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30 dias nos andes - Bolívia, Peru e um pouco de Chile - Jul/ago 2014


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30 dias nos andes – Bolívia, Chile e Peru – Julho/Agosto de 2014

Pessoal, minha andança foi assim (estrelinha nas cidades que só usei de conexão):

 

Brasília

Corumbá*

Puerto Quijarro*

Santa Cruz de la Sierra*

Sucre*

Potosí*

Uyuni

San Pedro do Atacama

Calama*

Arica*

La Paz

Cusco

Pisac

Arequipa

Chivay

Puerto Maldonado*

Iñapari*

Assis *

Rio Branco

Brasília

 

Foi meu primeiro mochilão. Tirei grande parte das dicas daqui do mochileiros.com, e vou retribuir com meu relato e dicas de tudo o que eu li e vivi dando informações úteis a vós, leitores :D Vamos lá:

 

PRÉ VIAGEM:

Planejar, mas não muito: nenhum plano é seguido do começo ao fim, assim como você vai acabar perdid@ ou sem o que fazer se não planejar nada. Mas essa aqui todos sabem né ;). Use amigos, blogs, fórums e confirme as informações em outros sites, sem confiar 100% no que lê. E vá com o plano aberto a mudanças;

Morgar é preciso: sempre deixe uns dias livres só pra dar um rolezinho leve na cidade no planejamento. Você pode usá-los caso se atrase muito por algum motivo ou simplesmente precisar deles. E precisa sempre, viu?

Nos andes a última hora é o que vale: na minha viagem comprei todos os ingressos e fechei todos os passeios pro dia seguinte ou o próximo (salvo um no Chile, vide relato). Meu namorado deu uma olhada nos preços pra fechar ainda em Brasília, mas não vale a pena não... Tudo mais caro e a gente não tem a certeza do dia que vai estar lá pra fazer o passeio. Não se preocupe em fechar os esquemas lá mesmo, inclusive Macchu Picchu. Agência é o que não falta.

A última hora não vale tanto assim pros hostels: em Julho é aniversário de um monte de cidade peruana e do próprio Peru, e ficamos numa hospedagem muito mais ou menos em Arequipa porque a cidade estava lotada. Recomendo chegar numa cidade já reservando hostel pra próxima, que daí rola de saber melhor quantos e quais dias você fica.

Tire foto dos seus documentos e suba pro seu e-mail, dropbox, google drive ou qualquer outra nuvem: precisei bloquear um cartão roubado e tive acesso ao número dele através do álbum da minha câmera no celular 

Se tens medo de cachorro, prepare-se, pois verás vários: enormes e de todas as cores, mas todos são bem cuidados e bem alimentados. Parece que os cachorros são sagrados por lá igual vaca na índia . Mas não se preocupe, eles são legais 

Compre tudo o que for comprar na Bolívia: leia o relato pra saber.

Use o forsquare pra ver o que tem próximo e o que tem de bom na cidade: também é possível ver a senha da wifi de vários restaurantes  e queimar os lugares ruins pros colegas não irem lá  Trip Advisor é good também.

Seguro? Fiz com a Porto Seguros, que foi ótima no seguro do meu carro. Só que só quando cheguei a Brasília descobri que eles não cobrem furto de bagagem, só extravio. Se eu soubesse, teria falado outra coisa lá na polícia internacional do chile pra moça fazer o Boletim Muahahahahhhh ::tchann:: . Recomendo fazer um seguro que pague na hora seu hospital se você precisar e não te faça gastar o dinheiro pra ressarcirem depois.

Olho aberto na alimentação. Carne bem macia e com pimenta do reino? Cuidado, pode estar podre. Eles não têm um sistema de refrigeração, higiene nem de vigilância sanitária no Peru e na Bolívia. E prepare-se pra ver pollo com papas fritas (frango com batata frita) em todos os lugares.

Procuração: vai bem. Precisei usar uma vez que é simplesmente impossível se comunicar com o banco do brasil estando lá no Chile e o site não dá informações de como cancelar cartão. Mandei e-mail pra minha mãe, dei o número do cartão furtado e ela foi lá e cancelou pra mim.

 

https://catracalivre.com.br/viagem/mundo-viagem/indicacao/35-dicas-geniais-para-viajantes/

 

LEVE CONSIGO

Roupas pra uma semana (só uma? É, tem infinitas lavanderias em todos os lugares). Recomendo levar algumas roupas neutras e repetir sem dó. Deixar no meio do caminho algumas peças às quais você não tem apego e deixar espaço na mochila pra trazer roupa também 

Duas vias do seu documento: nosso RG serve pra andar em todos esses países. Leve uma cópia autenticada na mochila e mantenha o original na doleira. No meu caso, levei passaporte e RG. Minha mochila de ataque foi roubada com o passaporte no Chile, se eu não tivesse o RG na doleira eu estaria lascada. Seríssimo, autentique mil cópias e espalhe nas mochilas roupas nécessaire doleira tudo. Sem RG a viagem acaba.

Dólares intactos: se tiver um amassadinho, um rasgadinho de um milímetro, as casas de câmbio não aceitam ou vão te oferecer um preço muito menor. E se você saca dólares num caixa ATM da vida, elas cospem umas notas sujas fedidas rasgadas nojentas velhas e te deixam com raiva, então saque na moeda local, caso precise, e eu espero que você não precise porque a taxa é de uns 15 conto + uns dólares. Não vale a pena o cambio de reais não.

