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Windsurf no Ceará


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Fonte: Diário online

Link: http://blogs.diariodonordeste.com.br/manobraradical/o-nascimento-do-windsurf-no-ceara/

 

Na aventura radical desta semana, iremos conhecer o primeiro esporte radical que encontrou no Ceará condições ideais para a sua prática: o windsurf.

Este esporte surgiu em 1963, na Flórida, primeiramente, criado pela remadora Naomi e seu esposo Newman Darby. Ambos não obtiveram muito sucesso no protótipo e apenas cinco anos depois, em 1968, quando os amigos Hoyle Schweitzer (surfista e empresário) e Jim Drake (engenheiro da NASA) uniram suas experiências, foi que nasceu o windsurf.

No Brasil, o primeiro equipamento de windsurf que aportou em nossas águas chegou em meados da década de 1970, trazido dos EUA pelo paulista Fernando Germano. O espetáculo proporcionado pelo esporte logo virou uma febre que em pouco tempo já começava a dominar o litoral paulista e carioca.

 

Chegada à terrinha

 

No Ceará, a primeira geração do windsurf surgiu no início da década de 1980. Impressionados com a beleza plástica do esporte e seduzidos pelo poder contagiante da adrenalina, muitos enveredaram pela prática do windsurf e meio que sem querer, ajudaram a construir uma história de conquistas para o esporte cearense. Alguns nomes obtiveram destaque nacional e vários deles ainda podem ser vistos velejando e sentindo a mesma emoção de quase 30 anos atrás na Enseada do Mucuripe ou em várias outras praias do nosso litoral.

Podemos citar como exemplo de pioneirismo atletas como Rodolfo Sampaio, André Coelho, Nélson Oliveira, Coelho Neto, Rossana Barreira, dentre vários outros. Contudo, dois nomes ainda se perpetuam até hoje. Não apenas pelo fato de ainda velejarem, mas por terem plantado em seus filhos a semente desse esporte, ajudando a colocar o Ceará na rota do windsurf internacional. Trata-se de Teka Lenz e Marcílio Browne, respectivamente pais de Levi Lenz, Biel Browne e Marcílio Browne Neto, mais conhecido como Brawzinho.

Esse trio é o retrato da nova geração do windsurf cearense e já são nomes conhecidos internacionalmente, a exemplo de Brawzinho, campeão mundial de Windsurf Freestyle em 2007 e Biel, vencedor da etapa cearense do Circuito Mundial de Fórmula Wind realizada em 2009 no Marina Park.

 

KONG

 

Caso de amor com o wind

 

Como o próprio nome sugere, trata-se da Fórmula 1 do Wind. Nela, o atleta se utiliza de pranchas mais volumosas e velas maiores que têm o objetivo de planar melhor sobre a água e, com isso, atingir as maiores velocidades possíveis pela diminuição máxima do atrito entre a prancha e a água, otimizando a força do vento.

 

História de vida

 

Édson Ferreira da Silva, o Kong, é o responsável pela brothers Wind School, primeira escola de windsurf do Ceará. Kong veio para Fortaleza no ano de 1981. Morava em Beberibe, mas a dura vida do interior forçou sua família a buscar melhores condições de sobrevivência na Capital.

Logo que chegou, virou flanelinha na Avenida Beira Mar, que à época chamava-se Presidente Kennedy. Até aí, uma história igual a outras tantas que todos nós conhecemos. A sorte daquele retirante e sua família começou a mudar no dia em que ele conheceu e praticou pela primeira vez windsurf.

Segundo Kong, um certo dia, um suíço filho de diplomata, que atendia pelo nome de Dominic, chegou à Enseada do Mucuripe com uma espécie de jangada que ele nunca tinha visto na vida. E foi ajudando Dominic que Kong conquistou suas primeiras aulas.

“Eu ajudava ele a carregar a prancha, a vela e a montar todo o equipamento. Com o tempo, Dominic passou a trazer dois equipamentos. Foi Dominic que trouxe o primeiro windsurf para o Ceará”, relatou.

Kong também explica que muitas vezes pensou que Dominic queria mesmo era fazer com que aquele flanelinha, que o ajudava com a alegria de uma criança que descobria o mundo, tivesse uma oportunidade de vencer na vida através do esporte. E foi exatamente o que aconteceu com o cearense.

Hoje, Kong é um profissional da área, que tira seu sustento da Brother´s Wind School, onde, junto com sua equipe, continua a formar, diariamente, as várias gerações cearenses, não só do windsurf, mas também do Hobie Cat, Laser, Caiaque e Stand up Paddle, as outras modalidades que são ensinadas em sua escola na capital cearense.

 

SAIBA MAIS

 

Início

 

Na década de 1980, a novela Água Viva colocava em evidência o windsurf, um esporte associado à liberdade, com o qual a cantora Baby do Brasil exaltava o ´Menino do Rio´. Nessa mesma época, o Ceará despontava internacionalmente como o paraíso dos ventos

 

Olimpíadas

O windsurf foi o primeiro esporte radical a alcançar o status de modalidade olímpica, em 1984, nas Olimpíadas de Los Angeles, nos EUA

 

Segurança

O windsurf é um esporte radical e como tal, precisa ser praticado com total segurança. Iniciantes devem procurar pessoas habilitadas para ministrarem as aulas; velejarem sempre acompanhados ou com alguém observando da terra. Nunca se deve entrar no mar com o vento soprando da terra para o mar. E nunca se esqueça de que você está no Ceará, o Havaí dos ventos

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