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Trilha da Fumaça por Baixo 27 a 29/05/2011!


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Planejei bastante esta trilha para fazer com meus amigos Lucas, Dito e Carlinhos. Lucas já havia feito a Trilha das Mulas (Lençóis-Capão) comigo e essa seria sua segunda trilha na Chapada Diamantina e a primeira de Dito e Carlinhos.

Partimos de Salvador na noite de 26/05/11, chegando no início da manhã do dia 27/05, partindo imediatamente para a trilha. A primeira etapa da trilha é a mesma do Ribeirão do Meio (escorrega). Antes de chegarmos no rio Ribeirão, paramos no bar do Fusquinha para algumas fotos.

 

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Carlinhos, Lucas, Dito e Eduardo.

 

Próxima parada, leito do rio Ribeirão, onde tiramos diversas fotos num belo céu azul! Às 07:30h atravessamos o rio e começamos a subir a Serra do Veneno. Esta era a terceira vez que subia o veneno, sendo a primeira sem guia, ou melhor, eu era o guia do grupo, mas contava com um arquivo no meu GPS 76CSX da Garmin que nos guiaria até a cachoeira do Palmital. A subida do veneno é extenuante, com belas paisagens e alguns lugares labirínticos!!! O GPS veio bem a calhar!

Pois bem, paramos num tradicional ponto para foto que abrangia o vale do rio Ribeirão, no sentido da cachoeira do Sossego. Continuamos a subida até passarmos pela casa abandonada de um antigo morador do local, sr. Anísio. Visitei a casa e descobri um laguinho de águas transparentes no fundo da casa e algumas árvores frutíferas ao redor da casa: tangerinas e pitangas. Após comermos algumas pitangas, retornamos à trilha. Caminhamos até o vale do rio mosquito ou muriçoca, sempre me atrapalho, enchemos nossos cantis e continuamos até chegarmos a Toca da Onça, onde lanchamos e descansamos.

 

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Dito e Eduardo na Toca da Onça!

 

Saímos de lá entre 12:40 e 12:50h, vindo a parar somente no local do nosso acampamento, no Palmital. Chegamos neste local às 13:54h.

Armamos nossas barracas e fomos tomar banho no poço da cachoeira do Palmital. Levamos colete salva-vidas, pois somente eu e Carlinhos sabíamos nadar. Lucas foi o primeiro a vestir o colete, mas só conseguiu nadar até o meio do poço. Voltamos, e Dito, após vestir o colete, foi conosco até a cachoeira, atravessando todo o poço comigo e Carlinhos.

 

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Carlinhos, Dito e Eduardo na Cachoeira do Palmital!

 

Após este banho revigorante, e extremamente gelado, voltamos refeitos para prepararmos nosso almoço/janta e dormirmos.

Dia seguinte, 28/05, levantamos cedo, tomamos café, desarmamos as barracas, preparamo-nos e retomamos a trilha, não sem ante registrarmos as os Cancães, pássaros pouco maiores que um pássaro-preto, da família das gralhas e dos corvos, que se alimentavam do resto de biscoitos. Ressalto que durante toda a trilha tivemos o máximo de cuidado em não deixarmos nenhuma sujeira. Todo o lixo por nós produzidos foi levado para o devido descarte na cidade, assim como o lixo encontrado na trilha, o qual, diga-se de passagem, foi muito pouco. A trilha é bastante conservada, e com estes cuidados ainda teremos esta trilha intacta por muito tempo.

Começamos a descer às 07:55h pela lateral direita do rio Palmital, registrando muitas fotos legais até o encontro com o rio Capivara.

 

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Eduardo na descida do rio Palmital, antes dele desaguar no rio Capivara!

 

Neste momento dobramos a direita e caminhamos até a cachoeira do Capivara, lá chegando às 09:05h.

 

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Dito acima da cachoeira do Capivara!

 

Retomamos a trilha e chegamos na base do Macaco às 12:20h. Armamos as barracas, guardamos tudo e fomos até o poço da fumaça somente com cantis e máquinas fotográficas. Chegamos no poço às 14:54h ficamos uns 15 minutos e retornamos ao acampamento. Somente eu tomei banho, o mais gelado de minha vida! Chegamos ao acampamento às 17:30h.

 

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Cachoeira da Fumaça e Eduardo no Poço da Fumaça!

 

Tomamos banho, preparamos nossa janta e cama! Dia 29/05, começamos a subir o Macaco às 07:30h, chegando no topo às 09:25h. Descansamos aí, depois no Santuário e por fim na Fumaça por Cima. Depois caminhamos até o Vale do Capão, chegando às 14:53h no fim da trilha, próximo a placa que marca o início da trilha para Fumaça! Fomos almoçar em Dona Beli somente às 16:30h e a noite pegamos uma van com Edinho até Palmeiras! Voltamos a Salvador no ônibus das 22:40h.

 

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Carlinhos, Lucas e Dito na Cachoeira da Fumaça!

 

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Lucas, Dito e Carlinhos no restaurante de Dona Beli!