Cartão de crédito: não se esqueça de habilitar seu cartão pra uso no exterior antes de ir. Levei duas vias e foi útil também. No banco do brasil a primeira segunda via custa 5 reais  enquanto a segunda via do VTM custava 50 kkk

O de sempre: carregadores, protetor solar, óculos escuros, fleece, segunda pele, corta vento, bota, chinelo, hidratante, lanterna, remédio de estômago, de gripe, de dor de cabeça e dramin.... álcool em gel vai bem também. Higieniza as paradas e ajuda a aliviar o enjôo da altitude. Um cicatenol/bepantol da vida é muito bom pra quando sua boca rachar e sangrar, mas quando a coisa ficava feia eu passava era vick e resolvia. Só teria usado repelente no dia do Downhill. Não precisei de sleeping bag.

Papel e caneta: a caneta você vai usar mil vezes na imigração pra preencher os formulários. Ande com os papeis da migração na doleira, se perder um desse você pode ter problemas. Nos cobraram esse papelzinho pra cruzar todas as fronteiras e até mesmo em um hostal no Peru.

ISIC card: 20 dólares de desconto em Macchu Pichu. Dizem que pra pessoas até 25 anos, mas meu namorado tem mais de 25 e passou no desconto tb . A carterinha do hostelling internacional não usei pra nada 

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VAMOS AOS FATOS

 

BRASÍLIA > CORUMBÁ > PUERTO QUIJARRO

 

Fomos quatro pessoas, número ideal pra dividir o taxi : eu, meu namorado Danillo e um casal de amigos, que acabou separando da gente no meio do caminho. De Brasília pegamos um vôo pra Corumbá e de lá pegamos taxi pra Puerto Quijarro. Eu não gosto de taxista brasileiro não é à toa: o cara cobrou 40 reais pra andar uns 5km do aeroporto até a fronteira ::hein: (lá tem que assinar papel de saída do Brasil e outro de entrada na Bolívia). Do lado boliviano o mesmo trecho custou 5 bolivianos da fronteira até a hospedagem (1 real: +-3 bolivianos).

 

Em Puerto, faz-se câmbio pra bolivianos e compra-se passagem pro “trem da morte” até Santa Cruz de la Sierra. No nosso caso, só tinha passagem pro dia seguinte às 18h, então tivemos que pernoitar num alojamento que ficava na frente da ferroviária. Compramos um super ultra trem que era acima do super pullman. Foi 238 bolivianos. Vale a pena, pois a viagem dura muitas horas.

 

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SANTA CRUZ -> SUCRE -> POTOSÍ ->UYUNI

Chegando a Santa Cruz de manhã, fomos até o aeroporto mais próximo (tem dois, viu) e encontramos passagem pra Sucre (pela T.A.M, transporte aéreo militar) pra dali umas 2 horas. 400 bolivianos. Acho que por via terrestre são 12 horas porque tem que voltar pra uma outra cidade, sei lá. Eu sei que do avião eu vi uma estrada que parecia fio de miojo de tanta curva . O Vôo durou 30 minutos.

 

De Sucre a Potosí: Almoçamos e pegamos busão. Prepare-se, brasileir@ leitor(a)! Os busões bolivianos páram pra dar carona e as pessoas simplesmente ficam 5 horas de pé no corredor depois que o ônibus lota. Alguns levam um banquinho e sentam no fundão, outros levam colchão e deitam no meio do corredor, outros agacham e se apoiam na sua perna como se nada estivesse acontecendo :shock: . E muitos não tomam banho nem escovam os dentes (quando os têm) ::tchann:: . E aqui começa a altitude.

 

De Potosí a Uyuni: outro busão com gente fedidinha. Nossos amigos pegaram um taxi e falaram que o motorista era um psicopata. Ultrapassava na curva, buzinava loucamente, dirigia em alta velocidade, etc. Encontramos umas brasileiras no Chile que falaram a mesma coisa, só que o delas foi ainda pior porque o motorista cobrou coisa a mais que o combinado e ficou vendo um filme semi-pornô no caminho. Acho que essas passagens foram uns 30 bolivianos. O táxi cobrou 60.

 

UNYUNYUNYUNI

Chegamos 1h da manhã em Uyuni e um cara já veio atrás da gente pra fechar passeio. Ele tinha hostel também, queria que a gente ficasse no hostel dele. Como o lugar não tinha wi-fi, ele indicou um outro hostel pra nós (um tal de Viele, que tinha wi fi, era organizadinho, mas banho quente só a partir das 8h, que o cara desliga a caldeira pra não congelar. Apenas pense no frio).

 

Depois de um tempo de conversa, ele contou que seu nome era Julio, pero conocido também como Tiago, de Tiago tours. Já vi a lista negra das agências aqui no mochileiros que não sou besta nem nada. O cara foi muito gentil conosco, mas foi dispensado . Acho que ele cobrou um preço 4x menor que o padrão pra fazer o salar. Esmola demais, né não?

