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1°Mochilão:Pouca grana+férias curtas=10 dias na Bolívia e Peru (com fotos)


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Bem, primeiramente gostaria de agradecer a todo esse fórum, é até difícil de dizer nomes porque garimpei informação de dezenas de roteiros.

 

Queria muito fazer essa viagem há uns 3 anos, mas normalmente só tenho férias mais longas dezembro, janeiro e fevereiro e não são boas épocas para ir a Machu Picchu [um colega meu fez um mochilão janeiro deste ano para Bolívia, Peru e Chile e disse que nem pode ir a Machu Picchu devido as chuvas severas, houve até mortes por conta disso, e portanto estava fechado enquanto esteve por lá] e o Salar embora seja mais bonito em época de chuva pode ter parte interditadas [mas um dia volto no verão só para ver como é inundado *_*].

 

Então, início de julho, um amigo meu, o qual tinha esse mesmo sonho, me chamou para fazer esse mochilão! Tinhamos pouquíssimo tempo para planejar a viagem mas eu já tinha um dinheiro reservado para isso, as passagens estavam em promoção e comecei a pesquisar aqui no mochileiros.

 

Primeiramente tínhamos pensado em ir por Santa Cruz de La Sierra, as passagens estavam por 100 e poucos reais. Porém no final de semana que íamos comprar não compramos e na segunda já tinha voltado ao preço normal. Pensamos em outras alternativas de roteiro mas descobrimos que La Paz tinha entrado em promoção e estava por 520 reais pela Tam. PERFEITO! Economizaríamos mais de 40h de viagem de ônibus no total e pelo que andei lendo não há muito o que se fazer em Cochabamba e em Santa Cruz, inclusive disseram que Santa Cruz é bem cara.

 

Compramos o cartão de alberguista internacional porque queríamos reservar os albergues com antecedência para não irmos completamente ao escuro, mas com as mudanças constantes de planos acabamos deixando para lá [e foi uma ótima idéia, porque senão perderíamos dinheiro com isso] e na verdade nem usamos o cartão. 40 reais jogados fora ¬¬ Pelo menos tem validade de um ano e talvez ainda use, ou não...

 

Tomamos a vacina contra a febre amarela mas em nenhum momento nos pediram o cartão de vacinação, mas tenho certeza que se não tivéssemos tomado pediriam. Murphy me ama.

 

Comprei uma mochila de 75 litros e deixei para comprar roupas de frio lá porque me disseram que em La Paz seria bem barato.

 

De preparativos pré-viagem foi praticamente isso.

 

Ah! E ainda teve os manifestos em Potosí para me deixar um pouco tensa antes de ir. Já estava achando que não daria ir a Uyuni, e refazendo meus planos. Com isso, estendi o mochilão até o Peru, mas infelizmente não tive muito de tempo de pesquisar sobre o Peru aqui e acabei ficando meio perdida. Mas no fim acabou dando tudo certo!

 

 

 

A viagem começou dia 15 e foi até o dia 25, sendo que dia 15 e 25 foram só de avião e dia 24 voltando de Cusco a La Paz.

Levei 459 doláres [foram +/- 850 reais] e 80 e poucos reais pro táxi de volta. Acabei gastando praticamente tudo, só sobrando uns 10 reais +/-

 

 

Enfim...vamos ao relato!

 

P.S.: Qualquer dúvida ou ajuda que quiserem, podem perguntar aqui mesmo neste tópico que terei o maior prazer em ajudá-los =]

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DIA 15/08: Pegamos o avião para La Paz no Galeão. Teríamos uma escala em Buenos Aires e uma conexão em Assunción. O vôo até Assuncíon foi tranqüilo, se resumiu a ansiedades, Shrek 4, um filme da Queen Latifa e um episódio de The Big Bang Theory... e é claro ao Pollo! Foi ai que começamos a descobrir a verdadeira obsessão que eles tem por Pollo [que da boca da aeromoça parecia que era Molho hahaha depois caiu a ficha que era frango ahahha] na Bolívia então tudo quanto era restaurante tinha no nome algo com Pollo, era Pollo Rey, Pollolândia, era Pollo em toda a parte heheh

Quando saímos do avião em Assuncion tomei um susto porque só havia uma meia dúzia de pessoas e ninguém para dar informação. Acabamos conversando com uma francesa, a Linda, que tinha acabado de vir do Brasil [tinha ido ao Rio e a Salvador], antes esteve na Bolívia e tinha ido ao Salar e iria novamente a La Paz. Muito gente boa ela, combinamos de rachar um taxi. Seria ótimo ter alguém por perto que já conhecia a cidade, porque na verdade estava meio receosa e até tinha pensado em dormir no aeroporto porque chegaríamos no meio da madrugada.

Ao chegar a La Paz fomos abordados por taxistas e cobraram 50 bolivianos [ok era esse o preço máximo que os taxistas deveriam cobrar de acordo com o que tinha lido aqui]. A Linda já tinha reservas no albergue El Solario, na calle Murillo. Na verdade pensávamos em ir ao Hotel Torino que era onde a Dri, que conheci aqui do Mochileiros.com, estava hospedada e ouvi falar muito bem dele e tudo o mais...só que aquela hora, sem reservas, achamos que o melhor seria ir onde tivéssemos companhia! Chegamos ao El Solario, ela mentiu dizendo que tinha reserva num quarto triplo e colou! Saiu a 30 bolivianos para cada. Conversamos bastante, mas depois o cansaço falou mais alto...

