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Portugal e Espanha: A Conquista da Península Ibérica! (Lisboa, Sintra, Évora e Porto; Madri, Granada, Málaga, Sevilha e Barcelona)


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Mochileiros e mochileiras!

 

Estou aqui mais uma vez, após um ano da minha viagem para o México (http://www.mochileiros.com/mexico-15-dias-e-6-estados-df-puebla-oaxaca-chiapas-yucatan-quintana-roo-com-fotos-t85130.html), para relatar a minha mochilada pela Europa em março deste ano, a qual carinhosamente chamei de A Conquista da Península Ibérica! Os valores apresentados vão ser aproximados, preferencialmente em euros (€) e por pessoa, salvo quando dito o contrário. Os horários são sempre no fuso de cada local.

 

Viajei com mais duas amigas, a Camile e a Cris, e o objetivo inicial era visitarmos uma terceira amiga, a Rafa, que está morando e estudando em Porto, Portugal. E, de Portugal, partiríamos para a Espanha. O roteiro ficou assim dividido: 3 dias em Lisboa, 1 dia em Évora, 3 dias no Porto, 2 dias em Madri, 4 dias pela Andaluzia de carro e 2 dias em Barcelona. No final ainda teríamos um dia livre no Porto para descansar antes do retorno para casa.

 

Para a elaboração deste roteiro, me baseei no sempre querido Guia Visual da Folha de São Paulo, o de Portugal e o da Espanha. Além disso, também peguei algumas dicas aqui, no mochileiros.com, e outros blogs perdidos pela internet...

É sempre bastante interessante usar e abusar dos mapas que são entregues nas cidades que você vai visitar, quer seja em centros de informações, quer seja aqueles que o pessoal do hostel entrega (sempre peça no momento do check-in!).

 

Sobre as passagens aéreas: compramos no final de novembro, em uma promoção da Air France. Pagamos € 940, com o trecho nacional operado pela TAM (somos do RS, então tivemos que fazer conexão no RJ/SP). Houve outra conexão em Paris, na ida e na volta. Aqui vai a primeira dica, que todos já devem saber: se você fizer escala em Paris, ou em outro aeroporto de grande porte, reserve no mínimo de duas horas para o intervalo entre os voos, pois o aeroporto Charles de Gaule é imenso, e trocar de portão para o próximo voo vai exigir um bom tempo e uma boa caminhada...

 

Os trechos de Lisboa-Évora-Lisboa (€ 22,60 ida e volta) e de Lisboa-Porto (€ 20,00 só ida) fizemos de ônibus, e compramos as passagens antecipadas no site (http://www.rede-expressos.pt/). O trecho de Porto-Lisboa, no último dia, compramos na rodoviária da cidade do Porto, durante um dos passeios.

 

Os trechos de Porto-Madri (€ 18) e de Barcelona-Porto (€ 30) fizemos em voos da Ryanair (http://www.ryanair.com/), empresa aérea low coast muito interessante para quem quer viajar gastando pouco. Pesquise passagem com antecedência para conseguir bons preços, mas saiba que as restrições de bagagem são bem rígidas (sem custo, apenas uma bagagem de cabine e uma mochila pequena ou bolsa de mão; acima disso você tem que despachar a bagagem, e o custo acaba sendo maior do que a própria passagem).

 

O trecho de Madri-Barcelona fizemos em trem AVE de alta velocidade, da Renfe (€ 38), e os tíquetes foram comprados no site (http://www.renfe.com/). É uma experiência bastante interessante, mas também é necessário pesquisar as passagens com certa antecedência para conseguir um preço bom. E às vezes é um pouco complicado fazer a compra pela internet, alguns cartões de crédito acabam não funcionando, mesmo liberados para compras internacionais.

 

Levamos todo nosso dinheiro em euros, em espécie. Não leve nada em dólares, pois o câmbio lá não é muito favorável, e dificilmente vão aceitar a moeda americana em algum lugar. Digo isso porque a Cris levou dólares que ela já tinha e não conseguiu usar, teve que trocar em uma casa de câmbio.

 

Para irmos de Lisboa a Sintra, em Portugal, e para percorrermos a região da Andaluzia, no sul da Espanha, alugamos um carro no site da Europcar (http://www.europcar.com/). Você pode optar por alugar um carro lá mesmo, mas dependendo da época do ano podem não haver muitos modelos disponíveis. Nós havíamos reservado um carro pequeno para ambos os dias, mas acabamos trocando por um maior na Espanha no dia em que fomos retirar, e o valor foi bem acessível. Dica: leve um GPS com mapas da Europa daqui, ou então pague caro pelo aluguel de um GPS lá (o que aconteceu conosco). Mas não deixe de viajar sem o acessório!!! Vai evitar muita dor de cabeça... As ruas nestas cidades são verdadeiros labirintos!

 

Os hostels foram reservados pelo Hostel World (http://www.hostelworld.com/).

Então, vamos ao relato dia a dia (em breve adicionarei fotos!)...

 

1º dia – 11/03/2014 – terça-feira

POA – RJ – Paris

Nosso voo de Porto Alegre para o Rio de Janeiro, pela TAM, saiu as 15:00 em ponto, sem atrasos. Nossas bagagens foram despachadas aqui e só retiramos elas em Lisboa.

No Rio de Janeiro, a previsão de saída era 20:20. Chegamos as 16:50, então tivemos tempo para comer e tomar um chopp (a preço de ouro, claro). O voo da Air France para Paris acabou atrasando, e saímos por volta de 21:00. Com isso, perdemos a conexão para Lisboa na capital francesa, pois o tempo entre um voo e outro era de apenas uma hora (não cuidamos o detalhe no momento da compra... ato falho!).

 

2º dia – 12/03/2014 – quarta-feira

Paris – Lisboa

O voo foi super tranquilo, e o serviço de bordo é excepcional! Realmente tudo o que você possa ter ouvido falar de bom da Air France é verdade. Chegamos em Paris por volta das 12:00, mas tivemos que atravessar do portão 2E para o 2F (trenzinho e longa caminhada), passar pelos procedimentos de imigração e esteira de bagagens de mão, o que nos tomou cerca de meia hora. Como nosso voo era às 12:35 para Lisboa, e chegamos no portão às 12:30, não permitiram nosso embarque, e remarcaram o voo para às 16:20.

Chegamos em Lisboa às 17:30, tivemos parte de nossas bagagens vistoriadas na saída (procedimento normal, aleatório).

