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Passando por Paris


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A ideia de ir à Paris sempre soou como um sonho, mas quando cravei meus pés em Gotemburgo, Suécia, comecei a pensar na possibilidade.

A princípio minha ida a cidade das luzes estava sendo planejada para um final e semana em que fi aria hostpedada na casa de uma amiga, mas como ainda era inverno preferi adiar até Maio, porém quando chegou Maio, vi que não teria condições de ir final de semana sendo que os preços das passagens eram o dobro quando comparados aos dias da semana, e como minha amiga estudava o dia todo, ficaria difícil me acompanhar, foi então quando dei uma desanimada, pois tudo que havia planejado recebeu um balde de água fria.

Com o passar dos dias, acordei em uma das manhãs ensolaradas da Suécia, decidida de que iria à Paris, não importasse como, quando ou com quem, não poderia voltar ao Brasil sem ter ido até lá, ainda mais estando tão perto.E foi assim que comecei a busca por passagens mais em conta, encontrei tickets para dia 12 de Maio (Segunda-feira) e volta dia 14 (quarta-feira), ok ! Teria um tempo curtíssimo para curtir uma cidade tão monstruosamente maravilhosa com tantos atrativos, mas o importante era a certeza de que eu iria! Próximo passo? Fazer um ótimo planejamento sem deixar passar nenhuma horinha, cada segundo teria que ser aproveitado!

Com passagens reservadas, comecei a busca por hostels, foi aí que me dei conta do quão grande era a cidade que eu estava indo, tirando o fato de que não conhecia ninguém, muito menos falo o idioma local, e de que não tinha noção nenhuma “pónqueuia” , tinha tudo sobre controle! Com umas dicas aqui e outras ali de pessoas que já haviam estado lá, pesquisei lugares próximo à estação Gare Du Nord (se escrevi certo o nome, é esse aí mesmo), pois imaginei que facilitaria o fato de depender dos metrôs Parisienses. Foi então que encontrei um Hostel, que agora posso dizer MARA! Tinha as opções de quartos para você escolher, como seria a primeira vez que ficaria hospedada em albergue, preferi pegar um quarto com menos gente e só para mulheres, mas se soubesse do quão bom era, teria pegado um quarto misto. (Não estou dizendo para irem e ficarem em quarto misto porque é ok, pois existem albergues e albergues, este era bem frequentado, mas com certeza vale a pena ficar esperto com muitos por aí).

Com passagens na mão e lugar para dormir tranquila, era só esperar o dia chegar! Como consegui passagens mais baratas, meu aeroporto era mais distante, em Bevaus (oi?), sendo assim quando aterrissasse teria que pegar um ônibus que me levaria até um terminal na cidade!

Como disse, tudo teria que estar bem programado para aproveitar cada minuto, sendo assim primeiro fiz uma lista dos lugares que gostaria de ir por ordem de importância, em seguida pesquisei se estariam abertos e os preços, logo vi que o Louvre não abriria na terça-feira (meu único dia inteiro de folga na cidade), então para não perder tempo, fui direto para lá, e foi onde passei a tarde toda (cheguei em Paris às 13hrs), e só no fim da tarde parti rumo ao Hostel, não quis arriscar perder tempo indo e voltando de lá.

Não tem como esquecer a sensação de alegria com frio na barriga, quando o ônibus parou no terminal o pensamento foi de como diriam meus conterrâneos mineiros “óncotô?”, “póncovô?”

Perdida, tentando descobrir para que lado era o metrô, o jeito era seguir o fluxo que estava tão perdido como eu, correndo da chuva (sim, estava chovendo). Torcendo para que todos estivessem mesmo indo para o metrô, consegui!

Com a leve pesquisa que fiz antes de se quer entrar no voo, com todos os possíveis pontos, metrôs e estações que poderia precisar tendo tudo isso anotado, só bastava seguir com o plano e torcer para que estivesse certo.

Metrô: Com os tickets já em mãos (que inclusive ganhei dos pais do meu tio, ainda na Suécia, tack sa mycket!), era só entrar e seguir viagem rumo ao Musee du Louvre, onde também fiquei perdida ao descer do vagão, mas tenho que confessar que mesmo sem falar a língua foi muito mais fácil do que pegar metrô em Sampa.

Foi então que mais uma vez, seguindo o fluxo, vi que estava no caminho certo, e comecei a reconhecer o lugar, então era a hora de relaxar e aproveitar o momento, e que momento! Quanta coisa bonita, ou melhor, maravilhosa! Eu não entendo nada de arte, tão pouco de história, e já fiquei completamente tomada por aquela energia, foi encantador, sem contar a arquitetura do lugar que é bárbara, não da para deixar nem o teto passar abatido!

No fim da tarde, parti rumo ao Hostel, com aquele frio na barriga de novo e sem saber se estava pegando o trilho certo, segui meu caminho, pulando a parte de que quando desci na minha estação assustei com a quantidade de gente no lugar e sai logo dali perguntando para o pessoal se sabiam onde era a rua do meu albergue, finalmente o encontrei, adivinhem se não estava rodando a frente do lugar sem perceber? Ok!

