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África do Sul e Tanzânia - Fev/2014 - 17 dias


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Olá pessoal!! ::hahaha::

 

Esse é o relato da minha viagem para África do Sul e Tanzânia com o meu namorado Elton. Ficamos no total 17 dias viajando, de 16 de Fevereiro a 4 de Março de 2014.

A maioria das informações para realização da nossa viagem foram coletadas daqui do site do Mochileiros, então esse relato é uma singela forma de agradecimento e também contribuição para os demais viajantes.

 

 

16 de Fevereiro de 2014

 

Pegamos o vôo da South African Airways às 1:30 em Guarulhos com destino a Johanesburgo. Após 9h10m de vôo, chegamos em Johanesburgo e fizemos conexão para Cape Town. Após 2h de vôo chegamos, hora local em torno das 20h, isto é, 5h a mais que São Paulo.

Nos dirigimos à loja da Woodford para pegar o carro que havíamos alugado via internet, e a surpresa foi que o carro ainda não havia chegado. O rapaz do balcão não fez absolutamente nada com relação ao ocorrido, inclusive disse que o valor que havíamos pagado de sinal era o valor que a empresa Cartrawler cobra para reservar o carro, então a culpa era dessa segunda empresa que havia reservado mais carros do que realmente eles possuíam. Ficamos bem bravos, mas comemos um lanche na Steers (o Mc Donalds da África do Sul, tem em toda esquina) e quando voltamos o carro já estava lá.

 

No fim das contas, então, deu tudo certo, mas é preciso tomar cuidado com essa empresa. Podíamos ter ficado sem carro e ter nosso roteiro comprometido.

 

Alugamos um Almera automático, quesito importantíssimo quando se trata de mão inglesa. Para alugar carro na África do Sul também é necessário ter carteira internacional de habilitação. O Elton fez essa carteira aqui no Brasil, no Poupa Tempo, é só pagar a taxa e a mesma chega em 1 semana na sua casa via Correios.

Como passageira, digo que é sempre importante alertar o motorista que o carro não termina onde ele está acostumado... rs... O Elton se acostumou bem rápido, mas é sempre bom dar uma mãozinha para o motorista com relação às distâncias!

 

Nos hospedamos no Fountains Hotel, achamos o quarto bem limpinho e adequado, apesar do ar condicionado não dar conta do calor.

 

 

17 de Fevereiro de 2014

 

Acordamos cedo e fomos em direção a Cape Point. Dirigimos devagar (o Elton ainda estava se acostumando à mão inglesa) e o GPS nos levou direitinho ao local, apesar de as estradas serem bem sinalizadas. O dia estava bonito, mas infelizmente chegando ao local uma forte neblina tomou conta do parque. Tanto Cape Point quanto Cape of Good Hope estavam totalmente encobertos, infelizmente não pudemos ver a paisagem maravilhosa que esperávamos. Mas é fato que o lugar é maravilhoso e mesmo com neblina valeu a pena.

 

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Seguimos para Boulders para iniciar nossa jornada de animaizinhos africanos. Achei que não fôssemos encontrar tantos pinguins pois estávamos no verão, porém felizmente eu estava enganada!! Vimos milhares de pinguins e uma praia maravilhosa!!!

 

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Primeiramente fomos ao lugar da foto, onde há um tablado onde os turistas podem admirar os pinguins. De um lado milhares deles perto da água, alguns nadando, lindos e encantadores. Do outro lado, papais pinguins chocando seus filhotes e com o bico aberto esperando comida. Fantástico!

 

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Na saída, resolvemos seguir em direção a uma prainha que havia alí perto, e lá tivemos a melhor das surpresas. Pinguins bem pertinho das pessoas, sem nenhuma barreira. Demais!!

 

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Eu passaria o meu dia inteiro ali com aqueles encantadores seres, mas era hora de seguir o nosso roteiro.

 

Tivemos o nosso primeiro almoço na África do Sul, que foi em um restaurante com um visual sensacional e comida muito boa a um preço justo, bem menor do qualquer coisa similar no Brasil.

 

Voltamos para Cape Town através da Chapman’s Peak, uma das estradas, sem dúvidas, mais lindas do mundo. É bem estreita, sinuosa e beirando abismos, fato que deu mais emoção à direção inglesa e à esplendorosa paisagem!!

 

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Chegamos em Cape Town em torno das 18h e fizemos a grande burrada de não ter aproveitado esse dia para subir a Table Mountain (achávamos que não daria tempo).

Nos próximos dois dias a neblina/vento se apossou da montanha e infelizmente não pudemos ver Cape Town das alturas.

Fica a dica que também lemos e não aproveitamos: qualquer sinal de Table Mountain desencoberta, corra e suba!! Não fique esperando o melhor momento de pôr do sol pois, como a gente, vc pode se dar mal!!

 

Fomos passear e jantar no Waterfront, lugar imperdível. Bem animado, com várias lojinhas para compra de lembrancinhas, comidas deliciosas e baratas, grupos tocando músicas locais no meio da rua e ainda com vista para a onipresente Table Mountain. Indico para vcs um restaurante maravilhoso, chamado City Grill Steakhouse, dá de 100 no nosso famoso Outback Steakhouse, tanto no sabor quanto no preço.

 

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18 de Fevereiro de 2014

 

Para esse dia estava previsto o mergulho com os tubarões brancos. Porém todas as agências haviam cancelado o passeio devido ao mal tempo (vento). Fomos para o Waterfront e felizmente conseguimos adiantar o passeio a Robben Island que estava reservado para o dia seguinte!!