 

DIA 16/08: Pela manhã, a Linda quis ir para o dormitório onde pagaria mais barato [20 bolivianos] e mudamos para um quarto duplo pelo mesmo preço do triplo, 30 para cada. Fui tomar meu banho e água estava congelaando!! Resolvi encarar assim mesmo, mas o pior foi na hora de fechar a torneira, dava choque! Me enrolei na toalha, pedi para alguém desligar e descobri que ao lado tinha um com água quente....quente DEMAIS! Ou era 8 ou 80000 hahaha Tinha internet de graça, mas só um computador tinha velocidade suficiente, os outros eram piores do que quando aqui em casa tinha discada heheh Mas o japinha ficava monopolizando o PC bom...[acabei tendo que ir a Lan House que tinha em frente - custou 1,50 bol a hora - mais tarde porque queria saber como estava a situação de Potosí]

Conheci um argentino que me convidou para ir a aulas de tangos no dia seguinte, topei. Tinha gente de todas as nacionalidades nesse albergue, principalmente japoneses e franceses...a maioria dos turistas na Bolívia e Peru que conheci eram franceses, na verdade.

A Linda foi com a gente dar umas voltas mostrou em quais ruas tinham os mercados, trocamos nossos dólares por bolivianos com uma boa taxa [1 dolár = 7,05 bolivianos, troquei 250 doláres por um pouco mais de 1750 bolivianos] e levou a gente para o Banais Café na calle Sagarnaga, tinha um bom café da manhã por menos de 20 bolivianos. Pedi um Frapuccino e um sanduiche de carne de Lhama. A melhor carne de Lhama de toda a viagem.

Caminhamos bastante pelas ruas principais porque ela procurava caixa eletrônicos para sacar dinheiro e de repente pelo meio dos prédios pude avistar um pico da cordilheira dos Andes [illimani], achei incrível essa mistura de cenários.

Pelas ruas muitas cholas pedindo 1 boliviano... enquanto esperava a Linda no banco fiquei com pena de uma e acabei dando 50 centavos, a única moeda que tinha. Então ela ficou me olhando com uma cara de indignada, sem palavras, como se quisesse dizer “tá de sacanagem que vai me dar só isso?”. Por um lado achei sacanagem porque dava querendo ajudar a mulher, mas por outro pensei olhando tudo que via ao redor: ônibus, ruas e casas em estados precários em como o nosso Brasil é superior, mesmo com tanta pobreza e desigualdade, e muitos não se dão conta disso e só se orgulham de serem brasileiros de 4 em 4 anos, durante a Copa, enquanto o nacionalismo lá é exacerbado, se orgulham de serem bolivianos apesar de tudo. A idolatria ao Evo também se torna evidente em qualquer lugar que passe pelas ruas, embora tenha conversado com locais com um certo nível de escolaridade mais elevado [os quais olhavam para os lados e diminuíam o tom de voz antes de falar sobre esse assunto] que me disseram que isso vem da parte pobre e carente da Bolívia, que o Evo só tapeia o povão mas na verdade não faz tanto bem ao povo assim, que só quer se unir ao Chávez e dominar o que puderem da América Latina.

Depois de andar bastante, fomos ao mercado onde compramos folhas de coca e almoçamos. Comi uma truta MUITO boa! Acho que foi menos de 30 bolivianos. Lá no mercado é onde os bolivianos comem, é uma boa para economizar e conhecer um pouco sobre as comidas típicas e tudo o mais.

 

 

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Truta

 

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Mascando folhas de coca [ruim pacas, muito amargo =S]

 

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Obras em frente ao Mercado

 

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La Paz

 

A Linda foi tirar uma sesta e enquanto isso entrei na internet e li o Él Razon, mas os manifestos continuavam e os trens ainda estavam bloqueados. Fui fazer umas comprinhas, comprei casaco, luvas, touquinhas, camisa...

A noite fui até o Mercado de Las Brujas [o dos turistas, porque o de verdade dizem que não é bom nem chegar perto porque não gostam de turistas por lá] e procurar a Dri no Torino, ela não estava então fui a agência ao lado ver quanto custava para ir ao Salar. Na agência o cara disse que os protestos tinham acabado mas quis meter a mão disse que era um preço e depois disse que ainda tinha o ônibus e só ia surgindo mais coisas a pagar. Enfim não rolava. Mas coincidentemente a Dri entrou na agência. Conversamos e tal e marcamos para ir ao Tiwanaku no dia seguinte. Demos mais umas voltinhas pela cidade, tiramos fotos e depois fomos comer um hambúrguer no Pollo Rey [12bol + 2bol da Coca de 190ml].

 

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La Paz

 

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Mercado de las Brujas

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Dia 17/08: Acordamos bem cedo e subimos, um pouco ofegantes, a rua do Mercado de Las Brujas, ao final dela viramos a esquerda e tomamos café em um restaurantezinho. Comi umas empanadas e uns rollitos de queso com Coca Cola. Descemos e demos de cara com a Dri! Sempre se esbarrando por La Paz hehehe Fomos até o albergue e lá encontramos a Linda que ia tirar o dia para conhecer um pouco os museus da cidade mas acabou se animando e quis ir com a gente ao Tiwanaku.

 

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Ônibus boliviano.

 

Pegamos uma van para o cemitério ali mesmo em uma transversal a Calle Murillo, custou somente 1 boliviano. A viagem foi bem curta.

Chegando lá pegamos uma van que custou 15 bolivianos a ida, e a volta seria 10 bolivianos. Demorou mais ou menos umas 2h entretanto passou rápido porque fomos conversando bastante e admirando o magnífico contraste do Altiplano com a Cordilheira dos Andes.

 

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Imagem do El Alto de frente do cemitério.

