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Moto travessia - Paraguai, Argentina, Bolivia e Chile - Deserto e Pasos - Off road extremo


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Dia 02 de janeiro de 2.013.

 

KM percorrida 840 km

 

Km acumulada 840 km

 

Saída Arapongas Brasil

 

Destino Clorinda Argentina, passando pelo Paraguai.

 

Acordamos às 5 horas e por volta das 06h30min já estávamos na estrada.

Seguimos em direção a Maringá, depois Campo Mourão a Foz. Chegamos por volta das 12/13 horas na Ponte da Amizade, fronteira entre Brasil e Paraguai, passagem tranquila, sem movimento, fizemos a migração - que foi rápida - e na Aduana só olharam os documentos e pronto!

Fiz cambio na rua em frente à Aduana, troquei reais por peso paraguaio e reais por pesos argentinos.

 

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Logo que saímos de zona urbana de Ciudad del Este em direção a capital Asunción, a estrada ficou muito movimentada, devido ao policiamento ostensivo a velocidade dos veículos não ultrapassava os 80 km/h, criando enormes filas.

Seguimos tendo o cuidado de não estar na frente da fila, na passagem pelos postos de policia.

No final da tarde, abastecemos próximo a capital e continuamos direção à fronteira com a Argentina, onde na saída de um pedágio um policial me parou e pediu uma colaboracion, eu já estava preparado para estas intervenções, que sempre veem com alguma acusação de contravenção, oque não houve, já tinha deixado um dinheiro na carteira para isso, entreguei 20.000 PP e fui embora.

 

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Chegando à fronteira havia uma fila enorme, com pessoal de vários ônibus que estavam parados, ficamos um bom tempo nela, ate que um rapaz nos avisou q para quem vinha por meios próprios a fila era outra, dai foi rápido fazer a saída do PY e a entrada na Argentina.

 

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Seguimos as indicações de hotel do mapear no GPS, e chegamos a um hotel bom e barato.

Trocamos na rua os PP e US por mais PA.

Jantamos e fomos dormir, o próximo dia seria bem cansativo, iriamos atravessar o Chaco, com muito calor e retas intermináveis.

 

Hotel San Martin 195 pesos

 

Cambio:

1 R$ x 3 Pesos Argentino

1 US x 6,30 Pesos Arg.

1 R$ x 1950 Peso Paraguaio

 

Gasolina preço médio 7,73 P Arg.

 

 

 

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Dia 3 de janeiro de 2013.

 

Saída Clorinda Argentina

 

Destino Ledesma Argentina

 

Km percorrida 905 km

 

Km acumulada 1745 km

Acordamos cedo, saímos 6h30m, sabíamos que a estrada não seria fácil, longas retas e o calor, tornam este trajeto ainda mais cansativo.

 

Sem muito oque ver, a não ser prestar atenção à estrada e grande quantidade de animais, que são criados soltos a beira da estrada.

 

Este caminho é pouco usado por viajantes brasileiros, pois são poucos os que se aventuram a atravessar terras paraguaias, estão certos. Mas eu, queria conhecer este trajeto, e criei coragem para isso, sabia que o risco poderia ser ter que pagar propina e perder tempo com a policia corrupta, ainda bem que não aconteceu.

 

Estávamos parando a cada 150 km , para abastecer, descansar e tomar uma agua gelada, havia um trecho onde não há posto indicado nos mapas de GPS, e também em relatos de viajantes contavam a dificuldade deste trecho. Seriam 260 km sem combustível, decidimos ousar e não levamos gasolina reserva, mas em uma pequena cidade procuramos e achamos combustível.

 

Continuamos e próximo à cidade de Calilegua em um posto conversamos com alguns locais e também com viajantes peruanos, que nos informaram que para pernoitar seria melhor a cidade de Ledesma, e para lá nos dirigimos, às 20h30min já estávamos no hotel Artaza.

Hotel Artaza 210 P Arg.

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Dia 4 de janeiro de 2013.