 

Enquanto aguardávamos a hora do nosso barco para a ilha, fomos até o Aquário, passeio que nem estava previsto no nosso roteiro, mas que foi bem bacana, recomendo!! Existe uma piscina enorme, com tubarão e tartaruga gigante e, para quem se interessar, um mergulho com cilindro dentro dessa piscina. Para quem fica do lado de fora, os vidros são gigantes, bem transparentes e temos a impressão de estar lá dentro também, bem legal!

 

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Seguimos para a Robben Island, a ilha onde os negros eram enviados na época do apartheid e onde Nelson Mandela ficou preso por mais quase 20 anos. É um passeio um pouco demorado pois o barco demora em torno de 2h para chegar a ilha, mas vale a pena tanto pela paisagem quanto pela história. Os próprios ex-prisioneiros guiam o passeio, o que dá um ar muito emocionante ao tour. Quem tem interesse em fazer esse passeio é importante comprar os ingressos com antecedência pela internet pois se esgotam rapidamente.

 

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Voltando da ilha descobrimos que a Table Mountain estava fechada devido ao vento (snif), então fomos ver o pôr-do-sol em Camps Bay, o que foi simplesmente fantástico!!

 

Cape Town nos conquistou e dificilmente falamos em voltar para algum lugar, mas para lá quero voltar, e quero ficar hospedada em Camps Bay!!

 

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19 de Fevereiro de 2014

 

Hoje o tão esperado dia do mergulho com os tubarões brancos havia chegado!

 

Antes, um parêntesis para ficar de dica para os viajantes. Nessa época venta muito, e a maioria das agências não faz o passeio pois os barcos são pequenos. Após muita choradeira consegui uma vaga na Great White Shark Expeditions, que segundo informação, possuem um barco maior e por isso poderiam fazer o passeio mesmo com vento.

Nós não sabíamos dessa informação e quase perdemos o passeio.

 

Às 4:30 da manhã a van passou para nos pegar e após 3h de estrada estávamos tomando café e nos preparando para embarcar. O barco tinha em torno de 30 pessoas e na jaula iam em torno de 10 pessoas por vez. Os tripulantes levam pedaços de peixes gigantes que servem de isca para os tubarões, que são trazidos bem pertinho das jaulas com o mergulhadores.

Experiência incrível, apesar da pequena visibilidade que a água estava naquele dia...

Nos disseram que a melhor época de melhor visibilidade e melhor atividade dos tubarões é em junho-julho.

 

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Voltando do passeio, fomos para nossa última jantinha no agradabilíssimo Waterfront com vista para nossa encoberta Table Mountain. Essa não escapa da nossa próxima visita a Cape Town!

 

 

20 de Fevereiro de 2014

 

Acordamos cedinho e fomos em direção ao aeroporto para nosso vôo com destino a Johanesburgo.

Chegamos em torno das 9h, pegamos nosso Ballade automático pela locadora Avis tranquilamente e fomos em direção ao Lion Park.

As estradas são tão boas quanto às de Cape Town, espaçosas, quase não havia sinalização do Lion Park, mas o GPS nos levou direitinho.

 

Os defensores dos animais que me desculpem, mas assim como o Zoo de Lujan na Argentina, o Lion Park fez parte de um dos dias mais felizes da minha vida. Estar em contato com os animais é a coisa mais sensacional que já fiz na vida.

Pela manhã fizemos um pequeno safári com nosso próprio carro, onde vimos gazelas, leões, leões brancos, wild dogs, cheetahs e em seguida fomos ao Cub World para interação com os filhotes de leão, alimentação de girafas e à tarde fizemos o Cheetah Walking, totalmente exclusivo para nós dois. Foi demais!

 

Parêntesis para a Cheetah: ela era um macho adulto, se chamava Philiks e fazia um som delicadíssimo ao pedir comida, como um gatinho. Era obviamente adestrada e possuía uma mania bem interessante: ela gostava de tocar os turistas para ganhar confiança. Cada vez que ela resolvia nos tocar era um hematoma novo!! Rs! Branquela do jeito que sou, as marcas são bem visíveis e creio que uma das arranhadas ficará comigo para sempre, ou pelo menos por um bom tempo. AMEI.

 

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Além disso, o Lion Park, que é considerado pela Trip Advisor um dos 100 passeios mais perfeitos do mundo, possui suricatos, zebras, alimentação de girafas, avestruzes, todos andando soltos em meio aos turistas. Muito bacana mesmo.

 

À tarde dirigimos até o Gatz Guesthouse, que se encontrava próximo ao nosso destino do dia seguinte: Sun City. Esse hotel foi um dos mais simples que ficamos em toda nossa jornada na África, foi também um pouco difícil de ser encontrado pois trata-se de um sítio/chácara e só havia uma única placa no meio da estrada. Como estava escuro quase nos perdemos e o local não aparentava muita segurança. Mas felizmente deu tudo certo, fomos tratados muito bem e como no dia seguinte acordaríamos cedinho, até nos adiantaram o café da manhã à noite no quarto.

 

 

21 de Fevereiro de 2014

 

Acordamos cedinho para pegar a estrada e estar às 6 da manhã em Sun City para nosso safári em lombo de elefante.

 

Esse passeio pode ser feito às 6 da manhã, 9 da manhã ou 4 da tarde.

 

Havíamos reservado e pago o passeio com a agência Gametrackers, chegando lá uma ranger super simpática já nos aguardava para irmos até a reserva. Após uns 15 minutos chegamos num lugar totalmente temático, fomos muito bem tratados e mais uma vez fizemos um passeio exclusivo. Para o próximo horário havia uma reserva de 11 pessoas. No nosso horário só tínhamos nós!