 

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No meio do caminho parecia haver alguma comemoração, não sei bem o que era. Parecia como uma parada de 7 de setembro, gente marchando, com muitos instrumentos e roupas alegóricas.

 

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Chegando ao Tiwanaku a entrada custava 80 bolivianos. Chamamos um casal, um chileno e uma francesa, e as duas suecas que estavam conosco na van para dividir um guia. Ficou por mais 10 bolivianos cada.

Mal começou o passeio pelas ruínas e uma das suecas desmaia.Era o soroche!! Um médico veio atendê-la e deu chá de coca. Elas estavam há 1 semana em La Paz mas não deviam estar aclimatadas o suficiente ou talvez tenha sido o sol forte de Tiwanaku que não chega a fazer calor mas queima bastante a pele. Adorei o passeio pelas ruínas, todo aquele estudo astrológico que era feito ali é fascinante. O guia também contou sobre a rixa com os espanhóis, porque eles saquearam muitas peças importantes para o estudo arqueológico do local. E algo que me chamou bastante a atenção foi uma pedra que servia de alto-falante. O guia falava há uns 15 metros de distância e nada se ouvia, mas quando ele falava com a boca no buraco da pedra dava para entender tudo que ele dizia! E ao colocar o ouvido lá também era possível ouvir vozes. É um lugar fascinante e bem místico! Haviam monólitos de mais de 1 tonelada feitos de pedras que não haviam naquela região, como traziam o material? Continua sendo um mistério...

 

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Esse local acima é considerado sagrado, e ninguém pode passar pelo meio...mas o Evo passou!!

 

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Dri e as francesas!

 

O passeio não é muito longo. E depois disso foi a hora do almoço. Antes fui comprar uns souvenires e o guia foi me buscar para me levar ao restaurante. Todos tinham pedido a tal sopa de Quinua, resolvi pedir também e com carne de Lhama. Putz achei horrível, aguada, sem gosto...muito estranha! E olha que desde que tinha ido morar sozinha me tornei bem mais tolerável para comida e hoje em dia como tudo que aparecer na frente, mas essa sopa tava tensa. Por sorte, a carne de Lhama veio logo depois. Mas mesmo não valeu a pena, custou mais de 40 bolivianos tudo. Terminado o almoço fomos visitar os museus. Não podia tirar fotos lá. Achei muito interessante os costumes, cultura e crenças daquele povo. Assim como as chinesas que queriam ter pés pequenos, as tailandesas e seus pescoços de girafa, eles acreditavam que quem tinha uma cabeça muito grande era muito sábio e para isso deformavam suas cabeças, o que pode ser comprovado nos crânios completamente anômalos encontrados por lá, o que gerava mortes bem precoces.

Ao fim do passeio, mesmo tendo mascado bastante folha de coca e tendo tomado uma soroche pill no dia anterior, senti muita dor de cabeça e um pouco febril. Entretanto quando cheguei ao albergue e me arrumei para as aulas de tango esses pequenos sintomas haviam desaparecido, acho que fui até bem resistente porque depois disso só senti dores de cabeça bem suaves que em 2 dias já haviam desaparecido completamente.

 

A primeira coisa que fiz ao chegar no albergue foi entrar na internet e ver a situação de Potosí! Estava tudo normalizado! Os trens, de acordo, com o site

http://www.fca.com.bo/ estavam de volta a normalidade!! Estava emocionada! Poderia ir a Uyuni! Fiquei muito na dúvida entre ficar 3 dias em Uyuni e não ir ao Peru ou fazer somente o passeio de 1 dia. O meu amigo queria fazer os dois e todos disseram que era desnecessário e repetitivo ficar 3 dias no Salar. Mas fiquei muito indecisa. E acabei deixando para pensar nisso durante toda a noite e amanhã de manhã quando chegasse a Uyuni.

O argentino acabou não indo mais as aulas de tango mas deu o endereço a gente. Nem a Linda nem a Dri acharam em seus mapas a rua, então achamos que devia ser longe. Tinha lido aqui sobre o Mongos então sugeri que fossemos lá. Elas também já tinham ouvido falar deste lugar e uma belga amiga da Linda, que estava morando em La Paz para estudar antropologia, já havia ido ao Mongos... então fomos todos! Chegando lá tava bem lotado. Parecia ser para a elite boliviana, haviam turistas mas também tinham bolivianos, os mais bem arrumados que vi na Bolívia. Mas não achei tipo baladinha como haviam dito aqui, talvez pelo dia que fui, em plena terça feira. Estava tocando música mexicana haviam os cantores com trajes típicos e tudo o mais...tomei uma Paceña e comi um hambúrguer. Tava gostoso, mas nada demais e ainda custou uns 48 bolivianos...

 

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Saímos de lá bem tarde era quase meia noite e mesmo assim resolvemos ir a pé. Tive uma impressão completamente diferente da Bolívia a noite do que me diziam...é um lugar bem tranqüilo, não me senti ameaçada em nenhum momento, é claro que é bom se manter alerta mas não vi motivo para grandes preocupações... me sentia beem tranqüila.