 

Ficamos curtindo a cidadezinha um dia. As coisas não são assim tão mais caras que em La Paz não; rola de comprar umas pecinhas de roupa lá. Os restaurantes todos têm as mesmas coisas com os mesmos preços (aí sim são meio carinhos), mas tem uma pizzaria dentro de uma galeria que é uma delícia, tem várias coisas e o preço é um pouco menor. Fica a dica. Acho que é a única dentro de uma galeria...

 

Fechamos o salar com a Ripley Tours. 3 dias, 730 bolivianos, acho. Todas cobram preço parecido e no final das contas você vai perceber que as agências todas usam os mesmos “atravessadores”. Quem tá no mesmo carro/van que você pode ter vindo de diversas outras agências. Isso pro Peru também.

 

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O salar estava secão e frião ::Cold:: . Recomendo luvas e meias quentinhos.

 

 

Primeiro dia – cemitério de trens, vilarejinho com balangandans de comprar, chão de sal, aquele trem que tem as bandeiras, isla del pescado (monte de cactos – paga 30 bol pra subir) dorme no hotel de sal.

 

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Na Isla del pescado tem bichinhos  fez até um calorzinho essa hora

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Segundo dia: acorda cedo cedo cedo cedo, vê os vulcões, àrbol de piedra, laguna dos flamingos, laguna colorada, dorme num chiqueiro que não tem nem tomada (mas tem 4 cobertores por cama, só não sei com que frequência lavam). Passei mal de soroche, até vomitei, mas Danillo cuidou de mim fazendo um power chá com as folhas de coca que ele havia comprado na cidade de Uyuni. Recomendo não correr muito nem subir os montes muito rápido nem fazer muita estripulia, seríssimo. Compre folhas de coca, 5 bol um pacote razoável.

 

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Terceiro dia: vê os gêiseres, volta pro carro de tanto frio, vê laguna, volta pro carro de tanto frio, vê laguna da água quente, não entra nem f**** e volta pro carro de tanto frio. Aí te largam na fronteira com o Chile, mas tem a opção de voltar pra Uyuni também. Nossa sorte foi que a gente resolveu só ir (pensávamos em voltar), porque Uyuni estava em greve e pra sair de lá teria que pagar 350 dólares de propina pro taxi, segundo umas brasileiras que encontramos no Chile. As agências avisam? Claro que não!

 

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Os carros são aqueles 4x4 grandões, fomos 6 mais o guia dirigindo. O casal de chilenos que foi com a gente era tranquilo, a comida era boa e farta, tem pra vegetarianos, e os guias bebem mesmo. O nosso dava umas goladas escondidinho na garrafa de “mé” que ele trazia debaixo do banco, mas não encrencamos porque ele estava em pleno gozo das faculdades mentais e queríamos evitar a fadiga.

 

AH! Eles não avisaram pra gente na agência, mas pra terminar o passeio tem que entrar num parque nacional e a entrada é 130 bolivianos! Falaram pra gente como se fosse opcional, sabe? Tal como a islã del pescado. Mas era obrigatório. E o guia explicando isso pra gente ficou grunhindo os “puta mierda” dele lá.

 

SAN PEDRO DO ATACAMA:

Aôoo cidade bonitinha! Ruazinhas estreitas com as casinhas todas brancas e aquele artesanato farto e colorido pulando pra fora das estantes! O ônibus deixou a gente numa parte feinha, mas logo andamos uns 200 metros e chegamos ao centro da cidade. Tava tendo bandas, fanfarras etc... véry fófis! Só que véry cáris também. A moeda surreal deles dava um trabalho pra gente converter e pensar em quanto estávamos gastando. Acho que 1000 pesos dava uns 4,5 reais, coisa assim. E tudo era de 15 mil pesos pra cima.

 

Ficamos no hostel “portal andino”, mas eu não recomendo porque o atendimento era ruim, o quarto era ruim e todo empoeirado, tinha uma cueca usada em cima do armário e fiquei com a garganta debilitada depois de dormir lá. O velho que cuida lá é o maior sovina também, se recusou a trocar o presunto por outro queijo porque o queijo era caro. E pra cumprir o cardápio do café da manhã, que dizia que tinha biscoito, deu uma merrequinha de biscoitinho ridículo pra cada um (vide foto abaixo).

 

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Fizemos apenas o tour astronômico, que foi legal mas estávamos bem cansados. Pessoal recomenda a empresa Gravity, mas foi o único caso na viagem de chegarmos e ter uma empresa com agenda cheia pra 3 dias. Então fomos com outra. Foi numa laje, mas o céu ainda estava lindo e vimos várias estrelas cadentes. Pagamos 15 mil (preço normal 20 mil mas éramos 4 e pechinchamos). Tem observação com aula, lanche com suco biscoito chá etc, mais observação. Dura 2 horas. Não sei se a Gravity é que leva o telescópio pro meio do deserto.

 

BOLIVIA DE NOVO

Cascamos fora de volta pra Bolívia. Gasta-se bastante no Chile, armaria. De San Pedro, busão pra Calama. Em Calama, no terminal rodoviário, levaram minha mochila de ataque. De Calama para Arica. Em Arica, um senhor nos abordou pra avisar que tomássemos cuidado com as coisas, que no Chile eles têm a “cultura” de pegar os pertences alheios (é, notei).

