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Volta completa de Ilha Grande/RJ -Uma caminhada inesquecível


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  • 4 semanas depois...
  • Membros de Honra

Sinceramente não recomendo de maneira nenhuma fazer essa travessia em Julho.

Tempo frio e agua quase gelada é uma roubada e não conseguirá aproveitar nenhuma praia.

No verão, a temperatura é muito agradavel e mesmo com as chuvas dá para curtir muito as praias.

 

Se for repetir a mesma caminhada que fiz, o total dessa travessia chega a quase 80 Km.

 

 

Abcs

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  • Membros

Boa noite pessoal,

Eu sou novo aqui como registrado e postando minhas experiências, mas já li muito, em especial sobre essa viagem a Ilha Grande e me ajudou muito durante o planejamento e saber o que me esperava.

Eu sou um cara mais de assistir do que de ler, então fiz um vídeo sobre a minha viagem, falando dos lugares que eu passei, campings que fiquei, mostro um pouco das trilhas e prais. Espero que seja útil para alguém assim como esse post foi para mim.

E se não for útil, no mínimo vai deixar com vontade de viajar, pq as imagens são bem bonitas:

 

 

Valeu pessoal,

Abraços

Marco Bartulihe

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  • 1 mês depois...
  • Membros

Olá pessoal!

 

Seguinte, to pensando em fazer a volta mês que vem ou em maio. Estou pensando em sair do Aventureiro e ir em direção a Abraão e deve ser minha primeira trilha realmente longa (de mais de um dia). Mesmo já tendo muita coisa do que é preciso (já tinha planejado uma viagem antes, para o Pico da Bandeira, mas acabei não podendo ir de ultima hora), ainda tenho algumas dúvidas.

 

A principal delas é em relação ao saco de dormir, que eu já possuo mas sei que não serve (comprei ele pensando no Pico da Bandeira, logo é pra muito frio). Em qual faixa de temperaturas devo comprar? Um pra 15ºC serve ou seria muito quente?

 

Nesse período do ano é tranquilo achar alimentação e hospedagem? Sei que não é a melhor época pra curtir as praias, mas to indo mais pra arejar a cabeça mesmo.

 

Obrigado!

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  • 3 semanas depois...
  • 2 meses depois...
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Olá Pessoal!

 

Venho por meio deste post atualizar algumas informações em cima do relato muito bem escrito pelo Augusto!

 

Eu e minha namorada viajamos para Ilha Grande e passamos 10 dias lá, entre os dias 11 e 21 de maio de 2017. Demos a volta na ilha entre os dias 12 e 18 de maio, totalizando 7 dias de caminhada e percorrendo praticamente todas as praias da região.

 

Achamos importante escrever este post pois muita coisa mudou no parque ao longo desses 9 anos desde que o relato foi escrito, principalmente no que diz respeito às condições das trilhas.

 

Vamos às atualizações:

 

- Placas e Sinalização do Parque: O parque está com um estado de conservação muito prejudicado, onde diríamos que apenas 10% das placas que existiam há 10 anos ainda existam hoje. Na maior parte das vezes, apenas a estrutura em madeira onde existia a placa continua em pé. Não conseguíamos nos orientar para onde estávamos indo ou em que praia estávamos sem o relato do Augusto, apenas que estávamos em alguma trilha, então recomendamos que façam a trilha com o uso de um GPS e com o relato em mãos.

 

- Árvores na Trilha: vimos muitas árvores caídas nos cabos de energia elétrica e nas trilhas por todo o Parque, o que fez com que em alguns trechos os cabos estivessem no chão da floresta e que inclusive em alguns pontos tivéssemos que passar por cima ou por baixo para não encostarmos neles. Ainda, algumas árvores modificaram levemente a trilha, mas nada muito crítico que oferecesse risco de se perder.

 

- Em particular, sentimos que o estado de conservação de duas das trilhas estava em pior condição: A trilha que vai para a Praia do Caxadaço e a trilha entre Parnaioca e Dois Rios.

