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Serpentes:Como Lidar. Evitando Encontros. [Tutorial]


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[info]Tutorial de caráter instrutivo acerca de quais medidas a serem tomadas ao se deparar com uma serpente. Aberto para relatos e troca de experiências.[/info]

 

[t1]Introdução[/t1]

 

1532343065_df3d9f61fc.jpg

 

O Brasil é um país privilegiado quanto à biodiversidade. O mesmo se aplica a grande variedade de espécies de serpentes. Isso se deve ao fato de que tanto o clima tropical, bem como os biomas aqui encontrados, serem bastante favoráveis a manutenção e perpetuação destes famigerados répteis. Em nosso país existe 358 espécies de serpentes. Deste montante: 284 espécies não apresentam risco ao homem. 20 espécies moderadamente perigosas 54 espécies perigosas (peçonhentas das quais 27 são cobras-coral e 27 são víboras com fosseta loreal. Ou seja, de 358 espécies, apenas 54 possuem veneno que pode ser letal ao ser humano, e 20 espécies que possuem veneno tóxico ao homem, contudo raramente letal.

 

[t1]Um Pouco de Biologia[/t1]

As serpentes, também conhecidas como ofídios, cobras ou víboras, são animais vertebrados da classe Reptilia, ordem Squamata. A palavra réptil vem do latim, reptum, que significa rastejar. Squamata também vem do latim, e significa escamado. Possuem corpo alongado recoberto de escamas córneas, e não têm membros locomotores. São animais pecilotérmicos (não conseguem controlar a temperatura de seus corpos). Por isso, em locais de clima muito frio como em pico de altas montanhas, ou planícies muito frias (como em algumas localidades da região sul do país) a probabilidade de encontrar uma serpente é muito baixa.

 

O mesmo ocorre em dias muito frios, ou seja é mais raro encontrar serpentes nas estações mais frias do ano. Isso se deve ao fato de que temperaturas menores diminuem acentuadamente o metabolismo de seu organismo. Em contrapartida, nos dias mais quentes e no verão é comum encontrar estes ofídios mais ativos, pois o calor eleva o seu metabolismo. Em regiões muito frias as serpentes são pequenas e de cor escura, para se aquecerem facilmente. Hibernam no inverno e no verão ficam ativas somente no meio do dia. Em regiões demasiadamente quentes, ao contrário, elas são de cores claras, no verão ficam ativas somente à noite, e no inverno podem ser mais ativas de dia, para evitar o frio intenso do deserto durante a noite. Tendem a viver próximas a rochas, fendas ou fossas, onde podem achar água e obter proteção contra temperaturas extremas.

 

Geralmente a época de acasalamento é na segunda metade das estações chuvosas, ou seja, vai ter cobrinha perambulando por aí a procura de um par.

 

Podem ser aquáticas ou terrestres. Entre as aquáticas há as que vivem na água do mar (inexistentes no ambiente marinho brasileiro), e as que vivem em água doce. No ambiente terrestre podem ter hábito terrestre, arborícola, criptozóico ou fossorial ( vivem em fendas, buracos, ou sob o solo).

 

São predadores importantes na cadeia alimentar, pois alimentam-se principalmente de roedores, servindo de importante papel no controle populacional destes. Lembre-se que alguns roedores (ratos) são considerados como pragas ao homem. Portanto, não matar serpentes é de extrema importância no equilíbrio ecológico. Infelizmente no Brasil, várias espécies já se encontram em risco de extinção principalmente pela ação do homem( matança indiscriminada, e diminuição dos habitats.)

 

[t1]Como Lidar em Caso de um Encontro.[/t1]

Geralmente os encontros ocorrem principalmente em regiões de florestas (mata atlântica, floresta amazônica), regiões próximas a rios, ou ainda, cerrado e semi-árido. É mais comum encontrar uma serpente fora da trilha, do que uma atravessada no meio do caminho (se você fosse um réptil de má fama, caçado por vários outros predadores, e ainda sendo vítima potencial do mais temido deles – o HOMEM- você ficaria de bobeira?).

 

Caso esbarre com uma, evite ao máximo encurralar o animal. Procure deixá-la livre para que busque naturalmente uma rota de fuga. Permaneça a uma distância segura. Serpentes são capazes de dar um bote com cerca de dois terços o comprimento de seu corpo(ou seja, fique em média de 2 a 5 metros distante).