 

Em Arica mandei um e-mail pra minha mãe cancelar o cartão de número tal que me haviam furtado ::sos:: . Ela só conseguiu porque tinha uma procuração. Também registrei BO na polícia internacional pra eles jogarem meu passaporte no sistema e me darem outro papelzinho de entrada no país.

 

Muitos atendentes são grossos e burrinhos, tipo, você pergunta se aceita cartão eles falam “só dinheiro”. Aí você entrega o dinheiro e fala “não, não, já fechamos, aqui fecha tal hora”, e você fica com cara de pastel :| . Foi o país que menos gostei e devo demorar a voltar lá. Mas um salve pra policial internacional que registrou meu boletim, me tratou bem e me deu de presente uma garrafa de 3 litros d’água quando eu falei que tava com sede. De Arica para La paz.

 

LA PAZ

Não quisemos saber de wild rover não. Ficamos hospedados no El Gran Torino. Aceitável... banheiro tava meio sujinho mas acho que isso é coisa da Bolivia mesmo. Tinha Wi fi, os passeios te buscam lá e tem um café bem do lado pra tomar café da manhã. Pegue um empanado de queso e um api morado ;)

 

Os taxis cobram tipo 15 bolivianos pra te levar até a Calle de las Brujas. Lá tem escritório de agência pra fechar passeio, casa de câmbio, restaurantes, inclusive vegetarianos, e muita, MUITA coisa pra comprar. Se quiser levar uns ponchos pra casa, umas lembrancinhas pras pessoas, compre lá. Acabei indo ao banco do brasil de lá (cuidado, que ele mudou de endereço recentemente, agora é numa calle 20 de sei lá que mês, acho que outubro, no prédio sei lá o quê azul. Ajudei muito né ::cool:::'> ).

 

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Na calle rola de comprar instrumento musical também. Pau de chuva, unha de lhama, flautas mil, charangos, tambores... pena que mochilas são coisas com espaços limitados. Um poncho bonzinho lá custa uns 90 bolivianos, mas rola de pechinchar também. Comprei uma mochilinha pra substituir a que me levaram no Chile, mas a bicha arrebentou a costura em dois lugares. Vagabundinha.

 

Rola de fechar o downhill da morte pro dia seguinte sem problemas, mas chegar lá cedinho pra fechar e sair não rola. Fizemos isso e já não tinha mais vaga na agência, então fechamos Chacaltaya com outra galera. Fui de neolycra, 3 calças e tudo mais e não me arrependi. Acho que foi 90 bolivianos. Gente, foi um trauma. Lindo, neve, tal, floquinhos, branquinho e tudo, mas o busão sobe um penhasco por uma pista bem fininha de terra com os fios d’água da neve que derrete. Aí você sobe uns três km (a guia mentiu dizendo que eram 300m) no soroche, ofegando, morrendo a 5300m de altitude, pra chegar na casinha lá em cima.

 

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Quando chegamos lá no topo, pum, o horizonte sumiu. Maior nevasca. Cadê a guia? Pum, sumiu. Descemos né? Lá vai, o caminho de neve, 3 km, pelo menos era descida. Quando encontramos o busão, tava tudo nevado ao redor! A terra em que ele estacionou havia virado neve.

 

Aí, olha só, o motorista disse que era pra todo mundo entrar no busão, de pneu careca, estacionado à beira do penhasco, cheio de neve, pro ônibus PESAR, pra ele conseguir MANOBRAR e virar o veículo pro outro sentido. É de rir né? Mas as pessoas tavam quase chorando mesmo. :(

 

Vi uns gringos loiros no fundo do ônibus com os olhos esbugalhados e fui falar com eles. Canadenses, entendidos de neve, em desacordo total com aquela situação. Aí foi dada a ideia de abandonar o nav... busão. Abandonamos eu, meu namorado, o Fernando, paulista gente boa que achamos lá, e o casal de canadenses. Falamos pro motora “vamos só fumar um cigarro” e vazamos.

 

Cara. Eu sei que a gente andou. Andou. Andou. Alguém disse que andamos 20km até achar o primeiro taxi. O cara tava com a família toda dentro do carro, mas apertou todo mundo pra tirar a gente dali (por 100 bolivianos e a caridade que ele tinha no coração dele). Foram mais infinitos km viajando num porta mala de um taxi sem suspensão com mais 2 pessoas passando mal dor de cabeça enjôo soroche queria morrer.

 

E paramos numa cidade da perifa, com uma feira estranha, multidões estranhas... pelo menos tive a oportunidade de ver a “verdadeira Bolívia” ali. Mas foi estranho. E mais taxi até o centro de la paz. Chegamos exaustos, traumatizados, esgotados. Encontramos os brasileiros desse passeio no hotel. Um deles, que também saiu, disse que o taxista falou que “todo mês caía um busão e morria gente” ali. Armaria, ficamos até inexpressivos. Mas dia seguinte tinha downhill. :D Da morte. :D “somos loucos”, pensei :D

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Enfim. As melhores agências pro Downhill segundo os guias (livros) e depoimentos são a Gravity e a Madness. Fomos com a Madness, que com segurança não dá pra economizar, meu povo. Tem a opção bike comunzinha e superbike. A comunzinha, 300 bolivianos, e a superbike spechialáize suspensão dupla de carbono fortona, 600.

Eles emprestam calça, colete, capacete e luvas.