Com o check in feito, era só aproveitar a estadia, o hostel realmente superou minhas expectativas em relação á comodidade, segurança e principalmente limpeza (fatores principais para mim), Deixei minha mochila no quarto mas lembrem-se SEMPRE LEVE SEUS DOCUMENTOS COM VOCÊ, PRINCIPALMENTE SEU PASSAPORTE!!!!!

Fui para o bar (este foi um dos motivos de ter escolhido este local, confesso!) e pedi logo um hambúrguer gigante, para equilibrar a fome que eu estava que também era gigante.

Em seguida fiquei sentada por lá planejando o próximo dia, com mapa, caneta e a agenda em que fiz o rascunho do que escrevo aqui agora para vocês, comecei a marcar os lugares para o próximo dia, (wi-fi também salvando vidas, outro ponto importante na escolha do hostel).

Haviam vários grupos de viajantes assim como eu, alguns já se conheciam outros estavam se conhecendo ali, foi então que também fiquei conhecendo um pessoal muito legal, inclusive brasileiros (que estão por toda parte, é impossível viajar sem encontrar brasileiros). Ficamos conversando sobre de onde éramos, para onde iríamos, dos lugares em que já tínhamos estado, isso foi muuuuito legal, porque é ruim quando você chega cheia de história para contar para alguém que não esta nem um pouco interessado e que pode até entender o que você está falando mas que com certeza não compreende, não sem ter vivido algo parecido também, eu pensava que entendia, até começar a viver, e hoje percebo que não fazia ideia do que aquelas pessoas com aquelas historias tão boas estavam querendo dizer, hoje percebo que vai muito mais além, é muito mais profundo, a emoção fica realmente a flor da pele e é impossível esquecer esse sentimento depois que ele é vivido, só compreende quem vive! Por isso eu digo com toda a certeza e pouca experiência, muitíssima pouca vivência mas com muita vontade de fazer cada vez mais, que se você está sentado aí lendo este texto agora, saia, viva, não deixe que este dia passe em branco, corra atrás dos seus momentos inesquecíveis, do seu ponto de paz e saia da rotina.

Já estou perdendo o foco e embarcando em um assunto muito mais fundo do qual jamais poderei escrever aqui, só quem vive sabe e só quem viver, saberá.

Enfim, foi conversando com este grupo de viajantes que percebemos que iríamos fazer o mesmo trajeto no dia seguinte, então logo combinamos de ir junto.

No dia seguinte, após o café da manhã, parti rumo à Notre Dame, , logo em frente estava tendo um tipo de feira gastronômica, ainda consegui um pedaço de bolo de milho, mas sou obrigada a dizer que não chegava aos pés dos de minas. Infelizmente não tive tempo de subir nas torres da igreja, pois a fila demoraria horas e como eu tinha apenas aquele dia para aproveitar, preferi não esperar, apenas entrei, estava tendo uma missa ou alguma celebração.

Em seguida, partimos rumo ao Pantheon, para quem gosta de história vale muito a pena, lá estão figuras ilustres tais como Voltaire e Russeau.

Por último, a mais esperada de todas as atrações : Torre Eiffel, confesso que não imaginava que ela fosse tão grande, então, subindo alguns degraus lá eu estava, no topo de um dos lugares mais famosos do mundo, vendo Paris de cima ao vivo e a cores, lembro de ter achado a cidade tão branquinha e limpa, vista lá de cima, passava uma energia positiva, e muito boa em poder estar lá, a felicidade era demais, eu poderia ter ficado paralisada lá por muito tempo que nem perceberia. Depois que desci, só bastava desfrutar do lugar e ficar “babando”.

Infelizmente o dia estava chegando ao fim, tinha que partir rumo ao Hostel, onde dormiria pela última vez e acordaria para voltar a Gotemburgo.

No dia seguinte, quarta-feira, acordei, tomei meu café da manhã tranquila e já sai, ainda teria que pegar metrô e se não me engano, fazer duas ou três baldeações para poder pegar um ônibus que me levaria ao aeroporto, meu voo era no fim da tarde, mas quanto antes eu conseguisse sair mais fácil seria de resolver as coisas, caso algo desse errado, ou perdesse o ônibus.

E é isso, o sonho chegou ao fim e hoje tento recordar cada dia, cada momento, cada segundo para não deixar essa sensação toda morrer, foi uma das melhores que já senti, e espero sentir muitas vezes ainda!

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Olá eu estou indo pra Lisboa em Março próximo. E quero fazer o mesmo que você. Preciso ir a Paris. Adorei seu relato pois me deu ânimo pra fazer o mesmo. Muito obrigada. Sobre i ticket do ônibus ou metrô.. pode me explicar melhor?

 

Oii, então a respeito dos tickets de Paris, na verdade não andei de ônibus apenas metrô. Chegando em uma estação voce compra o ticket que tem validade para um dia inteiro, então nao precisa comprar vários tickets como fazemos aqui no Brasil, é só você perguntar certinho para quem vai te atender que eles te dão este com válidade de um dia, pode usar quantas vezes quiser.

 

Bjos

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