 

Se estiver perigosamente próximo, em distância de bote, tente ficar imóvel por alguns instantes, e lentamente, muito lentamente, se desloque para trás. Uma vez mais, evite movimentos bruscos, isso pode desencadear o bote.

 

Mantenha a calma! Lembre-se que a maioria das espécies não possui veneno letal ao homem, é muito provável que a serpente que você esteja vendo não seja venenosa, mas mesmo assim, TENHA CUIDADO E ATENÇÃO.

 

Evite movimentos bruscos. Serpentes enxergam muito mal, mas são capazes de distinguir muito bem os movimentos. Não provoque a serpente! Não jogue pedras ou tente espantá-la com algum galho ou vareta. Algumas espécies são sim agressivas, e quando ameaçadas reagem com o bote, ou ainda, rastejam rapidamente em direção da ameaça!

 

Procure afastar-se lentamente, mantendo sempre em vista a serpente (evite dar as costas).

 

Não vá atrás de pegar a serpente! Mesmo tendo toda a certeza de que não se trata de uma espécie venenosa, esta ainda pode lhe morder. E tal ferimento tem possibilidades de infeccionar! Ademais, serpentes são seres de constituição frágil, tentar pegar uma pode renderalgumas costelas quebradas à pobre criatura.

 

[t1]Evitando Encontros[/t1]

Evite caminhar fora da trilha. Serpentes geralmente são furtivas e evitam locomoverem-se em terreno aberto. Preste atenção ao chão, sobretudo ao amanhecer ou anoitecer, quando as serpentes venenosas estão mais ativas.

 

Quando caminhando em mata fechada, ou em trilhas onde é comum o aparecimento de serpentes, procure caminhar com passos firmes, batendo os pés com força no solo, pois apesar de surdas (serpentes não são capazes de ouvir, elas nem mesmo possuem aparelho timpânico), conseguem sentir muito bem pequenas vibrações no solo. Ou seja, ao pisar com força no chão, você estará emitindo vibrações através do solo que irão avisar a serpente de sua presença, fazendo-a sair da direção à procura de um abrigo.

 

Algumas pessoas relatam que alho ou pedrinhas de carboreto são eficazes em afugentar a presença destes animais, mas não se há evidencias ou estudos científicos que comprovem tal fato.

 

Deixar sempre as barracas bem fechadas, pois as serpentes podem ser atraídas pela temperatura do corpo de uma pessoa dormindo. Isso pode ocorrer pois elas precisam de uma fonte externa de calor para regularem sua temperatura corporal. (animais pecilotérmicos).

 

Tome cuidado ao se aproximar de buracos, troncos caídos, montes de folhas ou entulho. Utilize sempre um pedaço de pau para remexer palhadas, amontoados de folhas, ou vasculhar buracos, ocos de tronco, tocas, vãos de pedras, cupinzeiros, etc...

 

Caso realmente deseje diminuir ao máximo as chances de encontrar uma serpente nas trilhas, preferir andar nos dias e estações mais frias. Nas estações quentes, procurar andar nas horas de maior calor.

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[t1]Identificando Espécies Peçonhentas[/t1]

De modo genérico, os seguinte sinais podem ajudar na identificação de uma espécie peçonhenta.

 

1)Cauda terminando de forma muito abrupta,

2) Presença de fosseta loreal (Pequeno orifício termo-sensorial localizado entre os olhos e as narinas)

3)Escamas da cabeça pequenas e múltiplas, Cabeça Triangular.

 

[picturethis=http://get-id.com.br/Animais/Serpentes/imagens/Cauda/Lisa.JPG 230 150 Legenda da Imagem]Terminação da Cauda[/picturethis]

[picturethis=http://get-id.com.br/Animais/Serpentes/imagens/Cauda/Ericada.JPG 230 150 Legenda da Imagem]Terminação da Cauda[/picturethis]

[picturethis=http://get-id.com.br/Animais/Serpentes/imagens/Cauda/Chocalho.JPG 230 150 Legenda da Imagem]Terminação da Cauda[/picturethis] [picturethis=http://www.marcobueno.net/administracao/img/galeria_imagem/fosseta.jpg 230 150 Legenda da Imagem]Fosseta Loreal[/picturethis]