Ainda no aeroporto, compramos o Lisboa Card, no quiosque do Ask me Lisboa. É um cartão que dá direito a entradas grátis em várias atrações da cidade, além de descontos para outras tantas. Você compra ele pelo período de tempo que ficar adequado para sua estada na capital portuguesa (24, 48 ou 72 horas), e ele começa a contar a partir do primeiro uso. Avalie a necessidade e se é vantajoso adquirir o mesmo. No site (http://www.askmelisboa.com/pt/catalog/lisboa-card-1) você pode ver as atrações cobertas pelo cartão e os descontos que ele permite, inclusive no transporte público). Compramos o nosso para 72 horas (€ 39). Como muitas coisas na Europa, eles contam que você é um cidadão íntegro e com boa índole, pois é você que vai escrever no seu cartão o dia e a hora do primeiro uso, e assinar. Então, faça por merecer esse crédito pré-aprovado que seu caráter está tendo! Hehehe. Importante: não rasure seu cartão, senão você pode ter problemas...

No mesmo quiosque, pegamos um táxi por € 23 a corrida até o Hostel.

Ficamos hospedadas no Yes! Hostel, pertinho da Praça do Comércio. Diárias de € 14 em quarto feminino compartilhado, com café da manhã. A recepção é muito amigável, o pessoal muito gentil e atencioso, e as acomodações são muito boas, limpas e confortáveis. Recomendo com certeza. Tem várias opções de atividades turísticas e também oferece diariamente janta a um preço muito bom.

No nosso quarto conhecemos uma menina do RJ, que estava há 5 meses viajando pela Europa. Uma querida a Mariana! Deu várias dicas para a Espanha. Nesta noite jantamos no hostel, € 10 com bebida incluída (chopp liberado). Conhecemos e conversamos bastante com um casal de SP, que estava há um tempo morando na Irlanda e agora viajavam com uma amiga pela Europa, antes de voltarem ao Brasil, e também com o atendente que ficava à noite no hostel, o Fabio. Ele é português, mas os pais são Angolanos. Extremamente alto astral! Depois da janta e do bate-papo, fomos dormir e nos recuperar das longas horas de voo.

 

3º dia – 13/03/2014 – quinta-feira

Lisboa

Acordamos, tomamos café da manhã no hostel e saímos para caminhar pelas ruas de Lisboa. A proposta nesse dia era conhecer a parte histórica da cidade. Começamos pelo Arco da Rua Augusta, Praça do Comércio e margens do Rio Tejo. Seguimos caminhando até a Igreja Conceição Velha (entrada gratuita, muito bonita por dentro), passamos pela Casa dos Bicos (acabamos não entrando, mas acho que é bem interessante pelas obras do Saramago que ali estão) e subimos até a Sé (€ 4 para acessar o claustro e o tesouro). Vale muito a pena a visita. Após a clássica foto do bonde elétrico passando em frente à Sé, caminhamos até o Miradouro de Santa Luzia, com uma linda vista da cidade de Lisboa, suas casinhas brancas e seus telhados uniformes. Naquele dia a vista estava um pouco prejudicada devido a obras no local, mas logo acima, no Largo das Portas do Sol, conseguimos uma vista bem legal. Dali, subimos até o Castelo de São Jorge (€ 6 com o Lisboa Card). Simplesmente espetacular, vista maravilhosa, e um museu anexo bastante interessante.

Saindo do Castelo, pegamos o Elétrico 28, famoso bonde que cruza pela cidade, no Largo das Portas do Sol, em direção à Martim Moniz (final da linha). O percurso é bem bacana, passa por diversos pontos turísticos. Fizemos apenas uma parte dele, mas neste mapa (http://www.carris.pt/fotos/editor2/mapa_carris_paragens_site.pdf) você pode ver o percurso completo, bem como o de outros meios de transporte. Aconselho salvar esse simpático mapinha em seu celular/tablet para consultar quando estiver andando por lá.

Fomos caminhando até a Praça da Figueira e Praça Rossio, onde paramos para almoçar no restaurante Tentação (€ 10 com refrigerante, prato tipo ala minuta).

Após o almoço, caminhamos pelas praças e fomos até a Estação do Rossio, e depois passamos pelo Parque Restauradores até chegarmos ao ascensor da Gloria, uma espécie de bonde/elevador, que leva ao Bairro Alto.

Descendo do bonde e caminhando para a esquerda, fomos ao Miradouro São Pedro de Alcântara. De lá, avistamos em frente, lá no alto, o Castelo de São Jorge. Voltamos em direção à Igreja e Museu São Roque. A visita para estudantes é grátis, e bem interessante. Em seguida, fomos até a Igreja do Carmo, que abriga em seu interior um Museu Arqueológico. Essa Igreja é famosa pelas suas colunas expostas após o grande terremoto ocorrido em Lisboa no ano de 1755. A visita custa € 2,80 com o Lisboa Card, e vale muito a pena.

Terminamos as visitações turísticas indo até o Elevador de Santa Justa, que fica logo atrás da Igreja do Carmo. Paga-se € 1,50 pela subida até o topo, com lindíssimas vistas da cidade de Lisboa.

Descemos novamente até a Baixa e caminhamos pelas ruas até anoitecer. Voltamos para o hostel, jantamos por ali novamente (€ 10 com bebida) e fomos dormir cedo, pois o dia seguinte seria dedicado a Sintra!

 

4º dia – 14/03/2014 – sexta-feira

Lisboa – Sintra

Após acordarmos e tomarmos café, caminhamos umas 3 quadras até a Estação Baixa-Chiado, onde tomamos o metrô até a Estação Parque (linha azul). Próxima desta estação está a loja da Europcar, onde fomos retirar o carro que havíamos alugado para irmos a Sintra.

Sintra é uma cidade da Grande Lisboa, que fica a uns 40 minutos da capital portuguesa. No caminho, está a localidade de Queluz, que abriga um palácio onde viveu a Rainha D. Maria I de Portugal, conhecida também por Maria, a Louca. Pelo tempo, acabamos não entrando no palácio.

Já em Sintra, paramos na “vila” (centro da cidade) e tiramos algumas fotos externas do Palácio Nacional. Acabamos não entrando, pois optamos por visitar o Palácio da Pena, que é lindo demais. A entrada combinada para o Palácio da Pena e o Castelo dos Mouros, mais o trem que leva até o primeiro, sai por € 15,50. Com o Lisboa Card, as mesmas atrações saem por € 15,00. Mas aqui vai outra dica: não esqueça de sempre levar com você o livreto que entregam junto com o seu cartão no momento da compra, pois nele estão os vouchers com os descontos para algumas atrações, como é o caso de Sintra.

Visitamos o Palácio da Pena e, antes de irmos até o Castelo dos Mouros, almoçamos na Vila de Sintra (€ 10 um prato de massa bem saboroso). O Castelo dos Mouros é perto do Palácio da Pena, tem uma trilha que pode ser feita a pé mas é bem cansativa. Fomos de carro, e nos perdemos diversas vezes por aquelas estradas. Mas é uma visita imperdível, lugar impressionante mesmo.