 

Saída Ledesma Argentina

 

Destino Iruya Argentina

 

Km percorrida 410 km

 

Km acumulada 2155 km

 

Agora sim, começa a viagem por lugares bonitos, agradáveis e diferentes.

 

O deslocamento sem muitas atrações é a parte cansativa da viagem, mas a partir de agora, com a paisagem interessante o tempo voa.

 

De Ledesma seguimos em direção a San Pedro de Jujuy, depois San Salvador de Jujuy, paramos em um mirador perto da cidade de Leon, e logo q saímos na estrada fomos ultrapassados por varias motos BMW 1200 e algumas esportivas q estavam juntos, o pessoal estava com a mão pesada...

 

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Logo estávamos em Purmamarca, por diversas vezes passei batido por esta cidade, para não atrasar minha ida ou volta do Atacama. Mas desta vez queria conhece-la um pouco melhor, entramos na cidade e já procurei a estrada para o caminho do Paseo de los Colorados.

 

 

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Um estradinha q passa por trás da cidade q pode ser feita a pé, em bike, em carro ou moto, muito rápido e da para conhecer bem as diferentes formações rochaoas existentes por ali. Rapidamente já estávamos no centro da cidade e decidi fazer um lanche, desci da moto e comecei a sentir a diferença de pressão, mesmo estando somente a 2400 m, já estive em altitudes muito maiores sem sentir nada, mas não sei oque aconteceu, Mas sabia q era algo consequente da altitude, fizemos um lanche moderado, bebi um chá de coca, e comprei algumas folhas.

 

http://www.youtube.com/watch?v=83rX4pTFBB4

 

Há sensação de mal estar se acomodou e continuamos pela linda estrada que passa por Tilcara, Humahuaca em direção à fronteira com a Bolívia, e também caminho para Iruya, cidade há 50 km da rodovia principal, em uma estrada com centenas de curvas a beira de precipícios.

Quando passamos por Tilcara havia uma grande fila no posto de combustível, e detalhe era fila única para motos e carros. Através do uso do GPS, sempre administro a distancia entre os postos, usando a visualização de pontos q estão na rota atual, verifiquei q o próximo posto estaria em Humahuaca distante 45 km, a moto do meu filho ainda não tinha entrado na reserva e decidimos continuar subindo e abastecer em Humahuaca.

Fomos subindo tranquilamente, pois a XRE já tinha começado a sentir a altitude, chegando a Humahuaca fui direto ao posto ACA, que não tinha gasolina, tivemos q voltar para Tilcara, era descida, mas o vento contra, atrapalhou muito, ainda bem q quando chegamos à fila tinha diminuído, e levamos quase uma hora para abastecer, neste momento começamos a levar gasolina reserva 10 litros cada um.

 

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Voltamos a subir, passamos novamente por Humahuaca, e chegamos à estrada sem pavimento q nos levaria ate Iruya um pequeno povoado / cidade cravada no meio de montanhas, em um lugar que há não ser pela beleza, fica difícil entender porque aquele e povo foi ali viver.

A estrada tinha muitas curvas, muitas mesmo, um sobe desce incessante algumas curvas ficavam a beira de profundos precipícios, todo cuidado era pouco. E continuamos subindo, e sensação da cabeça pesada, da pressão constante, começou a aparecer mais forte. Chegamos aos 4500 m, descer da moto, parece ser algo mais difícil tomar um cuidado maior com a respiração, fazer movimento moderados, tudo ajuda a não piorar o quadro.

 

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Nos 4500 m tiramos algumas fotos e continuamos nossa jornada.

 

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Ao fim da tarde, e após umas 2 horas q saíram do asfalto, lá estávamos na pequena Iruya, encontramos a moto próxima a um comercio, meu filho ficou cuidando das motos e eu sai escalando as encostas da cidade a procura de um lugar para dormir. Cheguei a um lugar bacana, mas não tinha mais vagas, mas o dono Viktor me indicou a Hosteria Federico III, tive q descer umas 4 quadras a pé ate o hotel, acertei com gerente, e voltei buscar as motos, andar em altitude com todo equipamento, começou a me deixar cansado.