 

Em relação à trilha para a praia do Caxadaço, mais ou menos na metade da trilha se chega em uma vegetação mais aberta onde não se sabe muito bem onde fica a sua continuação. Só encontramos o caminho por conta de fitas e sacolas amarradas em algumas árvores, mas sentimos que aquele seria um lugar muito fácil de se perder.

 

Muitas partes desta trilha ainda se encontram mais fechadas, com árvores caídas e algumas bifurcações que dificultaram a chegada à praia.

 

Já em relação à trilha que sai de Parnaioca a Dois Rios, logo que saímos de Parnaioca passamos também por muitas árvores caídas e algumas bifurcações e não sentimos que a trilha estava indicando seu início, porém após este trecho a caminhada segue com a trilha sempre aberta.

 

- Trilha entre Caxadaço e Praia de Santo Antonio: depois de conversar com alguns moradores da ilha, decidimos fazer a trilha entre as duas praias contando com o auxílio do Wikiloc no celular. Para nossa surpresa, a trilha está bastante aberta e bem marcada e em alguns pontos até em melhor estado que algumas trilhas do parque. Somente o acesso pela praia de Caxadaço é um pouco escondido, mas usando o relato do Augusto conseguimos encontrar a trilha facilmente.

 

- Valores de Hospedagem e Alimentação: Em todos os campings que ficamos, a média de valores se situou em R$ 20 e R$ 25, com exceção do Camping Bem Natural em Praia Grande de Araçatiba (R$40, mas bem estruturado e com várias opções de comidas e sucos naturais no restaurante, com frutas cultivadas no próprio camping). Os PFs se encontram na faixa de R$ 25 - todos os valores por pessoa.

 

- Camping no Saco do Céu: no relato do Augusto, as opções de camping nessa vila da ilha eram poucas, onde existia a casa da Dona Nereide que ainda oferecia seu quintal para Camping. Conversamos com os moradores e descobrimos que a dona Nereide faleceu e que atualmente há apenas 1 opção de Camping no lugar, na pousada Gata Russa. Não soubemos o valor que ela está cobrando porque ela não estava lá no dia que passamos pela vila, mas sugiro que entrem em contato para evitar gastos maiores - em geral, lugares com poucas opções eram mais caros em toda a ilha.

 

- Trilha entre Aventureiro e Parnaioca: quando lemos o relato do Augusto ficamos na dúvida se a trilha entre as praias de Aventureiro e Parnaioca, passando pelas praias do Sul e do Leste eram permitidas pelo parque, e só depois descobrimos que não. Não encontramos nenhum fiscal do parque nesse trecho, onde inclusive avistamos um barco na praia com equipamentos de pesca submarina em plena região de Reserva Biológica (o que sugere que não estejam fazendo tanta fiscalização pela baixa temporada). De qualquer modo, nos disseram que os fiscais costumam ficar ou no fim da praia do Leste, próximos à trilha pelo morro que dá acesso a Parnaioca, ou depois da cachoeira que fica no final da trilha e no comecinho da praia). Não julgamos arriscado fazer a trilha nesse ponto, mas vale a informação para que cada um julgue o melhor modo de cruzar este trecho (de barco é permitido).

 

- Mirantes: passamos por dois mirantes muito legais na Praia de Aventureiro que devem ser visitados: Mirante da Espia e o Mirante da Sundara. Os dois ficam do lado direito da praia e próximos do cais e merecem ser visitados por todos - a vista de ambos é fantástica!

 

É isso, pessoal! Espero que essas dicas contribuam ainda mais para quem pretende fazer a trilha. Foi uma das mais fantásticas que já fizemos, tanto pela beleza natural incomparável de cada praia quanto pelo fato de termos pegado dias de sol durante a maior parte da viagem :)

 

Obrigado!!

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  • Membros de Honra

Oi GuiVerdi.

Parabéns pela travessia e pelas informações atualizadas.

São muito boas.

 

E queria pedir também sua autorização para colocar essa postagem nesse mesmo relato que eu deixo no blog.

Pode ajudar muita gente.

 

Valeu mesmo.

 

 

Abcs

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  • 5 semanas depois...
  • Membros

Olá, pessoal!