Para finalizar as atrações de Sintra, visitamos a Quinta da Regaleira (€ 4,80), uma propriedade de um excêntrico milionário português do século XIX, que abriga palácios, jardins e vários simbolismos religiosos e históricos. Um lugar bastante legal, que infelizmente não pudemos aproveitar pela falta de tempo, pois ainda queríamos curtir o pôr do sol no oceano pelo caminho.

Saindo de Sintra, seguimos a estrada até o Cabo da Roca, o ponto mais ocidental da Europa, simplesmente lindo e imperdível. Vá perto da hora do por do sol, para contemplar a beleza dessa paisagem, um penhasco na beira do Oceano Atlântico. E ainda dá tempo de dar uma passada na Boca do Inferno, em Cascais, no caminho de volta para Lisboa, e se despedir de vez do sol.

Saímos às 18:40 de Cascais, e pegamos bastante trânsito na chegada a Lisboa. Por muito pouco não perdemos a hora de devolução do carro... E ainda tivemos que abastecer o carro antes da entrega. O curioso é que, na maioria dos postos por lá, é você mesmo que abastece! Se perder meu emprego, já posso ser frentista! Hehehe...

O total do aluguel do carro foi de € 60, e mais € 15 de combustível.

Retornamos ao metro Estação Parque e descemos na mesma Estação Baixa-Chiado, de onde fomos para o famoso Largo do Chiado, jantar, curtir o fim da noite e, claro, tirar uma foto com a estátua do Fernando Pessoa que está em frente ao Café A Brasileira.

 

5º dia – 15/03/2014 – sábado

Lisboa

O dia começou por volta das 09:00, quando pegamos o bonde 15E na Praça do Comércio em direção a Belém.

Descemos na “paragem” do Mosteiro dos Jeronimos, mas era cedo e ainda não estava aberto. Atravessamos a praça e a passagem subterrânea até o Padrão dos Descobrimentos, que também estava fechado. Ambos só abrem às 10:00.

Tiramos algumas fotos e, no horário certo, fomos até o Mosteiro dos Jeronimos (grátis com o Lisboa Card). É muito legal a visita do mosteiro, uma importante obra da arquitetura manuelina que honra a riqueza da Era dos Descobrimentos, e ainda é possível visitar a Igreja (grátis, pode visitar só ela).

Saímos dali as 11:30, e fomos então até o Padrão dos Descobrimentos, localizado a beira do Rio Tejo e que homenageia os grandes navegadores portugueses (€ 2 para subir). A vista é divina lá de cima! É possível avistar o próprio Rio Tejo, a Ponte 25 de Abril, a Torre de Belém...

Depois, visitamos a famosa Torre de Belém, uma fortaleza e ponto de partida das embarcações portuguesas que iam em busca de novas rotas comerciais (grátis com Lisboa Card). É interessante, tem toda a história da época dos descobrimentos e grandes navegações contada nas paredes.

Para finalizar a visita a esse aconchegante bairro de Lisboa, fomos à magnífica Pastelaria Belém, onde você pode saborear os pastéis de Belém, ou pastéis de nata como são chamados em outros lugares de Portugal e do mundo. Mas pastel de Belém, só aqui! E são deliciosos, dos deuses! E experimente também os bolinhos de bacalhau, são magníficos!

Na volta, pegamos o mesmo bonde 15E, mas ele parou numa paragem intermediária e tivemos que descer. Então, para conhecer mais da vida lisboeta, pegamos um ônibus até a Praça da Figueira.

O transporte púbico de Lisboa é bem prático, na parada mesmo você consegue se localizar e ver qual o número do ônibus que você deve tomar. E aquele mapinha dá uma mão também!

Da Praça da Figueira, fomos até a Estação Rossio, pegamos o metro até a Estação Oriente (Linha verde: Rossio até Alameda; troca para a linha vermelha até Oriente), de onde iríamos conhecer o Parque das Nações, a vida moderna de Lisboa.

A saída da estação do metrô é o interior do Shopping Vasco da Gama, onde acabamos voltando no final do dia.

Fomos caminhando até o Oceanário (€ 13,60 inclui exposição permanente e exposição temporária, que na época era sobre tartarugas marinhas). É um passeio incrivelmente demais e simplesmente imperdível. Um aquário gigante que abriga simpáticos pinguins, morsas divertidíssimas e peixes de todos os tipos. Faça um bem para você mesmo e não perca por nada o Oceanário!

Ali perto está o teleférico Telecabine de Lisboa (€ 5,90 ida e volta), de onde se tem uma vista linda dessa região da cidade. Pelo pouco tempo que tínhamos, acabamos não indo ao Pavilhão do Conhecimento, pois fecharia em poucos minutos.

Voltamos ao Shopping, jantamos, demos uma olhada em algumas lojas e voltamos para o hostel. Essa seria nossa última noite em Lisboa, então bora lá arrumar as malas!

 

6º dia – 16/03/2014 – domingo

Lisboa – Évora – Porto

Acordamos cedão, arrumamos o resto das nossas coisas e partimos para o check-out no hostel. Fizemos uns sanduíches para comer no caminho e tomamos um táxi até a Rodoviária de Sete Rios (€ 12,30 a corrida) Você pode também ir de metrô, pegando a linha azul na Estação Baixa-Chiado até a Estação Jardim Zoológico. Lisboa vai deixar muita saudade...

Na Rodoviária estava tudo fechado, até mesmo o lugar para deixarmos nossas mochilas enquanto íamos para Évora. Acabamos tendo que levar tudo junto conosco, torcendo para que em Évora houvesse algum locker ou algo do tipo.

O ônibus saiu às 08:20, e às 09:30 estávamos em Évora. E a sorte estava conosco! € 1 por mochila para eles guardarem a nossa bagagem, até o fim do dia. Siiiim!!! Só um eurozinho! ::otemo::

Tomamos um café e fomos caminhar pela cidade.

Évora, que fica na região do Alentejo, tem um centro histórico bem legal, pequeno e cercado por muralhas. Passando pelo Portal de Entrada, caminhamos poucos metros até chegar na Praça de Giraldo, onde tem uma fonte e mesinhas de restaurantes e cafés. Ali também fica a Igreja de Santo Antão, simples mas muito bonita (grátis). Subimos caminhando até a Sé de Évora, visitamos a Catedral e o Museu (€ 4,50), subindo até as torres da Igreja. Linda vista, lugar interessante e bonito.

Mais adiante, estão as Ruínas do Templo Romano, ou Templo de Diana, em uma praça da cidade (grátis), e o Museu de Évora (€ 1,50 para estudantes), bem interessante.

Voltamos para a Praça de Giraldo, onde almoçamos muito bem (€ 15 em média) no Restaurante Giraldo. Fomos atendidas por um brasileiro que está morando há um tempo já em Portugal, não recordo o nome dele.

