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TRAVESSIA MAMANGUÁ E JOATINGA - 2013 (Com fotos e valores)


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Travessia realizada entre os dias 26/12/12 e 09/01/13 por mim e pelo meu namorado Gilberto.

 

[t3]Dia 1: Paraty[/t3]

 

Diferente das outras viagens, resolvemos que não valia a pena irmos de moto, pois tínhamos 20 dias de férias e havia tempo a perder. Assim, saímos às 11h20 da rodoviária de São José dos Campos em direção à Paraty. A viagem foi tão ou mais cansativa do que se tivéssemos ido de moto, pois levou 7 horas para chegarmos. Lá por volta das 5h30 da tarde chegávamos a Paraty e, por sorte – ou não, eu já havia reservado o hostel mais barato da cidade: Central Hostel Paraty.

 

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Muito bem localizado, bem no centro histórico de Paraty, pagamos R$90 a diária pelo quarto de casal, incluindo o café da manhã. O hostel é bem ruinzinho... quarto pequeno e abafado, com um ventilador de teto que não refrescava nada e fazia um barulho desgraçado, e o pior: à noite choveu e alagou todo o chão do quarto, de modo que tivemos que acordar pra jogar todas as nossas coisas pra cima de um armário. O café da manhã era bem simples (café, leite, pão e mamão), mas a estrutura dos banheiros e chuveiros até que era bacana.

 

À noite saímos para, pela primeira vez na viagem, comermos um prato de peixe (R$21pp) e ficarmos bebuns:

 

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[t3]Dia 2: Paraty mirim – Saco do Mamanguá[/t3]

 

Depois de tomarmos café, pegamos um ônibus na rodoviária de Paraty em direção à Paraty-Mirim (às 9h00), chegando por lá cerca de 10h30. O acesso à praia se dá por uma estradinha de terra de 7km, que estava bastante alagada devido às chuvas da noite. Vimos alguns carros atolados e depois descobrimos ser de um amigo nosso, daqui em diante chamado Tiago, que estava indo com uma galera pra Praia de Calhaus (por barco).

 

- Horários do ônibus Paraty - Paraty mirim de 2ª-6ª: 5h30 - 6h45 - 8h00 - 9h30 - 11h00 - 12h50 - 14h30 - 16h00 - 17h30 - 19h00 - 22h35

- Horários do ônibus Paraty - Paraty mirim de domingo: 6h30 - 9h30 - 11h00 - 13h00 - 16h00 - 17h00 - 19h00 - 22h35

 

Antes de começar o relato das trilhas propriamente ditas, é extremamente importante deixar claro que Gilberto e eu somos um casal sedentário: nos alimentamos de feijoada, pizza e macarrão. Frequentamos rodízios para comer bastante e depois dormimos 3 horas para fazer a digestão. MAS, às vezes, ainda fazemos alguma coisa: nadamos, andamos de bike, damos uma corridinha. O que já nos faz sentir valentes o suficiente para resolver ir de bike de São Paulo à São José dos Campos, encarar travessias etc. Portanto, é muito importante levar isso em conta quando eu deixar minhas avaliações sobre a dificuldade dos percursos. ::tchann::

 

Voltando.

 

Já em Paraty Mirim encontramos o início da trilha, que fica no fim da praia, à direita. Trata-se, na verdade, de uma subida desgraçada. :shock: Nos abastecemos de barrinhas de proteína e energético e começamos a caminhada. Nesse momento dois caiçaras iniciaram o percurso e desapareceram na nossa frente, sem nunca mais serem vistos por nós.

 

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Levamos cerca de 30 minutos para subir, quando fizemos a 1ª pausa. Com as pilhas recarregadas, começamos a descida, que foi mais fácil. Cerca de 1 hora depois avistamos uma entrada para uma 1ª praia, já no Mamanguá. Bom lembrar que em alguns momentos da descida a trilha fica bastante fechada, mas é só seguir que não tem erro.

 

Sei que passamos por umas 5 praias com propriedades particular construídas. Queríamos chegar ao restaurante do Dadico, que conhecemos da outra vez que estivemos por lá, mas já era 13h e nos disseram que era necessária uma caminhada de mais 1 hora para chegarmos lá. Foi quando encontramos a tal Praia Grande (que de grande não tem nada) e lá o barqueiro Junior topou nos levar para o outro lado do Saco por R$25 (os dois).