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Dia 18/08: Não acordamos tão cedo quanto gostaríamos, estávamos bem cansados de Tiwanaku e chegamos bem tarde do Mongos. Pelo menos já tinha descoberto onde ficava o único chuveiro com água quente do local e não precisei me aventurar naqueles outros. Eu até que gostei do albergue, tem uma vibe legal, gente simpática. Só não indico para quem quer ter muito conforto, mas eu não tenho muito problema com isso e tava barato hahah então por mim foi ótimo! Me despedi do pessoal e fui ao terminal. Ainda não tinha ido lá e nem sabia que ficava tão pertinho, era uns 5/10 minutos a pé e acabei pegando uma van. Perguntei a uma policial, ela foi super simpática fez até sinal para a van que teríamos que pegar. Foi só 1 boliviano e valeu até a pena porque a mochila não tava muito leve. Pegamos o primeiro ônibus que tinha para Oruro, queríamos chegar o mais rápido possível. Não me lembro a empresa e nem o preço, naquela hora isso não tinha tanta importância assim...queria chegar logo a Oruro e comprar os tickets do trem. Chegamos a Oruro, demorou umas 3/4h. Dormi praticamente toda a viagem. Quando se chega a Oruro percebe-se que é um lugar muuuito pobre e feio, mas o centro chega a ser até mais desenvolvido que o de La Paz. Ao chegar ao terminal pegamos um táxi, custou 5 bolivianos até a estação de trem.

Ao chegar lá não havia mais tickets para a parte executiva nem salão, somente o popular. O atendimento na bilheteria não estava funcionando, era horário de almoço. Aguardamos um pouco e perguntamos como era a classe popular, mas disseram que não era confortável para dormir então resolvemos pegar um ônibus mesmo. Voltamos na rodoviária, agora o táxi custava 8 bolivianos, para voltar era muito contramão diziam. Deixamos nossas mochilas no porta equipaje e compramos os tickets para Uyuni em um bus semi cama da empresa Cruz Del Sur por 100 bolivianos. Pegamos outro táxi até o restaurante Bravo’s onde havia massas [chega de comida boliviana!] e pedimos lasanha. Caminhamos pelo centro para passar o tempo. Quando começou a escurecer voltamos de van ao terminal e esperamos até 22:30h que era horário combinado para esperar o bus. Esperamos até 23h e NADA! Não tinha ninguém! Comecei a achar que era golpe de turista que tinham me enganado, fui perguntando a várias pessoas e ninguém sabia desse ônibus e já fui ficando mais nervosa. Até que o homem que tinha me vendido o bilhete apareceu e falou para esperar onde eu estava antes,eu disse que já tinha estado lá mas não tinha ninguém, entretanto me garantiu que agora o ônibus estava vindo. Quando voltei tinha uns 3 bolivianos e perguntei a um deles sobre esse ônibus, contei o que tinha acontecido, perguntei se era seguro...Ele disse que tava tudo certo, que ônibus vinha de La Paz quase cheio e por isso haviam poucas pessoas ali, que já tinha viajado nessa empresa inclusive. Ele foi bem simpático, como todos os bolivianos sempre foram. Mas esse até português falava! Tinha namorado uma brasileira quando estudou engenharia na Unicamp e por isso falava bem. Muito legal ele. Logo o ônibus veio e eu peguei no sono. Porém durante a madrugada fui acordada com uma trepidação tensa! Parecia que tava em cima de uma britadeira!!! Olhei pela janela só via estrada de terra e poeira...na verdade o ônibus todo já tava impregnado de poeira. A dúvida que ficou foi se não teria sido mais confortável ter pego o trem, mesmo no popular!

 

 

Dia 19/08: Chegamos ao amanhecer em Uyuni. Fazia um frio de -15 graus!!

Fomos abordados por uma senhora que nos levou a agência dela, a Silole. O passeio de 1 dia custava 100 bolivianos e mostrava boa parte do salar, só perdendo a Árbol de Piedra, as lagunas e gêiser. Fechamos esse pacote! Enquanto esperávamos as 10h fomos a um hotel tomar café da manhã que custou 18 bolivianos e depois compramos cachecóis novos.

 

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Não há muito o que ver na cidade mas é bem bonitinha! Voltamos a agência e partimos com dois franceses, dois ingleses e uma boliviana. Ficamos a viagem toda até no Salar ouvindo música folclórica do tipo

O salar é realmente indescritível putz! Muito lindo! Dá vontade de passar uns 20 dias lá! *_*

 

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Deu para ver bastante coisa até, tirar bastante fotos, almoçamos [carne de Lhama MUITO dura, impossível de cortar com garfo...todo mundo comendo com a mão mesmo hehehe] e ao anoitecer já estávamos de volta a Uyuni. Meu lábio que ficou bastante rachado, mesmo passando com uma certa freqüência o protetor labial. Quando voltamos a Uyuni tava tão apertada que fui correndo no primeiro banheiro público que vi, eu estava adiando esse momento ao máximo! Sempre que queria fazer xixi esperava e ia a um restaurante, comprava algo e usava o banheiro que em geral eram até cheirosinhos.Mas putz, o banheiro público era muito pior que banheiro no fim de balada e até do que aqueles banheiros químicos em pleno carnaval! Um cheiro de xixi que chegar a arder o nariz :cry: Depois dessa triste experiência fomos a agência e pegamos o ônibus de volta a La Paz também por 100 bolivianos pela mesma empresa. A volta foi pior porque assim que saímos as estradas já eram horríveis então nem deu tempo de pegar no sono antes! Mas tava tão cansada que o mundo podia estar acabando que eu ia dormir de qualquer forma.

 

 

Dia 20/08: Mal chegamos a La Paz e compramos bilhetes para Copacabana, custou 25 bolivianos pela empresa Copacabana. Depois fomos a um lugar lá dentro mesmo do terminal tomar café da manhã: Croissant e sanduiche de presunto e queijo. Foi bem barato e tinha um banheiro decente, mas de minuto em minuto aparecia uma chola pedindo dinheiro ou pedindo para que comprasse algo com elas. Fui dormindo um bom pedaço da viagem, não demorou muito no total, foram umas 3:30h. Conheci um casal de peruanos, Javier e Carmen, muito legais! Fui conversando com eles no resto da viagem. O Javier que se estressou um pouco porque o ônibus era turístico mas ficava parando para pegar passageiros e cobrando somente 15 bolivianos. Mas não foi nada do tipo passageiros com Lhamas, galinhas e tal hehehe. Na verdade, em toda a viagem não tive problema com ônibus [somente com as estradas de Uyuni] não aconteceu de pegar um ônibus bom e trocarem no meio do caminho e coisas do tipo.