 

Cansei de ler relato desse passeio, é tudo o que dizem mesmo. Começa no frio, termina morrendo de calor, só descida (uma subidinha básica de leve no final mas ninguém morre por causa dela não), vai a van junto pra quem cansar ir dentro dela, se não ficar espert@ cai no abismo mesmo, vc pode topar com outros ciclistas inconsequentes, cachorro, atravessa pedra, atravessa água, tem uma cachoeira fininha no meio do caminho, ganha camiseta e cd com fotos, paisagens exuberantes e é o ROLÊ MAIS LOUCO DA VIAGEM.

 

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O nosso era pra terminar na piscina, mas demoramos mais ou menos 1h a mais pra sair até os policiais liberarem nossa saída. Tinha muita neve ainda, diziam. Da nevasca que nos pegou em Chacaltaya, certamente. Aí terminamos num bar mesmo. Peçam logo a Judas, não precisa nem ter dúvida.

 

Ah, muitas vezes eles só pegam a cerveja quente em cima da prateleira e te entregam, seja na Bolívia ou no Peru, então pergunte se está “helada” antes. Mas nesse bar tava tudo gelada, piscina não fez falta. E pensando bem, piscina com a galera do mundo todo sei lá se toma banho se tem pereba, não faz exame... eca né?

 

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ISLA DEL SOL e COPACABANA – leve um vinho.

 

De La Paz, um rolê na Isla del Sol. Tem que passar em Copacabana e pegar o barco pra passar o Titicaca pra chegar lá. Meu povo, minha póva, NÃO FECHE SEU PASSEIO COM GUIA. Nosso amigos pagaram 600 bolivianos por busão + hospedagem + passeio de lancha + guia + outro busão pra Puno, chegando lá tinha guia sim, mas o “passeio de lancha” era só a ida pra lá no barco, que a gente paga 25 bolivianos em separado, e um rolezinho no mirante, que qualquer pessoa pode fazer só.

 

Foi meio estressante chegar lá. Esperamos mais de hora pra pegar o barco porque o Titicaca tava selvagem, passamos maior frio de manhã cedinho na espera, chegando lá teve uma treta que fomos no caminho alternativo de Van pra pegar um trecho menor de barco e ninguém falou nada disso pra ninguém, os turista tudo perdido, os caras cobrando mais bolivianos pelo transporte, tiraram a gente da van sem avisar que vinha outra, o cara queria jogar a mochilona da turista lá de cima no chão, a gente queria jogar o cara lá de cima no chão, enfim, treta. Mas chegamos lá.

 

Bolivianos (e peruanos) são oportunistas: vão te cobrar pra mijar em todo banheiro que você ver, pra tirar foto, pra vc respirar o ar deles... só pra passar no píer e chegar em terra tinha umas cholas cobrando 5 bolivianos. Dá raiva uma hora. A gente começa com peninha, que são pobres e tal, mas termina morrendo de raiva desse povo mercenário.

 

O guia explicou coisas de lá, como funciona, que são 7 ilhas, que tem um santuário restrito, que tem a islã de la luna... (mas eu e o namorado pagamos 130 bolivianos por um pacote sem passeio e sem guia e tivemos exatamente a mesma coisa, com hospedagem, com tudo, e só andamos junto do guia deles hahaha). Quartinho pequenininho mas janelonas de vidro pra melhor vista dos últimos tempos. Estilo lua de mel ali. Não precisa nem se levantar da cama pra ver o sol nascendo, basta abrir o olho.

 

As mochilonas ficaram no escritório da agência em Copa porque tinha uma subidona de escadas de 40 minutos pra gente enfrentar na altitude. Levamos só mochilinha com muda de roupa e coisas pra 1 dia. Com o coração na mão de deixar o mochilão lá, onde todo mundo entrava. Mas no fim deu tudo certo, ufa.

 

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Chegamos à tarde, passamos a noite, fomos embora dia seguinte. O barco só saía 10:30 pra chegar 12h em Copacabana. Tem-se pouco tempo em Copacabana pra aproveitar, então se você é uma pessoa roots e gosta de artesanato em macramê, pedras, cristais, pulseira de couro de bicho (cobra, jaguatirica, etc), sabe o que significa chanunpa e essas coisas roots, planeje ficar mais tempo lá. Comigo mal deu tempo de engolir um biscoito qualquer de almoço e comprar um colarzinho já tinha que entrar no busão.

 

 

PUNO

 

Busão para na fronteira, entrega papel, preenche papel, carimba papel, faz câmbio de moeda, estamos no Peru. No busão mesmo o cara já sugeriu que fechássemos o passeio pra Puno, onde se visita as ilhas flutuantes, em que uma comunidade vive de um jeito bem diferente. Ouvi dizer que estão acabando, uma vez que as pessoas progressivamente escolhem viver em terra. Aceitamos. acho que era 50 soles. A moeda tava mais ou menos de 1 pra 1.

 

Na real? Achei sem gracinha demais. Pega o barco, em 25 minutos de explicação do guia chega-se na ilha dos Uros. Eles mostram como que faz uma ilha flotante, explicam mais ou menos como vivem, você dá um rolezinho, compra o artesanato caríssimo deles pra “ajudar a galera”, se quiser paga 10 soles pra entrar no barco de palha lá e visitar outra ilha, se não, vai de barco a motor mesmo, mais um rolê, tchau.