 

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Achamos uma boa, desistimos do Dadico e chegamos na Praia do Cruzeiro (Camping do Sr. Orlando, R$15 diária por pessoa) a tempo de almoçarmos uma porção de lula (R$35) com acompanhamento individual de arroz, feijão, salada e farofa (R$10 por pessoa).

 

 

Montamos a barraca e caímos na água, que estava sensacionalmente quente. Ficamos até umas 4h da tarde, tomamos banho e arrumamos as coisas todas dentro da barraca. Nesse momento percebemos que, ainda que seja um peso significativo nas costas, foi uma escolha incrível ter levado um colchão de ar auto inflável.

 

A praia do Cruzeiro é um lugar incrível. A recepção dos donos do camping (Sr. Orlando e D. Maria) é sempre muito gostosa e tivemos a sorte de chegar e ter apenas mais um casal acampando.

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[t3]Dia 3: Praia do Cruzeiro[/t3]

 

Diferente de todas as dezenas de relatos que li por aqui sobre essa travessia, Gilberto e eu NÃO a fizemos nos 4 ou 5 dias que são necessários para percorrê-la de uma tacada só. Por duas razões óbvias: não estávamos preparados fisicamente para isso e também porque tínhamos tempo para aproveitar bastante cada pedacinho do trajeto.

 

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Então, no dia seguinte, não partimos e curtimos a praia pela manhã. Conhecemos um casal que chegou com uma canoa havaiana, na qual o Gilberto deu um delicioso rolê e me deixou chupando o dedo. ::bruuu::

 

Enquanto estávamos lá de boa, vimos uma família de playbas (completinha: o pai pançudão, a mãe e filha com cara de frescas e o namorado bombado) subindo em direção ao Pico do Pão de Açúcar de sunga xadrez, biquínis de renda, chinelinhos de dedo e afins.

 

Agora explico a relevância desse comentário: ficamos o dia todo adiando subir nesse pico por pura preguiça. E as únicas coisas que fizemos foram dormir, comer e tomar umas brejas no bar do Cruzeiro (R$4 a lata Skol).

 

Decidimos subir impreterivelmente no dia seguinte, crentes de que haviam instalado alguma espécie de bondinho para que aquela rapaziada tivesse decidido subir.

 

A visão preconceituosa e classista mandou um abraço! :twisted:

 

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[t3]Dia 04: Pico do Pão de Açúcar[/t3]

 

Bem, estávamos no dia 29/12, pré véspera de ano novo e o que temíamos aconteceu: desde ontem à noite não parou de chegar gente (via barco de Paraty Mirim) nessa praia: uma família com mais de 15 pessoas que trouxe a casa inteira, com direito à churrasqueira, ao cachorro e à sogra. Um grupo de caras que passou a tarde inteira para montar a barraca. Muita gente sem noção que falava alto e não tinha a menor percepção de estar em um camping e não em sua própria casa.

 

Enfim, meu lado velha ranzinza foi aflorando e chegou ao seu grau máximo no decorrer do dia e decidimos ir embora no dia seguinte.

 

Mas, havia ainda o dia pela frente: almoçamos um PF de peixe (arroz, feijão, salada e peixe, R$20pp) e decidimos subir o Pico do Pão de Açúcar no fim da tarde, para pegar o pôr do sol. Por volta das 4h30 iniciamos a pernada ladeira acima.

 

Não demorou 2 minutos para lembrarmos como era íngreme e escorregadia aquela subida. Subimos passando o maior perrengue, pensando em como os playbas do dia anterior haviam subido, mas o visual de lá de cima compensou tudo e até nos esquecemos do suor pra chegarmos até lá.

 

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Assim que pisamos no topo, apareceu um cara chamado Boris que estava fazendo exatamente o mesmo percurso que a gente. Mas não conseguimos acompanhá-lo SEQUER na descida daquele pico, quanto mais na travessia inteira, então achamos prudente não sugerir nossa companhia pro resto da viagem.

 

E para piorar nosso lado, já estávamos nos sentindo duas jamantas emperradas, lá pro fim da descida, cerca de 7 horas da noite, encontramos um casal que ainda pretendia subir o pico, no escuro!