À tarde caminhamos até a Igreja de São Francisco, muito bonita. Ao lado, está a impressionante Capela dos Ossos , uma espécie de mausoléu construído com ossos humanos dos cemitérios da cidade. É o tipo de coisa que você talvez não veja em outro lugar, sem palavras, imperdível (€ 1,50 para estudantes, mais € 1 para tirar fotos).

Encerramos nosso dia em Évora no Parque Público, comendo picolé, tomando chopp e relaxando na sombra.

Voltamos então para a Rodoviária, pegamos nossas mochilas e, às 17:40 voltamos a Lisboa. Chegamos às 19:10, fizemos um lanche rápido e, às 20:00, embarcamos no ônibus para Porto, onde finalmente iríamos reencontrar a Rafa, que já estava há seis meses em Portugal!

Às 23:30 chegamos no Porto, e lá estava nossa queridona nos esperando com um sorrisão no rosto. Fomos de táxi até a casa dela, e a conversa e as fofocas foram longe, ficamos até tarde da madrugada colocando todos os assuntos em dia e tomando cerveja, até praticamente desmaiarmos de sono...

 

7º dia – 17/03/2014 – segunda-feira

Porto

Depois de uma ótima noite de sono e um belíssimo cafezão da manhã, saímos a caminhar e conhecer o Porto. Fomos até a Estação São Bento, a mais famosa da cidade, conhecida também por “Comboios”. Além de metrô, de lá também saem trens para outras cidades portuguesas.

Caminhamos dali até a Sé do Porto, o Pelourinho e a Muralha Ferdinando. Atravessamos a pé a Ponte D. Luiz I, que leva até Vila Nova de Gaia, do outro lado do Rio D’Ouro.

Em Vila Nova de Gaia, compramos o tíquete para o Teleférico, passeio de barco pelo Rio D’Ouro e degustação em Cave de Vinhos do Porto (€ 15).

Primeiro, pegamos o Teleférico de Gaia até a parte baixa da cidade, caminhamos pela beira do rio e atravessamos novamente a ponte a pé, agora pela parte de baixo, retornando para a região da Ribeira-Porto (o barco sai na margem do rio do lado do Porto). Almoçamos uma Francesinha, prato típico da região, tomamos um chopp e compramos algumas lembrancinhas. Às 15:00 pegamos o barco e fizemos um passeio pelo Rio D’Ouro, passando pelas 5 pontes (Arrábida, D. Luiz I, Infante, Maria Pia e São João). Voltamos para a Ribeira, caminhamos até Vila Nova de Gaia e fomos até a Cave Quevedo Port Wine para a degustação. Lá pudemos apreciar também um fado (música bem melancólica típica de Portugal). Retornamos de Teleférico até a parte alta da ponte, atravessamos a pé e pegamos o metrô até a casa da Rafa.

À noite, comemoramos o aniversário dela, que havia sido poucos dias atrás, com uma janta deliciosíssima! Bacalhau com Natas e panquecas de morango e avelã! Dia cheio de coisas maravilhosas, barriga cheia... hora de dormir!

 

8º dia – 18/03/2014 – terça-feira

Porto

Hoje o passeio iniciou em direção à parada do ônibus para a Foz do D’Ouro.

Essa parte da cidade é linda! Caminhamos pela Praia dos Ingleses até a barra da Foz do D’Ouro, com seu belo farol.

Depois, pegamos outro ônibus, para Matosinhos. Andamos pela beira da praia, almoçamos num restaurante de sushi muito bom (não lembro o valor, mas não era caro), tomamos nosso bom chimarrão do sul do Brasil e, em seguida, fomos para o Parque da Cidade. Fizemos uma boa caminhada pelo Parque, e retornamos até o Castelo do Queijo (Forte Francisco Xavier), mas já estava fechado).

Sentamos então em um bar na beira da praia para tomar chopp e curtir o por do sol. No fim do dia voltamos pra casa da Rafa. A ideia era sairmos à noite para conhecer o agito do Porto, mas a beleza aqui pegou uma bela de uma gripe (eu sou chique, pego até gripe europeia :P), e acabamos ficando por casa mesmo. Aproveitamos para fazer nossos check-ins dos voos da Ryanair. Essa é uma dica boa: fazer o check-in antecipado assim que possível, para ter opção de escolher o assento, que no momento da compra é cobrado a parte. Se não me engano, são a partir de 7 dias antes do embarque.

 

9º dia – 19/03/2014 – quarta-feira

Porto

Acordamos, tomamos café e saímos para conhecer o Centro Histórico da Cidade do Porto. Começamos pela Avenida dos Aliados, onde estão a Câmara Municipal em uma ponta e o monumento a D. Pedro IV (o nosso D. Pedro I) em outra. Caminhamos até a Torre dos Clérigos (€ 2 para subir), mas infelizmente a igreja estava fechada para obras. Só foi possível subir na torre e curtir a bela vista da cidade. Em frente a essa igreja está a Praça da Cordoaria.

Depois, passamos na Praça Gomez Teixeira, onde ocorre a tradicional festa da “Queima das Fitas”. Bem perto desta praça existem duas igrejas praticamente grudadas, separadas apenas por um apartamento suuuuper estreito (antigamente, duas igrejas de diferentes credos não poderiam ser uma ao lado da outra, por isso construíram esse “apertamento”).

Fomos mais adiante, até a famosa Livraria Lello e Irmãos, com uma belíssima escada em seu interior. Infelizmente, não é possível fotografar. Passamos pelas “Galerias”, onde ocorre a noite do Porto, com seus bares e pubs, e caminhamos então até a Rodoviária pra comprar a passagem de volta a Lisboa para a noite do dia 28/03 (€ 17).

Almoçamos ali perto e saímos para caminhar pela movimentada Rua Santa Catarina, com diversas lojas, a Igreja Capela das Almas de Santa Catarina e vendedores de castanhas portuguesas (assadas na brasa, o gosto parece de pinhão mas é meio doce...).

Fomos até o Mercado Bolhão, uma espécie de mercado público, e depois pegamos o metro até a Casa da Música, passando pela Praça dos Leões. A visita guiada na Casa da Música custa € 5 e é muito legal!

Voltamos para a casa da Rafa no fim da tarde, para arrumarmos nossas malas de partida para a Espanha! Arrumação padrão Ryanair, com muita coisa em pouco espaço! Hehehe. Deixei boa parte das minhas coisas em Portugal, principalmente as lembrancinhas que já havia comprado.

Fomos dormir cedo...

 

10º dia – 20/03/2014 – quinta-feira

Porto – Madri

Nosso voo de Porto a Madri era às 06:30, então saímos bem cedo da casa da Rafa (ela nos acompanhou pela Espanha), pegamos um táxi até a Estação Trindade (a maior do Porto, com várias conexões de linhas de metro e pontos de ônibus) e dali um ônibus para o Aeroporto.