A bateria da minha câmera acabou assim que chegamos em Tiquina, onde tivemos que descer para atravessar uma parte do lago de barquinho, mas o Javier tirou várias fotos com a câmera dele. Achei muito fofo que assim que chegamos um menininho veio correndo e abraçou as pernas do meu amigo, o mesmo ocorreu comigo quando já estava em Copacabana. Eu fiquei completamente apaixonada pelas crianças bolivianas e peruanas, mas percebi que as bolivianas são mais tímidas e não gostam de fotos, assim como as cholas também. Na praça também há um monumento que é um lamento a perda do direito de saída ao mar devido a uma guerra travada com o Chile no século XIX. Quando chegamos do outro lado, o ônibus já tinha atravessado e já nos esperava. Não demorou muito e chegamos a Copacabana. O lago Titikaka é realmente impressionante! ENORME! Parece um mar mesmo. Nos despedimos dos nossos novos amigos peruanos porque eles ficariam em Copacabana e nós iríamos a Isla Del Sol, queria muito ir para lá passar a noite mas como estávamos muito cansados e o barquinho ainda demoraria um pouco a sair [chegamos por volta de 11h e o último barco só sairia às 13:30h] acabamos ficando por Copacabana mesmo. Caminhamos pela rua que sai em frente a "âncora" que tem no Titikaka. No final da rua encontramos uma agência e nos informamos sobre o passeio a Isla Del Sol. Havia passeios para o dia seguinte pela manhã e que voltaria no mesmo dia e ainda daria para ir às Islas Flotantes em Puno e pegar o bus para Cusco no mesmo dia. Ufa, quanta coisa! Mas depois de uma boa cama eu encararia qualquer coisa! O passeio a Isla Del Sol + Passagem para Puno + Islas Flotantes + Passagem para Cusco ficou por 190 bolivianos. Não lembro o nome do hostel que ficamos mas era um do Hostelling International [mas não eu não pude usar a carteirinha porque já tinha ganho um desconto do cara da agência]. Saiu por 50 bolivianos o hotel. Tinha banheiro privado, água quentinha e vista pro Titikaka! ÓTIMO! E assim ainda sobraria 200 bol para quando voltasse a La Paz para ir ao Chacaltaya e 25 bol para o táxi.

 

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Fomos a um dos restaurantes turísticos que tinha nessa rua. Essa era a rua dos turistas né...metiam a mão nos preços também [comparando com La Paz]... E depois fomos a igreja, pude ver a cerimônia de batismo que realizam todo sábado para abençoar os automóveis e encontramos o casal de peruanos com quem tínhamos feito amizade! Caminhamos bastante, conversamos, vimos o pôr-do-sol no Titikaka....Eles ficaram hospedados no Hotel Sucre, também era muito bom e confortável e por 35 bolivianos, só não tinha a vista pro Titikaka. Depois jantamos, nos despedimos e fomos dormir! Depois de 2 dias dormindo em ônibus que balançavam a noite toda, cama era o que eu mais precisava! Ah! Antes de dormir fiquei vendo um pouco de tv boliviana...Vi um programa tipo de auditório, o engraçado é que ninguém lá se parecia com as pessoas que via pela rua!

 

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Dia 21/08: Acordei cedo e fui até a agência deixar minha mochila lá. Ainda tinha tempo para comer algo mas acabei dando uma topada e machuquei o dedão ::putz:: Voltei na agência para fazer um curativo e meu amigo foi comprar pão, queijo e presunto para a gente fazer uns sandubas e dar uma economizada. Quando ele voltou disse que a mulher tinha cobrado 18 bolivianos em 100gr de presunto e quando ele foi dizer que tava caro a mulher ainda teve a cara de dizer “vocês da Europa tem muito dinheiro” aff! Ele acabou trazendo um pacote de pão de forma e queijo mas não valeu muito a pena porque não tava tão bom assim e nem foi tão barato, por mais um pouco teríamos tomado um café completo em qualquer restaurante turístico por ali. Mas já não tinhamos muito tempo e partimos pro Titikaka. A viagem durou um pouco mais de 1 hora, fomos na barte debaixo do barquinho porque já não havia mais espaço em cima.O lugar é bem bonito, me lembrou um pouco a ida para Ilha Grande em Angra, mas não é nada que impressione muito cariocas porque já estamos acostumados a ter essa belas visões. Ficamos uma hora na Isla del Sol, na parte norte. Achei muito bonito mas não tinha muito o que se fazer se não ia dormir na ilha e nem fazer a trilha para a parte sul. Tiramos algumas fotos e partimos. Ainda teve uma outra parada em outra parte da ilha para visitar umas ruínas mas tava bem cansada e nem quis descer do barco e acabei ficando com mais uma meia dúzia de pessoas ali também [pelo menos na volta tinha conseguido ir em cima do barco, embora fizesse muito frio a vista era incrível]

 