 

Detalhes: o cara com TODA a mochila dele nas costas, a moça de chinelinhos, cabelo solto andando e comendo um pacote de miojo cru. 1h30 depois os encontramos de volta da trilha (que fizeram) com cara de quem havia acabado de sair do spa.

 

Não muito depois fomos dormir bem cansados, enquanto o colega Bóris ainda tomava um vinho e jogava cartas com a galera.

 

Tudo isso aflorou em nós a certeza de que somos muito sem preparo e que isso tem que ser resolvido como a 1ª meta de 2013. :roll:

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[t3]Dia 05: Praia do Cruzeiro – Praia de Calhaus[/t3]

 

Saímos por volta das 10 horas, depois de tirarmos uma foto com o Sr. Orlando e Dona Maria.

 

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Seguimos em direção à Praia do Engenho, de onde parte a trilha para a Praia Grande do Cajaíba. Segundo o Sr. Orlando, fica a cerca de 40 min de caminhada, umas 5 praias à frente. Mas pegamos a bifurcação errada e, ao invés de seguirmos beirando a praia, fomos por uma outra trilha mais acima e aparentemente bem fechada.

 

O certo é, na primeira bifurcação, pegar a trilha da esquerda, descendo para a praia. Em um momento essa trilha torna-se até pavimentada, passando por umas escadas dentro da propriedade de moradores locais.

 

O resultado é que, dos 40 minutos previstos, demoramos 2 horas até, enfim, chegarmos na Praia do Engenho. Essa praia parece praia particular, com uma casona enorme. Lá fomos orientados pelos funcionários a pegar uma trilha que sai por detrás da casa, subindo pela lateral à direita.

 

Logo no início temos que passar por um fio d’água que corre por umas pedras. A trilha toda é bem marcada e não há bifurcações. No entanto ela é bastante íngreme e ficamos subindo cerca de 2 horas, com várias pausas.

 

Considerei uma trilha pesada, escorregadia por conta da umidade da chuva dos dias anteriores. Aliás, no geral da travessia, por unanimidade (Giba e eu) foi eleito o trecho mais cansativo. Amo você, bastão de caminhada.

 

Passamos o maior perrengue, que só não foi pior porque o sol não estava aparecendo, embora estivesse bastante quente. Depois de 2 horas de subida, encaramos 1 hora de descida, não tão íngreme, mas também bem cansativa, pois nossas pernas já estavam fracas e tínhamos muita fome.

 

Por volta das 15h30 chegamos na Praia Grande do Cajaíba. Tinha medo de encontrar um tal “Robinho” que li em outros relatos, e ele viesse atrás de nós com sua arma impedindo que acampássemos por lá. Só que não. A praia, por conta do fim de ano, estava agitadíssima. Grande parte dela de fato é deserta, mas em um dos cantos existe um quiosque e até um camping.

 

Almoçamos um PF de peixe (R$25pp) e ficamos lá pensando no que iríamos fazer. A próxima praia ficava a cerca de 30 minutos à frente, mas não tínhamos forças pra continuar. Não gostávamos da ideia de ficar na Praia Grande, que também estava muito agitada.

 

A preguiça falou mais alto e pegamos uma lanchinha (R$10pp) para nos levar até a praia de Calhaus, onde aquele meu amigo que atolou o carro tinha alugado uma casa (poderíamos acampar na varanda dele). Desse jeito, não conhecemos a praia de Itaóca... só de longe.

 

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Chegando em Calhaus, notamos que não seria tão fácil encontrar o Tiago, pois a praia não era tão pequena assim. Ficamos parados num posto de saúde esperando algo acontecer, e a noite ia chegando.

 

Diante da possibilidade de não encontrar meu amigo, resolvemos perguntar para uma pessoa que estava em uma “casa” ao lado do postinho onde poderíamos acampar. Descobrimos que aquilo era uma escola e o professor, Julio Cesar, estava passando suas férias por lá. Ele nos disse que sem nenhum problema poderíamos acampar ali mesmo, de frente pro mar, na varanda do posto.

 

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No fim, o Tiago nos encontrou, mas preferimos ficar ali mesmo e aproveitar a vista pro mar.

 

À noite, dois guarda-parques apareceram dizendo que nosso camping se caracterizava como “selvagem” e portanto, não poderíamos ficar ali, tendo que sair na manhã seguinte.