 

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CUSCO

 

Fomos pescados às 4 da manhã na rodoviária e fomos parar no hostel Vila San Blas. Recomendadíssimo! Limpinho, wi fi, tv a cabo, chuveiro bom, serviço de quarto e desayuno (pobrinho mas tem). Cheguei no centro da cidade (plaza das armas), falei “tou na europa”. Arquitetura do século 16, céu nublado, rua de tijolinhos... entendi os comentários de todos amando cusco!

 

Recomendo fortemente: o mercado San Pedro, no qual você encontra várias coisas “diferentes” e dá uma olhada mais de perto nos costumes locais (e tem a certeza de que eles não sabem refrigerar carne uaheuaheuahe), e a feira de artesanato, que fica um pouquinho afastada. Dá pra ir uns 2 km pela avenida do Sol e achar tb. Não peguei os drinks grátis lá não. eu ein :?

 

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PISAC

 

De cusco para Pisac são uns 30 km. Mas você pensa que é tranks?????? Mermão, não tem 5 metros sem uma curva fechada na estrada. Leve dramins, álcool gel e tapa ouvido, que os motoristas adoram colocar musica peruana no ultimo volume tipo assim (

) . Antes fosse cumbia, antes fosse salsa!!!! É uma choradeira infinita com o charango soando 3 notas. Aôooo sofrimento!

 

Lá tem o vale sagrado de interessante, mas fomos a Pisac por causa do Primeiro festival de música medicina, que durou 3 dias. Mas se for ficar lá, dar rolê, conhecer, lá também tem feira de artesanato, só que umas 3x o preço normal hehehe...(mas as medicine bags valem a pena) e tem o hostel Backpackers, que aí sim é hostel. O da frente desse, que esqueci o nome, é palha demais e te deixam trancad@ do lado de fora até você quase arrombar a porta se chegar à noite.

 

Ah sim! Tem o museu INKARIY. Pra quem gosta de cultura é imperdível! O museu faz um apanhado geral de todas as civilizações pré colombianas dos Caral até os Inka, expõe peças, explica por que o Peru foi o berço da américa, te coloca dentro das cenas dos rituais mais importantes de cada grupo com esculturas em tamanho real e rola de pegar um busão normal por 3 pila até lá. Não tem como perder a hora de pedir pra descer, olha aí a foto.

 

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DE VOLTA PRA CUSCO

 

Sobe montanha, curva curva curva, música de charango, cusco. Fechamos Macchu Picchu pro dia seguinte, com uma “peruvian highland trek”, na Calle del Medio 139. Pagamos 75 dólares (aqui você usa a ISIC card e tem desconto de estudante) por transporte + ingresso + almoço +janta + snack + “hostal”, vulgo muquifo, em Águas calientes (lá é tudo maior caro). Escolhemos ir a pé um trecho básico de 8 km que custava 25 dólares, então ao total economizamos 45 obamas. :mrgreen:

 

 

MACCHU PICCHU

 

A van passa no hotel, mas atrasou 1h. estávamos quase desistindo quando o cara apareceu no hall pra chamar a gente. Beleza, fomos, chegando à hidrelétrica horas depois tinha um almoço marromeno, e cada um se virava pra chegar À Águas calientes. Fomos a pé, 2h e 8km caminhando. Chegamos à noite. O guia não orientava a gente não, a gente que se virou pra lembrar o nome dele e descobrir que tinha uma praça em que os guias esperam os caminhantes.

 

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No jantar - muito mequetrefe- o guia explicou como seria o dia seguinte pra quem subiria a pé e pra quem usaria ônibus (19 dólares ida e volta). Olha só, ouvi falar que os guias não podem comprar os tickets pela galera! Então nosso guia deu o dinheiro na mão da gente, falou “vou lá no negocio com vocês pra vocês comprarem o ingresso pra macchu picchu” e “comprem lá depois tragam o troco” :| . Achamos aquilo absurdo. Até porque dizem que precisa comprar com uma certa antecedência. E porque fechamos pacote, então devia ser tudo incluso. Mas enfim.

 

Ficamos num burac.. quarto que não havia nem sido limpo da galera anterior (encontramos coca cola, sujeira, etc) e acordamos 4 da manhã. Nessa hora é recomendável andar em duplas no mínimo, que um fica na fila do ticket do ônibus (acho que abre 5h, não lembro) e outro vai pra fila do ônibus em si. Ou pode-se subir bazilhões de degraus também. Mas preferimos gastar uns dólares pra não sair com a cara caída de cansaço nas fotos ::cool:::'> .

 

Na fila de comprar os tickets do ônibus os gringos todos piraram, inclusive eu. Fui olhar a data do meu ingresso e constava pra TRÊS DIAS DEPOIS :o ! Todos got crazy ali, eu já tava com vontade de esganar o guia FDP que não comprara os ingressos e o rebuliço tava quase virando alvoroço quando os policiais nos acalmaram e falaram que era assim mesmo, mimimi do sistema mimimi. Certamente vendem mais ingressos que a capacidade de lá e ficou assim. E vi várias galeras que reservaram pela internet e chegando lá eles só respondiam “não vamos vender não, o sistema mimimimimimi”.