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Quando voltamos a Copacabana fomos correndo para a praça pegar o bus da Colectur, só deu tempo de comprar um hamburguer de 22 bolivianos para levar para viagem. Chegando no bus só tinha a gente!! Comecei a ficar meio com medo de novo ahhahah mas pelo menos dessa vez parecia ser algo mais seguro porque tínhamos fechado com aquela agência...Mas, uns 20 minutos depois já estávamos na fronteira com o Peru. Deixei a mochila no ônibus afinal se acontecesse algo só levariam mesmo roupas. Não houve muita burocracia, só xerocar o papel de entrada na Bolívia, mostrar a identidade e trocar por um papel de entrada no Peru. Brasileiros não precisam pagar nada, apenas de outros continentes. As ruas da fronteira estavam uma loucura!! Muita gente na rua, parecia um carnaval aquilo! Cruzamos a pé a fronteira e pegamos novamente o bus. Outras pessoas pegaram esse ônibus também e ele começou a encher um pouquinho. Não demorou muito mais e estávamos no terminal de Puno! Deixamos nossas mochilas com a empresa de bus com a qual iríamos a Cusco, a Libertad, foi o melhor bus de toda a viagem recomendo muito! Troquei 100 doláres por 275 soles e comprei uns sanduiches bem gostosos de presunto e queijo por 1 sole. O barquinho que nos levou a Puno foi infinitamente melhor que o de Copacabana! O de Copacabana na verdade era bem precário, com cadeiras de plástico e neste haviam cadeiras acolchoadas e tudo muito lindinho.Havia uma mulher vendendo doces no barco e comprei balinhas de coca, as quais consegui contrabandear para o Brasil hauauahha Conheci um casal de franceses e alemãos no passeio. O casal de franceses iam dormir na Isla Flotante, me arrependi de não ter feito o mesmo e ter dormido em Copacabana porque acabei gostando mais do lado peruano, embora a preferência normalmente seja o boliviano... Subi com a francesa para a parte superior do barco, quase congelamos!!! Já começava a anoitecer, e tava muuuuuito frio!

 

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Quando chegamos na Isla Flotante, as cholas de lá nos recepcionaram cantando e dançando: Vamos a la playa ô ô ô Vamos a la playa ô ô ô ô uuuuh!! AMEI! HEUEHEU

Já comecei a gostar mais do lado peruano do Titikaka...sem contar o fato de que lá são ilhas artificiais o que é bem diferente e interessante, o guia explicou como funcionava aquilo tudo e ele era bem engraçado! Foi muito divertido, embora bem curtinho! Também já comecei a prestar atenção na diferença entre as cholas bolivianas e peruanas, as do Peru perguntam seu nome, te chamam de amiga, tudo para te cativar e depois pedir algo hehehe

Fiz um pequeno passeio no barquinho local que custou 5 soles e dei umas moedinhas para uma menininha peruana que foi no barquinho com a gente e cantou em troca de uns trocados [propina].

 

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Pegamos o barco de volta a Puno e fiquei no terminal esperando o bus para Cusco. Ae as coisas começaram a dar um pouco errado! Fui falar com um cara de uma agencia, a Colectur, eu tinha ido até Puno com ela e não foi ruim não...mas quando perguntei pro cara sobre Machu Picchu ele começou a botar terror! Dizendo que tinha que reservar com 1 mês de antecedência mas eu tinha lido que só se eu quisesse ir com a trilha inca teria que ter reservas...Na verdade, não tinha lido muito sobre o que fazer em Cusco mas achei que isso não seria problema porque encontraria muitas pessoas que estavam na Bolívia e já tinham ido ao Machu Picchu mas na verdade quem conheci ainda iria...Então fiquei meio perdida e vi o que esse cara tinha a me oferecer. Ida e volta de Cusco a Ollanta + ida e volta de Ollanta a Aguas Calientes de trem + hospedagem em Aguas Calientes + Onibus para ir e voltar de Machu Picchu + Entrada para Machu Picchu + Guia em Machu Picchu : tudo por 280 doláres!!!! Tá de sacanagem né? O cara só podia estar achando que cago euros [ou libra esterlina, porque o euro anda meio desvalorizado agora com a crise européia...] Falei que só tinha 100 doláres + 200 soles + 200 bolivianos para gastar e ele abaixou para 260 porque eu era estudante! Brincou né? Pqp. Fiquei puta, mas pensei relaxa...você é mochileira, esse cara tá te enganando você vai por conta própria e vai dar tudo certo! Só fechei o hotel em Cusco com banheiro privado e café da manhã por 25 soles achei bom porque ainda me buscariam em Cusco e como chegaria de madrugada seria uma boa. A terceira noite em um ônibus...tava cansadíssima, APAGUEI!

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Dia 22/08: Ao chegar em Cusco o carinha do albergue estava esperando a gente. Achei o terminal bem feinho, o de Puno é bem mais bonito! Chegamos no albergue, tomei um banho, descansei um pouco e o cara veio falar com a gente sobre Machu Picchu...Ele quis cobrar 190 doláres, ok tava caro mas nada absurdo como o cara de Puno quis; Entrei na net e conversei com um amigo que tinha ido a Machu Picchu e comprou tudo sozinho e tinha pago só um pouco menos que isso, tudo bem que eu tava com pouco dinheiro mas pelos horários dos ônibus não daria p chegar em La Paz pela manhã, ou seja não daria para ir ao Chacaltaya mesmo. Então só teria que reservar dinheiro para voltar de Cusco a La Paz, para comer e pegar um táxi pro aeroporto...Então por mim tava bom, e assim ainda sobrava um tempo para dar uns rolés por Cusco. Fui trocar bolivianos e soles por doláres. Me arrependi muito em ter me precipitado e trocado 100 doláres por soles em Puno. Nos próximos mochilões só trocarei o que precisarei de fato. Dei umas voltas, tirei fotos, comi algo. Ah! Pela primeira vez consegui chegar perto de uma lhama viva hehehe Umas lhamas tinham passado pela gente quando estávamos de van indo para Tiwanaku, mas foi muito rápido! Mas dessa vez havia uma chola com uma lhama na rua *_* Logo depois apareceram crianças com cabritos todos pedindo propina. Começavam cobrando 1 sole mas depois ficavam pedindo 10 soles. Uma chola chegou até a pedir em inglês!!hahaha

