma. Gente, que desespero, achei que iriam me dar um esporro se me vissem saindo de lá com a mochila molhada, noiei. Mas não rolou, depois de mais de uma hora espremendo espuma danei o secador de cabelo pra tirar o excesso de água. Minha sorte é que já estávamos num clima seco e não chuvoso. Coloquei discretamente na varandinha do quarto e ela amanheceu completamente seca e cheirosa! Na verdade eu sempre coloco um pedacinho de plástico antes da tampa, mas como a gente tava no hostel, tirei tudo. Nunca mais vacilei com líquidos soltos nas coisas.

 

Descansadas e com sede de perrengue, partimos pra próxima. A ideia inicial era pegar um ônibus pra Potosi, depois pra Uyuni. Mas encontramos um ônibus direto a Uyuni, mais barato ainda. Se você não for parar em Potosí pra fazer o tour das minas e tal, é vantagem pegar esse busú. Descartamos essa parada, não ficamos confortáveis em visitar o ambiente. Não são minas abandonadas, são trabalhadores se fudendo. Não consegui entender ainda como é que as pessoas acham legal turistar ali, mas enfim, o cenário deve valer a pena, né? Também vale a leitura: http://apublica.org/2013/07/diario-nas-entranhas-de-potosi-morte-vem-aos-40/

 

 

O QUE VER

Sucre

-Mercado Central

-Mercado Negro

-Mercado Campesino

-Castillo de la Glorieta

-Casa da Liberdade

-Praça 25 de março

-Catedral

-Casa da Cultura

-Cemitério Geral

-Parque Bolivar

-Surupata

 

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_______________________________________________

 

HOSPEDAGEM - 7 Patas (c/ 6 no quarto)

>> Diária 43 BOL

 

PRESENTINHOS

>> Gorro (aquele típico) 20 BOL

>> Luvas 20 BOL

>> Casaco de Alpaca 90 BOL

>> Carteira + Porta moedas 17 BOL

 

REFEIÇÕES

>> CAFÉ DA MANHÃ - Mercadinho 10 BOL (por dia)

>> ALMOÇO - 22 BOL (Pollo com papas fritas + dor de barriga)

>> JANTAR - Entre 15 e 25 BOL (Wok Take - talharim com legumes recomendadíssimo)

>> BAR - 1L de chopp quente 37 BOL (Joyride)

 

ENTRADAS

>> Museo La Recoleta 15 BOL

>> Castillo de la Glorieeta 20 BOL (+10 BOL pra tirar fotos)

 

LAVANDERIA

>> 1KG 8 BOL

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