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Parque Estadual da Pedra da Boca, com parada na misteriosa Pedra do Ingá, com fotos [Paraíba]


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Um pouco cansado do carnaval de Salvador, resolvi, pelo segundo ano consecutivo, fugir da cidade. Procurava um lugar tranquilo onde pudesse fazer trilhas, descansar e nutrir a alma com as coisas mais simples da vida. Isto tudo, também, para não me submeter às explorações típicas desta época do ano. Depois de muita pesquisa, o destino escolhido foi o Parque Estadual da Pedra da Boca, que fica em Araruna, na Paraíba, na divisa com o Rio Grande do Norte.

 

O Parque é um dos 4 [quatro] Estaduais reconhecidos pelo Estado da Paraíba, segundo o site http://br.viarural.com/servicos/turismo/parques-estaduais/parque-estadual-da-pedra-da-boca/default.htm" onclick="window.open(this.href);return false;. Acrescenta também a fonte citada que o Parque Estadual da Pedra da Boca, com seus 156 hectares, possui um belíssimo patrimônio geológico, repleta de cavernas, rochas com agarras naturais e as mais diferentes formações rochosas, ideais para a prática de esportes de aventura. Nesta região, destacam-se a Pedra da Caveira, a Mata do Gemedouro, o Açude do Calabouço etc. O local é formado por várias serras de pura rocha que escondem dezenas de grutas e cavernas, muitas ainda inexploradas, algumas com pinturas rupestres. A região era ocupada primitivamente por várias tribos indígenas da imponente nação Tapuia.

 

Conhecer este Parque já estava nos meus planos desde 2008, quando fiz uma viagem fantástica pela Paraíba [litoral Sul e de João Pessoa até o Sertão, no Parque dos Dinossauros, com parada na belíssima região do Cariri].

 

Consegui pela GOL uma excelente promoção para Campina Grande por milhas – 5000 o trecho e fui com Luis, Ademir e Aurenir, trilheiros de velhos carnavais.

A chegada a Campina Grande, ainda no avião, já mostrava o cartão postal da seca. Grandes áreas totalmente acinzentadas castigadas pelo sol forte que predomina na região há meses.

 

Alugamos um carro em Campina Grande e seguimos pelas estradas paraibanas até Passa e Fica, já no Rio Grande do Norte, que é a melhor forma de chegar ao Parque [+-120km a partir de Campina Grande].

 

As estradas estaduais que pegamos estão com o estado de conservação razoável, mas mesmo sendo curto o percurso o tempo de viagem acabou sendo um pouco longo [+-2h30min], isto porque é necessário passar por inúmeras pequenas cidades da região.

 

Para entrar no Parque, não é preciso chegar até a cidade de Passe e Fica. Antes, na estrada [RN 093], há uma entrada à esquerda para a Pedra da Boca, que dista aproximadamente 6km deste ponto.

 

Mais uma vez, a minha visita a este Estado ficou marcada pelos cenários secos desta época do ano. A visão era de arrepiar. Beleza e tristeza se alternavam nos meus sentimentos ao ver tudo aquilo. Este tipo de bioma [caatinga] me fascina. Basta uma chuva para que tudo, que está aparentemente morto, torne-se, em poucos dias, verde para mostrar que o novo ciclo da vida se inicia.

 

As rochas do parque, que têm como a grande estrela a Pedra da Boca, oferecem aos praticantes de escalada e rapel muitas opções. Pensando nisso, resolvemos agendar o nosso batismo de rapel que, felizmente ou infelizmente, deu errado. O nosso instrutor, que é bastante conhecido no local, no dia anterior a nossa chegada, nos avisou pelo facebook, que não poderia fazer o rapel e que mandaria outra pessoa, porém ninguém apareceu. O fato, evidentemente, não era o planejado, mas, de qualquer forma, não tirou o brilho da nossa viagem. Procuramos o Seu Tico, que é a referência do Parque, para dedicarmos 2 dias para as trilhas clássicas. Só um parêntese: Seu Tico mora na região desde criança e conhece cada canto, cada pedra, cada gruta do parque etc. No seu terreno, que fica no lado paraibano [o Rio Calabouço divide Araruna de Passa e Fica na área do parque] há uma área de Camping [R$5,00 pp], com banheiros e restaurante que oferece, todos os dias, uma ótima comida caseira [galinha caipira, bode, frango, feijão, salada etc] – R$10,00 o prato livre. O terreno do Seu Tico tem um astral incrível. Lá é o ponto de partida das trilhas, do encontro dos escaladores, do retorno, do almoço, da roda de forró, do violão.... Enfim, era mesmo o que eu procurava para o meu carnaval.

 

Optamos por ficar na Pousada Fulô da Pedra [http://www.pedradaboca.com.br/apousada Tel: (0xx84) 9932-0267; 8875-1279 ou 8804-0267], que fica um pouco depois da casa do Seu Tico, já em terras potiguares. Esta pousada possui vista para as formações rochosas do Parque e revelou-se como uma grata surpresa da viagem [a partir de R$75,00 o quarto duplo]. Os donos são extremamente simpáticos [Gil e Annica] e muito competentes na administração da pousada. Oferecem almoço e jantar [R$17,00 por pessoa], com opções de bons vinhos. Lá me senti em casa. Um ar acolhedor. Uma família. Um ambiente que, em cada detalhe, valoriza a cultura local. Tudo estava em sintonia com o que eu procurava nestes dias.