 

Ao chegar, os guias contam a história da família de elefantes, nos servem café e em seguida partem conosco para o safári. Escolhemos montar em elefantes diferentes para podermos tirar fotos um do outro e também para que mais de um elefante acompanhasse nosso safari. Porém nem uma coisa nem outra era realmente necessária. Com relação às fotos, além dos guias terem tirado fotos lindas com a nossa máquina, existe uma pessoa que te fotografa e filma durante todo o passeio. Bem comercialzão, mas não aguentamos e compramos o tal DVD. Quanto aos elefantes durante o safári, independente de quantos elefantes estão “tripulados”, a família toda passeia junta! O Elton montou num elefante enorme chamado Mana, logo atrás seguia a outra elefanta em que eu estava montada e para minha alegria, ela era mãe de um pequeno filhotinho que foi ao meu lado, seguindo a mãe, durante todo o passeio!! Atrás de mim estava um outro elefante “adolescente” e ainda um outro elefante grande fechando a fila.

 

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O passeio no lombo do elefante dura cerca de 1 hora, nesse local é possível ver rinocerontes e hipopótamos, segundo os guias, porém infelizmente não vimos nenhum animal. Havia chovido na noite anterior e nos disseram que os bichos acabam migrando para outros locais. Porém mesmo assim a experiência de estar tão próximo de animais tão carinhosos e carismáticos é única e sem tamanho! Ao final do passeio pudemos interagir mais um pouco com os bichinhos dando ração tanto através da tromba quanto direto na boca. Uma sujeira só!! Demais!! Triste foi se despedir!

 

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Voltando à Sun City, passamos o resto do dia explorando a região. Sun City é uma cidade repleta de hotéis de altíssimo padrão. É onde fica o primeiro Hotel 6 estrelas do mundo e diversos outros hotéis. Na região também existem os passeios, safaris, uma cidade em ruínas, passeio de balão, santuário de borboletas, crocodilos, etc.

Tem bastante diversão para quem está hospedado.

Os acessos são todos temáticos, bem legal. Tem também um centro de convenções que pareceu ser bem bonito. Eu adoraria passar minha convenção de vendas ali... ia reclamar não, viu? Rs!

 

Resumindo, a impressão que tivemos é que o Sun City é uma “Disney” dentro da África. Bem turístico, temático, caro, comercialzão. Pra quem gosta, bacana!

 

Visitamos o Waves Valley. É uma praia artificial, com onda artificial, bem bacaninha. Rola um sonzinho bem animado o tempo todo, tem guarda volume, empréstimo de toalhas, bóias para pegar uns tobogãs que têm por lá, bem divertidinho. Pagando uma taxa qualquer um pode entrar e passar o dia, foi o que fizemos, e várias outras pessoas também o fazem, o que acaba deixando o lugar um pouco lotado (rs)!!! Tinha um grupo de africanos animados que em certo momento começaram a cantar no meio da piscina e contagiaram a todos... Valeu a experiência.

 

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À tarde fomos conhecer o Crocodile Sanctuary e o lugar superou nossas expectativas pela quantidade de animais. Muitos, muitos, muitos crocodilos e filhotes de crocodilos. Por sorte pegamos a alimentação dos animais, que ocorre todo dia às 16h e foi bem legal. Os animais engolem frangos inteiros. Os tratadores vão acalmando os bichos com pauladas, mas é impressionante a sensação que temos que os tratadores seriam engolidos junto com a frangalhada. Bem legal.

No final, uma interaçãozinha básica com um filhote de crocodilo.

 

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Pegamos o carro e fomos em direção à Pretória, cidade onde teríamos o passeio do dia seguinte, o Santuário do Kevin Richardson. Após aproximadamente 2h chegamos na cidade e nos hospedamos num hotel gracioso e barato chamado Montana Boutique, recomendo.

 

 

22 de Fevereiro

 

Esse era o tão esperado dia de conhecermos a reserva do nosso ídolo Kevin Richardson. Para quem não conhece, ele é o chamado “Lion Whisperer”. Há muitos anos seguimos o moço através dos diversos vídeos no YouTube e sempre dizíamos: ainda vamos lá na fazenda dele.

A “fazenda” dele na verdade é um santuário localizado dentro da Welgedacht Private Game Reserve, uma reserva particular nas proximidades de Pretória.

A área dessa reserva é gigante, onde fizemos um safári de meio dia, e em seguida conhecemos o Kevin Richardson Wildlife Sancturary, que são grande “viveiros” onde ficam os animais do Kevin. Não me recordo o número exato, mas o Kevin tem em torno de 30 leões, 10 hienas e 2 leopardos pretos.

 

O safári foi bem sem gracinha pois não há muitos animais, e como a área é enorme, foi difícil avistá-los. Só vimos algumas gazelas, gnus e girafas, mas bem de longe.

Para nossa completa infelicidade fomos informados que o Kevin não estava lá naquele dia. Em nenhum momento haviam nos prometido conhecê-lo, mas a esperança nos seguiu até o último segundo desse dia. Porém infelizmente não conhecemos nosso ídolo, só os animais e as diversas curiosidades sobre ele. Fomos super bem tratados, passeio exclusivo mais uma vez e com direito a um churrasco feito especialmente para nós, muito legal.

 

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23 de Fevereiro

 

Saímos do Montana Boutique bem cedinho em direção ao aeroporto de Joahnesburgo onde às 9h embarcaríamos em direção a segunda e aventureira parte da nossa jornada africana: a Tanzânia!!