Instalamos-nos, e jantamos no próprio hotel, as motos ficaram guardados em uma casa próxima ao hotel.

 

À noite a sensação de estarmos apunados era ainda mais intensa, tomamos remédio para dor de cabeça e fomos dormir.

 

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Hosteria Federico III 300 pesos argentinos habitacion doble

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Junior,

 

Isso mesmo atravessamos o Chaco pela RN81, neste dia nao tirei nenhuma foto, nao achei nada de interessante, e tambem pelo calor. Eu parava para abastecer. Deveria ter tirado uma foto de um pequeno vilarejo que abastece com galoes, bem interessante.

 

Continue lendo, que tera muita informacao e fotos.

 

abraço

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Dia 5 de janeiro de 2013.

 

Saída Iruya Argentina

 

Destino Tupiza Bolivia

 

Km percorrida 280 km

 

Km acumulada 2435 km

 

Acordamos melhores, tomamos um ótimo café da manha e ainda pedimos um cha de coca, antes de sair, pois voltaríamos a subir aos 4000 m.

 

Continuamos com muito cuidado pelas centenas de curvas do caminho de volta. Quando estávamos vindo, vi q em alguns lugares havia um desvio q subia a montanha em linha reta, fizemos este caminho e cortamos uns 4 km de curvas.

 

 

Encontramos com muitos carros vindo em direção contraria, nas curvas quase parávamos para não sermos surpreendidos pelos carros.

 

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A volta foi mais rápida, em 1h40min já estávamos no asfalto, paramos para um agua, quando chegaram 3 motociclistas argentinos com motos de baixa cc, de bermuda, chinelo e apenas 1 de capacete, estavam indo em direção a La Quiaca onde começariam a rodar na RN40, pessoal bacana, conversamos um pouco e todos seguiram seus rumos.

 

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Abastecemos na cidade de Abra Pampa, e seguimos por uma estrada muito interessante, parecia q a terra tinha sido virada de ponta cabeça, com rochas multicolores.

 

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Chegamos em La Quiaca ainda na Argentina, mas já parecia q estávamos na Bolivia, fomos ao posto YPF, q não tinha combustível, no GPS aparecia mais um posto, nos dirigimos ate la, e depois de um tempo na fila, o frentista avisou q a gasolina tinha acabado, fiquei um pouco apreensivo, pois segundo relatos, poderia haver certa dificuldade para conseguir combustível na fronteira, mesmo com o decreto presidencial de cobrança de 3X mais de extrangeiros.

 

Não teve jeito seguimos para a Aduana Integrada q fica na divisa dos 2 paises, havia 2 filas, uma para passageiros de ônibus e outra para quem viajava por meios próprios. Fui entrando e perguntei ao soldado, onde poderia estacionar as motos, ele indicou um bom local, onde haviam outras motos e poderíamos estar visualizando-as. Estacionamos, pegamos nossos documentos e fomos enfrentar toda a burocracia. Logo na fila conhecemos 4 motocilistas q estavam viajando com as esposas e um casal de amigo em carro, todos do Uruguai, e todos conheciam bem a região fronteriza do Brasil. Fomos conversando e fazendo os tramites, primeiro imigracao Argentina, somente passaporte, depois aduana argentina, passaporte e documento da moto. Levamos algo em torno de 1 hora para esse tramite de saída da Argentina.