 

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Voltei para o albergue para ir a Ollanta. Queria muito ir a Ollantaytambo o carinha disse que estudante pagava 20 soles, perfeito! Ele me colocou em um táxi com uma senhora. Acho que demorou uns 30 minutos até Ollanta. Chegando lá, mega empolgada, guardei minha mochila com uma vendedora de rua bem simpática e quando cheguei na bilheteria...SETENTA SOLES! Pqp 20 soles era para quem era do Peru ¬¬ Fiquei MUUUUITO puta. Voltei peguei minha mochila e fui comer uma pizza e esperando o tempo passar, que merda! E lá no Peru até os banheiros de restaurantes são pagos, um absurdo! Como no lugar e ainda tenho que pagar se quero fazer xixi ¬¬ Acabei perdendo a noção do tempo. Tive que pegar um daqueles meios de transportes híbridos que vi aos montes pelas ruas. É quase um moto táxi misturado com carruagem. Achei legal hehehe

 

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Paguei 1,50 soles por isso e cheguei na estação. O trem era executivo, muuuuito bonito! Mas eu de fato comecei a me arrepender por ter comprado com aquele cara tudo porque nunca iria pagar 45 doláres para ir nesse trem, preferia ir no de 29 doláres [que era o valor do trem em que voltaria] e esses doláres já dariam para ir a Olantaytambo, mas enfim!

 

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Chegamos a noite em Aguas Calientes ficamos no hostal Sayacmarca era 24 doláres para cada com café da manhã ¬¬ Tá que lá as coisas são bem mais caras...mas descobri o Hostal El Mirador que fica mais para dentro das ruelas simpáticas cheias de restaurantes turísticos, por 10 doláres sem café da manhã! Eu nem tomei café mesmo porque acordei mega cedo, porque queria ir a Wayna Picchu. O que me deixou mais puta ainda foi que o cara me disse que a única coisa que não estava incluída era a passagem de Machu Picchu a Aguas Calientes de volta, mas que era pertinho tipo 30 min e se for rápido uns 15. PQP só de ônibus era 25 minutos!!!! Mas tava até disposta a fazer essa trilha cedinho para chegar em Machu Picchu antes dos ônibus porque pelo que estavam dizendo era quase impossível ir a Wayna Picchu tinha que madrugar mesmo. Como fiquei dando roles até tarde por Aguas Calientes e fazendo hora para esperar o guia que ia me dar os tickets para Machu Picchu [o cara de Cusco disse que ele apareceria lá as 19h, mas só apareceu às 23h ¬¬] fui dormir quase 00h! Tinha esperanças de acordar cedo, mas...

 

Dia 23/08: Acordei 4h e pouca da manhã! Foi o dia em que conseguimos nos arrumar mais rápido em toda a viagem! Mas mesmo assim já não daria tempo de chegar antes dos ônibus a pé, a fila do ônibus tava gigantesca mas quando deu 5:30 e os ônibus começaram a sair não demorou muito para chegar a minha vez de entrar no bus. A paisagem é fascinante!! MUITO MUITO lindo! As estradas bem sinuosas e uma curva mal feita já era! Quando cheguei em Machu Picchu outra filona...já tinha perdido as esperanças de conseguir vaga para ir a Wayna Picchu desde a fila do ônibus.

Assim como a fila do ônibus, essa andou rápido também e havia vaga para Wayna Picchu ainda!! \o/ Fui direto fazer a rota do guardião, quando tava subindo me dei conta de como fui idiota e tinha deixado a garrafa de água na mochila ¬¬ Tirei fotos lindas e tudo o mais. Um sonho!!! Sempre achei que esse seria o clímax da viagem mas foi muito mais que isso...muito incrível lá!

 

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O sol dando as caras...achei essa iluminação incrível!

 

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Vocês conseguem ver o rosto do inca?? O Wayna Picchu é como se fosse o nariz

 

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Essa foto em cima em peguei na net, dá para enxergar melhor o rosto do inca na fotinha pequena que o cara tá segurando...

 

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Quando deu 7h e pouco fomos procurar o guia. A guia era muito simpática e divertida e primeiramente deu tipo uma palestrazinha sobre o local, os incas e tudo o mais. Mas de repente umas lhamas se aproximaram da parte de onde os turistas ficam para tirar fotos com as ruínas de Machu Picchu ao fundo. Eu e mais uns outros fotógrafos nos levantamos para tirar fotos dessa cena! Meu sonho além de estar em Machu Picchu era poder tirar umas fotos assim, tipo de cartão postal de MP! Tirei muitaaas fotos de lhama e continuamos o tour pela cidade perdida dos incas...Achei tudo fascinante!