 

Após 4h de vôo e mais uma hora de diferença em relação à SP (isto é, 6h a mais) desembarcamos em Dar Es Salaam, que não é a capital, mas é a maior cidade da Tanzânia. De cara já pudemos ver a grande diferença cultural com relação à África do Sul. Aqui sim começa a África de verdade!! Rs!!!

 

Descendo do avião já buscamos a famosa “fila” para tirarmos o visto de entrada no país e para nossa surpresa na Tanzânia não há filas. A lei do mais forte e mais esperto impera. No início nos assustamos um pouco, tivemos uma sensação ruim, mas logo nos acostumamos! Durante toda nossa estadia não vimos nenhum sinal de violência ou situação de insegurança.

 

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O aeroporto de Dar também é bem diferente... Pegamos nossas malas e queríamos nos dirigir diretamente para o Check-in da FastJet onde pegaríamos nosso vôo para Kilimanjaro, mas a única porta dá direto para a rua e temos de entrar de novo no aeroporto. Nos deparamos com o normal, taxistas querendo nos puxar, vendedores de tudo, mas, para nossa surpresa, havia um tumulto razoável para entrar no aeroporto pois na porta de entrada já existe a passagem pelo raio X. Além de tudo tivemos uma sorte danada de querer entrar na mesma hora que estava rolando check-in de um vôo enorme para Dubai. Então após tomarmos várias pancadas do carrinho de uma senhora “educadíssima” que estava atrás de nós e que até acabou passando na nossa frente (rs), estávamos dentro do aeroporto novamente!!!

 

O aeroporto se parece com uma rodoviária. Pequeno, com pouca estrutura, desorganizado, o checkin só abre 1h antes do vôo nacional, 2h antes do internacional.

Aguardamos algumas horas morrendo de fome pois não há nenhuma lanchonete fora da área de embarque. Dentro da área de embarque, novas confusões... os portões de embarque são alterados, porém os letreiros sob os portões não... se vc não ficar ligado vc perde o vôo dentro da própria área de embarque.

 

Vou abrir um parêntesis para falar de mais algumas características da Tanzânia, principalmente da região litorânea. A água que sai das torneiras é extremamente salobra. Sentimos muitíssima dificuldade para tomar banho pois não é possível se ensaboar e a sensação é que nunca estamos totalmente “limpos”.

 

Outra característica importante de ser ressaltada são os preços. Na Tanzânia tudo é mais caro que a África do Sul. Desde as lanchonetes, safáris, hotéis, souvenirs, tudo.

 

Outra coisa são as gorjetas. Para tudo se paga gorjeta, nos safáris as agências te entregam até cartas com sugestões de gorjetas para cada tipo de serviço. Isso nos irritou um pouco também, mas é a cultura do país.

 

No fim deu tudo certo e às 19h embarcamos (ufa que alívio) para Kilimanjaro, vôo de 1 horinha.

 

Em Kili, conforme combinado com a empresa Active Tanzânia, nosso ranger Emanuel estava nos esperando para mais 1 horinha de viagem até Arusha, onde nos hospedaríamos para no dia seguinte começar nossos 5 dias de safaris.

 

Fechamos 5 dias de safáris com a Active Tanzânia, gostamos bastante da atenção dada pela agência em todo pré-viagem, durante a viagem eles cumpriram direitinho o que foi combinado e nosso ranger, Emanuel, foi um cara muito bacana! O preço é bem salgadinho, pagamos 1790 dólares por pessoa, mas com tudo incluído: comida, hotel, passeios, carro, ranger, tudo para 5 dias. Escolhemos bons hotéis, tínhamos o carro exclusivo para nós dois, fizemos 5 dias de safáris (o que é bastante) e andamos em torno de 1900 km. É caro, mas vale a pena...

 

Na estrada a caminho de Arusha é possível avistar o grandioso Monte Kilimanjaro, o mais alto do continente africano, porém já era noite e infelizmente não pudemos ver. O mesmo ocorreu na volta para o aeroporto, então a dica para quem não escalou e quer ter uma boa vista do monte é pegar essa estrada de dia.

Nos hospedamos no Out Post Lodge. Absurdamente simples e relativamente caro, tomamos um banho e dormimos.

 

 

24 de Fevereiro

 

Às 8 da manhã o Manu passou para nos pegar, passamos na agência para acertar o resto do pacote, depois num mercadinho para comprar algumas porcarias (pois nos foi orientado que dentro dos lodges tudo era muito caro) e seguimos para o Lake Manyara.

 

Nessa voltinha por Arusha acabei não tirando nenhuma foto da cidade por orientação do Manu. Ele disse que as pessoas podem simplesmente tomar a máquina da gente. A cidade é simples, as pessoas são humildes e o trânsito é desorganizado. Em Arusha grande parte das pessoas são cristãs, mas há boa parte de muçulmanos também, o que confere uma grande mistura de culturas. Vimos também os táxis mais comuns utilizados pela população, os chamados “tuk tuk”, mini-carros, bem engraçadinhos.

 

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O caminho para o Lake Manyara é cerca de 2h de estrada, onde pudemos ver o segundo maior Monte africano, o Monte Mero. Beirando as estradas vimos algumas comunidades, e desde já pudemos ver outra figura que nos acompanharia por toda a jornada na Tanzânia: as tribos Masaai. São tribos nômades, de vestimenta bem característica, espalhadas por toda a Tanzânia, depois falarei mais sobre elas.

 

Próximo à hora do almoço chegamos ao Lake Manyara, lugar lindo, composto de vários tipos de vegetação: savana, floresta, lago e campo. O que mais vimos nesse parque foram babuínos. Figurinhas hilárias, parecem que adoram posar para as fotos dos turistas. Fazem a maior algazarra, brincam, brigam, pulam de galho em galho, arrancam piolhos uns dos outros e comem... demais!! Vimos centenas deles. Muitos mesmo.

