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Mochilando por: Guiana, Suriname, Venezuela e algo do Norte brasileiro


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No dia 3/03/2014, viajei ao norte da América do Sul. Com a intenção de conhecer os países que fazem fronteira com Roraima, porém na Guiana queria prorrogar até o Suriname e a Venezuela estava na dúvida devido a questão tempo e também a situação atual na República Bolivariana que digamos é instável.

Usei como base para ida e volta a cidade de Manaus devido uma promoção que consegui por uma empresa aérea.

 

Chegando em Manaus utilizei o serviço de táxi, pois já passava das 23 horas e como não tenho conhecimentos grandes de Manaus optei por não tentar o ônibus que passaria próximo ao hostel. No Aeroporto existem apenas 2 linhas que ligam o Centro de Manaus com o Aeroporto: Linha 306 e também uma linha executiva nº 813.

 

O Hostel escolhido se situa numa pequena travessa chamada Rotary, que fica ao lado da Avenida Getúlio Vargas. O hostel é bem localizado, tem café da manhã, banheiro no corredor e o essencial as vezes que é o ar condicionado.

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4 DE MARÇO DE 2015

 

 

Como meu voo saía meio dia Manaus com destino a Boa vista, decidi utilizar o período da manhã para descansar um pouco até mais tarde, tirar algumas fotos da faixada do Teatro Amazonas e depois seguir até o Terminal 1 para ai sim utilizar o ônibus (306) com destino ao Aeroporto. O tempo de viagem em ônibus entre o centro e o Aeroporto foi de aproximadamente 40 minutos (considerando que era dia útil mas não horário de pico).

 

Após a chegada no Aeroporto de Boa Vista-RR, procurei táxi para utilizar com destino a rodoviário. Motivo? Já queria o mais breve chegar a Rodoviária e tentar comprar passagem para Bonfim-RR. O valor do táxi não me pareceu conveniente tendo em vista que o trajeto Aeroporto-Rodoviária realizou-se em menos de 15 minutos, porém consegui dividir com outras 2 pessoas e consegui realizar a minha meta que era chegar antes das 14horas na rodoviária e já adquirir uma passagem para Bonfim pela Amatur (saída programada para as 14h)

 

Cabe ressaltar que existem taxis coletivos ligando Boa Vista até Bonfim, porém como já tinha certeza deste ônibus no horário mencionado acima decidi optar pelo mesmo e não pesquisar pelo táxi no momento.

 

A viagem iniciou de forma pontual e ocorreu sem nenhum transtorno com algumas paradas para desembarque no meio da rodovia que se encontra em bom estado, a chegada ocorreu as 16.

 

Chegando em Bonfim cometi uma falha, pois o ônibus depois de realizar o desembarque na rodoviária, deixa o restante dos passageiros que optarem na Receita Federal, mas como não sabia desci na rodoviária e tive que utilizar um táxi, porém neste caso não considerei o valor elevado, pois além da receita federal o mesmo taxista me deixou na imigração da Guiana.

 

Na Receita federal deve se realizar o tramite de saída do país caso vá seguir viagem e não ficar apenas em Lethem, caso contrário não se torna necessário, vide exemplos de outras fronteiras do Brasil.

 

Já na imigração da Guiana eu tinha receio, pois eu para falar inglês não sou possuidor de grandes qualidades, mas com o meu pouco foi possível entender e ser entendido. Nesta parte eles fazem o procedimento que outras imigrações, que se trata de perguntar para onde está indo, onde irá ficar, o que está indo fazer.

 

Observando minhas respostas e minhas coisas bem no estilo Mochileiro ele já pode constatar que eu era apenas um rapaz indo ‘’mochilar’’ e não ir trabalhar nos garimpos que é destino de muitos brasileiros que seguem essa rota.

 

E aí? Cheguei em Lethem mas como faço para ir até Georgetown que me perdoem querer dimensionar distâncias, mas é muito longe.