[picturethis=http://get-id.com.br/Animais/Serpentes/imagens/Escamas/EscamasDorsoCabeca.JPG 230 150 Legenda da Imagem]Escamas da cabeça/Cabeça triangular[/picturethis]

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[t3]Espécies Peçonhentas[/t3]

Serpente Peçonhenta é a serpente que produz veneno e tem um aparato eficiente para inoculá-lo, sendo capaz de causar a morte da vítima se ela não for tratada a tempo. Suas presas ficam posicionados na frente da boca, e têm canais ou sulcos por onde o veneno escorre, a partir de glândulas secretoras de veneno situadas atrás e abaixo dos olhos. Há 2 grupos de serpentes peçonhentas.

 

1)Todas as espécies da família Viperidae (Generos Bothrops/Jararaca, Cotralus/Cascavel e Lacheesis/Surucucu).

Apresentam dentição solenóglifa, e têm fossetas loreais (pequenos orifícios situados entre os olhos e as narinas).

[picturethis=http://get-id.com.br/Animais/Serpentes/imagens/Bothrops%20atrox_3_Otavio%20Marques.jpg 330 250 Legenda da Imagem]Jararaca/ Bothrops[/picturethis]

[picturethis=http://www.bioatividade.hpg.ig.com.br/Cobras/Cascavel_sul2.JPG 330 250 Legenda da Imagem]Cascavel/ Crotalus[/picturethis]

[picturethis=http://www.achetudoeregiao.com.br/animais/gif_animal/cobras.gif/surucucu1.jpg 330 250 Legenda da Imagem]Surucucu/Lachesis[/picturethis]

 

2)Todas as espécies da família Elapidae (Gênero Micrurus/Cobra-Coral e Tricolores, Leptomicrurus/Anelados)

Possuem dentição proteróglifa. Quase sempre apresentam o padrão de coloração nas cores vermelha, branca e preta.

[picturethis=http://get-id.com.br/Animais/Serpentes/imagens/Micrurus%20corallinus_1_Otavio%20Marques.jpg 230 150 Legenda da Imagem]Micrurus coralinus[/picturethis]

 

[picturethis=http://get-id.com.br/Animais/Serpentes/imagens/Micrurus%20hemprichii_1_Paulo%20Bernarde.jpg 230 150 Legenda da Imagem] Micrurus hemprichii [/picturethis]

 

[picturethis=http://get-id.com.br/Animais/Serpentes/imagens/Micrurus%20albicinctus_1_Otavio%20Marques.jpg 230 150 Legenda da Imagem]Micrurus albicinctus[/picturethis]

 

Obs.: Algumas espécies da família Colubridae podem apresentar certa toxicidade ao homem, porém muito raros são seus acidentes graves.

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[t1]O que Fazer em Caso de Acidentes [/t1]

Mantenha a calma, pois a maioria dos acidentes ofídicos não mata nem mesmo quando a vítima não recebe tratamento.

 

Tome nota da hora da picada, pois o tempo decorrido entre o acidente e o aparecimento dos sintomas é fundamental para avaliar a gravidade do caso e orientar o tratamento. Quando se trata de cobra coral, esse dado serve para distinguir a coral verdadeira da falsa.

 

Repare na ponta da cauda da serpente, e nas cores e desenhos de sua pele.

 

Anote também as características do local do acidente: floresta, areia, rochas expostas, etc... Informe todos esses dados à pessoa que lhe prestar socorro, para que ela faça o relato ao médico se você desmaiar. Não faça torniquete, não tente sugar o veneno, e tampouco corte, fure ou esprema o local da mordida. Não passe produto algum e não coloque nada sobre o local da picada.

 

Lave o local da picada com bastante água, ou com água e sabão. Se possível, não se movimente. Retire artefatos que possam ficar presos ao corpo, se o membro picado inchar (anéis, pulseiras, etc).

 

A pessoa picada deve permanecer deitada, aquecida, e com a região picada elevada.

 

Procure beber água para se manter hidratado. Não beba álcool ou qualquer outro líquido tóxico.

 

Se sentir muita dor, tome um analgésico à base de dipirona. Não tome calmante.