 

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Fizemos nosso piquenique no meio do safári, em meio à natureza e à bicharada, cena que se repetiria nos próximos 4 dias, muito bacana.

À tarde vimos elefantes, macacos do bumbum azul, girafas (muitas) perto do lago onde também haviam muitos flamingos, cena bem típica e linda de se ver.

 

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A hospedagem da primeira noite foi fora do parque, no Kirurumu Tented Lodge, simplesmente fantástico, com uma linda vista para o lago.

Os quartos são enorme, possuem dois andares. Em cima nossa romântica tenda com varanda e vista para o lago. No andar de baixo, tudo em meio às pedras: cama extra para massagem, banheiro, chuveiro e lavatório. Demais, me apaixonei.

 

Os acessos aos quartos também eram especiais, um caminho todo demarcado no meio das árvores, e nossas malas levadas por meninos da tribo Masaai.

No restaurante, além de uma comidinha deliciosa no jantar (sempre com sopinha de entrada, prato principal e sobremesa) fomos absurdamente bem tratados pelos garçons que sabiam tudo sobre o futebol brasileiro e ficaram deslumbrados quando dissemos que éramos daqui.

Enfim... super recomendo, amamos a estadia nesse lodge.

 

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25 de Fevereiro

 

Às 8h da manhã o Manu estava nos esperando para nossa jornada até o Serengeti, onde passaríamos os próximos 3 dias.

 

Pensa num lugar longe... Após umas 2h chegamos no portão de entrada do Ngorongoro Conservation Area. Em alguns minutos estávamos no mirante para a cratera, que visitaríamos no último dia, e seguimos para o Serengeti, cuja entrada é mais umas 2h para frente em estradinha de terra seca, um pó danado.

 

Esse caminho por dentro da área de conservação Ngorongoro é lindo demais. É uma região vulcânia com uma paisagem é fantástica, composta de campos com vegetação belíssima e habitada por tribos Masaai que receberam autorização de ocupação nessas áreas, o que deixa ainda mais a região com um ar especial. Vira e mexe encontramos alguns animais selvagens, como zebras, gnus e até elefantes. Nas proximidades dos portões do Serengeti tivemos a bênção de poder ver uns dos maiores espetáculos da natureza que é a migração de gnus e zebras. Para quem não conhece, em julho esses animais migram para o norte do Serengeti, voltando para o sul em outubro. É uma rota circular anual em busca de pastos frescos. Não tínhamos noção da quantidade de animais. São milhões, milhões... Quando encontrávamos algum foco de migração parávamos o jipe e ficávamos olhando... os animais não páram de vir do horizonte sem fim... É um negócio de louco. Lindo demais. Nessas horas podemos ter dimensão de quão maravilhosa e divina é a natureza!

 

Para os fãs do desenho O Rei Leão, que se passa nas terras do Serengeti, o pai do Simba (leão, em suaíli) morre pisoteado durante a migração de gnus, lembram?

 

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No caminho também vimos leões em cerimônia de acasalamento. Manu nos explico que o casal fica cerca de 2 semanas nessa cerimônia, isolados do bando, sendo que de 15 em 15 minutos ocorre um rápido ato sexual. No meio tempo eles ficam deitadões, dormindo, numa boa. Tivemos a oportunidade de ver vários casais de leões assim, isolados, e em uma dessas situações esperamos os tais 15 minutos e vimos as obscenidades!! Kkk... Foi hilário.

 

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Em torno da hora do almoço chegamos ao portão do Serengeti National Park, tão esperado, melhor local para safári de todo o mundo de acordo com muitas opiniões. Fizemos nosso piquenique e tivemos uma tarde de safári nesse parque sensacional. Paisagens fantásticas e animais em pencas. Vimos de cara mais focos de migração de gnus, milhares e milhares deles.... leões, hienas, girafas, búfalos, suricatos e pra fechar o dia uma árvore de leões. Parquezinho de tirar o fôlego, viu?

 

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À tarde chegamos no Kati Kati Tented Camp. Sem dúvida hospedagem obrigatória dentro do Serengeti!!!

 

Pensa num acampamento de luxo, em tendas com cama, banheiro privado e até água quente tinha, no meio, no coração do melhor parque de safári do mundo, sem nenhum tipo de cerca que separa sua tenda dos animais selvagens? Então, esse é o Kati Kati.

 

Tudo que lemos sobre ele é verdade. Durante o jantar, leve uma lanterna para ver os olhinhos verdes e brilhantes das hienas que rondam as tendas. Demais, fiquei tão vidrada e apaixonada que uns dos funcionários andou conosco um pouquinho no meio do mato, na escuridão à “caça” das hienas... vimos uma delas de pertinho!! Gente, animal selvagem na sua frente no meio da mata e no escuro, coisa de louco!!

 

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De madrugada, rugido de animais, risadas de hienas enquanto dormimos... que pena que não aguentei ficar acordada para ver que mais animais passariam por ali.

Resumindo, demais! Amamos!

 

 

26 de Fevereiro

 

Ao abrir nossa tenda de manhãzinha pudemos ver lá no horizonte os balões das pessoas ricas... kkkk!! Não fizemos esse passeio por motivos óbvios... rs... mas para quem tem budget para isso, dizem que é o passeio de balão mais bonito do mundo, muitos até dizem ser melhor que o da Turquia. 550 dólares e tá tudo resolvido!!

 

Esse foi um dia inteiro de safári pelas terras maravilhosas do Serengeti.