 

Quando estávamos nos dirijindo para migracao um pessoa veio em nossa direção, era um brasileiro, q estava tentando entrar na Argentina desde as 9:00 da manha,(os tramites de entrada para quem vem da Bolivia é do outro lado ) e já eram perto das 14 h. Muita bagunca na fila de quem vinha da Bolivia, a fila so crescia e não andava. Entregamos nosso passaporte na migração Bolivia, preenchemos um formulário, e logo recebemos o carimbo de entrada. Na aduana boliviana, encontramos com um agente q tinha trabalhado na fronteira com o Acre, e falava um pouco de português, ficamos jogando conversa fora, e foi bem descontraído, documentos preenchidos e seguimos caminho. Não achei seguro sacar minha maquina para tirar fotos, pois não seria prudente chamar ainda mais a atenção, q nos turistas em moto chamamos. Logo q entramos em Villazon avistei uma casa de cambio a minha direita, estacionei a moto em um ponto de taxi, os taxistas ficaram loucos, rs Fiz cambio e ainda fui ver oque uma senhora estava fazendo em uma barraca q estava saindo fumaca com cheiro de comida.

 

Conversei com ela, sobre oq havia para comer “pao, ovo e tomate”, falei faz 2 desses, e de longe vi um cara conversando com meu filho, cheguei sem ser percebido por tras dele, e escutei a conversa, estava pedindo educadamente se meu filho poderia estacionar um pouco a frente por ali era um lugar exclusivo para taxis. Perguntei se eu poderia colocar as motos próximo a barraca de lanches, e ele afirmou q sim.

 

Mudamos as motos, e falei para meu filho, dar uma olhada nas unhas da mulher que esta preparando o lanche para nos, foi muito engraçado !

Comemos nosso lanche, acompanhado de uma coca horrível, hahaha.

 

Continuamos nosso caminho em direção a Tupiza, paramos no primeiro posto de vimos, logo um militar se colocou próximo a nos, mas nada falou, o frentista veio e explicou que deveria cobrar 3X mais pelo preço da gasolina, fui um pouco sarcástico, e falei somos do Brasil, não tem problema.

Ainda por este caminho chegamos a um bloqueio na estrada, paramos a moto bem próximo a corda q impedia a passagem, no acostamento. Entrei em uma casinha, onde tive que me agachar para entrar, paguei 6 bolivianos para cada moto de pedágio, e atravessei a rua para mostrar para outro militar que estava dentro de outra casinha.

 

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Não tivemos problemas, foi bem tranquilo.

 

A estrada de asfalto seguia ate Tupiza, onde passamos por alguns vilarejos, na entrada de Tupiza novo pedágio, perguntam de onde vem, e para onde vai, olham o compravante anterior e fazem nova cobrança. E assim, na entrada e saída das principais cidades.

 

 

De novo precisamos abastecer, e de novo a mesma ladainha, do decreto e tal, e eles ficam sérios, como se tivessem interpretando uma autoridade, eu não me opunha em pagar, mas sempre tirava uma casquinha.

 

Abastecidos fomos procura hotel, como sempre fazíamos após abastecer.

 

Chegamos ao hotel Mitru, muito bom por sinal, ao preço de 270 bolivianos.

 

Nos instalamos, e fomos jantar, um excelente pollo a la plancha por 30 bolivianos.

 

Hotel Mitru 270 bolivianos.

 

Cambio 1 dolar = 6,85 bolivianos.

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Dia 6 de janeiro de 2013.

 

Saída Tupiza Bolívia

 

Destino Uyuni Bolívia

 

Km percorrida 200 km

 

Km acumulada 2635 km

 

Um domingo de manha, acordamos cedo, o hotel tinha um bom serviço de café da manha, fomos os primeiros a toma-lo. Mas perdemos bastante tempo reorganizando a bagagem e decidir se seguiríamos de Tupiza direto para Laguna Colorada, pois segundo informações a Laguna verde estava fechada para visitas, devido ao impasse criado pelas cidades que tem seu território como parte da Reserva de Fauna Andina Eduardo Avaroa, com relação à distribuição e arrecadação das taxas.

As empresas de tours que estão sediadas em Tupiza e Uyuni recolhem a entrada em suas sedes, mas agora o escritório do parque que fica na Laguna verde próximo com a fronteira com o Chile também estava cobrando uma taxa de entrada de 150 bolivianos por pessoa. Devido a este impasse as empresas não estavam se dirigindo a região do Salar de Chaviri ate a Laguna Verde, estavam usando caminhos alternativos em direção a Laguna Colorada.