 

Na própria imigração já tinha um intermediador que me ofereceu o serviço de navette (van) para Gtown (Georgetown). Como eu já estava no ‘’veneno’’ para chegar na capital de língua inglesa na américa do Sul eu já logo aceitei sem pesquisar outras opções.

 

Sendo assim aconselho que tentem realizar pesquisas em Lethem, eu além do explicado em cima acabei optando pela informada, pois só tinha este intermediador na imigração, porém já na parte habitada de Lethem existem mais opções sendo que todas saem com direção a Georgetown com horários similares todos a partir das 17h30.

 

Atenção não existem navettes em outros horários tanto na ida quanto na volta.

 

A navette em que eu estava saiu aproximadamente as 19h e chegou por volta das 21h num local onde todas as outras param, pois o Parque Iwokrama inicia as atividades as 4h30 e termina as 16h30. Isso é no portão 2 (direção Lethem-Georgetown), já no sentido inverso (Georgetown-Lethem) o horário de abertura é 6h00 e fechamento ás 18h.

 

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Por esse motivo e também pela Balsa que atravessa o Rio Essequibo (3° maior rio da América do Sul) os horários são das 6h ás 18h.

Detalhe interessante é que o Rio Essequibo de um lado é chamado de Kurupukari (não sei motivos)

 

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Conforme mencionado acima na faixa das 21h chegamos em um local onde também ficam outras navettes com destino a Georgetown. Lá é possível comprar alguma coisa para comer, alugar quarto para dormir ou então alugar uma rede para dormir (lá eu não sei se vendia). Caso você tenha a sua rede própria maravilha! Pode usar.

 

Mas onde vou colocar uma rede? Neste local existem dois locais cobertos, já construídos com essa intenção de poder colocar redes. O local não cobra por utilizar este espaço.

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DIA 5 DE MARÇO DE 2015

 

 

O Horário de saída das navettes deste local é as 4h e como eu não queria dormir e correr o risco de não acordar no horário (creio que me avisariam) acabei ficando acordando, conversando com outras pessoas, mas teve um momento que não resisti e cochilei no local das redes só que no chão utilizando minha mochila menor como travesseiro.

 

Depois de acordar, seguimos viagem até a entrada do Iwokrama, onde chegamos antes do horário que abre. Na fila havia havia cerca de 5 navettes e apenas 1 oficial estava conferindo as bagagens (de maneira superficial) e outros 2 conferindo os documentos dos passageiros (não esqueça do certificado de vacina contra febre amarela).

 

Após o procedimento seguimos viagem e atravessamos o rio de Balsa. Travessia esta que não durou mais que 10 minutos.

 

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Depois de atravessado a balsa paramos em um pequeno restaurante que é possível utilizar o banheiro e comprar algo (aconselho, pois depois irá demorar novamente para outra parada).

 

Durante a viagem não existem grandes alterações na paisagem (exceto tipos de arvores e as vezes algumas montanhas), e assim não é uma grande aventura a não ser o tempo de viagem dentro de uma navette que nada mais é que uma van brasileira em condições não tão de acordo com regras de manutenção e no caso da que eu estava tinha mais gente que banco, como? No banco que eu estava cabia 3 pessoas, mas na magica foi alocado no local 4 homens de altura considerada.

 

Depois de algumas horas se para em outro local para novamente checagem dos documentos (NÃO ESQUEÇA DO CERTIFICADO DE VACINA CONTRA FEBRE AMARELA) mas dessa vez não verificaram as bagagens.

 

Depois de mais horas de viagem paramos para o almoço sendo que neste local serviam ‘’ Baião de dois’’, porém optei por comer um prato chamado ‘’chicken curry’’. Gostei, mas a pimenta se fazia presente de forma forte como grande parte dos pratos preparados em território da Guiana.

 

Depois de outras horas de viagem chegamos em Linden que é uma das maiores cidades da Guiana, mas lá não é o ponto final e sim o ponto em que se inicia a estrada pavimentada. Pois todo o trajeto anterior que iniciou se em Lethem é na terra e resultado foi minha bagagem que estava no bagageiro ficou encardida de poeira, e eu? Também estava cheio de poeira e meu cabelo então....