 

Vimos hienas, búfalos, hipopótamos, vários pássaros (incluindo águias), elefantes tomando banho (super emocionante), gazelas (e vários outros bichinhos dessa família que não sei os nomes), leões de tudo quanto é jeito (na grama, na pedra, na árvore, dormindo, fazendo amor, etc). Esse foi o dia de ver o mais difícil dos Big Five, o leopardo. Vimos dois, um em cada árvore, e foi engraçadíssimo a quantidade de jipes que pararam para admirar a beleza do animal. Em seguida o leopardo desceu da árvore e ficou em posição de ataque, vimos uma grande correria de javalis, mas rapidamente perdemos todos de vista porque o mato estava alto e não pudemos concluir se houve a caça ou não...

 

Como sempre, o almoço foi um piquenique no meio dos bichos... de um lado víamos uma manada de búfalos, do outro víamos uma pedra com uma leoa linda posando para fotos dos turistas.

 

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27 de Fevereiro

 

Nos despedimos do nosso camping querido e fomos para nossa última manhã de Serengeti.

 

Vimos crocodilos, mais leões, hienas e o ponto forte desse dia foi a Hyppos Pool... um lago enorme com centenas de hipopótamos!! Muito legal. Pena que estava acabando nossa jornada no lindo Serengeti.

 

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Após o piquenique pegamos a estrada em direção ao Ngorongoro Sopa Lodge, o Lodge mais bacana que tínhamos escolhido. Fica dentro da Ngorongoro Conservation Area, a piscina tem uma vista maravilhosa para a cratera e é um lodge gigante, nos disseram que cabe em torno de 500 pessoas. Como é relativamente alto (2300 m de altitude) à noite faz um frio danado, enquanto jantamos há uma pessoa que leva bolsas de água quente para aquecer a cama, bem legal. Há um aviso nos quartos que não é sugerido andar sozinho a noite pelas ruelas do hotel pois às vezes há convidados mais que especiais caminhando por lá, tipo búfalos, hienas, leopardos, etc... rs... Felizmente não topamos com nenhum!! Kkkk!!!

 

O hall de entrada e restaurantes são imensos, super chique. A vista do pôr-do-sol diretamente na cratera foi fantástico. Houve uma apresentação de componentes Masaai antes do jantar, que estava delicioso e claro fomos muito bem tratados.

 

Lugar delicioso, pena que foi apenas uma noitezinha, nem conseguimos aproveitar toda essa estrutura.

 

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28 de Fevereiro

 

Acordamos cedíssimo para nosso último dia de safári, dessa vez na tão esperada cratera. Esse foi o único dia que acordamos tão cedo para fazer um safári porque os animais estariam mais ativos logo no nascer do sol.

 

Diferentemente do que vimos que acontece na África do Sul, onde os safáris ocorrem basicamente de manhãzinha e de tardezinha, na Tanzânia em geral saímos pro safari em torno das 7:30h – 8h e passávamos o dia inteiro na selva. O nosso ranger disse que os animais são ativos o dia inteiro, que caçam a qualquer hora do dia e tal. Sinceramente não sabemos se é verdade ou não, mas foi a informação que nos foi passada.

 

Bom, a cratera do Ngorongoro é a maior cratera de vulcão inativa do mundo. O vulcão entrou em erupção há 2-3 milhões de anos, sobrando apenas a base de 260 km quadrados, onde moram milhares de animais. É como se fosse um caldeirão, uma arca de Noé, repleta de animais. Os carros só podem permanecer 6 horas lá dentro, como a área não é tão grande assim, o tempo é suficiente.

 

Foi uma manhã de tirar o fôlego. Não há nenhum metro quadrado desabitado, é bicho que não acaba mais. Vimos muitos pássaros exóticos, flamingos, hienas, leões, rinocerontes, hipopótamos, zebras, gnus, gazelas e todos os seus parentes, pumbas, búfalos, ufa... muitos muitos animais... em toda parte, em todo ângulo.

 

A paisagem é da mesma forma impressionante, com suas lindas acácias que deixavam o ambiente com aquele ar de África que sonhamos desde criancinhas. Simplesmente demais.

Como sempre, fizemos um lanchinho em frente a um lago, dessa vez repleto de hipopótamos, um frio danado até o sol começar a esquentar e então um calor danado!! Kkk...

 

Para finalizar, já estávamos no caminho de saída da cratera quando avistamos muitos jipes e um leão imenso deitadão na sombra de um deles. Ficamos lá um tempinho admirando a folga do bicho, quando ele resolveu levantar e deitou na sombra do nosso jipe!! Demais!! Despedida perfeita da nossa jornada de safári e da deslumbrante cratera do Ngorongoro.

 

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Em torno da hora do almoço estávamos no nosso caminho de volta para Arusha. Passamos por uma verdadeira tribo Masaai, que nos receberam com dança típica, nos colocaram algumas peças de roupas para parecermos com eles, nos mostraram as casinhas, explicaram com vivem, como fazem fogo, e claro nos empurraram artesanatos.

 

Legalzinho, mas como já estávamos cansados, grana acabando, aquela ansiedade por dinheiro de turista nos irritou um pouco... rs

 

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No caminho de volta para Arusha passamos por vários lugares de artesanato, bem caros e não tão bonitos, acabamos não comprando nada. Me arrependi de não ter comprado mais coisas na África do Sul, eram lindos e relativamente baratos, mas infelizmente como nossa jornada era longa não teríamos como carregar muita coisa. Fica a dica pra quem gosta dessas porcariazinhas!! Kkk...

 

Pra quem está com bala na agulha, a pedra preciosa tanzanita é vendida em vários lugares e o brinco mais baratinho custa em torno de 250 dólares... rs!!!