 

 

Primeiro fomos através de um mapa para comprar, mas o mesmo não era muito confiante. Eu ate tinha vários mapas da Bolívia no meu GPS, mas não tinha estudado esta possibilidade de seguir de Tupiza direto para o Deserto, desisti, mas conversando com um boliviano, ele disse para que eu levasse toda gasolina que eu precisa-se desde Tupiza, pois domingo o posto de combustível de Uyuni estaria fechado e segunda feira eu iria enfrentar uma fila quilométrica.

 

Estavamos levando cada um 10 litros de gasolina reserva, mas esta gasolina seria para usar na travessia de Uyuni para Laguna Colorada ou Verde se conseguíssemos prosseguir, conforme as informações divergentes. Fomos atrás de mais 2 galões de 10 litros, procuramos muito e só conseguimos comprar um de 20 litros.

 

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Voltamos ao posto que conhecíamos e depois da mesma historia do preços, colocamos mais 16 litros de gasolina reserva.

 

Perdemos muito tempo com todo esse vai e volta pela cidade.

 

Enfim nos colocamos em direção a Uyuni, ainda no asfalto, exatamente onde começaria o caminho para Uyuni, pagamos o ultimo pedágio.

 

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A estrada para Uyuni deste Tupiza é toda sem pavimento, como havia chovido alguns dias antes, ainda tinha algumas poças com agua.

 

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Uma estrada com muitas costelas de vaca, curvas que não paravam de subir e descer, depois da sensação de que minha moto ia quebrar no meio, meu case lateral esquerdo deu a impressão q estava se soltando, paramos, reapertamos e continuamos nossa rumo ao Uyuni.

 

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Enquanto estávamos em uma destas subidas intermináveis, meu filho fez sinal para que parássemos pois, ele estava ficando tonto e escurecendo as vistas. Ao parar ele logo deitou no chão, eu rapidamente procurei em minhas coisas qual remédio iria usar naquele momento, peguei um comprimido de Diamox que segundo a bula é usado para diminuir os sintomas do mal de montanha. Quando fui entregar para ele, ele parecia dormindo ou desmaiado, mexi com ele, que parecendo um pouco assustado voltou a si, tomou o comprimido com bastante agua, verifiquei a hora no relógio, para esperar o começo do efeito deste remédio para dar para ele um remédio para dor de cabeça.

 

Insisti para que levantasse, pois apesar de frio, o sol estava forte e não havia nenhuma sombra a quilômetros de distancia.

 

Estávamos preparados para a possibilidade de ficar em qualquer lugar, pois em nossas bagagens tínhamos equipamento de camping completo: barraca, saco de dormir para temperaturas negativas, isolante térmico, fogareiro a combustível MSR, panela, agua reserva, e comida liofilizada para 2 dias.

 

Mas não queria fica naquele lugar sabia que estávamos por volta de 4500 m, e depois iriamos baixar para 3650 m em Uyuni, além disso no caminho ainda havia Atocha, que poderia ser um bom lugar para pernoitar com alguma infraestrutura.

 

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Ele foi cuidadosamente à frente, e eu sempre perguntando suas condições, pois sabia, vendo em diversas outras ocasiões em grandes altitudes, pessoas desmaiarem. Claro q fiquei apreensivo, mas não pensei em coisas ruins, sei que todo mundo pode passar por isso, mas não podemos esmorecer ao primeiro sinal.

 

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Depois de uns 40 minutos paramos novamente e entreguei a ele um comprimido de Neosaldina, e pedi q toma-se bastante agua.

 

Fomos seguindo e ele logo melhorou, ufa !

 

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Acredito q levamos mais de 4 horas para chegar à cidade de Atocha, uma cidade bacaninha, mas que a primeira vista, parece sinistra, rs.