 

O professor Julio se mostrou uma excelente companhia, um cara muito gente boa, bom de papo. Nos convidou para preparar o jantar com ele, e nos permitiu usar a cozinha e o banheiro da escola.

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[t3]Dia 06: Praia de Calhaus[/t3]

 

Logo pela manhã desmontamos a barraca com medo dos guarda-parques e a deixamos escondida semi -montada na varanda da escola. Almoçamos com o professor um delicioso PF de lula ao leite de coco (R$15pp). Conhecemos a galera que estava com o Tiago e eles nos convidaram para passar o ano novo com eles.

 

Até topamos, mas estávamos com a grana contadinha e não achamos nenhum peixe para comprar, pois os pescadores não saíram para pegar os peixes do cerco durante a tarde. Assim, resolvemos que nosso ano novo seria como de fato queríamos: com nada muito especial, numa praia tranquila, olhando o mar e sentindo o ar do litoral encher o peito de paz pro próximo ano. Quer mais do que isso? ::otemo::

 

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Ficamos com o professor Julio, e o Gilberto preparou um delicioso patê de atum que comemos com bolachinhas e cerveja até quase meia-noite.

 

Perto de virar o ano, o professor teve uma ideia: pegar emprestada do dono do bar (que estava jogado bêbado na areia) uma canoa enorme e ir remando até uma praia próxima (Pouso do Cajaíba) onde estava o agito e teriam vários fogos de artifício.

 

E foi o que fizemos: num mar calmo, lua cheia, calor, vento fresquinho nós fomos até lá ver os fogos de longe.

 

O Giba remando em pé como um verdadeiro caiçara! Aliás, o Gilberto não podia ver uma canoa durante a viagem que ele já queria ajudar a puxar/empurrar... ficou aguado querendo ir pescar camarão com o Sr. Orlando... deve ter nascido caiçara em outra vida.

 

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Foi tão especial, tão maravilho, que eu não tenho dúvidas em dizer: foi a melhor virada de ano da minha vida e um daqueles poucos momentos memoráveis que compõe nossas mais deliciosas lembranças (tô poética hoje).

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[t3]Dia 7: Praia de Calhaus[/t3]

 

Acordamos cedo e encontramos o Tiago que chegava em casa, de ressaca, às 7h30 da manhã. Almoçamos um PF de peixe (R$12pp), tomamos umas tantas e ficamos de boa o dia todo, sem fazer nada além de tomar um sol, entrar no mar, beber uma breja com o Julio e dormir.

 

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Ah, importante: como fazia muito calor e tínhamos levado cada um de nós um moletom, resolvemos deixar isso com o Tiago, que voltaria de carro, tirando um peso da mochila.

 

Guarde essa informação.

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[t3]Dia 08: Calhaus – Martim de Sá[/t3]

 

Acordamos umas 9 horas, arrumamos tudo e partimos em direção à praia Martim de Sá. Para nossa surpresa, o professor Julio resolveu nos acompanhar, pois ainda que lecionasse ali na comunidade já há mais de 20 anos, nunca havia ido até essa praia. Louco, né?

 

Uns 20 minutos de caminhada à frente chegamos em Itanema, que é uma praia bem pequena, com camping e quiosque também.

 

Seguimos mais uns 40 minutos e chegamos até Pouso do Cajaíba. De lá nos informamos e descobrimos que a trilha seguia por detrás de uma escola, à direita. Pegamos essa trilha, com várias bifurcações. Ela foi ficando bem fechada, cheia de casas em construção... foi quando notamos que mais acima havia um clarão, uma passagem.

 

Saindo de Itanema:

 

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Fomos até lá e achamos uma trilha enorme, mais parecia uma rua. Resolvemos segui-la e, de fato, esse era o caminho certo, mas não sei de onde ele sai na Praia do Pouso, ou qual bifurcação peguei errado.

 

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Ainda que tivesse algumas subidas e estivesse chovendo, a trilha foi bem tranquila. Em pouco menos de 1 hora já estávamos no ponto mais alto e depois foi só descida. Ouvi dizer que tem duas grandes pedras durante essa subida de onde se segue por uma pequena entrada e encontra-se água. Mas não confirmei isso.