No aeroporto, passageiros estrangeiros precisam ir no guichê da Ryanair carimbar o cartão de embarque. Feito isso, aguardamos mais uns minutos e embarcamos, rumo a Madri!

Chegamos em Madri às 08:40 e fomos de metrô até o hostel (€ 5, linha 8 rosa da Estação Aeropuerto até Estação Nuevos Ministérios; troca para linha 6 cinza até Estação Cuatro Caminos; troca para linha 1 azul até Estação Tirso de Molina).

Tenha sempre em mãos um mapa do metro (normalmente acompanha os mapas da cidade). Em Madri, o preço que você paga depende de quantas estações irá percorrer.

Ficamos hospedadas no Way Hostel, próximo a Estação Tirso de Molina do metro, e a poucos minutos da Puerta Del Sol. Diárias de € 14 em dormitório feminino compartilhado, sem café da manhã. Como chegamos cedo, antes da hora do check-in, deixamos nossas bagagens no hostel e saímos para caminhar. Neste dia passeamos pela “Madri Antiga”.

O primeiro ponto foi uma padaria deliciosa, onde comemos churros e porras (não se assuste! Lá, porra é o nosso churro, e churro é um pouco diferente) e tomamos chocolate quente, porque a fome era muita para esperar até a hora do almoço. Dali, estávamos a poucos minutos da Puerta Del Sol, uma praça aberta na área central onde estão localizadas diversas lojas, prédios, e de onde partem as ruas que levam aos principais pontos e atrações históricas de Madri (daí o nome Puerta Del Sol, onde a praça seria a meia lua do sol e as ruas que dali divergem, os raios do sol). Antigamente, era a entrada leste da cidade, e abrigava um castelo e um portão, que sumiram com o tempo. Em uma extremidade desta praça está o Monumento de Carlos III, e no outro a Estatua Del Oso y El Madroño, símbolo da cidade. Em frente, a Casa de Correos.

Seguimos a pé até a Plaza Mayor, onde está o Monumento de Felipe III, filho da Rainha Isabel II, e depois até o Palácio de Santa Cruz, na Plaza de Provincia. Entramos na Igreja Colegiata de San Isidro, passamos pelo Mercado San Miguel, descemos a rua até o Arco de Cuchilleros (uma das portas da Plaza Mayor), fomos até a Basilica Pontificia de San Miguel (com um monumento em cobre de Carlos Cambronero em frente), passamos pela Prefeitura (Ayuntamiento) de Madri, ao lado da Plaza La Villa (com monumento de D. Álvaro Bazan).

Caminhamos então até a Plaza Oriente, que fica em frente ao Palacio Real e ao Teatro Real. Nesta praça está o monumento de D. Felipe IV. Acabamos almoçando ali perto (€ 10), e então fomos até a Plaza España, onde está o famoso Monumento a Cervantes, com as estátuas de D. Quixote e Sancho Pança.

Voltamos até o Palacio Real, passando pelos Jardins de Sabatini. A visita ao Palacio Real é gratuita de segunda a quinta-feira, das 16:00 às 18:00. É simplesmente espetacular! Só não é possível fotografar lá dentro. Não deixe de visitar se você passar por Madri!

Saindo dali, logo à frente está a Catedral de La Almudena. Não entramos, pois o cansaço já dominava nosso corpo. Voltamos ao hostel e descansamos até a hora de jantar. Por indicação do staff do hostel, fomos ao Restaurante Fatigas Del Querer (Calle de La Cruz). Muuuuito bom. Comemos bastante por um preço bem acessível (não lembro quanto, mas não era caro).

Fim do dia, hora de dormir, porque amanhã saímos cedo rumo à Andaluzia.

 

11º dia – 21/03/2014 – sábado

Madri – Granada

Depois do check-out no hostel, pegamos o metro na Estação Tirso de Molina, até a Estação Plaza de Castilla (linha 1 azul), onde está próximo o escritório da Europcar. Como reservamos um carro pequeno, e íamos ficar por 4 dias viajando, acabamos optando por trocar por um carro maior, por um valor um pouco mais alto. Alugamos também um GPS, sem o qual estaríamos completamente perdidas!

Saímos às 08:00 em direção a Granada, nossa primeira parada na Andaluzia. Chegamos lá às 12:30, e depois de percorrer estradas estreitas e labirínticas, achamos o hostel. Deixamos nossas bagagens e saímos em busca de um estacionamento para o carro, pois na rua é praticamente impossível encontrar uma vaga. Com o carro estacionado (€ 16,50 a diária) e as bagagens guardadas no hostel, fomos almoçar e, em seguida, saímos para andar e conhecer o bairro de Albaicín.

Caminhamos até a Plaza Isabel La Catolica, com as estátuas de Isabel II e Cristóbal Colón, e depois subimos a pé pela Carrera Del Darro, passando pela Plaza Nueva, Chanceleria Real e Plaza de Santa Ana. A Igreja de Santa Ana, ali mesmo na praça, estava fechada para visitação. Seguimos subindo, costeando o Rio Darro, e logo acima do rio estavam as muralhas e prédios de La Alhambra, que visitaríamos no dia seguinte.

No alto do bairro, fomos até o Mirador de San Nicolas. Permita-se se perder pelas ruelas e escadarias de Albaicín, são bem simpáticas. E é provável mesmo que você se perca, porque aquilo parece um labirinto... fica difícil até mesmo entender como os carros conseguem passar pelas estreitas passagens!

Do alto do Mirador, novamente era possível avistar La Alhambra, imponente no alto da cidade, aumentando ainda mais nossa ansiedade em conhecer esse que é um dos pontos turísticos mais visitados na Espanha. Voltamos para a parte baixa do bairro e visitamos El Bañuelo, uma espécie de sauna, ou banhos árabes, da época dos mouros, com um teto abobadado e aberturas em forma de estrela.

Ainda queríamos ter visitado o Museo Arqueologico, mas estava fechado para obras. Final do dia, finalmente fizemos check-in no hostel. Hostel Vitta, super bem localizado, € 10 em quarto misto compartilhado, sem café da manhã. Demos sorte de ficar em um quarto separado, com dois beliches, apenas para nós 4. Os únicos inconvenientes são as camas, que são meio “bambas”, e o reservatório de água quente, que é super pequeno.

No dia que chegamos em Granada, era a Festa da Primavera, e todos se reúnem no parque na entrada da cidade para beber na rua (o único local permitido para isso, fora os bares e restaurantes). Porém, como era longe para ir caminhando, e tínhamos que acordar cedo, acabamos não indo até lá. Jantamos perto do hostel, pizza e tapas, e bebemos a Cerveza Alhambra. Sobre as famosas tapas espanholas: são pequenas porções de comida, desde maionese de batata até pão torrado com algum recheio, servidas a preços módicos, mas nada de revolucionário... Eu fui pra lá com uma ideia diferente de tapas, estas sendo uma espécia de canapés como chamaríamos aqui no Brasil...