 

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Entramos na cidade, sendo observados por todos, parei para perguntar sobre algum lugar que poderia ter alguma coisa para comer, um menino nos disse que poderíamos encontrar bananas em barraca, possivelmente de algum parente seu.

 

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Continuamos pela avenida principal, contornamos uma praça e avistamos um restaurante aberto: El Minero, entrei, perguntei o que poderia fazer para comermos, nos ofereceu um sanduiche de carne com verduras, e para beber, leite com Nescau e banana batido no liquidificador. Sai para tirar umas fotos da praça e logo meu filho me chamou. Não acreditei quando experimente aquele lanche, estava ótimo.

 

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Comemos e logo seguimos nosso caminho, que segundo o rapaz do restaurante nos informou, o caminho a partir de agora seria mais plano e em melhores condições.

 

Realmente era melhor, e fomos avançando rapidamente, quando no horizonte, avistei o movimento do vento junto a algumas dunas próximo a estrada, estava começando uma tempestade de areia, e essa tempestade de areia, estava cobrindo a estrada, um vento muito forte, e o acumulo da areia, sem compressão, deixou o caminho perigoso, pq era uma areia muito fofa e profundo, sem contar o vento empurrando a moto lateralmente, era uma visão incrível estar ali, onde tudo havia mudado tão repentinamente. Em umas destas investidas na areia, por medo diminui a velocidade, e fui perdendo o equilíbrio, a frente fez movimento brusco, parecia um cavalo querendo me jogar de cima da moto, fiquei no controle da forma que pude, dar uma pernada aqui, outra acola, ate conseguir parar em segurança.

 

Meu filho que vinha logo atrás, assistiu tudo de camarote. Também parou, mas ao tentar arrancar acabou derrubando a moto, agora quem viu de camarote pelo retrovisor fui eu !

 

Parei a moto, e voltei andando, devagar, para não deixar a altitude se abater sobre mim.

 

Levantamos a moto, e partir deste momento tínhamos q cuidar dos arensais q apareciam de repente.

 

Fomos administrando a pilotagem e logo avistamos Uyuni.

 

Entramos na cidade e já vimos o posto de combustível fechado, procuramos o Toñito Hotel, e por lá ficamos, acredito q este é o melhor hotel de Uyuni, tem garagem, restaurante e um café da manha muito bom.

 

Agora um fato muito curioso aconteceu, enquanto tirávamos a bagagem da moto, estávamos conversando com 2 senhoras da Inglaterra, quando uma moça loira com sotaque carregado típico do Gaúcho de região alemã, nos pergunto de que parte do Brasil éramos, começamos ali uma conversa animada, e perguntei de onde ela era, “ sou da região de Cotipora – Veranópolis RS”, e já avistei a viatura em que ela Vanessa e seu namorado Linho estavam viajando, uma Rural Willys com motor Diesel (estavam voltando de Machu pichu) Ate ai tudo bem, mas o fato curioso foi que eu já havia encontrado com ela e o ex-namorado (antipático) voltando do Ushuia em 2010 de Willis Overland !!! Esses reencontros nos dão força, para continuar viajando, é muito bom encontrar pessoas com o mesmo ideal de vida, pessoas que compreendem o que você esta fazendo ali, longe de casa, abrindo mão da família, para estar em outro mundo.

 

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Depois deste encontro, fomos tomar um banho e saímos comer, acabamos desistindo de comer pizza no hotel, jantamos no restaurante El Turista muito bom, cada um foi ligar para sua namorada ( a minha por acaso esta comigo há 20 anos, e por coincidência é a mãe do meu filho).

Cama pq amanha seria o dia onde iniciaríamos uma travessia de quase 500 km por caminhos na Reserva Eduardo Avaroa.

 

Hotel Toñito 400 bolivianos

 

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Junior,

 

Eu viajo de carro com a familia, aqui na America do Sul desde 2007, ja famos para Argetnina e Chile do Norte ao Sul, e ainda Peru, Bolivia e Uruguai.