 

Em torno das 20h estávamos no aeroporto de Kilimanjaro para nosso vôo com destino a Dar Es Salaam, onde nos hospedamos no ajeitado Hotel Tanzanite, que se localizava bem pertinho da balsa que pegaríamos no dia seguinte para Zanzibar.

 

 

01 de Março

 

Acordamos cedíssimo par pegar o táxi em direção à balsa que sairia às 6:00h em direção a Zanzibar. Era um sábado e o porto estava absurdamente lotado. Assim que colocamos o nariz para fora do táxi muitas pessoas já vêm querendo carregar nossas malas, falando ao mesmo tempo, e nós ainda meio perdidos procurando onde deveríamos pegar nossos bilhetes que estavam pré-reservados. Uma dessas pessoas mostrou o crachá da companhia da balsa então acabamos deixando-o levar nossas malas. Ele nos mostrou o guichê correto, e nos ajudou a embarcar, porém foi cortando fila no estilo tanzaniano, se batendo no meio das pessoas, e a gente com aquela cara de tacho... rs.... na hora de dar a gorjeta do infeliz, quase brigamos pois ele queria cobrar muito caro!! Ele não aceitava a gorjeta que queríamos dar, foi uma situação bem chata, nos sentimos quase roubados, foi bem tenso. A partir desse momento combinamos que ninguém pegaria nossas malas e se pegassem já diríamos claramente que não temos dinheiro!!! Kkk

 

Passada a confusão do porto, andamos 1h e meia na balsa (que é bem confortável) chegamos em Zanzibar, que é uma ilha com uma certa independência, então carimbamos os passaportes e passamos pelo raio-x manual de malas... kkk.. É, haviam funcionários que abriam todas as malas de cada passageiro, era roupa caindo para tudo quanto é lado, uma gritaria, enfim... uma zona generalizada e um calor danado.

 

Passando o novo sufoco, pra nossa alegria o simpático Sabry da agência Zanzibar Car hire de aluguel de carros estava nos esperando com o nosso Suzuki. Não fomos até um escritório para assinar a papelada, ele mesmo havia trazido tudo, o que deu um ar um pouco amador ao negócio. O Sabry nos explicou que a polícia de Zanzibar podia encrencar com a nossa carteira internacional de habilitação, então sugeriu que fizéssemos uma permissão especial por 10 dólares, depois nos levou para abastecer o carro, nos deu um mapa da ilha e então seguimos nosso caminho.

 

Para nossa tristeza a ilha quase não possui sinalização, então nos perdemos um bocado. Quando avistamos uns policiais paramos para perguntar onde estávamos e para nossa surpresa ele nos informou que estávamos com a permissão inadequada, nos mostrou uma legislação para provar o erro e em uma das cláusulas havia uma multa a ser paga no caso de infração. Dissemos então que ligaríamos para o Sabry, ele quem deveria pagar, e aí então o guarda desconversou e deixou a gente seguir, explicando o caminho de forma totalmente errada. Durante o resto da nossa estadia passamos por outros policiais que aceitaram apenas nossa carteira internacional. Depois falei com o Sabry, ele disse que deveríamos ter pegado as credenciais desse guarda pois certamente ele iria denunciar esse tipo de atitude.

 

Portanto, fica a dica para quem vai dirigir em Zanzibar, cuidado com a malandragem dos guardas. Além disso, se preparem para dirigir em uma ilha extremamente simples, com pouca sinalização, o ideal mesmo é ter GPS ou internet funcionando para ativar o Google Maps, que foi o que nos salvou nos dias seguintes.

 

Depois de umas 2h perdidos enfim encontramos nosso Hotel, o Blu Marlin na praia de Kwenga. É um hotel simples, mas bem ajeitadinho, com uma vista deslumbrante, os donos são uma família de italianos, então os hóspedes em geral são italianos e inclusive eles possuem um guia especializado nessa língua. Não sabíamos disso, escolhemos o hotel pelas fotos e recomendações no Booking.com, o preço estava razoável e a idéia era pegarmos o carro e conhecer o restante dos lugares mais badalados.

 

Nossa idéia foi boa mas não tão funcional. Isso porque a ilha não é como as praias do Brasil, que são margeadas por estradas e você tem acesso tranquilamente a todas as praias. As praias são em grande maioria particulares. Da estrada não há livre acesso às praias.

 

Além disso, todas as ruas da ilha são na verdade rodovias, e os nativos caminham tranquilamente na beira da estrada: crianças indo para a escola, bicicletas, até charretes... Dá medo dirigir nesse lugar, ainda mais sem muita sinalização e na mão inglesa.

 

Então nesse primeiro dia nos decepcionamos bastante com a ilha e resolvemos descansar um pouco no hotel, pegamos uma piscina e relaxamos.

 

No dia seguinte nos juntaríamos à turma de italianos que já tinham um passeio agendado com o guia do hotel.

 

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02 de Março

 

Na hora combinada estávamos saindo do Hotel no nosso Suzuki, seguindo a turma de italianos. Como estávamos assustados com a questão “polícia” e “perdidos na ilha”, resolvemos fazer dessa forma para evitar a fadiga.

 

Fomos ate o extremo sul da ilha, onde pegamos um barquinho e fizemos o mergulho com os golfinhos. Até que foi legal, mas seria um passeio Top se eu e o Tom nadássemos descentemente a ponto de mergulhar mar adentro (vergonha máster... rs). Ficamos apenas olhando do barco. As pessoas chegavam pertíssimo dos golfinhos, muitas até tocavam. O legal é que são golfinhos selvagens, não domesticados e treinados como os que vemos no Caribe, por exemplo.