 

12º dia – 22/03/2014 – sábado

Granada – Málaga

Acordamos bem cedo e subimos a pé as ruas que levam a La Alhambra. Dica: compre o ingresso antecipado pela internet (http://www.ticketmaster.es/nav/landings/pt/mucho_mas/entradas_alhambra/), antes de viajar, pois aí você pode escolher o horário mais adequado ao seu roteiro e evita as filas, além do que o número de visitas diárias é limitado.

Nós optamos pelo ingresso combinado (Alhambra General), que inclui todas as atrações visitáveis do monumento. Para visitar os Palácios Násridas, você marca um horário no momento da compra, visitação de 1 hora. O ingresso combinado saiu por € 15,40. Entramos às 08:15, e como o nosso horário para os palácios era às 12:30, deixamos para visitá-los por último. Esse é outro ponto importante, a ordem de visitação, para não perder a hora marcada, pois alguns pontos são mais afastados. Nossa ordem foi: Jardins de Generalife, mais próximos da entrada, e depois Alcazaba (fortaleza militar) e Palácio de Carlos V. Todos os pontos são incrivelmente lindos! Mas claro, a cereja do bolo são os Palácios Násridas! É muito interessante perceber toda a influência árabe que a região teve. Os palácios e os pátios são divinos!

Depois de visitar La Alhambra, voltamos ao hostel, fizemos check-out, buscamos o carro e fomos almoçar. Almoçamos no mesmo restaurante do dia anterior, o Papaupa (Calle Molinos). É muito bom, recomendo!

Saímos às 15:00 em direção a Málaga, chegando às 16:40.

Em Málaga, fomos ao Miradouro e ao Castillo de Gibralfaro, e depois caminhamos pela moderna região do Porto de Málaga.

Málaga é uma cidade muito bonita, e o clima estava bem agradável.

Ficamos hospedadas no Hostel Casa al Sur (€ 14, quarto particular para 4 pessoas, banheiro compartilhado e sem café da manhã ). É bom, perto do movimento da noite de Málaga.

Saímos para jantar e beber uma Cruzcampo bem gelada, acompanhada de sardinha assada na brasa! Nossa estada em Málaga foi mais tranquila, com poucas atividades programadas, então aproveitamos bem a noite.

 

13º dia – 23/03/2014 – domingo

Málaga – Cádiz – Sevilha

Acordamos por volta das 10:00, energias renovadas. Após o check-out, fomos curtir a beira da praia, onde tomamos um belo café da manhã e depois um chimarrão.

Às 13:30 pegamos a estrada para Cádiz. Almoçamos em um Mc Donalds no meio do caminho. Cádiz não tomou muito do nosso tempo, apenas demos uma passada rápida para curtir o visual da cidade, na beira da praia. Como tínhamos pouco tempo, pegamos a estrada para Sevilha.

Chegamos em Sevilha às 19:00, estacionamos o carro e fomos a pé até o hostel, que fica perto da Plaza Nueva, bem localizado. Ficamos no Hostel The Architect (€ 18 em dormitório feminino compartilhado, com café da manhã). Saímos para jantar e conhecer um pouco da cidade.

 

14º dia – 24/03/2014 – segunda-feira

Sevilha – Madri

Depois do café da manhã, saímos a caminhar pela cidade. Passamos pela Catedral de Sevilha, enorme e surpreendentemente linda, por dentro e por fora. Atrás da Catedral, está La Giralda, uma espécie de campanário da igreja. Acabamos não fazendo o tour, pois começava somente às 11 horas. Seguimos até o Real Alcázar, os palácios reais, e também não fizemos a visita. Era muito caro.

Caminhamos até a Plaza España, passando pela Puerta de Jerez, Monumento da Cidade e Teatro Lope de Vega. Da Plaza España (muito bonita, ponto clássico de Sevilha), fomos até a beira do rio, ou Canal Alfonso XIII, passando pela Torre Del Oro, Plaza de Toros Maestranza e Puente de Isabel II Triana. Como já estava perto da hora do almoço, encerramos o tour, comemos uma deliciosa paella e voltamos ao hostel, para fazermos check-out e nos despedirmos de Sevilha.

Pé na estrada, chegamos de volta a Madri às 19:50. Devolvemos o carro e voltamos de metrô para o mesmo hostel da primeira noite, mas dessa vez ficamos em quarto misto para 10 pessoas. Um azar, porque o quarto era habitado somente por meninos além de nós. Imagina o cheiro de chulé que dominava o recinto! Hehehe...

Jantamos no hostel, uma porção de paella por apenas € 2! E cerveja, muita muita cerveja! Encerramos a noite já prevendo a ressaca do dia seguinte...

 

15º dia – 25/03/2014 – terça-feira

Madri – Barcelona

Acordamos e arrumamos as mochilas para fazer o check-out. Deixamos nossas bagagens em um quarto do hostel e saímos a caminhar, dessa vez para conhecer a região de Madri dos Bourbon. Passamos pelo Edificio Metropolis, Banco de España e, quando íamos passar pela Plaza de Cibeles, vimos as ruas todas trancadas e uma multidão parada no entorno do Palacio do Governo (Palacio de Cibeles). Achamos que era algum tipo de manifestação, devido à presença em peso dos policiais. Perguntamos para um deles do que se tratava aquilo, e ele nos informou que era um cortejo do enterro de um ex-presidente espanhol, que morrera no domingo anterior.

Fotografamos de longe o Monumento de Cibeles e caminhamos até a Plaza de La Independencia, com a Puerta de Alcalá. Em seguida, fomos até o Parque Del Retiro, com os Palacios de Velázquez e de Cristal. Saindo dali, percorremos as ruas da região, compramos algumas lembrancinhas e paramos para almoçar.

Depois do almoço, o frio era quase insuportável, muito vento e tempo nublado. Decidimos voltar pro hostel e esperar a hora do trem para Barcelona. Antes passamos em um mercado e compramos algumas coisas para lanchar no caminho. Às 17:00 pegamos o metrô até a Estação Atocha Renfe (atenção ao nome da estação! Pois antes tem a estação Atocha, mas você precisa ir até a Renfe pegar o trem), e de lá caminhamos até o terminal AVE Renfe, super fácil de achar, é bem do lado do metrô.

O procedimento para embarque é bem simples, bagagem na esteira, conferem o cartão de embarque e você já vai para a sala de espera. Quando o trem chega, você vai para a plataforma indicada nos monitores e embarca. Sem grandes burocracias. Dentro do trem, entre um carro e outro, tem espaço para as malas. Partimos às 18:30 e chegamos em Barcelona às 21:15.