 

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O tour acabou um pouco depois das 10h e a ida a Wayna Picchu era às 10h estávamos com muita sede e fome e MEGA cansados, acabamos desistindo de ir a Wayna se não morreríamos de verdade! Tivemos que pagar mais 7 doláres para voltar a Aguas Calientes de bus. Compramos 8 pães por 2 soles no mercado e pagamos 6,50 soles por presunto e queijo no mercado, em Aguas Calientes fazer nosso sanduba funcionou, foi bem barato e gostoso! O ônibus só sairia 18:40h e até lá tivemos que esperar...Tinha como comprar em Cusco esse bilhetes, se tivesse comprado por conta própria não teria ter que esperar tanto na volta e ainda economizaria bastante, daria para ter gasto 2x29 doláres de trem + 10 doláres de hostel + 14 doláres ida e volta de bus de Aguas Calientes a MP tudo isso pagava com os 100 doláres que tinha e sobrava, o ticket para MP pagava em soles [60 e pouco para estudante, eu nem tenho a carteira de estudante internacional, mas na verdade foi bem desorganizado para entrar tanto que nem pediram minha carteirinha] e o taxi para ir e voltar de Cusco a Ollanta ou até mesmo um bus dava para pagar tranqüilo com os soles que tinha e ainda daria para ter ido ao Ollantaytambo e chegar cedo em La Paz para ir ao Chacaltaya...mas fazer o que, vivendo e aprendendo! Eu já tinha ido a MP nada mais poderia dar errado heheheh

Dormi no trem para Ollanta e chegando lá peguei o bus Lucy, dormi também! Cheguei em Cusco peguei um táxi por 5 soles, mas chegando ao terminal o último bus para Puno tinha acabado de partir!! ::grr:: PQP³ O próximo só às 4h e eram 23:40h Essa sem dúvidas foi a pior noite de todas e a pior parte da viagem. Tivemos que dormir no terminal rodoviário com medo de que nos assaltassem e levassem os documentos, porque de dinheiro não tinha quase nada. Havia muitas pessoas dormindo ali também, inclusive uma família que provavelmente não tinha onde dormir...Coloquei a mochila no colo e me recostei sobre ela, mas tava difícil de pregar os olhos mesmo com todo o cansaço. Fazia muito frio também. Depois de umas horas um peruano jovem que estava com uma mala, me ofereceu uma manta dizendo que tinha outra para ele em sua mala. Agradeci muito e me cobri completamente, ficando bem camuflada. Agora me sentia um pouco mais segura porque de capuz, com a cabeça abaixada e com aquela manta cobrindo todo o meu corpo e minha mochila poderia passar muito bem por alguma pessoa local que também não tinha casa e nem lugar para dormir. Somente as 3h consegui tirar um cochilo e acordei às 4h. Devolvi a manta ao garoto muito agradecida e encarei o frio. Esperei o ônibus por alguns minutos. Não lembro o nome da companhia e nem se o ônibus era bom ou ruim. Só lembro que era muito melhor que o banco do terminal.

 

Dia 24/08: Em Puno comprei a passagem para Copacabana e fiquei fazendo hora na internet. Dormi mais neste ônibus e só acordei quando tivemos que descer para ir à imigração. Com isso conheci mais pessoas, umas meninas da Inglaterra,uma espanhola, uma alemã a Martina, um brasileiro [o primeiro que encontrei assim no meio do caminho, só tinha visto brasileiro dentro do Salar e em Machu Picchu], uns garotos da Colombia e uma senhora da Argentina. Conversamos bastante e o resto da viagem foi bem animado. Atravessamos novamente de barco em Tiquina. A Martina brincou dizendo que parecia que éramos imigrantes ilegais hahah

Quando chegamos no terminal fomos com a Martina e as inglesas andando ao Pollo Rey, uns 10 minutos de caminhada. Depois a Martina não sabia muito bem para onde ir em La Paz e indiquei o El Solario, a levei até lá mas estava lotado, então fomos a um outro que fica bem pertinho na ruazinha que tem uma subida. É bem bonitinho lá, custou 40 bolivianos um quarto simples com banheiro privado. Nos despedimos. Peguei um táxi por 47 bolivianos e 6 reais hahah fui negociando com o que tinha! :lol:

No aeroporto foi tranqüilo, exceto pelo fato de que tinha que pagar 25 doláres de taxa de embarque!! Já fui de TAM em destinos domésticos e em Buenos Aires também não havia essa taxa além, sempre veio tudo incluído na passagem...Mas enfim gastei meu ultimo dinheirinho nisso! Chegando no guichê meu amigo ainda ficou no prejuízo de 10 doláres porque não contou o troco na hora e o cara não tinha dado o troco a ele! Ele foi reclamar mas o cara disse que só poderia dar os 10 doláres se ele tivesse dado falta do dinheiro ali na frente dele. ::grr::

 

Dia 25/08: O avião atrasou quase 1 hora. Mas no final das contas acabei chegando só mais 30 minutos atrasada no Rio.

A mãe de um amigo meu que é espírita disse que eu voltaria mais sábia dessa viagem...Se de fato voltei mais sábia ou não eu não sei, mas é impossível não voltar diferente. Experiências únicas, lugares especiais. Apesar dos pesares meu primeiro mochilão foi um sucesso e já to mega ansiosa para o próximo hehehe

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Thalita, fico muito feliz que meu relato tenha te ajudado em sua trip! ::otemo:: Boa viagem para ti!

 

Japa, eu acabei indo a Machu Picchu bem de última hora e foi a única parte da viagem que "acabou dando meio errado", pelo fato de ter gasto mais $$ e os horários para voltar a Cusco terem sido péssimos...

Você vai de trem?

Na ida fui de Inca Rail, executive, os trens são lindos mas é mais caro [45 doláres] e o povo era bem antipático. Na volta vim de Peru Rail, expedition, e além de ser mais barato [29 doláres] só tinha mochileiro simpático e gente boa.

O link dos pontos de venda do ticket do Peru Rail: http://www.perurail.com/en/tickets_buy.php

 

 

Maria Emília, muito obrigado!! ::otemo::

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