 

O trajeto entre Lethem e Georgetown é de aproximadamente 700 km.

 

A chegada devido as paradas (não houve quebras nem furar o pneu) e também uma certa chuva (mas nada que fizesse a estrada estar em más condições) ocorreu as 14 horas. Isso mesmo todo esse tempo de viagem, lembrando que saímos de Lethem as 19.

 

Chegando em Georgetown me começo a surpreender com a arquitetura trabalhada em madeira.

 

A navette que eu estava (creio que a maioria ou todas), deixou nos na esquina da Cummings Street com a Robbs Street.

 

De lá fui andando a procurar o GuestHouse que eu havia pesquisado na internet com melhor preço, tendo em vista que Georgetown não é uma cidade no meu ponto de vista considerada barata e também não possui hospedagens voltadas para o público que viaja na intenção de ter custos baixos para este tipo de serviço.

 

DETALHE. O Trecho entre Lethem-Georgetown também pode ser realizado na ida ou volta de avião com um valor obviamente maior. Os horários são no período da manhã

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6 DE MARÇO DE 2015

 

Acordei cedo e fui em busca de começar a conhecer Georgetown e tirar fotos.

 

Em Georgetown a população é composta por etnias diversas: chineses, indianos e também negros da época de colonização inglesa. Fato que destaco é que na capital não

notei a presença de indígenas.

 

A arquitetura é muito distinta de nosso Brasil, com casas construídas de madeira. Já o saneamento pode se considerar precário tendo em vista que pelas ruas existem valas e córregos a céu aberto com o esgoto das casas que são despejados sem nenhum tratamento e que após esse percurso segue para o oceano atlântico em sua parte que beira Georgetown.

 

Eu gostei da cidade por alguns motivos que posso aqui descrever:

 

 

1. Arquitetura distinta da brasileira e principalmente da cidade em São Paulo, onde casas e prédios ‘’ disputam’’ espaço e você observa a falta de uniformidade em espaços urbanos (claro sem generalizar, pois existem bairros em São Paulo com bom planejamento)

 

2. Existem construções antigas conservadas e que oferece a capital da Guiana um charme ao qual eu tenho o gosto em admirar e ter vontade sempre de me aprofundar na história de nossos povos.

 

3. Mesmo com tantos comentários sobre a insegurança que a cidade passa aos turistas em momento algum eu me senti inseguro e tive a oportunidade em caminhar por diversos pontos da Capital***.

***Cabe destacar que em qualquer lugar do mundo devemos ter atenção aonde estamos indo e aqui quem fala é um nativo da capital de São Paulo, acostumado com poucas e boas rs.

 

No mais Georgetown é uma cidade que possui certa infraestrutura para o turismo em relação a atividades que estão fora da cidade como por exemplo; Kaieteur Falss, visita a populações em regiões típicas da Guiana na Floresta e outras atividades (Consulte na internet, pois é possível ter noção do que fazer por lá).

 

ABAIXO ALGUMAS FOTOS PARA QUE POSSA CONHECER ALGO DA CAPITAL, JÁ QUE NA GUIANA ESTIVE APENAS EM GEORGETOWN E EM LETHEM (em trânsito).

 

A maior catedral construída em madeira no mundo: ST. GEORGE´S CATHEDRAL

 

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Abaixo o Stabroek Market, mercado que segue a linha de grandes mercados como o Mercado Municipal de São Paulo (Mercadão)

 

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Outro local interessante para se conhecer é o Jardim Botânico de Georgetown, dentro do mesmo existe um zoológico, porém como não sou entusiasta da prisão de animais optei por não conhecer o mesmo.

 

 

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Ataíde eu quero tomar um banho de praia em Georgetown, você recomenda qual? ::bad::

 

Eu recomendo que você pesquise melhor e veja outros países vizinhos como por exemplo a Venezuela, pois as praias da Guiana não são próprias para banho em sua maioria e Georgetown se inclui.