 

Em 2012, comecei a viajar de moto, primeiro Atacama de tnr250, em agosto Transamazonica inteira de XRE, e agora esta viagem, que estou contando o relato com meu filho,

 

Abraço,

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Dia 7 de janeiro de 2013.

 

Saída Uyuni Bolivia

 

Destino Laguna Colorada Bolivia

 

Km percorrida 365 km

 

Km acumulada 3000 km

 

Acordamos por volta das 7 horas da manha (fuso -2 em relação o Brasil), vestimos os equipamentos, comecamos a arrumar a bagagem na moto, e abastecer as motos, mas devido ao frio da madrugada – Uyuni é frio ate no verão - a mangueira que usaríamos para passar o combustível dos galões, estava tao dura que quando tentei estica-la, percebi iria quebrar, ainda bem que meu filho teve a ideia de colocar ela na agua quente na pia do banheiro, pronto tudo estava resolvido. Fomos tomar o café da manha, que poderia ser a nossa única refeição do dia.

 

Depois do café, que por sinal é ótimo, uma boa variedade de alimentos, lembrando bem o estilo americano do breakfast, afinal o dono do hotel é um americano.

 

Saimos do hotel, e achei melhor cambiar mais US$ 50 por bolivianos, pois não sabia quanto iria pagar para entrar na Reserva Eduardo Avaroa, e com as noticias desfavoráveis em relação ao turismo na região, devido ao impasse criado pelas cidades por onde se extende o território da Reserva.

 

 

Aproveitei e comprei, 2 pacotes de bolacha e 2 achocolatados, esse com certeza seria o nosso almoço.

 

Na saída da cidade, passamos em frente ao posto de combustível, que estava com uma fila de pelo menos uns 3 km, ufa, ainda bem que havíamos trazido a nossa gasolina.

 

 

A estrada que pegamos é em direção a San Cristobal, é uma estrada sem pavimento, mas segundo os nativos, é consolidada com sal, então ela fica muito compactada. Se parecendo com uma estrada com cobertura asfáltica. Conseguimos seguir tranquilamente a 90 km/h, por muito tempo, desta forma logo chegamos a cidade de San Cristobal.

 

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San Cristobal esta a mais ou menos 100 km de Uyuni, esta cidade ou povoado possui um posto de combustível, não lembro se eu relatei mas todo extrangeiro tem que pagar 3X mais pelo combustível.

 

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Abastecemos e continuamos pela boa estrada, passamos por Alota, onde procuramos alguma coisa para comer, mas em vao.

 

90 km depois de San Cristobal deveríamos seguir por um caminho a esquerda, fiquei em duvida e continuei em frente errado por 30 km, verificando nos mapas, confirmei q estava errado, mas eu havia perguntado para algumas pessoas que estavam a beira da estrada q confirmaram que aquele era o caminho certo, mudando os mapas do GPS, descobri q seguindo reto poderia chegar ate a LAguna Hedionda, mas nao pelo caminho q eu queria seguir, voltei os 30 km, perdi tempo e combsutivel andando 60 km a toa.

 

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A estrada, era um caminho com muitas pedras, seguimos com cuidado, pois pareciam ser pedras afiadas que poderiam cortar o pneu.

 

Paramos no meio do nada, para comer oque havíamos comprado naquela manha, bolacha e achocolatado.

 

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Logo depois passamos por vários carros das empresas de turismo, que estavam fazendo o próprio almoço.

 

Passamos pela lagoa Chullucani com muitas montanhas lindas em volta, era um caminho muito bonito, mas trabalhoso seguir, pois haviam dezenas de rastros, e não era fácil decidir qual tomar, havistamos também o vulcão ollague, soltando uma leve fumaça.

 

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Pouco depois avistamos um riacho, e ao final de uma descida teríamos que atravessa-lo, desci da moto para verificar as condições, pois seguindo por onde os jipes passam havia pelos menos uns 15 metro de largura, e dava para visualizar um piso de charco preto com uma profundidade de pelo menos 50 cm de agua , nestas condições as motos afundariam facilmente no barro do fundo.