 

Essa semana fiz uma mal-fadada tentativa de meia volta pela Ilha, indo do Aventureiro até o Abraão. Apesar de não ter concluído o percurso devido a um tornozelo torcido na descida pra Parnaioca, julgo ter algumas informações importantes pra quem vai pelo menos até o Aventureiro ou quem pretende fazer o percurso partindo do mesmo ponto que eu (do Aventureiro) na baixa temporada.

 

Pois bem. Chegar ao Aventureiro em baixa temporada é algo complicado. Só se é possível chegar até Provetá, isso num barco partindo de Segunda a Sexta (não tenho certeza se também aos Sábados, mas não tem aos Domingos) as 14h do Cais dos Pescadores em Angra e não do Santa Luzia, como o mestre do barco havia me falado (fama de Provetá se mostrando parte 1). A passagem custa R$30 para turistas. Isso é um problema, pois a viagem leva no mínimo 1h30. No meu caso chegamos as 16h e só pude começar a trilha pro Aventureiro as 16h30, o que foi um enorme erro, pois fiz toda a descida quando já era noite! Por sorte, a trilha é bem visivel, então minha lanterna deu conta do trabalho com certa facilidade. Porém, o problema é hospedagem em Provetá, que não sabia que existia, por isso fui direto ao Aventureiro quando cheguei.

 

Provetá não tem a melhor fama do mundo no que se trata em tratamento ao turista, devido a composição do vilarejo. A primeira dica pra quem necessita se hospedar por lá é evitar de todas as formas ao camping que existe na praia de lá. Não só a área de barracas está num estado lástimavel, como a proprietária não tem nenhuma vontade de receber turista algum, na verdade até se recusa (falarei mais sobre isso mais a frente). O que indico é ir direto ao Bar do Cristiano. O acesso só rola pela praia e tem uma placa enorme indicando onde fica. O seu dono (o Cristiano em questão) tá tentando começar uma mudança em Provetá e começar a atrair mais turistas pra lá, vai ter até prazer em te receber, já que ele está construindo uma pequena pousada e pretende ter uma área pra camping também. Além de que, ele tem wifi e, assim, ele também aceita pagamento via transferência bancária, algo bem avançado ali pro Provetá.

 

Já sobre a travessia do Aventureiro para Parnaioca, de fato não está havendo nenhuma fiscalização. Como o INEA está em um processo avançado de sucateamento, só há um único fiscal pra reserva biológica e pro Aventureiro inteiro, cruzei com ele e ele nem se incomodou comigo. Ele sequer perguntou sobre minha autorização para acampar no Aventureiro.

 

Já sobre a trilha pra Parnaioca, ela está um pouco complicada. Ele possui duas entradas ali na Praia do Leste. Da primeira vez tomei a da esquerda e me perdi, por sorte consegui retornar até o começo e pedi a ajuda de outra pessoa que também estava no Aventureiro e foi comigo até o ínicio da trilha. Ele já havia feito a trilha, porém, na segunda tentativa tomamos a entrada da direita e com alguma dificuldade encontramos o ponto onde ela começa a subir o morro. Há muitas árvores caidas pela trilha e a orientação as vezes é meio complicada, é bom levar um GPS se vc tiver pouca experiência como eu. Na saída da trilha, até existia a estrutura onde ficava uma placa que alertava para a proibição de entrada de pessoas, mas a placa já não estava mais lá, o que só ajuda a comprovar o sucateamento da estrutura do INEA na Ilha Grande.

 

Agora, um breve relato sobre o fim da minha tentativa. Já descendo para a Parnaioca, torci meu tornozelo esquerdo e isso poderia ser um grande problema, pois eu já havia fraturado esse mesmo tornozelo (o que impediu que eu subisse o Pico da Bandeira quando já estava tudo planejado e pronto, por sinal) e pq eu estava sozinho (infelizmente, não consegui achar nenhuma alma viva que me acompanhasse na viagem). Por sorte, eu estava quente o suficiente pra conseguir chegar até a praia, mas só foi eu ir esfriando que o problema piorou muito. Aí começa o segundo problema.