Ao final da subida encontra-se uma bifurcação importante que leva à cachoeira da Sumaca ou à Martim de Sá. A placa que indicava essa informação dizia que para Sumaca anda-se por mais 2 horas e mais 40 min para Martim.

 

Chegando em Martim de Sá:

 

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Já em Martim caímos direto no Camping do Seu Maneco (R$15 diária pp), comemos um PF de peixe, para variar um pouco (R$15 pp, peixe, arroz, feijão e farofa), montamos a barraca e nos despedimos do Prof. Júlio, que voltou para Calhaus.

 

Começou a esfriar (cadê meu moletom?) e a chuva engrossou bastante. Nossa barraca não é das mais tops e ficamos com muito medo de entrar água dentro. Ainda mais porque não estávamos num lugar privilegiado, havia uma corrente de água passando bem ao lado, mas o camping estava lotado e não havia como mudar a barraca de lugar.

 

::Cold::

 

Fomos dormir com frio e rezando para não entrar água na barraca.

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[t3]Dia 9: Martim de Sá[/t3]

 

Acordamos e ainda chovia.... e ficou o dia todo chovendo. Por conta disso, nem vimos a cara da praia. O camping estava vazio, pois todos estavam dentro das barracas. Só saímos para almoçar um PF de ovo (R$12), ficamos lendo sem fazer nada.

 

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Até que, de repente, um grupo que tinha feito uma verdadeira pousada de lonas resolveu ir embora e deixar tudo para trás. Explicação: como chovia muito, o mar estava bem “bravo” e nenhum barco saia ou chegava para fazer o trânsito de turistas. Assim, para ir embora, as pessoas tinham que pegar a trilha até Pouso do Cajaíba... e muitos estavam indo embora deixando tudo pra trás pois não queriam levar peso.

 

Quem pode, pode, né?

 

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Bom pra gente, pois rapidamente nos apossamos do espaço deles, que deixaram as lonas todas “no esquema” pra nos proteger da chuva. Foi ótimo, pois a barraca deu uma secada, não precisávamos mais nos preocupar com a água entrando nela e também tínhamos a possibilidade de ficar para fora dela enquanto chovia.

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[t3]Dia 10: Martim de Sá – Ponta Negra (1ª tentativa)[/t3]

 

 

Acordamos e São Pedro havia ouvido nossas preces: não chovia mais. Tomamos café e combinamos de sair rumo à Cairuçu após o almoço. Lavamos a roupa suja, desmontamos e limpamos a barraca e encontramos um rapaz de Mogi das Cruzes chamado André que também estava aguardando para seguir rumo à Ponta Negra.

 

Logo após o almoço seguimos em frente. Existem duas maneiras de iniciar a trilha até Cairuçu.

 

A primeira delas, mais fechada e longa é por fora do camping do Seu Maneco, saindo de sua propriedade, à esquerda.

 

A segunda (a que não conhecíamos), mais rápida e fácil, é por dentro do camping. Ambas passam por uma cachoeira em cerca de 5 minutos de caminhada, mas em pontos diferentes dela. Estava bastante cheia, mas demos as mãos, os bastões de caminhada e conseguimos passar.

 

Seguindo cerca de 15 minutos adiante, numa trilha bastante aberta e agradável, pois ela vai margeando um vale, encontramos um segundo rio. Esse sim bastante cheio... na verdade assustador. Tentamos subir seu curso para encontrar algum tipo de passagem ou trechos com melhores condições, mas nada.

 

 

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Entrava-se no rio já com a água na coxa... o “cagaço” falou mais alto e voltamos ao Seu Maneco com o rabinho entre as pernas (pois ele insistiu para que esperássemos mais um dia).

 

Chegando lá ele não quis que pagássemos por mais uma noite e nos ofereceu ficar em seu rancho que era um verdadeiro resort! Na beira da praia, coberto, com um vento fenomenal que secou tudo o que estava úmido, inclusive a gente. Aliás, o Seu Maneco é uma figura a parte nessa praia: não permite nem bebidas alccólicas nem drogas em seu camping e espalha centenas de mensagens alto astral e de preservação da natureza pelo local. O camping é gigante, e toda sua família trabalha pra ele: na organização do lugar, na recepção dos turistas, na cozinha etc.

 

 

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Notamos que o céu estava clareando bem e decidimos partir novamente na manhã seguinte.

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