Sem dúvidas, esta pousada é um lugar de referência para aqueles que buscam nas coisas simples da vida a paz espiritual, sem abrir mão de um excelente serviço.

 

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1º DIA:

Neste dia, o Seu Tico nos guiou [R$10,00 pp – Tel.: (0xx83) 9967-5037, e foi muito especial. Foram 3 horas de caminhada. Estar ali diante da lenda viva do Parque Estadual da Pedra da Boca, ouvindo as suas histórias e explicações sobre a vegetação que ali predomina foi um privilégio. Passamos por várias grutas, vencemos alguns obstáculos [bem divertidos por sinal], contemplamos pinturas rupestres e trilhamos por matas muito secas com belos visuais. Aliás, vale registrar que, para quem é amante da fotografia, o local é bastante fotogênico. Seguem alguns registros desta trilha:

 

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De volta, lá pelo meio-dia, caímos como lobos no banquete oferecido pelo restaurante do Seu Tico. Após um descanso merecido de +- 1,5h, seguimos rumo ao principal monumento natural do Parque: a Pedra da Boca. Desta vez, com o genro do Seu Tico que levou as cordas para vencermos a parte final da trilha. O sol estava muito forte para subir essa grande rocha, mas a recompensa iria muitíssimo valer a pena. Depois de +-50min, com paradas para descanso e fotos, e vencidos os 200 metros de desnível [está a 336m acima do nível do mar], estávamos nós no grande salão da pedra, com a sua bocarra escancarada, porém sem dentes [rsrsrsr], mas com um imponente céu. E lembra mesmo o céu de uma boca.

De longe não é possível imaginar o tamanho daquela boca. É sensacional!!!! Deve ter uns 40 metros de altura. Ficamos lá por mais ou menos 1h, descansando, conversando e contemplando a belíssima vista da região.

 

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Descemos da Pedra da Boca e seguimos para a Pousada, onde nos juntamos a um grupo de João Pessoa para assistirmos ao pôr do sol na Pedra do Lagarto, que fica do lado do Rio Grande do Norte. O filho da dona da pousada Fulô da Pedra, o Gabriel, ofereceu-se para ir conosco para mostrar o caminho. A vista naquele horário para as formações mais conhecidas do Parque [boca, Santa, Caveira, Dente etc] é show. O por do sol, o silêncio, pouca gente... Era o fim do dia que eu esperava.

 

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2º DIA:

Como sabíamos que a trilha da Mata do Gemedouro era a mais puxada, decidimos nos contentarmos apenas com ela. Infelizmente, no ano passado, esta área do Parque sofreu bastante com um incêndio, mas nem por isso deixou de ser interessante.

O início da trilha foi a parte mais dura, pois, além dos galhos secos pelo caminho, era só subida até chegarmos à Pedra do Equilíbrio. Desta pedra, a vista é arrebatadora, e o descanso na sua sombra era o que merecíamos. Depois de uns goles d’água, lanche e conversas, zarpamos para, de fato, nos embrenharmos na Mata do Gemedouro. O nome é bastante sugestivo, pois gememos um pouquinho com os espinhos das macambiras e com os arranhões causados pelos galhos secos de alguns arbustos pelo caminho.

Durante a trilha há vários pequenos caminhos que, em algum momento, foram riachos. Pena que não havia água para nos refrescarmos. Deu para perceber também que, mesmo com a queimada forte que ocorreu no ano passado neste trecho do Parque, algumas árvores se mostraram resistentes, como exemplo as barrigudas. Incrível!!!!!

 

Os grandes visus desta trilha são: estar frente a frente com a Pedra do Dente, que lembra bastante a Pedra da Caveira, e contemplar a belíssima vista da Pedra do Equilíbrio.

 

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O fim da trilha contorna a Pedra da Santa, onde, no local, foi construído um grande teatro de arena, com capacidade para 10 mil pessoas para celebração de missas no mês de maio em homenagem à Nossa Senhora de Fátima. A construção, entretanto, é bastante polêmica, e não podia ser diferente, pois, além do concretão erguido, que choca com a beleza natural do lugar, há uma grande imagem da santa posta num altar que esconde um belo painel de pinturas rupestres na Pedra. Aliás, nesta pedra, foi onde encontramos a maior concentração de pinturas rupestres do parque durante as nossas trilhas.

 

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Neste noite, na Pousada, rolou uma fogueira com direito a uma boa música ao som do violão de um músico de Natal.

 

 

3º DIA:

Acordamos cedo e pegamos a estrada rumo à Pedra do Ingá, na cidade de Ingá, que fica a 33km de Campina Grande. Neste caso, a estrada foi outra, mas a distância quase a mesma [114km] e o tempo não muito diferente da ida, já que tivemos de passar por várias pequenas cidades cortadas pelas estradas estaduais.