 

 

- Higiene

A higiene na trilha é de extrema importância para a preservação das fontes de água potável, como da própria trilha.

Cubra as fezes com terra, inclusive o papel higiênico, o mais distante possível das nascentes e do acampamento.

Ao tomar banho, utilize sabão biodegradável e procure tira-lo longe do rio pra não poluí-lo. Traga um cantil com água e retire-o num local de terra onde a água não possa escorrer de volta para o rio. Faça o mesmo com a pasta de dente. Evite usar shampoo que são, na maioria das vezes compostos de detergentes sintéticos. Antes de entrar no rio, retire o protetor par não sujar a água. Lembre-se de que mais abaixo, no rio, outras pessoas estão bebendo dessa água.

 

- Cuidados com o lixo

O lixo é grande responsável pela poluição dos solos e lençóis freáticos. Por isso é preciso tomar alguns cuidados para que não ocorra uma maior degradação.

Durante as caminhadas, recolha todo o lixo produzido num saco plástico e o leve de volta à cidade, onde há um espaço reservado para ele. É preciso ter um cuidado especial com as pilhas, leve-as de volta e entregue num posto de reciclagem. O mais racional é cada um levar na sua mochila o lixo que produziu.

Não jogue pela pia os restos de produtos tóxicos e/ou químicos. Eles devem ser conservados em suas embalagens.

 

- Choque térmico

Evite banhos da água fria logo após as caminhadas quando o corpo estiver muito quente. Comece molhando as extremidades, antes de mergulhar na água.

 

- Peso sobre os ombros

Uma mochila muito pesada é causa desconforto e dores na coluna, podendo evoluir para problemas mais sérios dependendo do tempo que for carregada. Por isso, o recomendável é carregar cerca de 1/3 do peso do corpo, considerando um bom preparo físico do caminhante.

Cuidado, portanto, com materiais desnecessários que só causam peso. Procure levar para as caminhadas aquilo que for realmente importante e que tenha utilidade.

 

- Mergulhos

A maioria dos poços da Chapada Diamantina tem suas águas escuras que dificultam ver as pedras que estão submersas, Por isso, muito cuidado ao entrar no rio, procure averiguar se não existe pedras e evite mergulhar de cabeça.

 

- Andar solitário

Evite fazer caminhadas sozinho, principalmente as mais longas. Além de correr o risco de se perder, caso aconteça algum acidente, não terá ninguém para te socorrer nem chamar ajuda. O mais seguro é fazer esses tipos de passeios em grupo.

 

- Desidratação

A desidratação é a perda de líquidos e sais minerais através da transpiração, da respiração e da urina.

Em dia normais, uma pessoa perde cerca de 3 a 6 litros de água. Em dias mais quentes, essa média sobe pra um litro por hora. Por isso é recomendável que, durante as caminhadas, principalmente nas de trilhas abertas e expostas ao sol, independente do calor excessivo, se tome meio-litro de água a cada meia hora. Além de evitar a desidratação, ajuda a prevenir a insolação que apresenta a pele avermelhada, quente e seca, febre alta, com risco de perda da consciência e comprometimento das funções vitais.

 

- Hipotermia

A hipotermia é o estado de colapso provocado pela perda de calor do corpo devido ao uso contínuo de roupa molhada e/ou vento frio e intenso, comprometendo a temperatura interna do corpo e as funções do cérebro e do coração.

São sintomas: sono, cansaço, calafrio, ligeira irritação e descoordenação motora.

Para evitar, recomenda-se a ingestão de líquidos, principalmente quente e açucarados como leite, chá, café ou sopa, e a não ingestão de bebidas alcoólicas que causam desidratação.

 

- Intermação

A intermação é o elevamento da temperatura do corpo acima de 37 graus, devido ao esforço excessivo e calor intenso, podendo causar câimbras, tonturas e comprometimento das funções vitais.

Cuidados: ingira muito líquido, pare á sombra com a roupa bem frouxa e descanse bastante.

 

- Finalizando, estas dicas foram postadas pela minha amiga Jenifer Freitas na comunidade do Orkut: "Fumaça por Baixo - A Trilha"

Como foi muito bem colocado pela Jenifer, não é aconselhável fazer as trilhas sozinhos, porém, devemos ter cuidado com as pessoas que convidamos para fazer as trilhas conosco. Não estou me referindo sobre o caráter da pessoa, e sim sobre o condicionamento físico dela. Assim sendo, devemos dar a noção exata do tanto que ela irá andar! Caso seja possível, marque com esta pessoa uma volta num lugar agradável e que tenha pelo menos uns 06 (seis) quilômetros para você observar se a pessoa gostou da caminhada, se se sentiu bem, pois já levei pessoas aqui de Salvador para dar uma volta de bicicleta em Pituaçú e não aguentaram, imaginem na Chapada, que é um sobe e desce sem fim? Já tive dois colegas de trabalho que gostariam de ir, mas eu deixei bem claro para eles que o que dá a força para caminharmos são dois fatores: condicionamento físico e o visual da Chapada que recarrega nossas forças, um foi comigo, o outro desistiu! Acho que é só! Abraços!!!

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