 

Depois nos dirigimos para um local onde era possível avistar os macacos típicos da região, uma floresta de plantas medicinais e um mangue. Passeio bem fraco pra quem acaba de vir do Serengeti e Ngorongoro, não recomendo não.

 

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Almoçamos no hotel e decidimos nos separar do grupo e nos aventurar pelas estradas de Zanzibar. Resolvemos tentar o Google Maps do meu iphone, que felizmente salvou o restante da nossa estadia e nos proporcionou visitar enfim os lugares maravilhosos e paradisíacos da ilha.

 

Visitamos a praia de Nungwi, onde está localizado o Aquário natural de tartarugas e lá conhecemos o Omar, o guia do local que foi uma pessoa muito gentil e nos deu algumas dicas do que poderíamos conhecer na ilha.

 

 

03 de Março

 

De manhã fomos de carro até Nungwi e embarcamos no “Kilimanjaro”, um barquinho de madeira charmosíssimo, em direção à ilha de Mnemba para realizar um snorkeling. O barquinho foi lotado de turistas, grande maioria italianos e franceses. Após umas 2 horinhas de agitação, opa, de navegação em águas multicores, chegamos próximos a ilha onde vimos milhões de peixes e corais maravilhosos.

 

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Almoçamos em uma praia deserta, sem estrutura nenhuma, apenas umas pequenas tendas onde os cozinheiros haviam acabado de pescar e preparar um peixe delicioso com arroz. A praia? Um sonho... eu mal consegui comer com aquela água verdinha na nossa frente.

 

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Após o almoço retornamos para Nungwi... É incrível como a água de Zanzibar é multicor, e as cores também mudam durante o dia com o movimento da maré, é um negócio sensacional.

Já vi comparações de Zanzibar com as praias do Nordeste brasileiro e não há comparação. Não temos uma água assim no Brasil, vale sim a pena conhecer.

 

Em torno das 16h em Nungwi embarcamos novamente em um barquinho de madeira para o “Sunset Cruise”. Nele conhecemos um pouquinho das praias do outro lado da ilha, as outras cores das águas de Zanzibar. Vimos diversos hotéis de altíssimo padrão com suas lindas praias particulares e do outro lado do campo de visão o lindo astro rei se pondo nas águas do índico. Nesse momento o céu também se tornou multicor.

 

Simplesmente fantástico e fechando nossa jornada africana com chave de ouro!

 

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04 de Março

 

Infelizmente chegava ao fim nossa jornada.

 

Esse dia foi inteiramente de viagem: primeiramente 1h e meia de balsa até Dar Es Salaam. Na balsa aconteceu algo bem curioso. Na TV estava passando o jogo da final da Copa das Confederações entre Brasil e Espanha e as pessoas vibravam com as jogadas e gols do Brasil como se fossem brasileiros. É impressionante como gostam da seleção brasileira! Depois foi mais meia horinha de carro até o aeroporto, em torno de 4h de espera, 4h de avião até Johanesburgo, e depois em torno de 10h de avião até o aeroporto de Guarulhos.

 

Aproveitando o assunto “avião”, que nesse dia foram muitos, gostaríamos de deixar registrado que durante toda nossa viagem todos os voos partiram no horário e não tivemos nenhum inconveniente como extravio de malas.

 

Resumo da viagem:

• 8 vôos;

• 5 aeroportos;

• 9 estadias;

• 3 carros alugados;

• 1200 kM dirigidos em carro alugado;

• 1900 kM de 4x4 em Safari.

 

Valeu África do Sul! Valeu Tanzânia! ::love::

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Oie Raquel,

 

Ah, acredito que Zanzibar tem sim que entrar no seu trajeto. Se já estiver na Tanzânia, é imperdível. Gostamos demais e não se compara com as praias do Brasil, na nossa opinião.

 

Olha, barato não ficou não... mas vale cada centavo!

 

Basicamente os gastos maiores foram o safari de 5 dias por US 1790 e as passagens aéreas contendo os trechos maiores (SP-CP, CP-JB, JB-Dar, Dar-SP) que conseguimos por US 1300.

 

O resto vc vai ajustando...

 

Beijos!!!

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Ju, tenho mais uma pergunta.

 

Como você fez em relação a mala? Levou quantos quilos? mala de rodinha ou mochilão mesmo?

E como você ia fazendo com roupa suja?

 

Vou fazer 3 semanas de trabalho voluntário e depois viajar. Pro projeto não tem uniforme, então vou ter que levar muita roupa pq deve sujar pra caramba, tds os dias, mas estou em dúvida depois na fase das viagens como vou fazer quanto a isso.

 

Bjos

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que trip alucinante!!!!

Parabens pelo seu relato Juliana! ficou muito bom!

 

tou pensando em pegar 15 dias de ferias em agosto e quero pegar justamente a parte da Tanzania, e de quebra ver uns gorilas em Rwanda

 

quanto ficou no final o custo por pessoa total?

 

[]'s

 

Olá Bruno!!

 

Obrigada, espero que nosso relato ajude mta gente!!

 

Puxa, ver os gorilas deve ser demais!! Ainda quero voltar pra África pra isso e tb para ver o deserto, imagina que fantástico. Sugiro vc passar pelo Quênia tb, para ter uma vista do Kilimanjaro dentro do safári, infelizmente não coube nos nossos planos. A menos que vc queira escalar o Kili, aí não tenho nem comentários!! kkk

 

Então, estou tentando resgatar uma planilha de gastos aqui para ficar mais fácil a visualização... mas gastamos um total aproximado de 15 mil por pessoa.

 

Beijos!!

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