Descemos na estação Sants, também junto ao metrô. Pegamos a linha 3 verde do metrô até a Praça Catalunya (€ 2,15... o metrô de Barcelona é mais caro, então calcule quantos tíquetes você vai precisar em sua estada na cidade e compre os bilhetes de mais unidade que compensam mais).

Já na Praça Catalunya, uma das mais conhecidas da cidade, fomos caminhando até o Hostel 360, a umas 5 quadras dali (€12 em quarto misto, sem café da manhã), super bem localizado, atendimento excepcional e quartos bacanas. Só tivemos energia para o banho, e depois caímos na cama.

 

16º dia – 26/03/2014 – quarta-feira

Barcelona

Acordamos e saímos para tomar café da manhã na rua. Pertinho do hostel, achamos um café + um doce por apenas € 1,95. Barriga cheia, fomos até a Praça Cataunya para tentar comprar ingressos pro jogo do Barcelona x Celta de Vigo naquela noite, pelo Campeonato Espanhol. Em uma das esquinas da praça tem um centro de informações que vende ingressos, e conseguimos os mais baratos, por € 19. Ingressos comprados, pegamos o autobus 24 na outra esquina, que nos levaria ao Park Güell.

A entrada para o famoso parque do Gaudí é gratuita, mas limitada. Para acessar as áreas mais bonitas (área monumental, com as obras do excêntrico arquiteto catalão), são € 8. E com certeza vale a pena, é muito legal.

Pegamos o mesmo ônibus para voltar, e descemos na parada Passeig de Gracia-Rosseló (normalmente o letreiro luminoso do ônibus vai avisando as paradas), para então visitarmos a grandiosa Sagrada Familia, também do Gaudí.

No caminho, a pé, passamos pela Casa Mía/La Pedrera, mas infelizmente estava com a fachada toda coberta e interditada para obras.

Almoçamos ali perto e fomos para a fila dos ingressos da Sagrada Familia. Não estava muito grande, mas era uma fila considerável. Vale a pena comprar os ingressos antecipados pela internet (http://visit.sagradafamilia.cat/#tickets), mas nós não o fizemos (ninguém é perfeito... hehehe).

O ingresso combinado para a Sagrada Familia + Torres custou € 17,30, para estudantes. Abre a mão viajante, vale a pena! Ir até lá e não curtir a visita completa é insanidade total! Esse ingresso contempla a igreja e a subida nas torres da fachada de Natividade (Nascimento). Bom, eu não tenho palavras para descrever esse momento da viagem. Talvez para mim era um dos mais esperados, junto com o Camp Nou (sim, sou fanática futebolística). E superou e muito minhas expectativas. Pena para as obras, andaimes e guindastes que ainda cercam a incompleta igreja do Gaudí. Mas com certeza um dia ainda volto nessa maravilha para vê-la concluída.

Saindo de lá, fomos lanchar no Subway ali perto, e então pegamos o metrô na Estação Sagrada Família para o Camp Nou (Linha 5, azul, descendo na Estação Collblanc).

Estar no Camp Nou, para mim, foi simplesmente demais! Quase um nirvana! Hahahahah. Estádio bonito, jogo estava bom. Pena para a chuva que caiu a maior parte do tempo.

Voltando do jogo, pegamos o metrô, trocamos para a Linha 3, verde na Sants Estació, e descemos na Praça Catalunya. Dali, fomos a um bar perto do hostel, e indicado por eles: 100 Montaditos. Muuuuito bom! Os montaditos são pequenos sanduíches, de vários sabores, e muito gostosos. Naquela noite tudo era € 1, cada chopp grande, cada montadito, somente 1 eurozinho ::otemo:: ! Bebemos muito, comemos muito e gastamos pouco! De volta ao hostel, banho e cama.

 

17º dia – 27/03/2014 – quinta-feira

Bacelona

Hoje seria nosso útlimo dia em Barcelona, último dia na Espanha. A Conquista da Península Ibérica estava chegando ao fim...

Decidimos fazer um free walking tour pelo Bairro Gótico/Cidade Velha, oferecido pelo hostel. Para quem não sabe como funciona, é bem simples e muito interessante: um guia independente sai caminhando e contando as histórias e curiosidades daquele lugar, e no final do tour você paga o que achar justo pelo serviço. Na maioria das vezes, esses guias são surpreendentemente bons, pois quanto melhor o serviço deles, melhor será sua “recompensa”. E tivemos sorte! Nosso guia, o mexicano Roberto, era ótimo!

Saímos da Placeta Pi (Pi = Pinus, a árvore), e passamos pela Basilica de Santa Maria Del Pi, L’Antiga Sinagoga (uma sinagoga da época romana/medieval), Placeta Manuel Ribé, Baixada de Santa Eulália, Placeta de Saint Felip Neri, os antigos portais de entrada romanos, da época em que Barcelona era chamada Barcino (relâmpago), Catedral de Barcelona, Porta de São Jorge, Plaça Del Rei, Castillo de Aragon, Colunas do Templo de Augusto, Plaça de Sant Jaume (com o Palácio do Governo/Palau de La Generalitat e a Prefeitura/Ayuntamiento de Barcelona), Plaça de Sant Miguel e Plaça Reial. O tour foi magnífico, um banho de história de Barcelona! Naquele dia ainda presenciamos uma manifestação, pacífica, pela independência da Catalunya. Segundo o nosso guia, essas manifestações são bastante comuns, praticamente uma vez por semana, na Plaça de Sant Jaume, manifestantes se reúnem para pedir a independência do povo catalão.

Encerrado o tour, caminhamos por Las Ramblas até o Mercado de La Boqueria. Almoçamos já no meio da tarde, e então voltamos ao hostel para descansar e arrumar as malas para voltar ao Porto no dia seguinte.

À noite, voltamos ao 100 Montaditos, mas dessa vez fomos e voltamos cedo.

 

18º dia – 28/03/2014 – sexta-feira

Barcelona – Porto

O dia começou bem cedo. Fizemos check-out no hostel e caminhamos até a Praça Catalunya, onde pegamos o ônibus que vai até o aeroporto. São dois ônibus, um para cada terminal (A1 e A2). Então, tome cuidado para pegar o ônibus certo! Não me recordo o valor, acho que era algo em torno de € 6, mas essa é a maneira mais prática e barata de ir até o aeroporto, que ainda não é atendido pela rede de metrô.

Nosso voo para o Porto saiu às 09:55, chegando às 10:55 na terra portuguesa. Pegamos o ônibus e o metrô até chegarmos de volta na casa da Rafa. Após o almoço, fomos para um Outlet que tem na cidade, pois a Cris e a Camile queriam fazer compras. O restante do dia foi dedicado a arrumarmos todas as nossas coisas nas mochilas para o retorno. Tarefa difícil, parece que tudo aumenta de tamanho e falta espaço! Hahahahaha.