 

Você dúvida? Olha a foto abaixo:

 

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7 DE MARÇO DE 2015

 

No GuestHouse que estive era possível agendar a navette a Paramaribo, porém tinha um amigo na cidade e o mesmo já havia disponibilizado para mim o transporte de navette para ‘’Parbo’’ (Paramaribo) no sábado.

 

Em Georgetown existem diversas agências com isso é possível agendar com tranquilidade o transporte para o Suriname.

O transporte entre os dois países tanto na ida quanto na volta pelo que tomei conhecimento ocorre no período da manhã e ocorre da seguinte forma:

 

A van que sai de Georgetown vai até Skeldon (Guiana), lá ocorre o desembarque e os viajantes vão até a imigração da Guiana realizar os trâmites de saída e comprar o ticket do ferry para chegar ao território Surinamês.

 

O tempo gasto no ferry é de aproximadamente 40 minutos entre os dois pontos (Guiana-Suriname)

 

A chegada no Suriname é em Nickerie. Lá é necessário fazer os trâmites de entrada (NÃO ESQUEÇA O CERTIFICADO DE VACINA CONTRA FEBRE AMARELA).

Após a imigração deve se procurar o transporte que levará até Paramaribo. Ai vale um destaque, pois a van que você paga em Georgetown lhe dará direito também ao trecho entre Nickerie e Paramaribo. O FERRY É PAGO A PARTE.

 

O trajeto que realizei entre ‘’Gtown’’ (Georgetown ) ‘’Parbo’’ (Paramaribo) iniciou se aproximadamente as 4:30 e terminou aproximadamente ás 16h do mesmo dia.

 

Já em Paramaribo a capital do Suriname também se utiliza mão inglesa nas ruas e a arquitetura é linda ao meu ponto de vista.

Também me hospedei em Guesthouse, pois a capital surinamesa não possui hostel.

 

O Guest que fiquei está localizado 10 minutos de caminhada do centro da capital e tem grande fluxo de pessoas hospedadas no mesmo.

 

Neste dia fui em alguns bares beber um suco, que aliás em grande parte dos locais que visitei na capital era de latinha e não natural. Já para quem gosta de uma cerveja existe uma marca local muito apreciada pelos habitantes e turistas que até já ganhou prêmio mundial de qualidade.

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8 DE MARÇO DE 2015

 

Mais um dia para acordar cedo e pesquisar sobre a cidade em que estava.

 

Em Paramaribo existe a forte presença de muçulmanos, indianos, negros, chineses e pessoas de outros países em menor número (inclusive brasileiros).

 

Existe muitos holandeses e belgas, que em Paramaribo trabalham após em seus países de origem se graduarem em algo. Nunca vi tanto holandês na minha vida e creio que algumas palavras eu aprendi, devido ao idioma falado no país ser o holandês e também a forte presença do pessoal que citei acima.

 

A arquitetura novamente foi minha grande surpresa (positiva). Em Paramaribo a arquitetura se faz mais preservada que Georgetown e isso é notório andando nas ruas. Outro ponto é o trânsito que é em sua maioria bem organizado.

 

Neste dia fui conhecer alguns dos principais pontos turísticos da cidade:

 

MESQUITA E SINAGOGA PRÓXIMAS

 

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Fundação Museu no Fort Zeelandia

 

Destaque na foto abaixo que relata sobre a história da colonização do Suriname e também possui artigos indígenas incluindo algumas peças cedidas gentilmente pelo nosso estado do Pará.

 

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PALÁCIO PRESIDENCIAL

 

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PARQUE PALMENTUIN

 

 

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Realmente andando pela cidade de Paramaribo e conversando com alguns habitantes nascidos no local, tive a grata surpresa em perceber que se trata de uma cidade amistosa em que grande parte de sua população convive sem querer criar barreiras ligadas a etnias as quais infelizmente vemos presentes em outras partes do mundo.

 

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