 

Paranaioca é quase que totalmente isolada por mar do resto da Ilha na baixa temporada. Continuar até Dois Rios era impossível com meu tornozelo e não havia barcos para o Abraão, mas por sorte (sempre ela) havia um pescador de Provetá na praia naquela hora, o seu Nilsson. Apesar de ter me cobrado salgadissimos R$100 pela volta até Provetá, era minha única opção ali e também me tratou com bastante simpatia e tentou facilitar minha vida ao máximo. Porém só chegamos lá pelas 16h e já não havia barcos para o continente, eu teria que dormir por lá e esse foi meu grande problema.

 

Como eu pretendia fazer apenas a meia volta na Ilha, não levei muito dinheiro vivo. Gastei R$110 (R$30 no barco, R$50 na hospedagem por duas noites no Camping do Luis e mais PF, que subiu pra R$30 ali no Luis) até o Aventureiro e, ao chegar a Parnaioca ainda me restavam R$180. Mas, R$100 foram embora na carona de barco e R$50 sumiram na minha mochila, o que me deixavam R$30 pra hospedagem e voltar para Angra. Perguntei sobre alguma pousada lá que, na esperança, aceitasse cartão ou tivesse internet pra fazer transferência bancária. Me indicaram uma no fim da praia, mas ela estava fechada. A proprietária e um morador me falaram pra tentar no camping, então fui pra lá. Aí começa a fama de Provetá parte 2.

 

Cheguei no camping e fui falar com a proprietária. Primeiro ela me atendeu com a mesma simpatia que um funcionário de junta militar em dia de alistamento obrgaitório, daí explico minha situação e pergunto se ela aceitaria que eu pagasse via transferência bancária (eu iria até o Bar do Cristiano e pediria pra usar o wifi de lá), a resposta dela foi tão simpática quanto ao atendimento: falou que não ia aceitar transferência coisa nenhuma, que estava querendo enrolar ela e que eu deveria ir embora, que lá eu não ficaria nem perto. Fora que queria cobrar R$20 por um camping descrépito e que nem parecia ter banheiro. Bom, saio de lá feito o Chaves sendo expulso da vila e vou tentar a sorte, por algum motivo, no Bar do Cristiano. E, lembrem-se, tudo isso com o tornozelo torcido, ou seja, nem andar decentemente eu tava conseguindo.

 

Chego no Bar e vou falar com o Cristiano, que me atende muito bem e que se mostrou uma pessoa muitissimo gente fina. Explico a situação e ele nem pensa duas vezes, topa na hora e ainda me oferece um PF + bebida pelo preço que paguei pela pernoite e pelo PF no Aventureiro, ou seja, R$55 (eu acabei pagando R$80 por motivos de cansaço e fiz a conta errado, esqueci que tinham sido duas noite no Luis). Me ofereceu o salão em reforma do restaurante pra ficar, ou seja, um local coberto e com chão cimentado e plano, ainda me levou até a casa dele, onde me apresentou pra família e deixou que eu tomasse banho por lá. O PF ainda foi de um peixe inteiro feito na hora, com salada e fruta pão frita (parece batata, muito bom), mais uma Coca ou suco (peçam o de limão-galego, que na verdade é limão-cravo). Como ele tava ampliando o negócio, ele pediu várias dicas sobre como atrair gente pra lá (uma delas foi de cobrar menos na pernoite que no aventureiro), e me agradeceu ainda me dando dois filetes de ovas de tainha, que é meio que um petisco iguaria por lá. Pra finalizar, ele ainda chama a dona Zulmira, uma senhorinha que faz óleo de arnica pra dar uma olhada no meu tornozelo, o que funcionou muito bem e me fez conseguir chegar até a rodoviária a pé no dia seguinte e, assim, voltar pra casa. E já ia esquecendo, os R$50 desaparecidos reapareceram na minha mochila no dia seguinte.

 

Enfim, era pra ser só umas dicas breves e um relat breve também, mas esqueço que sou um pouco prolixo, espero que fique muito longo. Espero que ajude em algumas questões também. É isso.

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