 

Tem o checking point, onde o busão te deixa, que abre 6h. Aí vc mostra o ingresso, entra, e já está dentro da maravilha mais interessante do mundo moderno! Nosso guia marcou com a gente 6:40 na casinha lá. Mas fácil achar, todos os guias marcam no mesmo lugar e tem uns que até ficam segurando uma bandeira rerere.

 

A explicação do cara foi maravilhosa. Alex o nome dele. Peruano orgulhoso, patriota e explicava todos os detalhes com a maior dedicação. Ele leva até um caderninho com imagens pra gente entender tudo e ver a cara (de pau) do Hiram Bingham. Ele visita vários templos com a gente explicando arquitetura, simbologia, a estrutura dos cultos, astronomia e até engenharia hidráulica (só lá você vai entender) e tira todas as dúvidas. Depois de 1:30, 2h, ele finda a explicação e pode-se andar por onde quiser. Ou mesmo acompanhar outros guias no meio do caminho.

 

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Macchu picchu tem uma trilha de uma via só, então tem que dar a volta e entrar novamente se quiser ver algo lá do começo. Mil guardinhas ficam fiscalizando se você anda no sentido errado, se joga lixo, se come em público, se tá fumando coisas, se tá fazendo algo indecente ou desrespeitoso, se tá muito tempo parad@ em lugar de passagem pra tirar foto das lhamas, etc. Voltamos a Cusco tal como fomos.

 

De volta a Cusco, ficamos na hospedagem familiar Famdreams, na Calle Recoleta Angosta 574. Recomendo, o cara que cuida lá é dos que te perguntam se você dormiu bem e te chamam pro café. Ele se virou pra achar um remédio pra mim quando falei que tava meio ruim da barriga . Mas aí você tem que mostrar o papel da fronteira, ele escaneia sua identidade e não pode fumar no quarto, graças a Deus, porque né. #odeiocigarro

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Era pra ser Lima, mas trocamos as 22h de viagem por 10 para -AREQUIPA meu amor, Aaaaa requipaaaa...

 

Viajamos de avião terrestre (ao contrário do busão aéreo que é a Gol, por exemplo) pela Tepsa. 85 soles pra ter wi fi no avião e gente não-fedidinha :D (tento respeitar tod@s independente de cultura, mas ah, gente, às vezes cansa). Lá o centro também chama “plaza de armas”, igual Cusco. Em Chivay também. Acho que em todo lugar hahahahaha. Cidade bem bonitinha, mas nosso interesse era o passeio pra Chivay.

 

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CHIVAY

Fechamos o passeio de um dia pro dia seguinte por 70 soles e tinha que pagar +40 de entrada no parque + 25 de almoço e +15 se quisesse entrar na piscina. Desayuno (café da manhã) incluso. Só que era de brinks o café, só tinha pão, manteiga, geleia e chá (a moça da agência mostrou fotos de um café da manhã colonial que até tinha cheiro saindo da tela do computador). Enfim, acordamos cedo, pra variar (acho que 3 da manhã, seríssimo) e fomos. Seis horas até Chivay. Tome chá de coca, já que tem chá lá. É alto. E vá com alguma blusa corta vento, que venta frio.

 

 

Depois do “café” no povoado, a gente vai pro Canyon del Colca (mirador Cruz del Condor), que descobriram ser o maior do mundo em 2005, e é morada dos Condores da região. O guia também era fantástico, demos sorte! Explicava com humor e com o coração. Kevin, mas não tem foto dele. Aí a gente vê os Condores se der alguma sorte. Teste seu guia perguntando se ele sabe a história do Ciro. Se não souber, pode jogar do Canyon (brinks). Vimos condores só no comecinho :(

 

Volta pro povoado, numa rua onde a galera tira foto com bicho (águia e lhama) e na igreja de Santa Ana. Daí começa a fazer muito calor. E passa num mirante que eles escolhem pelo pouco movimento (tem váaaaaarios) e no mirante pedra sobre pedra (google it). E tem a piscina de águas termais em que não entramos porque né. O almoço tava uma delícia, o único caso de self service que pegamos.

 

Ah, e GRAÇAS A DEUS o motorista não foi ouvindo música peruana, ele foi ouvindo rock and roll *-* e na volta a gente passa por um parque em que dá pra ver vicunhas e outros bichos nativos  Tive soroche forte na volta e tava sem remédio de dor de cabeça :oops: foi horrível :oops: .

 

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AREQUIPA –> PUERTO MALDONADO –> IÑAPARI –> ASSIS BRASIL

 

Já em clima de volta pra casa, voltamos por terra ao nosso Brasil Varonil. Puerto Maldonado tá no meio do caminho e da Amazônia peruana, mas não tivemos tempo de aproveitar uma estadia lá. Mal chegamos, pegamos um tuk tuk até o “terminal” (uma rua de terra batida) onde nos enfiamos numa van (deu nem tempo de comer) e fomos direto pra Iñapari.

 

Atravessamos uma nuvem de cigarra de uns 30km de extensão. Atravessamos. Uma. Nuvem. De. Cigarras. What. The. Fuck. Parecia. Praga. Do. Egito. Nossas mochilas que estavam no teto da van ficaram uma maravilha. Em Iñapari tem fronteira. Mostra papel, carimba, assina, passa pra Assis Brasil. FEIJÃOOOOOOO!!!!!. Almoça, pega o único ônibus do dia, que sai Às 15:30 pra Rio branco. 38 reais acho. Tinha banco do brasil lá (pulinhos). Chega de noite a Rio Branco.