 

Achei um caminho pela lateral, passando por uma lamina de agua rasa, subindo um pequeno barranco q ficava no meio do riacho e depois tinha q acelerar forte para ultrapassar um barro preto antes de chegar na outra margem.

 

Por todos os lados q olhávamos haviam sinais de alternativas que foram tentadas por outros veículos, e dava pra ver que o solo era muito lodoso, daqueles que engole um carro facilmente.

 

Primeiro foi meu filho, que passou muito bem, pilotar uma moto pesada nestas condições, não é tao fácil, depois foi minha vez, que também passei bem, apesar que no ultimo pedaço, como a moto estava muito pesada, tive que acelerar um pouco mais.

 

 

O caminho acabou ficando pior e com pedras ainda maiores, mas logo chegamos na Laguna Hedionda, neste local há um hotel e muitos flamingos, tiramos algumas fotos, limpamos as viseiras dos capacetes e seguimos rumo a Laguna Colorada, o vento neste momento ficou mais forte e começou a esfriar.

 

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Nosso medo era os temidos arenais, que para os carros não traz muitos problemas, mas para motos, a condução se torna muito difícil e perigosa.

 

Chegamos a uma área onde o deserto mostrava toda sua força, era areia para todo lado, e neste trecho começa um leve subida, aumentando casa vez mais a altitide.

 

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Fomos conduzindo as motos sempre procurando lugares onde a areia fosse mais compactada, com certeza cada deve ter escapado de umas dezenas de quase quedas, a não ser meu filho q ao entrar em uma curva em uma subida muito forte, a frente da sua moto escapou e ele saiu rolando pelo chão de pedras, o equipamento fez sua parte e nada aconteceu com ele, quanto a moto a mesma coisa, protetor de mao, guidão de alumínio renthal e protetor de motor protegeram a moto, que saiu apenas com leves riscos.

 

 

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Brigamos um bom tempo com a areia, quando no horizonte avistamos o lugar onde fica o Arbol de Piedra, paisagem lunar, com muitas pessoas apreciando o local.

 

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Da escultura de pedra, logo chegamos a famosoa Laguna Colorada, no cair do noite, com o frio aumentando, o tempo que tínhamos para fazer este percurso foi examento o suficiente, paramos em uma cancela, e começamos a conversa com um alegre boliviano fa de futebol, não precisamos pagar nada para passar peloa cancela, mas o rapaz no aconselhou a não seguir em direção a Laguna verde, fronteira com o Chile, pois dai teríamos que pagar 150 bolivianos para os agentes da Reserva naquela região. Na cancela havia outro rapaz que nos levou ate um alojamento, preço individual: alojamento 30 boliviano, jantar 20 bolivianos, banho 15 bolivianos e café da manha 15 bolivianos.

 

Nosso alojamento era uma quarto grande com umas 7 camas, cada uma com uns 4 cobertores cada, pegamos nossa bagagem, abastecemos as motos, e as colocamos próximo a uma parede, e as cobrimos com a lona q havíamos levado, tivemos que amarrar muito bem, pois o vento estava forte demais, esta lona serviu como protecao contra o frio, para nao facilitar a partida na proxima manha.

 

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Logo que terminamos nosso jantar chegou, devido ao frio decidimos não tomar banho, como primeiro prato veio uma deliciosa canja acompanhada de paes, depois uma macarronada com molho de tomate. A janta estava muito boa,, não esperava comer tao bem naquele lugar, esta citação não é nenhum tipo de discriminação, mas devido a dificuldade de chegada de mercadorias ate este lugar.

 

Terminada a janta, logo deitamos, eu coloquei a calca e a camiseta segunda pele, e uma blusa polartec, e ainda dormi com 5 cobertores, meu filho se vestiu da mesma forma, mas como estava perto da porta, relatou pela manha, q passou frio.

 

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