 

Deve-se usar maca, rede ou algo do gênero para transportar a pessoa picada até o veículo que a levará o mais cedo possível até o hospital mais próximo (o ideal é receber tratamento nas primeiras 6 horas após o acidente, e quanto mais cedo melhor).

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  • Membros de Honra

[t1]Curiosidades [/t1]

 

Serpentes são surdas, não possuem aparelho timpânico, contudo são capazes de sentir perfeitamente pequenas vibrações no solo. O ventre de seu corpo é dotado de inúmeras terminações nervosas que lhes confere grande sentido tátil, térmico e vibratório.

 

Enxergam muito mal, mas sua visão capta movimentos. A pupila é geralmente circular. Nas serpentes de hábitos noturnos, é elíptica vertical.

 

Algumas espécies possuem um órgão especializado na captação de calor: E a fosseta loreal. Pequeno orifício localizado entre os olhos e as narinas, presente na maioria das espécies venenosas ao homem. ( pode servir de indicação de espécie venenosa)

 

Podem deslocar-se muito rápido, chegando a picos de 10 km/h, (Corre Campo, Liophis almadensis, e a Corredeira, Thamnodynastes strigatus), mas a maioria não passa dos 7km/h.

 

Podem colocar ovos (ovíparas) ou chocá-los no interior de seu corpo, parindo filhotes já formados (vivíparas).

[picturethis=http://get-id.com.br/Animais/Serpentes/imagens/Reproducao/Ovipara1_Otavio%20Marques.JPG 330 250 Legenda da Imagem]Ovíparas[/picturethis]

[picturethis=http://get-id.com.br/Animais/Serpentes/imagens/Reproducao/Vivipara_Ivan%20Sazima.JPG 330 250 Legenda da Imagem]Vivíparas[/picturethis]

 

Sua pele não acompanha o crescimento do corpo, então, para aumentarem de tamanho, têm que se desfazer da pele cerca de 4 vezes ao ano, ( a mudança de pele é chamada de ecdise).

Ecdise_Clio.JPG

pele.jpg

 

Quando estão perto de trocar a pele seus olhos ficam acinzentados(opacos).

Clelia%20plumbea_3_Otavio%20Marques.jpg

 

A serpente coloca sua língua bífida (que se divide em duas pontas) e coberta por uma secreção pegajosa para fora da boca, para capturar partículas suspensas no ar, e depois a encosta no "céu da boca", de modo que cada ponta da língua entre em contato com uma das duas aberturas de uma estrutura chamada órgão de Jacobson. Esse órgão é revestido com epitélio sensorial do tipo olfativo, capaz de analisar os dados e remetê-los ao cérebro, desempenhando função semelhante ao olfato.

 

A quantidade de veneno inoculada depende do tempo decorrido desde a última picada, e do volume de veneno injetado em cada picada (quando a serpente pica seguidamente, mais de uma vez). Em cerca de 20% a 40% das picadas efetuadas em defesa própria, as cobras peçonhentas inoculam quantidade não significativa de veneno. As glândulas de peçonha (parótidas) demoram 15 dias para recuperar o volume máximo de peçonha, depois de serem esvaziadas. Mesmo serpentes mortas há horas, e até cabeças decapitadas de serpentes podem, por reflexo, picar e injetar veneno.

 

Algumas serpentes imitam a cor e padrão de espécies venenosas (mimetismo). É o caso da falsa coral. Esta possui o ventre todo na cor branca, enquanto que a coral verdadeira, seus anéis tricolores (branco preto e vermelho) dão volta em todo o corpo, passando também pelo ventre.

[picturethis=http://www.ivb.rj.gov.br/imagens/serpentes/falsa_coral2_gde.jpg 330 250 Legenda da Imagem]Falsa Coral/Errythrolamprus aesculapii[/picturethis]

[picturethis=http://get-id.com.br/Animais/Serpentes/imagens/Micrurus%20corallinus_1_Otavio%20Marques.jpg 330 250 Legenda da Imagem]Coral Verdadeira/Micrurus corallinus[/picturethis]

 

Obs.: Nem sempre é possível distinguir uma coral falsa de uma verdadeira pela simples observação das cores e da ordem e largura dos anéis, ou pela coloração da barriga do animal (até herpetólogos podem se enganar). A única forma de distingui-las é por sua dentição: as falsas corais não têm presas inoculadoras.