No final da noite, após a janta, pegamos um táxi até a Rodoviária do Porto, nos despedimos da Rafa e voltamos para Lisboa, para pegarmos o voo da volta. Vai ficar uma saudade enorme de tudo!

 

19º dia – 29/03/2014 – sábado

Lisboa – Paris – SP – POA

O ônibus chegou em Lisboa no começo da madrugada, e por nossa sorte ele passa no aeroporto antes da Rodoviária. Descemos ali mesmo, e fomos até o guichê da Air France resolver uma mudança de última hora no nosso voo. Mas tivemos que aguardar umas duas horas até abrir. Confusões e conversas depois, conseguimos resolver, e às 06:30 embarcamos para Paris. Dessa vez ocorreu tudo bem, e não perdemos a conexão para São Paulo. Novamente o voo foi tranquilo, bem servido. Chegamos em terras brasileiras no início da noite, e ficamos esperando algumas horinhas até o nosso voo para Porto Alegre. Por volta de meia noite estávamos chegando em solo gaúcho. Família a amigos nos recebendo, e a vontade de começar a planejar a próxima!

Conquistei a Península Ibérica!

E a Península Ibérica me conquistou... ::love::

 

FIM

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  • 2 semanas depois...
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Opa !!

Me tira uma duvida, onde você comprou o passe em Porto para fazer os passeios pelo vale do rio douro e as caves ?

 

Estou indo em setembro e vou conhecer, porto - lisboa - sintra, madrid, paris, irei passar 17 dias.

 

 

Oi!

Atravessando a Ponte D. Luiz, aquela que leva de Porto a Vila Nova de Gaia, pela parte de cima, tu chega no teleférico, e lá pode comprar o passe combinado do teleférico, passeio de barco e degustação de vinho na cave. Ou, na Ribeira (Porto), tem umas tendas na beira do rio que vendem o passeio de barco, e nas caves em Gaia vc pode comprar só a degustação.

Espero ter ajudado ;)

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OK !! Obrigado ! Tem mais dicas sobre Portugal ou Espanha ?

 

Em Lisboa, diria pra não deixar de maneira alguma de visitar o Oceanário, e combinar com Belém na outra metade do dia.

Sintra tem um bus turístico que visita os prinipais pontos, caso vc não esteja alugando um carro. Não deixe de visitar Palacio da Pena, Castelo dos Mouros e Quinta da Regaleira. O Castelo dos Mouros exige um pouco do seu preparo físico, mas é tranquilo ;)

Na Espanha, eu trocaria Madri por Barcelona, tem muito mais coisa pra fazer, a Sagrada Familia encanta demais!

No mais, acho que está tudo no roteiro. Mas se quiser mais algum detalhe específico pode perguntar. Se eu souber eu responderei! :)

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Karina,

Obrigado pelas dicas, em lisboa passarei apenas dois dias... ficarei 4 dias em porto, 2 em lisboa, depois parto para madrid, pensei em ficar em barcelona, mas o que me deixou mais assim, foi a possibilidade de assistir um jogo do real madrid e não é que deu certo, vai ter jogo na quarta e no domingo do atl. de madrid, na quinta parto para paris.

estarei indo com a familia, esposa e baby de 1 ano e 3 meses e o meu pai com a sua esposa e o meu irmão mais novo.

 

de qualquer forma,a devo sim conhecer sintra e belém, o oceanário já está na lista também. a idéia é alugar um carro assim que chegar em porto e ficar todos os dias que eu estiver em portugal. ficaria mais facil a locomoção, ainda mais que com duas crianças é complicado ! kkkk

 

na espanha, você chegou a ir em toledo ou alguma cidade medieval ?

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Karina,

Obrigado pelas dicas, em lisboa passarei apenas dois dias... ficarei 4 dias em porto, 2 em lisboa, depois parto para madrid, pensei em ficar em barcelona, mas o que me deixou mais assim, foi a possibilidade de assistir um jogo do real madrid e não é que deu certo, vai ter jogo na quarta e no domingo do atl. de madrid, na quinta parto para paris.

estarei indo com a familia, esposa e baby de 1 ano e 3 meses e o meu pai com a sua esposa e o meu irmão mais novo.

 

de qualquer forma,a devo sim conhecer sintra e belém, o oceanário já está na lista também. a idéia é alugar um carro assim que chegar em porto e ficar todos os dias que eu estiver em portugal. ficaria mais facil a locomoção, ainda mais que com duas crianças é complicado ! kkkk

 

na espanha, você chegou a ir em toledo ou alguma cidade medieval ?

 

Legal teu roteiro!

Eu acabei assistindo a um jogo do Barça quando fui, mas dizem que o Santiago Barnabeau é mais bonito que o Camp Nou. Depois vc coloca as fotos de lá :wink:

Na Espanha, além de Madri e Barcelona, visitei apenas a Andaluzia, que é uma região marcada fortemente pela cultura árabe, bastante interessante. Não fui pra parte medieval de Toledo, Ponferrada, Ávila...

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Você comprou o ingresso na hora ou antes ? to tentando comprar o do real madrid, estou vendo no site que libera dia 31/07 as vendas para o publico em geral.

 

 

Comprei no dia do jogo, pela manhã, em um centro de informações, tipo agência turística. Uma dica, procura no google "como comprar ingressos para o jogo do real madrid" que sempre aparece alguma dica bacana ;)

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  • 5 meses depois...
  • Colaboradores

Oi Karina! Ótimo relato!

 

Em duas semanas embarco para a minha conquista, rsrsrs, e estou apanhando pra otimizar meu roteiro em Lisboa. Terei 5 noites na cidade, mas efetivamente apenas dois dias inteiros pra Lisboa, pois um é o dia da chegada, um é pra Sintra e outro pra região oeste (Batalha, Alcobaça, Óbidos, etc). Nestes dois dias quero fazer "3 coisas":

1 - Bairro Belém (padrão dos descobrimentos, mosteiro dos jerônimos, torre e museu berardo rapidinho)

2 - Centro histórico, elétrico 28 e afins

3 - Parque das Nações e Shopping Vasco da Gama

 

A princípio tinha pensado em fazer em um dia o 1 de manhã e o 2 a tarde e no outro dia o 3, pois vou estar com criança.

Mas vc deu uma ideia boa, e agora penso em fazer 1 de manhã e 3 a tarde e deixar o outro dia inteiro pro 2.

 

Minha pergunta é, vc acha que fica muito apertado conhecer o parque das nações a tarde, considerando criança na jogada? Vi que o parque fecha as seis no inverno, consigo ver o oceanário, a telecabine e o pavilhão do conhecimento em umas 4 horas?

 

Obrigada!

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