 

RIO BRANCO

Primeira marcação quando você digita “A..C..R...” no facebook: “Acre, sim, existe”. Existe, meu povo, mas eles fecham tudo quando chove. Tentamos visitar vários locais, mas tava tudo estranhamente fechado e a moça da loja disse que não era um dia especial nem nada, que devia estar fechado porque choveu (oi?). As pessoas lá são extremamente legais, comunicativas e carinhosas (em sua maioria as minas, porque boa parte dos manos me olhavam como se eu fosse azul com bolinhas roxas).

 

Mas deu pra comer peixe, tomar açaí (esperávamos açaí puro mas esse tava estranho, doce e com creme de leite batido, mas tava bom que só) e tacacá (aos brasilienses: o da feira da torre é até melhor, gente) e comprar balangandans indígenas no mercado antigo lá. Que agora é novo. Novo mercado velho. Recomendo o parque da maternidade, que é lindo. Tudo lá é limpinho, as paredes, o chão... repare! O resto a gente tentou mas não conseguiu ver.

 

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RIO BRANCO – BRASÍLIA

Só tem vôo pras 2:15 da manhã pela Gol. Pela Azul tem meia noite acho, e se eu soubesse que a Azul era tão melhor e legal e dava geleinha de aviãozinho escrito “azul” eu teria pagado um pouco a mais. O centro fica a 70 reais de taxi do aeroporto, que começa a encher meia noite e antes disso é um deserto. 3 horas depois, lar doce lar.

É isso, minha gente. Escrevi exatamente o que eu gostaria de ter lido/sabido antes de ir. Aproveitem. Beijos.

::otemo::

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Thay Cavalcante, obrigado pelo relato!

 

Em dezembro, vou fazer Bolívia (Sta. Cruz, Sucre, Potosí, Uyuni, La Paz e Copacabana) e Chile (San Pedro e Arica, apenas), e vi que você fez de Arica para La Paz, exatamente como eu farei e vejo poucas pessoas falando sobre esse trajeto. Você lembra que horas você pegou o ônibus ou quais opções de horários tem nesse trajeto?

 

Ah, conta pra gente como você foi furtada e aonde exatamente, pra gente ficar mais ligado haha

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Matheus,

 

Saímos de San Pedro no começo da noite, chegamos à Calama noite adentro. Chegamos à Arica de manhã umas 9, lá compramos passagem pra la paz saindo às 14:30 e chegamos à la paz depois de meia noite.

 

A gente foi no terminal no dia anterior comprar de San Pedro pra Calama, saiu umas 19:30, e no terminal rodoviário de Calama, umas 23h, deixamos nossas mochilas ao lado do nosso banco. Não importa com quem você vai viajar, se vai com parente, com o amor da sua vida, não confie neles. Tem uns cachorrões lindos, bem cuidados e treinados lá que ficam brincando com os turistas e pedindo carinho...são só cães treinados pra distrair as pessoas enquanto os caras correm e pegam o que estiver à mão. Eu estava meio adoentada, então entrei em stand by e confiei que todos iam olhar todas as mochilas. Quando vi, não vi mais!

 

Recomendo amarrar a mochila pequena na grande, pendurar um sino nelas, descansar agarrado em ambas, entrar na cabine de telefone com ambas pra ligar pra quem quer que seja, não confiar em ninguém e não colocar coisas tão importantes na mochilinha. a pessoa me levou só os trem de tomar banho, um livro e de importante tinha meu passaporte, mas eu ainda tinha o RG na doleira. E tenho certeza que teve uma dor de barriga colossal de tanto que eu praguejei. auehauheuaheuahe

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Curti demais o relato, super sincero, hahaha.

 

Acha que compensa fazer Isla sem agência? Tava pensando em aproveitar mais Copa e ir pra Isla só pra fazer a trilha Norte - Sul pela manhã.

 

Mas curti o clima de lua de mel, a super vista... Vou com a namorada. Se bem que ela vai curtir os artesanatos de Copa...

 

Vi uma galera dizendo que dormir na ilha é caído, nada pra fazer...

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Matozo,

 

Até onde descobri, tem pelo menos dois tipos de pacote, o basicão e o "de luxo". O basicão foi o que eu paguei, 130 bolivianos com passagem e estadia. O de luxo nossos amigos pagaram. 600 bolivianos com o que tem no básico mais o transporte de barco (25 em separado) que eles venderam como se fosse um passeio, jantar (25 também, eu acho), guia e um passeio até o mirante, ao qual se chega subindo as escadas e sem nenhuma dificuldade.

 

Se você faz questão de saber as coisas específicas sobre a ilha lá na hora, sem o google, então pega o pacotão mesmo. Sugiro verificar a complexidade dessa trilha, porque pode ser que você precise do guia. E sim, lá o que tem pra fazer é admirar o titicaca e ver o dia amanhecendo :) tem umas lojinhas lá, umas lhamas (2 bolivianos pra tirar foto hehehe), umas ruínas... dá pra ver tudo rapidinho, por isso ninguém fica mais de dois dias lá não :)

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