 

[t3]Padrões de dentição[/t3]

 

Áglifas: (A = ausência, Glifos = canal). são aquelas com dentes pequenos, dispostos em forma de serrilhado, não possuindo dentes específicos para a inoculação de veneno.

Aglifa.JPG

Opistóglifas: (Opistos = posterior, Glifos = canal)Presença de 1 ou 2 pares de dentes sulcados no fundo da boca, mais longos e conectados à glândula de veneno. Serpentes com esse tipo de dente geralmente são consideradas não peçonhentas porquê raramente sua mordida consegue inocular veneno, devido à posição posterior desses dentes.

Opistoglifa.JPG

Proteróglifa: (Protero = anterior, Glifos = canal). Presença de 1 par de dentes fixos na frente da boca, bem sulcados e somente um pouco mais longos que os demais (como as corais verdadeiras).

Proteroglifa.JPG

 

Solenóglifa: (Soleno = móvel, Glifos = canal). Presença de 1 par de dentes articulados e ocos na frente da boca, longos (1 a 2 cm) e curvados. Posicionados normalmente para trás, paralelos ao céu da boca, giram 90 graus, projetando-se para a frente, quando a serpente abre a boca - como as jararacas, cascavéis e surucucus.

Solenoglifa.JPG

 

[t3]Outras Formas de Defesa[/t3]

 

Serpentes não apenas dão bote para atacar ou se defender, podem ainda achatar o corpo (para intimidar o agressor), ou liberar fezes odoríferas (chamado de descarga cloacal, o que certamente desencoraja o apetite do predador)

[picturethis=http://get-id.com.br/Animais/Serpentes/imagens/Spilotes%20pullatus_6_Otavio%20Marques.jpg 330 250 Legenda da Imagem]Achatamento Lateral do Corpo[/picturethis] [picturethis=http://get-id.com.br/Animais/Serpentes/imagens/Tomodon%20dorsatus_3_Ivan%20Sazima.JPG 330 250 Legenda da Imagem]Achatamento Ventral do Corpo[/picturethis]

[picturethis=http://get-id.com.br/Animais/Serpentes/imagens/Defesa/Descarga_Ivan%20Sazima.jpg 330 250 Legenda da Imagem]Descarga Cloacal[/picturethis]

 

[t1]Considerações Finais[/t1]

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Procure andar sempre com atenção, evite sair das trilhas. Lembre-se que os invasores somos nós.

 

Em lugares onde o encontro com serpentes é frequente, usar caneleiras (polainas) protetoras específicas.

fotop_12381_2.jpg

 

As serpentes merecem todo o respeito, pois além de serem bastante importantes para a cadeia alimentar, são animais fascinantes, e de seu veneno é extraído vários tipos de medicamento.No mais, estas estão sobre a terra a bem mais tempo que nós e por mérito, merecem permanecer...

 

[creditos]Fonte:

http://get-id.com.br

Marques Otávio AV, Eterovic A, Sazima I. Serpentes da Mara Atlântica. Ribeirão Preto: Holos;2001.

Dados próprios.

Obs.: Todas as imagens possuem direitos reservados e são de autorias dos pesquisadores do site:

http://get-id.com.br[/creditos]

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Parabéns Ram. Excelente trabalho.

 

Para completar esse tutorial, vou transferir para cá umas dicas que postei em Julho em emergencias-dicas-de-como-agir-em-acidentes-t16978.html.

 

NUNCA SE DEVE FAZER:

 

* Qualquer tipo de toniquete ou garrote, pois pode causar gangrena;

* Cortes ou perfurações na lesão, pois pode contribuir para o infeccionamento;

* Chupar para extrair o "veneno", pois a quantidade de peçonha extraída é ínfima;

* Colocar urina, pó de café, folhas ou seja lá o que for na ferida;

* Dar chá, café ou bebida alcoólica para a vítima.

 

O QUE SE DEVE FAZER:

 

* Deitar a vítima e não deixar ela fazer esforço físico como caminhar ou correr, pois isso contribui para espalhar o "veneno" pelo corpo;

* Se puder, lavar o ferimento com água e sabão. E SÓ!

* Se puder, aplicar compressa de gelo. (Por favor alguém confirme se esse procedimento ainda é recomendado!!!)