NOTA: A Pedra do Ingá foi tombada como “Monumento Nacional” pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - SPHAN - atual IPHAN - em 30 de novembro 1944 por vias do Museu Nacional do Rio de Janeiro e iniciativa do pesquisador José Anthero Pereira Júnior, sendo o segundo monumento pré-histórico tombado em nosso país. [Fonte e mais detalhes: http://www.arqueologiamericana.com.br/artigos/artigo_27.htm" onclick="window.open(this.href);return false;]

 

Antes de chegarmos a Ingá, passamos por Guarabira [capital do brejo paraibano como é conhecida] e visitamos o famoso Santuário do Frei Damião, que é o grande ídolo religioso do sertanejo. Foi emocionante ver no alto da colina, onde fica a grande estátua do Frei, pessoas soltando fogos para comemorar o início das chuvas na região. Neste momento, caíam algumas gotas.

 

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Finalmente, chegamos a Ingá para conhecer as inscrições rupestres da famosa pedra. Para os arqueólogos de todo o mundo, estas inscrições são ainda um enigma. Não há conclusões acerca do que representam aqueles registros incrustados naquela rocha de 46 metros de comprimento por 3,8m de altura. Com o dia ensolarado é possível ver com mais precisão os detalhes daquela arte misteriosa.

Aproveitei para comprar um vaso de barro pintado pela artista plástica paraibana Emília Medeiros, que representa, de forma brilhante, por meio de pinturas nas peças de barro, as inscrições presentes na Pedra do Ingá.

 

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A minha próxima visita a este estado fascinante, que eu não sei ainda em que ano se dará, será no mês de maio ou junho, pois quero desbravar o litoral norte [destaque para Barra de Camaratuba] e voltar ao Parque Estadual da Pedra da Boca, para, desta vez, ter uma nova visão do lugar, com tudo verde, fazer as trilhas e poder me refrescar nos córregos que se formam durante a época das chuvas.

 

Marcos.

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  • Membros

Cara...Fiquei parado na pedra do Ingá, muito linda...Já estive em Campina Grande e não sabia dessa joia. Parabéns pelo relato. Gostaria de saber se tem que contratar um guia ou se dá pra fazer independente?

 

Já estive no Parque da Pedra da Boca em uma época bem diferente da que você foi, estava tão verdinha a paisagem que custei a acreditar que lá ficava tão terroso assim.

 

 

Parabéns pelas fotos!

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  • Membros

Olá Pedro:

 

É muito fácil chegar até a Pedra do Ingá. Tem sinalização ao chegar na cidade. Não precisa de guia e a entrada, com controle, é gratuita. Trabalha no local um funcionário que mostra o museu com explicação e leva o visitante até a Pedra.

 

Se for à Região de Campina Grande, reserve também pelo menos um dia para conhecer os Lajedos do Pai Mateus [em Cabaceiras] e do Bravo [boa Vista - fica perto do Lajedo do Pai Mateus] e um outro dia para subir a Serra do Jatobá, na cidade de Serra Branca [+-60km de Cabaceiras]. Muito lindos os lugares. Mais detalhes, no meu relato: paraiba-com-fotos-de-joao-pessoa-ao-vale-dos-dinossauros-com-parada-no-cariri-t58160.html

 

Obrigadão.

 

Marcos.

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  • 4 semanas depois...
  • 3 semanas depois...
  • Membros de Honra

Olá Marcos,

 

 

Somente hoje tive um tempinho para dar uma passada aqui e ler seu relato, aliás muito bom.

O lugar é realmente muito interessante, especialmente pela combinação de rochas e vegetação características, com formas incomuns. Já foi pro "caderninho" dos afazeres no Nordeste. Algum dia piso lá...

 

Parabéns pela pernada e por compartilhar!

 

Abraço!

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  • Membros de Honra

Marcos, muito bom seu relato!

 

Tenho ótimas lembranças dos dias que passei nesse lugar, que é realmente surpreendente, ainda muito pouco explorado, privilégio de alguns aventureiros e escaladores da região. E o que dizer do seu Tico? Foi certamente uma das figuras mais incríveis e autênticas que já conheci nas minhas viagens. Um cara apaixonado pela terra e suas montanhas de pedra, as quais, por um tremendo privilégio, se encontram ali no fundo do seu quintal. Um ex-caçador que aprendeu tudo observando a natureza e se tornou guardião dela. Aprendi muito com ele e já saí de lá com um nó na garganta de saudades.

 

Lendo agora o seu relato me arrependo de não ter escrito um também. Só para você ver como encontrei aquele lugar todo verde e viçoso, em março de 2009, coloco algumas fotos abaixo (se me permite ocupar o seu tópico para isso).

 

Abraço.

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  • Membros de Honra
[...]

Tenho ótimas lembranças dos dias que passei nesse lugar, que é realmente surpreendente, ainda muito pouco explorado, privilégio de alguns aventureiros e escaladores da região. [...]

 

 

Caramba!

 

 

Rafael, mais fácil perguntar "por onde é que tu não andou neste país..." ???

 

Abraço companheiro!

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