* Se puder, levar a cobra ou uma foto ou a descrição dela para o médico onde a vítima será socorrida;

* LEVAR A VÍTIMA PARA UM ATENDIMENTO MÉDICO.

 

É bom lembrar que não são só as cobras venenosas que inoculam peçonha (injetam veneno) quando picam. Alguns animais perigosos também podem ser:

 

* Abelhas

* Escorpiões

* Centopéias

* Marimbondo

* Algumas aranhas

* E outros

 

Algumas informações podem ser obtidas no site do Butantan: http://www.butantan.gov.br/portal/Ensino/Material+Did%C3%A1tico/09+-+Acidentes+Animais+Pe%C3%A7onhentos;jsessionid=9B1EC018F46A4961E5C8F3E5DD89A79F

 

Intééé

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  • Membros

Parabéns Ram !! Tutorial completíssimo !!!! ::otemo::

 

Quando eu ia passar as férias junto com meus primos na fazenda da minha avó (que foi praticamente criada por lá) ela dava umas dicas pra gente ficar longe das cobras.

 

1) Primeiro eram as chuvas, pois segundo ela, sempre que acabava de chover as cobras começam a se movimentar. Agora não sei se é porque a toca que elas ficam enchem de água ou se o motivo é porque suas presas (sapos, roedores) também se movimentam mais após as chuvas, então seria uma oportunidade para se alimentar. Acredito também que sejam mais vulneráveis na enchurrada. Acredito muito nisso e tomo bastante cuidado, pois já presenciei os bichos rastejando por 2 vezes após acabar de chover. Uma coisa que ouvi do Sr. Francisco (camping picareta na Serra da Canastra) quando estive por lá é que as cobras também ficam mais atiçadas após a chuva por causa dos relâmpagos.

 

Na semana passada eu estava no Chile e fui fazer aquela trilhinha no Parque Huerqueue. Quando acabou de chover eu comecei a prestar mais atenção e começou a aparecer um monte de aranhas (monte quer dizer 3, rsrsrsrsrs). Achei incomum, pois não tinha visto nenhuma antes da chuva ( em minhas 5 horas de caminhada) e logo após a chuva eu ví as 3 aranhas em menos de 30 minutos de caminhada. Então acho muito verdadeiro esse negócio de pós chuva e tomo o maior cuidado.

 

2) Se você ver um roedor, sapo ou qualquer bicho que seja presa de uma cobra correndo, fique esperto, ela pode estar vindo atrás. Já ví isso pessoalmente também. Eu lá, a toa na fazenda da minha avó, quando ví um sapinho correndo e quando olho atrás a cobrinha estava no vácuo kkkkkkkkk.

 

3) Em dias muito quentes, elas habitam as sombras. Então não ficar transitando pelo pomar nos dias quentes, pois elas podem estar enrroladas em algum galho ou embaixo de um arbusto buscando uma sombra, pois como disse, são pecilotérmicos e a temperatura do corpo é definida pela temperatura do ambiente. Então sempre evitava esses lugares nos horários de sol muito forte. 12:00 às 15:00.

 

Abs.

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  • Membros de Honra

Obrigado Marcio, lico...

 

Enfim, Marcio, a observação que fizestes e o dito de tua avó possuem fundamento sim.

Principalmente em se tratando das chuvas de verão. Por serem animais pecilotérmicos, serpentes precisam frequentemente regular a temperatura de seus corpos. Então, após uma chuva elas vão perambular em busca de fontes de calor(sol, ou uma rocha aquecida...) para se esquentarem..

 

Ademais, quando chove, a água pode acabar inundando as fendas e buracos( hábitats mais comuns da maioria das espécies ) forçando-as a procurar por outros abrigos.

Já é conhecido também que chuva eleva a atividade dos sapos e afins... então, as serpentes saem a procura de um lanchinho.

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  • 2 anos depois...
  • Membros

Quem frequenta locais selvagens deve saber identificar no mínimo algumas espécies e o que fazer em caso de acidentes com cobras, aranhas, etc. Se o encontro for inevitável e se isso se transformar em um acidente, abaixo segue um texto interessante de como proceder:

http://blog.tocandira.com.br/diversos/acidentes-com-animais-peconhentos/

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